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Albânia & Macedônia (julho/agosto de 2015): O Lado B dos Bálcãs


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Quando se fala em Bálcãs, logo se pensa em Croácia (um dos destinos mais quentes do Mediterrâneo atualmente), Montenegro (que está começando a bombar) e, em menor grau, Romênia, Sérvia e Bósnia. Albânia e Macedônia geralmente são esquecidos e até imagina-se que não tenha nada de interessante por lá; porém, esses dois países tão peculiares escondem verdadeiros tesouros históricos, arquitetônicos e naturais. Estive na Albânia de 26 de julho a 2 de agosto, e na Macedônia, de 2 a 8 de agosto. Infelizmente, o tempo foi muito curto para visitar todas as atrações que esses dois países podem oferecer, então infelizmente tive que deixar de lado as praias albanesas (que são tão lindas quanto as gregas ou croatas), assim como o norte montanhoso; e da Macedônia ficaram de fora alguns parques nacionais muito bonitos, como os de Galičica, Mavrovo e Pelister, além do canyon de Matka (esse bem próximo à capital macedônia, Skopje). Concentrei-me em 3 cidades albanesas (a capital Tirana, Gjirokastër e Berat, além de uma visita rápida às ruínas romanas de Butrint e à Nascente do Olho Azul) e 3 macedônias (Ohrid (com direito a uma visita ao Monastério de Sveti Naum, nos arredores da cidade), Bitola e a capital Skopje). E, aos poucos, escreverei por aqui o relato da minha viagem.

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Domingo, 26 de Julho: Cheguei no aeroporto de Tirana por volta das 11 da manhã, pela Alitalia, fazendo conexão em Roma. Uma fila imensa e os funcionários da imigração trabalhando a passos de tartaruga, parecendo até provocação; e uma mulher de passaporte americano, mas que falava a língua local, caiu nessa; começou a reclamar da demora e a xingar a funcionária que demorava vários minutos para atender cada passageiro (não entendi nada, mas com certeza foi isso que ocorreu). Resultado: ela foi convocada para uma conversinha com os policiais albaneses. Após mais de 40 minutos de espera, consegui finalmente entrar legalmente na Albânia. O aeroporto de Tirana, único internacional da Albânia, é chamado Nenë Tereza (Madre Tereza, que era albanesa de etnia, mas macedônia de nascimento. Voltarei a comentar sobre isso mais tarde), é pequeno, mas com uma vantagem: não é necessário táxi para sair de lá e ir para a cidade; existe uma linha chamada Rinas Express, que sai de hora em hora e te leva até o centro da cidade, atrás do Museu Nacional (mais precisamente, na avenida Dürresit). Como o local em que eu ficaria era ali perto (cerca de 5 quadras), fui andando mesmo até chegar ao Tirana B&B Smile, localizado na avenida Bogdanevë. Não gostei muito dele; a principal bronca minha é que eles te dão apenas a chave para entrar no B&B (que fica dentro de uma galeria comercial, com escritórios de advocacia e um café no mesmo prédio), e não da porta principal do prédio: ou seja, se a porta principal estiver fechada, reze para ter algum funcionário no hotel (o que raramente ocorre); outro problema é o preço, que eu achei caro pelo que é oferecido (diária de 45 euros). Logo de cara, deu para perceber que Tirana é uma cidade caótica, com muita gente, trânsito infernal e, ao menos durante a minha estadia lá, um calor inacreditável. Como ainda estava grogue pelo jet lag, passeei pouco nesse dia, apenas dei uma volta pelos arredores da praça principal da cidade, a Skanderbej (nome do herói nacional, fundamental na guerra contra os turcos). Abaixo, fotos da Torre do Relógio, da fachada do Museu Nacional (exibindo o estilo artístico comum na era soviética, o chamado "Realismo Socialista") e da estátua de Skanderbej (com a mesquita principal da cidade e a Torre do Relógio ao fundo), respectivamente.

