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Bolívia, Peru e Norte do Chile - Outubro de 2014


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Oi pessoal! Em outubro de 2014, meu namorado, Erich, e eu fizemos um mochilão começando dia 03/10 e terminando dia 31/10, foram 29 dias passando por Bolívia (Santa Cruz de La Sierra -> La Paz -> Copacabana), Peru (Cusco -> Arequipa), Norte do Chile (Arica -> San Pedro de Atacama) e de volta à Bolívia (Uyuni -> Sucre -> Santa Cruz). O único trecho que fizemos de avião foi São Paulo - Santa Cruz - São Paulo, que era a passagem mais barata que encontramos (R$ 695,17), o restante, foi tudo de ônibus. O gasto total da viagem, incluindo passagem aérea foi um pouco menos de R$ 4.000,00 cada um.

 

Vale registrar que com exceção da falta de ar ao fazer atividades físicas, não tivemos nenhum inconveniente em relação à altitude, acredito que parte disso foi porque fizemos uma subida gradativa...Sta Cruz -> La Paz -> Lago Titicaca...e por aí vai.

 

Vou deixar aqui, aos poucos, o relato da nossa viagem, e espero que ajude quem pretende fazer o mesmo roteiro. Vou postando em partes porque, por falta de tempo, ainda não consegui escrever o relato completo.

 

Qualquer dúvida, estamos à disposição! :D

 

Roteiro:

03/10 – Chegada em Sta Cruz de La Sierra – almoço – ônibus noturno para La Paz (18h)

04/10 – Chegada em La Paz de manhã, passeio pela cidade.

05/10 – Passeio p/ Tiwanaku (8:30h-16h). Saída para Copacabana no final do dia. Chegada em Copacabana – dormir em Copacabana.

06/10 – Isla del Sol. Volta pra Copacabana.

07/10 – Passeio em copa, comprar ônibus noturno para Cusco (11h)

08/10 – Chegada a Cusco de manhã. Comprar trilha Salkantay. Dormir.

09 ao 13/10 – Trilha Salkantay + Macchu Picchu. No dia 13 a noite, volta pra Cusco.

14/10 – Cusco

15/10 – Cusco

16/10 – Cusco. Ônibus noturno para Arequipa.

17/10 – Chegada em Arequipa de manhã. Passeio pela cidade.

18/10 – Arequipa

19 e 20/10 – Canyon del Colca (trekking de 2 dias). No final do dia 20, volta para Arequipa para dormir.

21/10 – Saída para Tacna de manhã. Chegada em Tacna, colectivo para Arica. Dormir em Arica.

22/10 – Passar o dia em Arica. Ônibus noturno para SPA (11h).

23/10 – Chegada SPA. Sandboard.

24/10 – SPA: Tatio + Valle de la Luna e Valle de la Muerte

25/10 – SPA: Lagunas Altiplanicas

26 ao 28/10 – Salar de Uyuni. No dia 28, chegada em Uyuni a tarde. Ônibus noturno pra Sucre.

29/10 – Chegada em Sucre de manhã. Passeio pela cidade. Saída para Santa Cruz a noite (ônibus noturno – 11h)

30/10 – Chegada em Santa Cruz de la Sierra de manhã – passeio pela cidade. Dormir em Sta Cruz.

31/10 – Volta para SP

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03/10 – Chegada em Sta Cruz de La Sierra – almoço – ônibus noturno para La Paz (18h de viagem).

Pegamos o vôo da gol as 13:10h, chegando em Santa Cruz as 13:10h. A imigração em Santa Cruz é extremamente lenta. Demoramos perto de uma hora, talvez mais, pra passar por ela. Depois vc pega suas malas e ainda faz mais uma fila pra passar pelo detector de metais e pra checagem de mala. 90% das pessoas teve a mala/mochilão revistado, mas nós tivemos sorte e nos mandaram passar reto.

No saguão aeroporto tem um monte de gente te oferecendo taxi, mas assim que vc sai pra rua mesmo tem um micro ônibus a direita que te leva pro centro por 6 Bs por pessoa e você pode falar onde quer descer dentro da rota que eles fazem. Antes de entrar nesse bus, perguntamos pra moça do balcão de informações como fazíamos pra chegar ao Terminal Bimodal e ela nos indicou os buses urbanos que tínhamos que pegar e onde, foi tranqüilo. Chegando no Terminal tivemos que escolher a empresa de ônibus que usaríamos pra fazer a viagem mais longa da trip, Sta Cruz – La Paz. Foi meio difícil porque tudo parece precário e a rodoviária em si é um caos, então escolhemos uma que se chamava TransCopacabana, pagamos 150 Bs cada e ficamos por lá esperando o horário de saída. A empresa até que era boa, para os padrões bolivianos.

 

Duas dicas importantes aqui são: :!:

1) não pense que as rodoviárias da Bolívia/Peru/Norte do Chile são remotamente parecidas com as brasileiras. Elas são todas precárias, mal tem lugares pra comer e os que existem te deixam um tanto quanto na dúvida sobre a comida.

2) Leve bastante água e comida para a viagem!! O ônibus praticamente não faz paradas! Viajamos direto por cerca de 12h, parando só quando as pessoas pediam para ir ao banheiro (nos banheiros dos ônibus eles só permitem que você faça xixi, se quiser fazer outra coisa tem que pedir pro motorista parar!). A primeira e única vez que paramos foi por volta das 7:30h da manhã do dia seguinte, num lugarzinho no meio do nada para tomar café. Nossa água acabou no meio da madrugada e só conseguimos comprar mais nessa parada do desayuno. Acredito que em razão da falta de água e comida adequada, acabei desmaiando quando descemos do ônibus nessa parada, mas depois ficou tudo bem. ::mmm: Então, leve água e comida pra sua viagem.

 

04/10 – Chegada em La Paz de manhã, passeio pela cidade.

