5 destinos da América do Sul para observar o céu

01 – Deserto do Atacama – Chile

O deserto mais alto e mais árido do mundo é considerado um dos melhores céus para observação astronômica no hemisfério sul. Além das atrações na região, o Atacama é ótima opção para quem gosta de fotografia noturna ou astronômica.
Na foto abaixo, as antenas do projeto Alma (sigla do inglês Atacama Large Millimeter Array – o maior projeto astronômico da Terra) na qual podem ser vistas no céu as Nuvens de Magalhães, que aparecem no centro da imagem como duas manchas brilhantes.

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Povoado de Atins (Lençóis Maranhenses) – Maranhão – Brasil

Você pode estar em uma travessia pelo Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, e aí, toda a abóbada lhe cobrirá, mas um dos pontos ali é especial, a começar pelo acesso ao povoado através de pequenas lanchas (voadeiras) pelo Rio Preguiças, às vezes, somente sob a iluminação da lua.

The Soft Sands of Twilight

Foto de Michael Anderson . Anoitecendo nos Lençóis Maranhenses

Vale do Capão (Chapada Diamantina) – Palmeiras – Bahia – Brasil

O Vale do Capão, no Parque Nacional da Chapada Diamantina é daqueles destinos que fascinam, à noite ou durante o dia. Há uma energia no ar e toda beleza vivenciada durante o dia encontra o ápice nas noites de céu estrelado.

Sem título

Foto de Alfredo Mascarenhas no Vale do Capão.

Islas del Sol e de la Luna – Bolívia

Ambas no Lago Titicaca, as ilhas sagradas para os Incas são alguns dos pontos mais visitados por mochileiros na Bolívia. Além da beleza cênica do lago e de templos pré-colombianos, às noites estreladas fazem o local ainda mais especial. Às vezes uma tempestade pode atrapalhar a observação, mas não interfere na beleza local, como no clique abaixo.

Close Call

Foto de John Reid, feita na Isla del Sol

Cabo Polonio – Uruguai

A falta de energia elétrica no povoado de Cabo Polonio, no Parque Nacional homônimo é um dos motivos que fazem deste pequeno ponto do litoral uruguaio um lugar mágico. Às noites só têm a luz do seu farol ícone e dos viajantes com suas lanternas. É um dos belos lugares da América do Sul para se conhecer de dia e à noite, para observar as estrelas.

• el Polonio, es otro planeta •

Foto de Ramiro Iriñiz.

Além do olho nu

De acordo com o Grupo de Estudos de Astronomia, o Gea (entidade sem fins lucrativos parceira do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina) , os binóculos são os melhores instrumentos para quem quer começar. Eles são menores e simples de usar e para nós viajantes, servem também para outras ocasiões que não só a observação do céu. Além disso, são mais baratos que telescópios.

“Um binóculo não inverte as imagens como os telescópios, e observa uma grande área do céu ao mesmo tempo, tornando fácil de achar o que se procura observar. Bons binóculos revelam muitas coisas que as pessoas pensam que exigem um telescópio, como crateras, montanhas e planícies da Lua, planetas, estrelas duplas e variáveis, aglomerados estelares, nebulosas e galáxias”.
No http://www.gea.org.br/iniciando.html o grupo dá dicas para quem vai adquirir o primeiro equipamento (binóculo e ou telescópio).

O Observatório Nacional

Panorama de área do Observatório Nacional no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação
Panorama de área do Observatório Nacional no Rio de Janeiro | Foto: Divulgação

O Observatório Nacional (ON), instituto de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com sede na cidade do Rio de Janeiro abriga (prédio anexo) o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), que oferece várias atividades gratuitas direcionadas a públicos de todas as idades. Dentre as principais, está a Observação do Céu que acontece todas quartas-feiras e sábados às 18h30. Antes, às 17h30 há a apresentação da palestra “O Céu do Mês” que traz informações sobre o que será observado no céu pelos visitantes. (Quando o tempo não está bom para observação a programação encerra-se na palestra).
Conduzida por um astrônomo ou mediador capacitado, a observação do céu é uma atividade de divulgação científica promovida, desde 1985, pelo MAST. No programa está inclusa a observação do céu noturno por meio de lunetas, telescópios, binóculos ou simplesmente a olho nu.
Na área externa do museu estão instalados os grandes telescópios ópticos, dentre eles a centenária Luneta Equatorial de 21 cm e um telescópio refletor 8 polegadas de abertura. Outros instrumentos podem ser montados, dependendo da demanda do público.
A entrada no ON e no MAST são gratuitas, bem como a participação do Programa de Observação do Céu.
O ON fica na Rua General José Cristino, 77 e o MAST na Rua General Bruce, 586, ambos (formando um quarteirão) no bairro de São Cristóvão, zona norte da capital fluminense.
Além da observação do céu nas noites de quarta e sábado, quem estiver na cidade em outros dias pode conferir no ON, as salas com interessantes equipamentos astronômicos antigos, relógios, exposições sobre o sistema solar e um dos mais importantes acervos bibliográficos do país sobre o tema.
A programação mensal do Museu de Astronomia e Ciências Afins está aqui.

Confira mais belíssimas imagens de céu noturno abaixo:
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Vale conferir também os vídeos em time lapse (Deserto do Atacama):

 

Bônus track:

Um vídeo bem legal em Time lapse do anoitecer em Florianópolis, feito pela equipe do Fotografologia:

Floripa Night Skies from Fotografologia on Vimeo.

Foto do autor

Claudia Severo de Almeida

Jornalista, há 20 anos escreve sobre Turismo Backpacker/Mochileiro e viagens independentes. Participou do corpo de júri especializado do Prêmio 'O Melhor de Viagem e Turismo' (categoria Hospedagem - Hostel). Cocriadora do site Mochileiros.com.

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