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2ª Feira, 27 de Julho: Teria o dia todo para explorar Tirana, o que não quer dizer muita coisa: a cidade não é tão grande assim, as poucas atrações estão concentradas em pontos próximos e ela nem é tão interessante assim (o que vale a pena na Albânia é o interior, sejam as cidades históricas, praias ou montanhas). Antes de iniciar a exploração, fui até o ponto de onde saem os ônibus para Gjirokastër, meu próximo destino, e perguntar sobre os horários. Atenção: Tirana não possui uma rodoviária do jeito que conhecemos, dependendo do seu destino, cada ônibus ou furgon (que é como eles chamam as vans) sai de um ponto distinto; no meu caso, teria que ir até um lugar que os moradores locais chamam de Nishram, que fica na parte sudoeste da cidade, e chegando lá confirmei que haveria um furgon que sairia às 10 da manhã do dia seguinte. É bastante difícil se comunicar em inglês, mas quem fala italiano não terá problema nenhum na Albânia: praticamente todos entendem, e a grande maioria fala ao menos o básico (eu, que nem falo italiano, apelei àquele italiano macarrônico de novela da Globo e deu certo! Fui muito melhor compreendido do que falando em inglês). Despreocupado com a questão do transporte, comecei a explorar inicialmente o bairro chamado Blloku, que chegou a ser proibido para os locais (durante a infame ditadura comunista de Enver Hoxha; apenas ele e os integrantes do alto escalão do governo poderiam não só morar, mas também perambular por lá), mas hoje é o mais badalado da cidade, com inúmeras butiques, cafés, sorveterias e lojas em geral (abro um parêntesis aqui para falar dos sorvetes de Tirana: como são deliciosos! No melhor estilo gelatto italiano, o que eu mais gostei foi o de laranja, até hoje dá água na boca só de lembrar); de lá, fui até a praça principal do bairro, onde existe um exemplar típico albanês: os cogumelos de concreto, frutos da paranoia e do medo de uma invasão iugoslava (isso nas décadas de 70 e 80), que foram transformados em uma improvável atração turística. A história é meio complicada, mas o resumo seria mais ou menos esse: logo após a Segunda Guerra (quando foi invadida pela Itália de Mussolini), a Albânia adotou uma política comunista linha dura, através do carismático (porém sanguinário) ditador Enver Hoxha, que se aproximou de Stálin; porém, quando Kruschev assumiu o poder na URSS, a Albânia cortou relações e se aproximou da China maoísta; com a morte de Mao, a Albânia se tornou o país mais isolado do mundo (algo como a Coreia do Norte hoje) e, como Hoxha nunca se entendeu com o marechal Tito (governante da então Iugoslávia), ele mandou construir mais de 60 mil abrigos de concreto e aço, praticamente indestrutíveis, em toda a Albânia, por temer uma invasão iugoslava. Eles estão presentes em quase todas as cidades e até na zona rural, são uma constante na paisagem albanesa. Próximo a essa praça, um pouco mais ao norte, fica o monstruoso prédio em forma de pirâmide, que foi projetado pela filha e pelo genro de Hoxha para ser um centro cultural, mas que hoje está caindo aos pedaços; porém, a prefeitura de Tirana não se decidiu nem pela reforma nem pela demolição do prédio, e hoje ele está abandonado e servindo de abrigo para mendigos, além de ser muito utilizado pela galera do skate para manobras mais radicais. Depois, dei novamente uma volta pela Praça Skanderbej, pela Torre do Relógio e voltei para o hotel. Abaixo, foto do abrigo de concreto na praça principal de Blloku e da pirâmide, respectivamente.

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3ª Feira, 28 de Julho: Saí de manhã de mala e cuia para pegar às 10 horas o furgon (que é como os albaneses chamam as vans) em direção a Gjirokastër, no sul do país (aproximadamente 230km de Tirana). Por conta das estradas em condições precárias, o guia Lonely Planet afirma que a viagem Tirana-Gjirokastër demora em torno de 7 horas, mas na realidade a estrada está em condições razoáveis (já vi estradas brasileiras em situação muito pior) e o trajeto todo demorou pouco mais de 5 horas e meia (contando com uma parada para lanche e banheiro). Antes das 16h já estava no local onde ia me hospedar, o Kotoni B&B. Este sim é um lugar que eu gostei bastante: apesar do quarto ser bem simples, tudo é muito limpo e os anfitriões, Haxhi e sua esposa Vita, são extremamente simpáticos e receptivos (Haxhi é um pouco atrapalhado, mas ótima pessoa, e Vita é bem do tipo mãezona, que inclusive se ofereceu para lavar minha roupa sem cobrar nada por isso). E Gjirokastër é um caso à parte, a cidade albanesa que eu visitei que foi, de longe, a minha favorita. A parte antiga da cidade é bem preservada, com calçamento em xisto (pedra escura) e calcário (pedra clara) que é um charme só (se bem que as pedras de calcário são extremamente escorregadias), muitas lojas e cafés e, para completar, com um imponente castelo medieval na parte mais alta. Chega a lembrar as cidades históricas mineiras, mas eu me arrisco a dizer que é ainda mais bonita! E Gjirokastër é a cidade natal de duas das mais famosas personalidades albanesas: o já citado ditador Enver Hoxha e o escritor Ismail Kadaré (cuja obra mais conhecida é "Abril Despedaçado", mas ele também escreveu um caloroso relato de sua cidade, "Crônica na Pedra"). Como eu cheguei meio pregado por conta da viagem (e ainda não totalmente recuperado dos efeitos de mudança de fuso), deixei para explorar a cidade mais a fundo no dia seguinte. Abaixo, fotos do centro antigo da cidade, do padrão do calçamento das ruas e da vista da janela do meu quarto no B&B, com uma ótima visão do castelo, respectivamente.

