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Março 2013, México – Guatemala – Panamá, 18 dias com fotos!


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Antes de mais nada, não quero ser uma unanimidade em nenhum aspecto e muitos podem achar que faltam detalhes (ou tenha demais para algumas coisas!) nesse relato. É apenas a forma mais simples de relatar uma excelente experiência que tive nessa trip.

Acho que o perfil de cada viajante é sempre bom ser mencionado em um relato de viagem. E o porque é simples, quem estiver lendo pode saber o que se aplica ou não, se faz sentido ou não uma dica específica.

 

Perfil do Viajante

Sou solteiro, engenheiro, estava com 29 anos na época e não sou mochileiro profissional, mas já dei uma rodada nesse Mundo pequeno. Diria que sou “semi-profissional”. Hehe! Gosto de viajar low budget, ou seja, com custo limitado e fui sozinho (isso explica o fato de ter feito a viagem dessa forma). Ainda bem que viajar low budget foi uma opção, mas realmente não estava muito preocupado se gastasse um pouco a mais.

 

Sendo engenheiro, sou metódico e com isso acho mais interessante ter mais algumas informações sobre meu perfil em formas de pergunta (Hehe!):

 

- Porque viajar sozinho? Pela época em que não há muitas pessoas disponíveis para viajar por ser após as férias de verão por aqui. E também porque minha namorada não podia ir, mas foi gente boa e me liberou!

 

- Porque México – Guatemala – Panamá? Estou (ou estava) em um projeto pessoal de conhecer a América Latina. Essas foram minhas primeiras opções na América Central! O México foi a melhor forma de ir com milhas (Brasil – México, via TAM!). Mas espero que seja só o início.

 

- Em que época foi a viagem? Saí dia 10/03/2013 do Brasil e retornei 28/03/2013. Fiquei 2 dias completos somente da Cidade do México, 7 dias inteiros na Guatemala e 5 dias inteiros no Panamá.

 

- Quanto foi gasto na viagem? Sinceramente não me recordo. Sou super organizado, mas depois que retornei não fiz as contas. Sei que tenho tudo anotado, mas não vou me ater à isso no relato. Portanto se houver dúvidas quanto ao valor de comidas, hospedagens, passeios, etc.. pode me perguntar!

 

- Quem contribuiu para a viagem? Lembro de várias pessoas, de alguns guias, mas principalmente o Lonely Planet “Central America on a Shoestring” e...

Carol (member/carolmorenot/). Putz, ela me ajudou demais! Carol, obrigado mesmo! Ainda te devo uma cerveja, não?! Hehe!

Erick (member/michradu/). Acolhedor com todo brasileiro e gringo que esteja afim de conhecer o México! Grande parceria, Erick!

 

- Quero mais informações estritamente turísticas (saber o que é tal coisa, o que significa outra coisa, etc)... Para esses casos, o Google salva todo mundo! Hehe!

 

México

 

Com alguns percalços no início, saí de Curitiba dia 10 de março, um domingo e cheguei na Cidade do México as 16h do horário local. O Erick, um mexicano gente boníssima que conheci aqui pelo Mochileiros, já me aguardava no saguão e nesse tempo na Capital do México me ajudou bastante! Fomos ao Hostel Mundo Joven Catedral, de metrô.

 

O hostel fica no Zócalo, a praça mais central de D.F. (como chamam a capital, como nosso Distrito Federal!). Super bem localizado e bem frequentado. Recomendo bastante para quem tá mochilando sozinho e acompanhado. O visual do terraço, que vira bar a noite, é muito bacana! Há cozinha com aparatos em bom estado, café da manhã bom com o básico pro mochileiro (cereal estilo Sucrilhos, frutas, iogurte, geleia, pão, café e leite), staff atencioso como todo hostel deve ter e um “guichê” para poder agilizar uns passeios pela cidade e redondezas! Muito fácil e prático, porque tem comércio perto! Não me recordo de nenhum mercado grande por perto, mas o básico como banquinhas tem por perto!

 

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Na mesma noite, antes de sair pra jantar, foi ao guichê e peguei a última vaga para o passeio à Teotihuacan. Então o Erick me levou pra jantar num restaurante tradicional, o Casa de Los Azulejos. Muito bonito por dentro e realmente com cara de ser tradicionalíssimo. Começando a viagem com o pé direito, gastronomicamente falando.

 

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Depois da janta, voltamos a pé pela Avenida Madero ao Zócalo, onde fica o hostel!

 

11 de março, segunda-feira. Pela manhã a saída do tour à Teotihuacan era em frente ao hostel, o que deu um tempo extra pra saída, sem ser naquela correria de sempre. Algumas comidas, bebidas e principalmente protetor solar e boné, partimos em 2 vans.