Depois de 18h de viagem, finalmente chegamos à La Paz. Lá, ficamos no hostel The Adventure Brew Hostel, que era ótimo e muito bem localizado. Nesse dia passeamos pela cidade e fechamos a agência para conhecer Tiwanaku. Depois de pesquisarmos um pouco, fechamos com a Coca Travels, 60Bs por pessoa, o que incluía o transporte e o guia, sendo que a entrada para Tiwanaku (80Bs) e o Almoço (compramos coisa no mercado pra levar) era por nossa conta.

 

05/10 – Passeio p/ Tiwanaku (8:30h-16h). Saída para Copacabana no final do dia (colectivo). Chegada em Copacabana – dormir em Copacabana.

Acordamos cedo, tomamos café, fechamos as mochilas, as deixamos no storage do hostel e fomos visitar Tiwanaku (80 Bs por pessoa a entrada). Na volta, decidimos já ir pra Copacabana ao invés de passar mais uma noite em La Paz. A funcionária do hostel era bem confusa e nos disse que aquela hora, por volta das 17h, não havia mais ônibus para Copacabana, mas depois descobrimos que essa informação estava completamente errada. Apesar da informação dela decidimos arriscar e pegar um táxi até o cemitério (15 Bs) e de lá saem umas vans (colectivos – 20 Bs por pessoa) praticamente a cada 30 minutos, desde as 6h até as 20h. Depois ficamos sabendo que existem ônibus turísticos que fazem esse caminho, o que deve ser mais confortável, mas também mais caro. A van é um pouco precária, como tudo na Bolívia, meio apertada e cheia. O motorista, como todos na Bolívia e no Peru, dirigia que nem um louco, mas tudo deu certo no final.

A única coisa estranha aconteceu quando estávamos quase chegando. Em um momento da viagem, a van tem que passar pelo estreito de Tiquina. Nessa hora, o motorista e mais uma passageira nos disseram que deveríamos descer da van e cruzar o estreito em uma embarcação, sendo que a van cruzaria por uma balsa. Quando perguntamos das malas eles disseram que elas ficariam na van (os mochilões estavam amarrados no teto como toda bagagem maior). A princípio descemos da van mas depois percebemos que vários locais não desceram, inclusive essa senhora, que estava acompanhada de uma criança. Eles ficaram dizendo que tínhamos que ir lá comprar a passagem e cruzar o estreito que eles nos encontrariam do outro lado. Quando questionamos porque algumas pessoas não estavam descendo eles nos davam respostas vagas e a senhora da criança disse que não ia porque a criança estava dormindo e não queria descer da van. Começamos a achar a situação muito estranha e um americano que estava na van, também. Foi só quando tiramos foto da placa da van e da cara do motorista que eles mudaram o discurso e disseram que poderíamos ir na van. Ficaram reclamando falando que teríamos que ir pelo barco porque a balsa era perigosa e etc. Algumas pessoas de fato desceram e fizeram a travessia pelo barco, mas até onde eu pude ver, elas não tinham bagagem. Nós ficamos na van e fizemos a travessia pela balsa. No final não sabemos se era alguma tentativa de golpe em relação às nossas malas ou se simplesmente queriam que os estrangeiros pagassem algo para os caras do barco. Enfim, seguimos viagem.

Chegando lá tínhamos anotado alguns nomes de lugares pra ficar, pois no hostelworld as hospedagens eram mal classificadas. Acabamos ficando no primeiro hostal que paramos pra ver, chamava Hostal Sonia. Pagamos 80Bs por um quarto de casal com banheiro privativo e até TV. O lugar era simples mas bem limpinho e a dona uma simpatia só (uma raridade na Bolívia). O café da manhã não estava incluso, mas eles ofereciam um por 10Bs por pessoa. Era simples, tinha pão, manteiga, geléia, chá/café/café com leite e suco de laranja, mas achei que valia a pena.

 

06/10 – Isla del Sol. Volta pra Copacabana para dormir

Acordamos cedo e pegamos o barco para a Isla del Sol para passar o dia e fazer o trekking norte-sul. A passagem, tínhamos comprado com a Sonia lá no hostel mesmo, na noite anterior (35Bs cada – ida e volta). Chegando na ilha, na parte norte, já tem um local ali pra te dar umas instruções e ali já te cobram uma taxa de 10Bs. Aqui vale outro alerta. Na Bolívia, SEMPRE estão tentando tirar dinheiro de você de alguma forma, seja inflacionando os preços, já que nas vendinhas nada tem preço estipulado, seja tentando de dar uns “golpezinhos”. Quando você chega na ilha, o cara te fala algumas coisas e diz que você tem que pagar uma taxa de 10Bs, a qual, segundo eles, dizem que será seu único gasto obrigatório. Daí ele te acompanha no começo do caminho pra te mostrar umas ruínas que tem lá e contar algumas histórias. No final dessa parte inicial, que dura uma meia hora, você fica sabendo que a parte do “guia” não estava inclusa naqueles 10Bs que você pagou quando chegou. Demos mais 20Bs pra ele e começamos a trilha. No meio da trilha, você encontra adiante uma faixa que diz “peaje”. Sim, eles te cobram pedágio no meio da trilha, de 15Bs por pessoa. Na hora tentamos discutir porque na parte norte nos disseram que aqueles 10Bs iniciais era o único gasto que teríamos durante a trilha toda, mas a única coisa que eles diziam é “es otro pueblo”, e afirmavam que não teríamos mais nenhum gasto até o final. O que acontece é que a Isla del Sol é habitada por três povos, e cada um fica situado em uma parte da ilha (norte, centro e sul) e, assim, cada um quer cobrar um pedágio dos turistas. Daí, já deu pra perceber o que aconteceu né...quando chegamos na parte sul, obviamente tinha uma cholita lá pra te tirar mais dinheiro, desta vez, 5Bs por pessoa. O problema não é o valor, pois a moeda boliviana é bem desvalorizada em relação ao Real, o que irrita um pouco é que não te avisam desde o início, e você saí com a sensação de que está sendo enganado. Apesar do estresse pela malandragem, o passeio vale a pena. A ilha é realmente linda, e o trekking não é difícil, basta ter disposição para uma caminhada de cerca de 3h.

