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Santiago e arredores 5 dias.


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Sempre utilizo os relatos dos mochileiros para minhas viagens e desta vez, quero contribuir com minha experiência na curta viagem de férias para o Chile em abril de 2015.

Minha esposa e eu havíamos decidido que desta vez seria uma viagem mais barata, visto que no ano anterior tínhamos ido para Portugal e França. Tínhamos algumas milhas smiles e então resolvi utilizar. 40.000 milhas smiles + taxas e bilhetes comprados Florianópolis - Guarulhos - Santiago.

 

O voo: tranquilo, mais ou menos 80% de lotação. O maior inconveniente é que o boeing 737-300 da Gol não tem qualquer tipo de entretenimento a bordo a não ser a revista de palavras cruzadas, o que fazem a viagem de 4 horas parecerem 14. Chegamos em Santiago no dia 11 as 00:50. Após uma pressão na cabeça quando sobrevoamos as cordilheiras, o pouso foi tranquilo. Tivemos que aguardar mais de meia hora para que o avião pudesse "estacionar" devido ao congestionamento no aeroporto.

 

A emigração também tranquila. Bagagens nas mãos, fomos atras do transfer, uma empresa dentro do próprio aeroporto que cobra valores fechados ($ 22.000 = R$ 110,00). Devido ao adiantado da hora a viagem foi bem rápida, em 15 min estávamos no hotel.

 

Escolhemos um apart-hotel no bairro Providência - Austral Suítes, reservado através do Booking como sempre faço. Excelente quarto, cozinha completa incluindo lava-louças, sala e suíte com banheira de imersão. Tínhamos reservado o quarto menor e pra nossa surpresa nos colocaram no flat. Muito bem localizado, perto da estação de metrô Pedro de Valdívia (linha vermelha), muitos cafés e restaurantes nos arredores mas no domingo fica tudo as moscas. O único inconveniente é que o "Austral suítes" fica num prédio que se chama La´Consepción . A recepção do prédio não tem ligação com o "hotel" e tudo o qu precisa "tiene que hablar con dona Pilar!!!" O problema que a dona Pilar chega as 09:00 e sai as 18:00. O pessoal da recepção não faz esforço algum em ajudar, mas não seria isso que iria atrapalhar minhas férias. No domingo de manhã fomos procurar um mercado nos arredores, compramos nosso café da manhã e partimos para o Costanera Center para achar uma loja de câmbio, já que metrô e taxi não aceitam dólares e nem reais.

 

O costanera center é um shopping excelente. Coisa de primeiro mundo. A torre possui 60 andares e o prédio já ganhou título de cartão postal de Santiago por ser o mais alto da América do Sul.

 

Com Pesos nas mãos fomos conhecer a cidade de metrô. Quando viajamos gostamos de viver como os nativos. O metrô é prático, é possível conhecer as principais atrações de Santiago através dele. Santiago tem mais ou menos 7 milhões de habitantes e os Santiaguinos realmente fazem uso do metrô. Em nenhum horário conseguimos um assento vago. Sempre lotado!

 

Descemos na estação Baquedano. Estava havendo a Maratona de Santiago. Muitos brasileiros participando. Passamos pelo Centro Cultural Gabriela Mistral, parque florestal e chegamos ao Cerro Santa Lucia. Muito lindo! Subimos, admiramos a cidade aos pés das Cordilheiras. Realmente a vista é fantástica! Descemos, conhecemos o La Moneda, andamos pelas ruas sempre muito arborizadas com plátanos e bancos nas calçadas. Quando já estávamos cansados tomamos um taxi até o Costanera para almoçar. Após o almoço em um restaurante Peruano, passamos no rede Jumbo (tipo um Carrefour) para comprar comida. O preço da comida no Chile assusta. Tudo muito caro. Acho que é porque praticamente tudo é importado. Depois fomos para o hotel descansar.

 

Segunda-feira: Ainda era horário de verão no Chile. Amanhecia por volta das 08:00 da manhã. Dormimos até umas 09:00 e saímos para conhecer o restante do centro histórico. Pegamos o metrô até plaza das armas. De lá, é possível visitar a Catedral de Santiago, realmente linda. Sua construção foi iniciada em 1748. Ali também fica o prédio do Correio Chileno, construído em 1882 pelo arquiteto Ricardo Brown, este edifício foi declarado Monumento Nacional e construído nos alicerces do antigo Palácio dos Governadores.

 

Voltamos para a estação de metrô Baquedano, de onde atravessamos o rio Mapocho e fomos até o Pátio Bella vista para almoçar. Há vários restaurantes, é um lugar de parada obrigatória, muito cool. Escolhemos o Barrica 94. Não era ruim, mas também não era bom!!! $$$$ 4.800 por um pisco. Haja pesos! De lá fomos até o funicular para subir o cerro San Cristobal. Faz parte do parque metropolitano. Tem mais de 800 metros de altura, passeio obrigatório. Passeamos por lá, descemos e fomos até o Chilean rent a car reservar o carro para o dia seguinte.