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4ª Feira, 29 de Julho: Dediquei o dia todo a Gjirokastër; às 10 horas, saí para o walking tour (que é oferecido gratuitamente, a partir do centro de informações turísticas da cidade) com um grupo de italianos mais o guia local, que mostrou o lado menos óbvio e turístico da cidade, visitamos casas antigas, igrejas, mesquitas e praças. Como a cidade é uma ladeira só, cansou bem (ainda mais que o sol estava castigando), mas foi bem legal. Após o almoço, encarei mais outra ladeira: a que leva para o castelo. A subida é puxada, mas o visual quando se chega lá em cima compensa: tanto o castelo em si (que também abriga o Museu Militar e o Museu da Cidade) quanto a paisagem que se tem lá de cima são simplesmente maravilhosos. Chegando mais perto, eu vi que a Torre do Relógio está isolada e não grudada nas muralhas do castelo, como eu tinha pensado antes. E o castelo ainda em uma curiosidade: o que sobrou de um avião espião americano, que foi forçado a pousar no aeroporto de Tirana por problemas técnicos na época da Guerra Fria; o piloto voltou para os Estados Unidos, mas o avião ficou na Albânia, como um troféu, e sabe-se lá por que foi parar no castelo de Gjirokastër (talvez por ser a terra natal de Enver Hoxha), onde está até hoje. Abaixo, seguem fotos do walking tour e, depois, do interior do castelo.

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Oi Bruno,

 

Realmente, dá pena pular a Albânia (com exceção de Tirana, que eu julgo dispensável), mas com pouco tempo disponível fica complicado. Não conheci o Kosovo, mas também li que Pristina não vale a pena (Prizren sim, dizem ser uma cidade adorável). Agora, pela logística, começar por Skopje, descer até Ohrid e depois seguir para Montenegro fica mais complicado (Ohrid fica na fronteira com a Albânia, e Skopje próximo à fronteira com o Kosovo). Se fosse possível começar por Ohrid, depois subir até Skopje, entrar no Kosovo e de lá para Montenegro, ficaria mais viável (existe aeroporto em Ohrid, mas acho que são poucos os voos para lá).

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5ª Feira, 30 de Julho: Tirei este dia para conhecer as ruínas de Butrint e a chamada Nascente do Olho Azul (Syri I Kalter, em albanês), bem próximos à fronteira com a Grécia. De Gjirokastër até Butrint são 80km, e o Syri I Kalter fica no meio do caminho. É possível fazer o percurso de transporte público (ônibus ou furgon de Gjirokastër até Sarandë e de lá, outro ônibus para Butrint), mas preferi contratar um taxista que me cobrou 50 euros. No caminho, sobe-se uma serra primeiro e depois desce de uma vez, até chegar na entrada da nascente (que eu deixei para o final), e de lá, o percurso já é em relevo plano até chegar na cidade litorânea de Sarandë; o litoral albanês tem praias que não ficam devendo em nada às da Croácia ou de Montenegro, mas não é o caso de Sarandë, lotada demais, com um povo bem farofeiro mesmo. De Sarandë, mais 18km até chegar em Butrint, passando antes por Ksamil (um povoado costeiro bem mais arrumado do que Sarandë); no caminho, junto ao mar, é possível ver, a curta distância, a ilha grega de Corfu (o percurso até lá, de barco, dura menos de uma hora, e muita gente que está em Corfu vai até a Albânia, visita Butrint e o Syri I Kalter, e volta no mesmo dia). As ruínas de Butrint, datadas da época do Império Romano, podem até decepcionar quem já foi a lugares como Éfeso, mas mesmo assim vale a pena visitar, tem um anfiteatro, várias galerias e o local em si é bonito. Fiquei mais ou menos uma hora e meia por lá, depois pegamos o caminho de volta até chegarmos na entrada do Syri I Kalter, que nada mais é do que a nascente do Rio Bistrica. O lugar é simplesmente maravilhoso: bastante arborizado, uma água inacreditavelmente límpida, que à primeira vista (e ainda mais com o calorão que estava fazendo) te convida a um mergulho, mas é só botar o pé na água para mudar de ideia: é estupidamente gelada, chega até a queimar a pele. Ainda assim, alguns loucos mergulhavam com tudo. A nascente é chamada de Olho Azul porque a cor da água lembra os tons de uma pupila azulada, é muito bonito mesmo. Almoçamos lá e depois voltamos para Gjirokastër, onde dei mais voltas pelo simpático centro velho.