Na hora de jantar, fomos em alguns restaurantes recomendados pelo lonely planet mas achamos tudo meio caro, então resolvemos arriscar um que chamava Restaurant Turistico Jardin Bolívia, localizado na avenida principal, onde pagamos 30Bs por pessoa, num menu completo. A comida era ótima e preço melhor ainda.

 

07/10 – Passeio em Copa, ônibus noturno para Cusco (11h)

No dia seguinte acordamos tarde, passeamos em Copa e relaxamos um pouco. Com a dona do hostel, compramos a passagem para o ônibus noturno com destino a Cusco, que custou 140Bs por pessoa. A empresa chamava Huayruro Tours, o ônibus era novo e eles têm uma moça que te auxilia na fronteira. A viagem demora mais ou menos 11h. Saindo de Copa, em meia hora você já chega na fronteira, daí primeiro desce pra dar saída da Bolívia, daí cruza a pé para o Peru e dá entrada no país ali. Eu estava viajando com passaporte, então não tive que fazer nada demais, mas o Erich viajava com o RG, então antes de dar saída na Bolívia, ele teve que tirar cópia daquele papelzinho que te dão quando você chega, porque as autoridades peruanas exigem que você mostre de onde veio. Isso é comum, pois as autoridades bolivianas até carimbam essa cópia pra você levar. Depois você entra no ônibus de volta, que está te esperando na porta, e segue viagem até Puno. Vale registrar que apesar de as pessoas te dizerem que o ônibus é direto, ele nunca é direto hahaha. Sabíamos que o ônibus parava em Puno, mas como tinham nos dito que era direto, achamos que era apenas uma escala, mas não. Chegando em Puno descemos do ônibus e fomos até o guichê para trocar a passagem, sem pagar mais nada por isso, e então tivemos que esperar uma hora até o ônibus sair de Puno com destino a Cusco. O “directo” deles significava apenas que você não trocava de ônibus e não precisava descer o mochilão na parada.

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08/10 – Chegada a Cusco de manha. Hostel. Comprar trilha Salkantay. Dormir.

Chegamos em Cusco por volta das 5h da manhã. Assim que você desembarca do ônibus e entra no saguão, já é cercado por mil taxistas te oferecendo taxi, chega a ser um pouco perturbador. Não pegue o primeiro, dá pra negociar e conseguir um preço melhor. Como eram 5h da manhã e estávamos cansados, optamos pelo taxi mesmo, que custou 10 soles até o nosso hostel, que ficava a uns 800 metros da Plaza de armas. Lá na rodoviária conhecemos um outro mochileiro que quis dividir o taxi com a gente, então saiu bem em conta. Ficamos no Ukuku’s Hostel, era muito bom. Quarto amplo pra 6 pessoas, sem beliches. Deixamos as coisas lá e saímos pra dar uma volta pela cidade e procurar a agência para fechar o trekking de Salkantay já para o dia seguinte. Fomos a uma das recomendadas pelo lonely planet e o preço era absurdo: pouco mais de U$ 500,00 e não dava pra sair no dia seguinte, tinha que esperar uns 3 dias. Vimos algumas outras pela Plaza de armas mas tivemos receio de entrar numa furada. Uma delas nos mostrou um preço de U$ 180,00, mas tínhamos pesquisado aqui antes e vimos que o valor tinha que girar em torno de U$ 230. Voltamos pro hostel pra pedir indicação de agência e descobrimos que lá mesmo eles fechavam o trekking. Foi a melhor coisa que fizemos! Pagamos U$ 245,00 por pessoa com tudo incluso: refeições (café, almoço, lanche da tarde e jantar), estadia (barracas e um hotelzinho na última noite em águas calientes), guia e cavalinhos pra levar a sua mala principal (até 5kg por pessoa). O valor não incluía: banho nas Termas de Santa Teresa, água pra beber, jantar do quarto dia e refeições do 5º dia, já em Macchu Picchu. Pra infos mais detalhadas só sobre Salkantay, vou fazer outro post pra não estender ainda mais este.

 

09 ao 13/10 – Trilha Salkantay + Macchu Picchu. No dia 13 à noite, volta pra Cusco.

 

14 a 16/10 – Cusco

Passamos os dias seguintes em Cusco, fazendo nada, curtindo a cidade e descansando dos 5 dias de trekking. Ficamos num hostel chamado Samay Wasi, em um quarto privativo. Era, claro, um pouco mais caro que os outros hostels, mas com preço muito bom, e depois de 5 dias andando, queríamos um pouco mais de conforto.

No dia 15 fizemos um tour por contra própria por algumas das ruínas do Vale Sagrado. Pesquisamos um pouco e optamos por ir só pra Ollantaytambo e Moray. Sinceramente, depois de Macchu Picchu nada me impressionou. Foi legal e valeu conhecer, mas se der, recomendaria visitar esses lugares antes de ir pra Macchu Picchu, porque senão perde um pouco da graça. Nesse tour independente gastamos 47 soles os dois com transporte. Se você comparar com os tours pelo Vale Sagrado acho que não vale a pena, porque vi tours que incluíam ônibus e guia por cerca de 35 soles por pessoa e iam pra mais lugares, mas estávamos cansados de Salkantay e sem pique pra passar um dia inteiro vendo mais ruínas, por isso optamos fazer a coisa de forma independente. Antes, nos informamos no escritório oficial de informações turísticas que fica perto da Plaza de Armas e lá eles nos disseram onde e quais ônibus deveríamos pegar e também o tempo e o custo.

 

Dicas:

1) Existe um mercado central em Cusco, que chama Mercado San Pedro, e é tipo o mercadão municipal em SP, que vende de tudo...frutas, legumes, castanhas, lembranças, pão etc. Lá no fundo tem uns restaurantezinhos que vendem comida boa e barata. Por 12 soles você compra um prato gigante! Eu, por exemplo, não consegui comer tudo, e olha que sou boa de garfo. O Erich até comeu, mas depois ficou estufadasso hahahaha. Da segunda vez que voltamos lá, achamos melhor dividir um prato. Tem um do lado do outro lá, mas nós escolhemos um que chama “El Sabrosito” e tudo correu bem.