 

Escolhemos um Hyundai Acces por $ 68.000 uma diária mais 7 horas. É relativamente fácil dirigir em Santiago. As estradas no Chile são um "tapete". Levei um gps multilaser com mapa do Chile, até que funcionou, depois de dar um "reset" e esperar por mais de meia hora para ele se localizar.

 

Terça-feira: Pegamos o carro e fomos em direção à Valparaíso para chegar até as vinícolas do Vale Casablanca. Escolhemos a Casas del Bosque. No caminho há várias e Casas del Bosque fica mais escondido, precisa ir até Casablanca e fazer umas "quebradas". Queria algo mais local e menos turístico, fugir do agito que li nos post de viagem sobre a Concha y toro. Pesquisei muito sobre as vinícolas e escolhi esta por ter o restaurante Tanino, comandado pelo renomado chef Álvaro Larraguibel e lógico, pela qualidade dos vinhos. O lugar é lindo, porém, para quem já conheceu as vinícolas do vale dos vinhedos no RS, a Villa Francioni de São Joaquin e Villaggio Grando de Água Doce, ambas em SC, é apenas mais uma...Lógico que o clima seco do Chile, para não dizer hostil, que torna impossível o desenvolvimento de qualquer microrganismo que possa prejudicar o vinho, deixa o Chile em vantagem. Mas pude perceber o quanto os brasileiros valorizam o que é de fora. Havia um grupo de umas 40 pessoas, e pasmem! Todos Brasileiros. O vinho era realmente bom. Restaurante? Pensei, se este é premiado como o melhor restaurante de vinícola, imagina só os outros. Sinceramente tinha achado que ia finalmente me surpreender com a comida no Chile, algo que passou longe, confesso que a comida é muito melhor em Buenos Aires. Chegando no restaurante, havia uma garrafa de água Evian sobre a minha mesa. Dejavú, já tinha pago R$ 15,00 por essa água em Paris... olhei o valor:

$ 4.000,00 (R$ 20,00) discretamente pedi pro garçom trocar a água, depois vi que quase todos tinham trocado...ninguém merece, mais cara do que o vinho de entrada.

 

Após o almoço nada surpreendente, seguimos para Valparaíso. Uma importante cidade portuária do Chile. Fomos até um mirante para admirar a vista para o pacífico. Um azul incrível. Passamos algumas horas e depois retornamos para Santiago. Jantamos em uma Pizzaria em Providencia, perto do hotel (Pizza Nostra) por garantia. Pizza estilo Di Napoli, massa muito fina, servida em pratos individuais, muito boa.

 

Quarta-feira: Seguimos para estação de esqui Portillo. Sabíamos que não haveria neve nesta época do ano, mas a estrada é realmente de tirar o fôlego. A ruta CH-60 liga o Chile à Argentina. No caminho há uma sequência de curvas chamada los caracoles, é divino. Logo que passa los caracoles, já fica a estação de esqui. Atrás do hotel fica a famosa laguna Del Inca. Esse realmente foi o ponto máximo da viagem. É indescritível. Ficamos admirando a paisagem, conversamos com alguns brasileiros de SC que encontramos lá e voltamos para Santiago. Jantar? Pizza!!! Não tem erro... ainda mais que minha esposa não admira a culinária chilena, um tanto quanto exótica.

 

Quinta-feira: Usamos o último dia para conhecer o museu de arte Pré-Colombiana, muito interessante, vale a pena. Há objetos das civilizações, incas, astecas, maias...Após, fomos conhecer as famosas ruas Paris-Londres, passeamos mais um pouco, voltamos para Providência e almoçamos no Lomit´s, lugar de santiaguinos. Fomos para o hotel descansar e arrumar as malas.

 

Sexta-feira: Acordamos as 04:30, tínhamos reservado o mesmo transfer para o aeroporto. Atrasou 30 min. do horário combinado. Chegando no aeroporto, parecia que todas as companhias brasileiras (Tam, Avianca e Gol) tinham voos no mesmo horário. A emigração estava completamente lotada, por um momento achei que não daria tempo de pegar o voo. Deu tudo certo. 07:30 ainda escuro, estávamos dentro do sem entretenimento boeing 737. Decolamos as 07:50, com o dia amanhecendo. A vista das cordilheiras foi incrível. Deu mais turbulência que na ida, mas nada que assustasse.

 

Santiago é linda, realmente a impressão que dá que atravessamos o atlântico. Um contraste de construções antigas bem conservadas com arranhas-céu espelhados. Bancos nas calçadas, inúmeros cafés, ruas arborizadas, frota moderna, transporte público bom. Posso dizer que foi um passeio eclético, com cidade, montanhas e mar. Possivelmente voltaremos, mas daí, com neve!

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