Dicas:

1-Gjirokastër foi o lugar da Albânia onde eu comi melhor: é impressionante como a culinária albanesa é deliciosa. Apesar de ser um país de maioria muçulmana, a carne de porco é consumida amplamente, e fica deliciosa com os temperos locais. Mas o que recomendo mesmo é uma iguaria típica chamada qifqe (pronuncia-se tchiftche): bolinhos de arroz com ervas e ovos, uma verdadeira delícia, melhor ainda com qöfte (carne grelhada, geralmente de porco, mas pode também ser de carneiro; vaca já é mais raro).

2-A nascente do olho azul fica a mais ou menos 46km de Gjirokastër, e a uns 17km de Sarandë, mas da pista até o local propriamente dito são 2km de estrada de terra; se estiver de ônibus, deve-se pedir para o motorista parar na entrada, depois percorrer os 2km restantes a pé. Abaixo, fotos dos arredores de Ksamil (com a ilha grega de Corfu ao fundo), das ruínas de Butrint e do Syri I Kalter, respectivamente.

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Obrigado pelas dicas Marcos! Também não estou achando a logistica das melhores! Tinha pensando em ir e voltar de skopje para Pristina, para poder ir a Ohrid. Perderia um tempo nesse ir e vir. O problema que achei um voo muito interessante chegando em Skopje, pesquisei para todas as outras possibilidades que pudessem melhorar a logistica, mas não achei. Vou pesquisar se dá para ir de Ohrid para Prizren sem passar por Skopje novamente.

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6ª Feira, 31 de Julho: Dia de se despedir de Gjirokastër e partir em direção a Berat, no centro da Albânia. Quando perguntei sobre transporte para lá, ouvi muitas informações desencontradas sobre o horário do furgon, ou se haveria mais de um; no fim, Vita foi a mais enfática e me disse para esperar na entrada da cidade (que é onde param os furgons) a partir das 8:50h, e que ele poderia passar desde esse horário até às 10:30h, dependendo da quantidade de passageiros que eles conseguiriam (pois é, transporte na Albânia é uma questão complicada, ainda mais para mim, que não dirijo). Lá estava eu às 8:45h, e fiquei esperando até às 9:25h, quando enfim chegou o furgon. Problema: não tinha mais lugar vago; mas deram um jeito e lá fui eu sentado num banquinho de plástico (bem desconfortável, mas não havia outro jeito) encarar as 3 horas e meia de viagem, numa pista que varia de razoável a precária (felizmente, os trechos precários são curtos, e a paisagem compensa o desconforto). Chegando em Berat, fui diretamente ao Hotel Belgrad Mangalemi, que fica no bairro muçulmano de Mangalemi, para deixar as coisas e sair para dar uma explorada na cidade. Berat é conhecida como "A Cidade das Mil Janelas", pelo fato de várias casas estarem muito próximas em um terreno acidentado, o que evidencia justamente a quantidade de janelas quando se vê de longe. No guia do leste europeu da Lonely Planet (em português), está escrito que explorar Berat é a melhor atividade em território albanês mas, apesar de ter gostado da cidade, para mim nada supera Gjirokastër na Albânia. Mas as duas cidades possuem castelos na parte mais alta da cidade, e o de Berat na verdade não é apenas um castelo, é uma cidadela medieval de fato, bem preservada, e onde moram famílias até hoje. Preferi deixar a exploração do castelo para o dia seguinte e me concentrei no centro velho de Berat. As principais atrações são o calçadão cheio de cafés, lanchonetes, sorveterias (e que ferve à noite, como eu pude comprovar), o bairro de Mangalemi, onde eu estava hospedado, a ponte que leva ao bairro de Gorica (e que tem a melhor vista da cidade), a chamada Mesquita de Chumbo (que tem esse nome graças às suas cúpulas cinzentas) e, ao lado da Mesquita, a Catedral Ortodoxa. Abaixo, fotos do calçadão, da vista da cidade a partir do bairro Gorica (onde fica fácil entender o apelido de "Cidade das Mil Janelas"), da Mesquita e da Catedral, respectivamente.

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