2) Na calle Hospital, que é onde ficava nosso primeiro hostel, tem um lugar que chama Pasteleria y Panaderia San Pedro (um pouco depois da igreja San Pedro se você vem da Plaza de Armas, no lado esquerdo) que vende umas empanadas por 2,50 soles que são simplesmente SENSACIONAIS! Vale a pena conhecer.

3) Balada: fomos com o pessoal que conhecemos em Salkantay pra um lugar que chama Mushroom’s bar pra beber alguma coisa e fazer um esquenta. Depois acabamos na Mama Afrika, que fica no andar de cima, que é um lugar mega animado. Em nenhum dos dois se paga entrada, apenas o que consumir.

4) Sorveteria El Hada: sorvetes artesanais que são deliciosos e com sabores super diferentes.

 

No dia 16/10 pegamos um ônibus noturno para Arequipa. Compramos no dia anterior a passagem com uma empresa que chamava Tepsa, que era muito boa (60 soles a passagem). O ônibus novinho e tinha até serviço de bordo. (fomos até a rodoviária com um bus que chamava correcaminos, que foi o mesmo que usamos no dia 16 pra ir pra rodoviária com os mochilões. Custa 0,70 centavos de sol).

 

17 e 18/10 – Arequipa.

Chegamos em Arequipa no dia 17 bem cedo e fomos direto para o hostel. Aqui, o que escolhemos foi o Arequipay Backpackers, que gostamos bastante. Inicialmente pegamos o quarto de 10 pessoas. Esse quarto tem tipo uma varanda que eles fecharam e colocaram duas das beliches lá. Se possível, recomendo pegar uma cama lá porque fica parecendo que seu quarto é de, na verdade, 4 pessoas, e tem janelas pra ventilar o ambiente. No próprio hostel compramos o trekking de 2 dias para o Cañon del Colca. Inicialmente a idéia era sair já no dia 18, mas como eu fiquei gripada no nosso último dia em Cusco, ainda estava sentindo os efeitos da gripe, então decidimos ficar mais um dia em Arequipa e compramos o trekking para os dias 19 e 20/10. Compramos também nossa passagem pra Tacna (20 soles), pois sairíamos bem cedo no dia 21.

 

Dica: Se você estiver afim de jantar em algum lugar legal, reserve essa oportunidade para Arequipa. Seguindo uma recomendação do nosso guia de viagem da lonely planet, fomos num restaurante chamado Zingaro a fim de experimentar um bom ceviche e uma boa alpaca, e não nos arrependemos nem um pouco! Dividimos um ceviche de entrada e depois cada um pediu seu prato de alpaca. Estava simplesmente delicioso! Ao todo, gastamos R$ 100,00. Não é barato, eu sei, mas foi o nossa única extravagância durante toda a viagem, e valeu muito a pena! Mais tarde se quiser esticar, a mesma rua está cheia de bares e baladas.

 

19 e 20/10 – Cañon del Colca.

No dia 19 saímos cedo para o trekking do cañon. A primeira dica importante aqui é que sulamericano para menos no boleto turístico do canyon! E é um bom desconto. O valor normal é 70 soles por pessoa, mas com o desconto você paga 40! Então não se esqueça de falar que você é sulamericano para o seu guia no momento em que eles começarem a recolher o dinheiro pra comprar o boleto turístico.

Perto de Salkantay, o trekking do Colca é bem mais tranqüilo. No primeiro dia você anda cerca de 7h, em descida e plano. No final desse dia você chega em um lugar que eles chamam de Oasis. Digamos que é tipo um hotelzinho com bangalôs e tem até piscina. Tem chuveiro, mas já aviso que a água é mais do que gelada, então, se for tomar banho, te aconselho a fazê-lo assim que chegar, quando ainda tiver sol. Vale alertar que o lugar não tem luz elétrica, então tenha uma lanterna e, se possível, um head lamp. Outra coisa é que os lençóis do lugar estavam um tanto sujos. Não tenho dúvidas de que eles não eram trocados há um bom tempo e que várias pessoas já tinham passado por lá hahaha. Então eu recomendo que, assim como fizemos, levem pijamas de calça e manga comprida, até porque faz frio à noite, e cubram o travesseiro com uma camiseta limpa, assim vocês evitam muito contato com os lençóis hahahaha.

No dia 20 acordamos e já começamos a subida de 3h até o topo e o ponto de partida do dia anterior. LEVEM COISAS PARA COMER ANTES DA SUBIDA. No segundo dia o café da manhã é só lá em cima, e encarar 3h de subida sem nada no estômago não é uma boa idéia. Nós levamos pão, atum em lata (que sempre é uma boa opção porque não precisa de refrigeração), bolachas e castanhas. A subida é difícil mas dá pra fazer tranquilo se você mantiver o seu ritmo. Mesmo se estiver acompanhado, o ideal é que cada um siga seu próprio ritmo. E POR FAVOR, não subam com o auxílio das mulas/burros/cavalos que existem ao longo do caminho. Temos conhecimento de uma menina que pagou para subir numa dessas mulinhas. No meio do caminho e o animal pisou em falso e foram os dois desfiladeiro abaixo.

Depois da subida fomos tomar café, que estava incluso no pacote, e depois disso ainda passamos por alguns lugares que já não lembro bem até que no final da tarde nos deixaram de volta em Arequipa.

 

Dica: Leve toda a água que conseguir carregar e também hidrosteril (aquelas gostinhas de cloro que você compra em qualquer mercado pra purificar a água). No meio do caminho existem lugares pra comprar água, mas eles vão te enfiar a faca.