 

A primeira parada foi em Tlatelolco, onde ficam umas ruínas astecas dentro da cidade. Incrível é a catedral erguida com as pedras das ruínas. Um bom exemplo de como era antes da colonização espanhola e obviamente após a chegada dos espanhóis!

 

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Sol forte e matando os europeus do grupo. Seguimos para a segunda parada: Basílica de Guadalupe. Lugar muito religioso, onde o destaque são as basílicas em si e há uma imagem da Virgem de Guadalupe na Basílica Nova. É apenas o maior templo da Igreja Católica no continente americano. Não sou religioso, mas valeu a visita!

 

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Quase na hora do almoço, partimos para fora da cidade, afinal Teotihuacan fica uns 70, 80km distante da cidade em si. No caminho, paramos em um local pra turista ver. Lá tivemos umas explicações sobre as pedras, artesanato e etílicos locais e logo após uma lojinha! Compras e mais compras... Não, só umas lembrancinhas! Hehe! E no mesmo local, paramos para almoçar! Esse almoço estava incluso no valor por passeio!

 

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Enfim, Teotihuacan! A van chegou na entrada do parque e o sol estava bem forte. Iniciamos a caminhada e teríamos umas 4 horas para explorar o parque. No início ficamos meio juntos da guia pra acompanhar algumas informações e depois dispersamos para aproveitar cada um por si. Uns com mais e outros com menos gás pro sobe e desce das pirâmides de pedra. Os destaques do parque ficam para Piramide de la Luna e Piramide del Sol, as mais altas do parque. Tire várias fotos no topo da Piramide del Sol, mas aprecie de verdade a vista da Piramide de la Luna, que permite uma visão mais bacana!

 

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De volta à DF, a galera do passeio saiu pra jantar numa pizzaria! Uns 20 gringos com apenas o Erick mexicano e uns brasileiros, como sempre, perdidos como eu! Hehe!

 

12 de março, terça-feira. No dia anterior, conheci o Léo, um brazuca que também mora em Curitiba (esse Mundo é realmente pequeno!) e o Pablo, um colombiano figura, que já morou no Brasil! Fomos nós 3 conhecer alguns lugares da cidade. O primeiro destino foi o Parque Chapultepec, na direção ao Castillo de Chapultepec. Coisas bacanas, visual legal daquela parte da cidade, cômodos luxuosos e “apenas” mais um castelo europeu, já que ele foi construído na época da colonização espanhola e tudo mais, como roteiro de vários outros países latino-americanos, mas talvez sem o glamour de um castelo em si.

 

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Rolou um almoço no meio do parque e nos dividimos. O Pablo foi visitar um museu e eu e o Léo caminhamos até o Museo de Antropologia. Imperdível! Muito grande e com mostras bem bacanas sobre a cultura latino-americana. Vale a pena mesmo! Você gasta facilmente umas 4 horas lá. Como estávamos com pressa e havíamos combinado um horário pra se encontrar com o povo no hostel, demos um gás pra conhecer a maior quantidade de exposições possíveis. O destaque foi para a Pedra do Sol, o calendário azteca original com umas 12 toneladas (se eu me recordo bem, era isso!).

 

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Museu visitado, eu e o Léo fomos ao Mercado de Artesanias Ciudadela. Estava bem vazio e aproveitamos pra passear tranquilamente, ver o artesanato local e comprar umas lembrancinhas, já que era meu último dia, mas só nessa trip! Hehe!

 

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Bugigangas compradas, corremos pro Museu de Bellas Artes, porque lá encontraríamos o Pablo. Mas o intuito era visitar a Torre Latinoamericana, em que há um restaurante e um bar no topo do prédio. Perfeito pra aproveitar o final do dia, com uma cerveja gelada! O Sol foi se pondo e o visual ficou muito bacana, com o Museu de Bellas Artes ao lado e a cidade plana se acabando no horizonte.

 

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Aproveitamos um pouco, relaxamos e voltamos ao hostel pra encontrar com o grupo do passeio à Teotihuacan. Então fomos seguir a dica da guia do dia anterior e fomos ao Café Tacuba, um dos restaurantes mais tradicionais do centro histórico do México. Estilo Casa de Los Azulejos e muitíssimo recomendado também! Um pouco mais caro para o padrão mochila, mas era a despedida daquela galera e da Cidade do México!

 

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Dormi pouco, porque as 4:00 fui para o aeroporto pegar o voo cedo para a Guatemala. Como o voo foi com a Copa, obrigatoriamente fiz escala na Cidade do Panamá. Cheguei na Cidade da Guatemala as 13:30, horário local.

 

CONTINUA....

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  • Colaboradores

Oi Gustavo:

 

Muito bom seu relato e as fotos ::otemo::, adorei conviver com você umas poucas horas, eu queria acompanhá-lo nos roteiros mas não foi possível :cry: . Mesmo assim celebro que você curtisse a estadia no meu país, e lembre que está convidado para voltar e conhecer os locais pendientes.