 

OBS: Nós fizemos o trekking de dois dias, mas existe a opção de fazer o mesmo trekking em 1, 2 ou 3 dias. O de 2 dias pra mim foi na medida certa. Acho que o de 1 seria muito puxado porque o final da trilha é uma subida de 3h, e seria demais pra mim. O de 3 penso que seria “perda de tempo” porque o pessoal que fez essa parou já na hora do almoço o que, pra nós, não teria muito sentido pois queríamos continuar.

 

 

21/10 – Saída para Tacna de manhã. Chegada em Tacna. Colectivo para Arica (Chile).

Acordamos bem cedo, pegamos um taxi (8 soles), pois eram 5h da manhã, e fomos para o terminal. A viagem de Arequipa a Tacna levou cerca de 6h, mas demoramos mais. Usamos a empresa Flores. Era a que tinha os melhores horários, mas se puder, evite-a. Tudo correu bem, mas ela demora mais do que o tempo previsto e para várias vezes no meio da estrada para a entrada de ambulantes.

Chegando em Tacna, ali mesmo na rodoviária, existem uns carros, que eles chamam de colectivos, que fazem o trâmite Tacna-Arica. São como se fossem táxis, onde cabem 5 passageiros, que saem a todo momento, quando estiverem completos, o que acontece super rápido porque muita gente faz a fronteira o tempo todo. Você paga a taxa de embarque (2 soles por pessoa), entrega seu documento pro motorista, que precisa fazer a lista de passageiros, coloca suas coisas no carro e parte. Antes de sair do terminal ele te devolve seus documentos. A viagem dura cerca de 1h, e no meio você faz a fronteira pra sair do Peru e depois pra entrar no Chile, o que foi tranqüilo. Em Arica o cara te deixa na rodoviária, mas se você quiser descer antes, é só pedir. No hora de descer você paga o motorista (18 soles por pessoa). Vimos que existem outras opções para cruzar essa fronteira, mas esse modo é, na nossa opinião, o que tinha o melhor custo-benefício, pois tinha um ônibus que era mais barato, mas o tempo que você perde na fronteira, visto que o motorista precisa esperar todo mundo, faz não valer a pena a economia.

Em Arica, tínhamos reservado o hostel Sunny Days, mas chegando lá o dono nos disse que a mulher dele tinha dado o nosso quarto para outra pessoa por engano. Então ele nos devolveu o depósito feito pelo hostelworld e nos levou até outro hostel de um conhecido dele, que ficava ali do lado e ainda mais perto da praia. O que inicialmente parecia ser um problema se transformou em uma agradável surpresa. Esse “hostel” chamava End of The Trail. O dono é o Franklin, um veterano do Vietnã, na casa dos 60 e tantos, ex-surfista que, depois de voltar do Vietnã, odiando os EUA, resolveu cair no mundo, mais precisamente, na Sudamérica, e por aqui está até hoje. O hostel dele é, na verdade, a casa dele, onde ele vive com a Maria, sua namorada chilena há 7 anos já, e onde ele recebe viajantes de todo o mundo. O cara é gente boa pra caramba, tem muitas histórias pra contar e está sempre disposto a uma boa conversa. O café da manhã lá é o melhor que tivemos em toda a viagem. Completíssimo, tipo de hotel, com suco, café, leite, chá, frutas, pão fresquinho que o Franklin compra de manhã, iogurte, cereais, frios, granola, manteiga e geléia. Sensacional. Além disso, o hostel fica pertíssimo da praia e a 5 min de caminhada da rodoviária.

 

22/10 – Passar o dia em Arica. Ônibus noturno para SPA (11h).

Fizemos o check out e deixamos as malas na casa do Franklin. Passamos o dia em Arica, mais uma fez fazendo nada além de beber cerveja na praia. Apesar de termos feiro check out já, o Franklin deixou que a gente usasse a cozinha e o banheiro o dia todo. E antes de ir embora pagamos a quantia módica de 1.000 pesos chilenos pra alugar uma toalha e tomar banho lá. A noite pegamos o ônibus pra San Pedro de Atacama (10.000 pesos – 11h de viagem).

Importante: leve pesos chilenos para SPA. A taxa de câmbio lá é péssima, a melhor que achamos foi 575 pesos por dólar, enquanto em outros lugares você encontra 580/585.

 

23/10 – Chegada SPA. Sandboard.

Chegamos em SPA de manhã e fomos a pé até o hostel. Aqui escolhemos o Laskar Hostal. Todos os hostels em SPA são caros, esse foi o melhor avaliado que tinha um preço mais em conta. Ficamos num quarto de 6 pessoas. Assim que nos instalamos, saímos pra passear pela cidade e pesquisar preços dos tours que queríamos fazer e da viagem pro Salar de Uyuni. Depois de muita pesquisa, fechamos o Sandboard para aquela tarde (12.000 pesos por pessoa), com a empresa Atacama Inca Tour. que fica bem na Plaza de armas. Segundo informações, era a mais bem conceituada, bons professores, bom preço e esse horário da tarde incluía, depois do Sandboard, ver o por do sol na pedra do coiote com pisco sour e petiscos.

Fechamos também os Geysers del Tatio para a manhã do dia 24 e Valle de La Luna + Valle de La Muerta para a tarde, e Lagunas Altiplanicas para o dia 25. Fechamos estes tours todos com a mesma empresa, chamada Terra Extreme, por 48.000 pesos por pessoa. Se você fecha com uma agência só, eles acabam te dando um bom desconto. Atenção porque as entradas aos parques não estão inclusas no preço (Tatio: 10.000,00 pesos; Valle de La Luna: 4.000,00; 10.000,00 parques do tour das lagunas).

 

Dica: existem uns “food stalls” em SPA, na rua Licancabur, perto do estacionamento público, que vendem comida barata. Tem uns lugares meio feinhos e outros mais bonitinhos. Arriscamos em um deles e nos demos bem. Comida boa por cerca de R$ 12 por pessoa.

 

24/10 – Tatio de manhã e Valle de la Luna + Valle de la Muerte à tarde.

Acordamos super cedo, lá pelas 4h da manhã, e pegamos a van da agência que foi nos buscar no hostel. Depois de algumas horas de viagem, chegamos no Tatio. Lá faz muito, mas MUITO frio mesmo!! ::Cold:: Como a altitude é grande e o sol ainda não deu as caras, pegamos – 8,9 ºC, então tem que ir preparado. Lá a guia te dá explicações e no final da primeira parada tem o café da manhã que já está incluso no tour. Depois você ainda faz algumas paradas e volta pra SPA por volta das 12:30h.

À tarde, lá pelas 14h, fomos até a agência que era o ponto de encontro para o tour do Valle de la Luna + Valle de la Muerte e de lá saímos para o tour. Sinceramente, de todos os tours que fizemos, esse foi o mais fraco. Essa não é uma crítica à agência nem nada disso, eles foram ótimos, mas o lugar não era nada de mais...perto do que já tínhamos visto até ali, não impressionou.

No final do dia voltamos para SPA e fechamos o tour de 3 dias até o Salar de Uyuni (existe a opção do 4º dia, mas é só se você quiser voltar pra SPA. Nós ficamos em Uyuni e seguimos viagem de lá). Pesquisamos um monte antes, a empresa mais conhecida é a Cordillera Travel, é a mais antiga e a mais cara também, cobravam 100.000 pesos chilenos por pessoa. Mas acabamos fechando com uma chamada Lithium, que nos foi recomendada pela mulher da Terra Extreme, a agência que fechamos todos os tours de SPA, e pagamos 85.000,00 por pessoa (o que dá uma diferença de uns R$ 60,00 por pessoa). Como é uma agência pequena, não deu quórum, daí nos passaram pra outra agência, a Worl White Travel, sem qualquer custo pra nós, e foi tudo ótimo! Não tenho nada do que reclamar.

 

Dica:

1) existe um escritório de turismo oficial bem na esquina da praça principal. Lá eles mantêm um livro onde os turistas podem escrever sobre os tours e as agências que utilizaram. Dar uma olhada nesse livro é uma mão na roda na hora de definir qual agência escolher porque lá as pessoas escrevem todos os prós e contras, críticas, elogios e tudo o mais.

2) Você precisa levar bolivianos para o tour do Salar. As agências recomendam cerca de 250 bolivianos por pessoa, sendo que os gastos obrigatórios são 150 bolivianos pra entrada do parque e 30 bolivianos para a islã inca huasi já no Salar. Quase no final do tour existe um povoado que chama Colchani, onde eles vendem artesanatos feitos de sal mais barato que em qualquer outro lugar, então vale a pena levar um pouco a mais do que os gastos obrigatórios se você quiser comprar alguma recordação. Por isso, 250 é suficiente. Se possível, compre esses bolivianos ANTES de ir pra SPA, porque lá o câmbio é péssimo.

 

25/10 - Lagunas Altiplanicas

É um tour de praticamente um dia todo. Saímos por volta das 8h e voltamos às 16h. Gostamos bastante. Vale a pena!

 

26 a 28/10 – Salar de Uyuni

No dia 26 de manhã, acho que umas 4:30h, uma van passou pra nos buscar no hostel e depois de recolher mais algumas pessoas fomos fazer a fronteira de saída do Chile, ali em SPA mesmo. Depois de todos terem passado, fomos rumo à fronteira com a Bolívia. Chegamos por lá acho que perto das 9h da manhã, talvez um pouco antes. Lá, a fronteira é uma casinha no meio do nada, literalmente, e os Jeeps 4x4 já estavam nos esperando. Fizemos a entrada na Bolívia e tomamos café providenciado pela agência enquanto as malas maiores eram colocadas em cima do Jipe. Quando todos estavam prontos, partimos para o tour. Éramos 6 pessoas num jipe. Os dois assentos de trás são um pouco desconfortáveis, principalmente se você for mais alto, então o melhor mesmo é estabelecer um rodízio com o pessoal que estiver viajando com você, assim cada dia são duas pessoas diferentes que estão lá atrás. Vale registrar que o segundo dia é o mais longo, então se puder, evite esse dia pra sentar nos bancos de trás! Hahahaha

Logo após a fronteira andamos um pouco e chegamos na sede do parque nacional, onde pagamos os 150 bolivianos. Nesse primeiro dia você passa por vários lugares: Laguna Blanca e Laguna Verde, Deserto de Dali, Águas termales (que não paga pra entrar mas paga pra usar o vestiário pra se trocar) e Geiser Sol de La Mañana. No final desse dia você chega no local onde vai passar a primeira noite, que eles chamam de Refúgio. Nesse lugar te colocam num quarto de 6 camas (1 quarto por jipe). Você se deixa as suas coisas e volta pro jipe pra ir na Laguna Colorada, onde será possível ver UM MONTE de flamingos. Se você não os viu antes, lá vai dar pra fazer um book deles. Depois de ficar um tempão lá, voltamos para o refúgio e tomamos um chá/café com bolacha que nos deram para esperar até a hora do jantar. Lá as acomodações são simples, mas tranqüilo. Não tem água quente, então voltamos aos lenços umedecidos. A energia elétrica é por gerador, que eles ligam só por algumas horas (da hora que escurece até a hora que todos vão dormir.). O lugar não tinha tomada, mas demos sorte pq na janela do nosso quarto, do lado de fora, tinha uma extensão pendurada que puxamos pra dentro do quarto e usamos pra carregar as baterias no período que ligaram o gerador. Jantamos e fomos dormir.

Importante destacar que todo esse tour é feito em altitudes que chegam até 4.900m, portanto, é bom se habituar às altitudes antes pra não passar perrengue. Nós não tivemos problema com altitude durante toda a trip, mas um espanhol do outro jipe vomitou a vida e mais um pouco.

 

No dia 27/10 acordamos bem cedo e seguimos o tour. Passamos por vários lugares: árvore de pedra, deserto siloli, 4 lagunas altiplanicas, mirante do vulcão ollague e salar de chiguana. No final da tarde, ainda com sol, chegamos na nossa segunda parada, o hotel de sal. Aqui tivemos um quarto privativo e, ao contrário do que nos haviam dito na agência, tivemos banho quente e de graça (na agência a mulher tinha dito que podíamos tomar banho mas que pagaríamos 10 bolivianos por pessoa). À noite, durante o jantar, ainda nos deram uma garrafa de vinho.

Depois do jantar nosso guia/motorista veio falar coma gente pra perguntar se queríamos ver o nascer do sol no salar ou se preferíamos acordar mais tarde. Por unanimidade (e por sorte), todos os 6 optamos por madrugar e ver o nascer do sol no Salar. Depois disso, fomos domrmir.

 

No dia 28/10 acordamos às 4h da manhã, arrumamos tudo e saímos para o Salar. Não sei dizer o quanto demorarmos pra chegar lá, porque estava tudo tão escuro que não sei dizer exatamente quando entramos no Salar, mas na hora em que o sol estava quase nascendo, pedimos para o nosso guia parar o carro, pois já estávamos dentro do Salar, para vermos o sol nascer, e foi uma das coisas mais incríveis que já vi. Depois de gastarmos uma ou duas horas por lá, seguimos para a Ilha Inca Huasi, que é uma ilha de pedra e cactos no meio do “mar de sal”. Lá tivemos que pagar 30 bolivianos pra conhecer e passear. É um lugar muito bonito e subindo é possível ver o Salar de cima. Depois disso tomamos café da manhã ali, passamos algumas horas até voltarmos pro jipe e encerrarmos nosso tour. Assim que saímos do Salar passamos por Colchani, onde compramos artesanato de sal (pesquise em todas as barraquinhas antes de comprar, os preços variam bastante), e almoçamos. Pós almoço passamos pelo cemitério de trens, já em Uyuni, e depois o nosso guia/motorista nos deixou no escritório da agência. Depois de fazer alguns procedimentos lá na agência, deixamos nossos mochilões lá a fim de passear um pouco e comprar nosso ônibus noturno pra Sucre. Uyuni é uma cidade pequena, sem muita coisa pra fazer. Depois de pesquisarmos um pouco descobrimos que só uma empresa sai de lá direto pra Sucre, a “6 de octubre”, que sai às 22h. Se for embora no mesmo dia, compre a passagem o quanto antes porque o ônibus pode lotar! Se você quiser ir pra Potosi, aí tem várias empresas e horários pra escolher.

 

29/10 – Chegada em Sucre de manhã. Passeio pela cidade. Saída para Santa Cruz a noite.

Chegamos em Sucre na manhã do dia 29, por volta das 5h. Nossa idéia era achar um hostel perto da rodoviária que nos permitisse guardar os mochilões e tomar banho, pois iríamos apenas passar o dia na cidade e pegar um ônibus noturno para Santa Cruz de La Sierra. Pisamos fora da rodoviária e vimos um outdoor de um hostel filiado à Hostelling International e que, pra nossa sorte, ficava ali do lado. Andamos até lá e conseguimos o que queríamos. Pagamos 20 bolivianos cada pra tomar banho (com a nossa toalha) e guardar nossos mochilões lá até a hora do nosso ônibus. Antes de sair de lá perguntamos para o cara do hostel quais as empresas de ônibus que eram melhorzinhas, pois várias empresas faziam o trajeto, e eles nos indicou a Bolívar e a Unificado. De volta à rodoviária pesquisamos preço. A Bolívar custava 100 bolivianos, e no guichê conhecemos uma brasileira que vivia na Bolívia e disse que aquela era a melhorzinha. Fomos até a Unificado e o preço era de 80 bolivianos, que depois caiu pra 70, então, contrariando as indicações, compramos com a Unificado. Nesse trecho não existe ônibus de dois andares nem o que eles chamam de bus-cama, só semi-cama, e eles não têm banheiro, pois, segundo nos informaram, a estrada é bem ruim, então não dá pra ser ônibus muito grande (mais tarde confirmamos a informação pois a maior parte da estrada é, pasmem, de terra, tanto que a distância é de 500km, mas a viagem demora cerca de 11-12h!). No final da tarde, quando fomos pegar nosso ônibus, quase tive um treco quando vi o veículo ::sos:: Por fora era velho e parecia caindo aos pedaços, sem dúvidas, o pior que tínhamos visto até ali. Ficamos preocupados achando que tínhamos entrado numa furada, mas depois vimos que todos os ônibus por lá eram assim, inclusive o da empresa Bolívar! Então abraçamos a situção e deixamos à cargo da sorte hahahaha. Quando entramos no ônibus, por dentro ele era bem melhor, reformado e com assentos bons, e a viagem foi tranqüila. Acho que a estrada ruim judia um pouco dos veículos, então eles não se preocupam muito em cuidar deles por fora.

 

Dicas:

1) O Câmbio em Sucre era bom (6,92Bs = U$ 1), mas depois achamos um mercado que pagava 6,96Bs;

2) Pra almoçar procuramos alguns restaurantes recomendados pelo nosso guia, mas desses, alguns estavam fechados e outros eram caros. Acabamos encontrando um que chamava Damasco, onde pagamos 30bs por pessoa pra uma entrada (sopa ou salada) + prato principal + café ou chá, e tudo estaca muito gostoso! Recomendo.

 

30/10 – Chegada em Santa Cruz de la Sierra

Chegamos em Santa Cruz de manhã e fomos para o hostel, que chamava Jodanga Backpeckers, que era ótimo! Tinha piscina, mesa de bilhar, bar e uma cerveja grátis se você acertasse as perguntas que o recepcionista fazia depois de te dar as regras do hostel pra ler! O café da manhã também era sensacional! Junto com o de Arica, foi um dos melhores da viagem toda, tipo de pousada. Nesse dia não fizemos muita coisa, passeamos por aí, descansamos e nos preparamos pra viagem de volta do dia seguinte.

 

31/10 – Voltar pra SP

Fizemos check out e andamos até o aeroporto El Trompillo, que ficava ali do lado. De lá, saem vans para o Aeroporto Internacional de Viru Viru por 6 bolivianos. Mais uma vez, é bom lembrar que a aduana do aeroporto de Santa Cruz é MUITO lenta, sendo que eles abrem a sua mala de mão inteira e algumas pessoas eles até mandam passar num raio X lá, então, pra não correr o risco de perder o vôo, é bom ir com mais tempo do que de costume!

 

Por fim, já falei isso algumas vezes mas é sempre bom relembrar: pra encarar as viagens noturnas longas, levem comida e água, porque os ônibus praticamente não param e quando param, os lugares são bem esquisitos.

 

E é isso, espero que tenham curtido o relato e que ele ajude de alguma forma. Qualquer dúvida, estamos à disposição pra esclarecer e ajudar! :)

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  • 2 semanas depois...
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Olá, parabéns pelo seu relato. Está me ajudando bastante e irei fazer um mochilão em julho de 21 dias (passagens compradas) indo pela Bolívia e voltando também por estar mais em conta. Tenho uma pergunta em relação ao câmbio em cada país, quanto cambiar em cada país? Vocês calcularam uma média? Seguiram algumas dicas? Valeu!

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Olá, parabéns pelo seu relato. Está me ajudando bastante e irei fazer um mochilão em julho de 21 dias (passagens compradas) indo pela Bolívia e voltando também por estar mais em conta. Tenho uma pergunta em relação ao câmbio em cada país, quanto cambiar em cada país? Vocês calcularam uma média? Seguiram algumas dicas? Valeu!
Oi, Kelvin! O dinheiro a gente tentava calcular com base no que pretendíamos fazer em cada lugar. Ja de entrada somávamos o que sabiamos que iriamos gastar naquela cidade (p ex. hostel, passeios, passagem etc.), com uma margem de sobra. Claro que se vc for pra San Pedro, por exemplo, eh melhor trocar dinheiro antes pq o câmbio la eh ruim.

Acho que o melhor é ir trocando aos poucos pra não perder muito no câmbio, pq se vc trocar dólares (nós levamos dólares pq na época valía a pena) por bolivianos e depois por soles, vai perder dinheiro em cada operação. A gente acabou indo nas casas de cambio com uma certa frequência, e sempre pesquisando o melhor preço, mas no final valeu a pena pois quando cruzávamos uma fronteira sobrava muito pouco dinheiro do país anterior.

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  • Colaboradores

Obrigado pelo relato. Ajudou bastante!

 

Você acha que continua valendo a pena levar tudo em dólar? Ouvi dizer de um cara que esteve lá neste mês que tava Bs.2,45 por R$1 e Bs.5,85 por US$1. Não sei se foi uma cotação ruim ou se é a média atual, porque se for assim compensa mais levar em R$, já que o dólar tá custando quase R$3 por aqui.

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Obrigado pelo relato. Ajudou bastante!

 

Você acha que continua valendo a pena levar tudo em dólar? Ouvi dizer de um cara que esteve lá neste mês que tava Bs.2,45 por R$1 e Bs.5,85 por US$1. Não sei se foi uma cotação ruim ou se é a média atual, porque se for assim compensa mais levar em R$, já que o dólar tá custando quase R$3 por aqui.

 

Na época tínhamos visto que a tendência é a taxa do dólar ser sempre melhor que a do real, e uma amiga que tinha ido no ano passado já tinha comentado isso tb. Então pesquisamos quanto estava o câmbio, tanto do real, quanto do dólar e depois fizemos uma regra de três básica pra saber o que valia mais a pena. Como compramos dólares em setembro do ano passado, o valor estava em U$ 1 = R$ 2,20. Daí calculávamos quantos bolivianos conseguíamos comprar com U$ 1 e quantos conseguíamos comprar com R$ 2,20, e a taxa do dólar sempre valia mais a pena. Por exemplo, usando uma cotação que encontrei no site do banco central da Bolívia e o valor que eu paguei na época: com U$ 1 conseguiria comprar 6,86 Bs, já com R$ 2,20, conseguiria comprar 5,38 Bs. A diferença é de centavos de real por dólar, mas se você for somando, no final é um valor considerável. Agora, se você fizer a conta com essa cotação que você mencionou, aí realmente valeria mais a pena levar o Real.

 

O jeito é tentar conseguir uma cotação atualizada. Dá pra pesquisar a taxa de cada moeda na internet, procurando por casas de câmbio locais e até mesmo em sites de banco (lembrando que as do banco central nem sempre são as que você encontra na rua). Lembro tb que aqui no site tinha um fórum sobre moeda, cartões e etc na Bolívia, onde o pessoal colocava infos atualizadas. Talvez lá tenha alguma informação recente tb.

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  • 1 ano depois...
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Olá boa tarde, adorei o relato e ajudou muito na preparação da viagen, tenho uma dúvida, vale a pena levar saco de dormir pra fazer o salar do yuni? Ouvi dizer que os colchões são muito ruins

Obrigada.

 

Eu não levei saco de dormir e não lembro de ter achado o colchão tão ruim, não, nem no refúgio e nem no hotel de sal. Claro, depois de um dia inteiro dentro do carro, vc chega cansado mesmo sem ter andado muito, talvez isso tenha influenciado. haha. Agora, pensando aqui, eu ACHO que a agência fornecia saco de dormir na primeira noite, por causa do frio, mas sinceramente não me lembro se forneceu mesmo ou se eu usei. O que eu levei e achei útil, foi aquele lençol de saco de dormir, sabe? (Ele é caro mas vc consegue comprar uma capa de colchão de solteiro e funciona do mesmo jeito). Levei pensando no saco de dormir que ia alugar na trilha pra macchu pichu e acabei usando várias outras vezes, inclusive no caminho do salar, porque os lençóis nem sempre são limpos :? tbm dá pra dormir com calça/camiseta comprida, meias e cobrir o travesseiro.

Enfim, não levei, confesso que não lembro se a agência forneceu na primeira noite ou se eu usei (acho que não usei na primeira noite e na segunda, definitivamente não usei) mas acho que isso varia de pessoa.

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