 

Relembrando a viagem, ainda lembro de alguns "datalhes" daquela viagem:

- A viagem de metrô: Você se lembra daqueles vendedores tipo "camelô caminante"? Agora vendem cartões de memória SD, cortadores de unha e regulamento de trânsito e creme de serpente :shock::lol:

- A conversa com aquele guia de turistas fora do Templo Mayor, ele não achava que você fosse brasileiro. E a história que nos contou foi massa!!

- Na janta com a galera internacional, vocês gostaram muito dos tacos de ovo com nopal, são uma delícia.

 

Não se esqueça que quando voltar ao México pode me contatar de novo.

 

Abraços. Erick.

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  • Membros
Oi Gustavo:

 

Muito bom seu relato e as fotos ::otemo::, adorei conviver com você umas poucas horas, eu queria acompanhá-lo nos roteiros mas não foi possível :cry: . Mesmo assim celebro que você curtisse a estadia no meu país, e lembre que está convidado para voltar e conhecer os locais pendientes.

 

Relembrando a viagem, ainda lembro de alguns "datalhes" daquela viagem:

- A viagem de metrô: Você se lembra daqueles vendedores tipo "camelô caminante"? Agora vendem cartões de memória SD, cortadores de unha e regulamento de trânsito e creme de serpente :shock::lol:

- A conversa com aquele guia de turistas fora do Templo Mayor, ele não achava que você fosse brasileiro. E a história que nos contou foi massa!!

- Na janta com a galera internacional, vocês gostaram muito dos tacos de ovo com nopal, são uma delícia.

 

Não se esqueça que quando voltar ao México pode me contatar de novo.

 

Abraços. Erick.

 

Fala Erick, beleza?!

 

Com certeza, valeu mesmo pela viagem e pode deixar que irei sim! Espero que logo logo! Hehe!

Claro, as histórias são sempre as melhores! Quem não viaja, não vive! O grande problema é contar tudo!

Então, acabo contando o "essencial" e o que possa ajudar mais mochileiros por aqui!

 

Vou continuar postando as histórias!

 

Grande abraço!

Gustavo

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  • Membros
Nossa muito bom, mas estou ansiosa mesmo por Guatemala, em dezembro ou janeiro farei Guatemala - Honduras e Belize, meu primeiro roteiro incluia a America Central toda, mas tive que reformular por questões que não quero nem mencionar! México está nos meus planos, para 2015 talvez!

Abração :)

 

Oi Cristiane!

 

Legal, pena que está "refazendo" o plano da América Central! Seria muito bom fazer tudo, como eu também quis por um momento! Hehe!

Olha, pela foto do seu perfil, vai poder curtir bastante Honduras e Belize, que infelizmente não conheci dessa vez!

Vou postar uma parte do relato da Guatemala, então, vai lendo e se tiver dúvidas, dá um grito!

 

Até mais,

Mexa

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  • Membros

Guatemala

13 de março, quarta-feira. Chegando ao aeroporto da Cidade da Guatemala (vamos chamá-la como os locais, ou seja, Guate), tive um pequeno problema, mas compreensível e até esperado, grana! Meu banco não tem agências por lá. Tentei sacar em um caixa automático e não deu, então parti pro dinheiro do mundo, o dólar mesmo, que tive que trocar em uma caixa de câmbio a uma taxa bem tranquila e bem razoável. Menciono isso, porque na América Central, é necessário fazer câmbio com frequência.

 

Com a grana na mão, já havia lido sobre pegar uma van para Antigua, meu primeiro destino por lá. Um guarda simpático disse que era melhor aguardar a van mesmo, que deveria chegar logo, porque saindo do saguão eu seria abordado por inúmeros taxistas e que não era muito confiável. Depois de uns 15 minutos, ele retornou para conversar comigo. Soube que naquele dia não haveria mais van/shuttle, então ele sugeriu conversar com uma mulher que também estava aguardando e combinar de dividir um táxi, mas que o valor deveria ser próximo de 30 dólares aproximadamente (se não me engano). Conversei com a americana, que não falava quase nada de espanhol e um táxi. Mas obviamente o ticket foi comprado em um guichê ainda dentro do saguão do hotel. Em 1 hora e meia estávamos em Antigua. O táxi deixou a americana e depois me deixou no meu hostel... Hostal Antigua!

 

Sobre o hostel, como sempre, há prós e contras. Mas pra mim, funcionou perfeitamente. Quartos pequenos com banheiros privados por quarto e um terraço bom, com uma cozinha simples e umas mesas e cadeiras pra aproveitar o tempo bom! Quente durante o dia (uns 20, 25 graus) e frio durante a noite, com um pouco de vento (uns 10 graus). Tinha uma reserva para um quarto de 4 camas, fui direcionado para um quarto com 4 israelenses (mulheres), que ficariam só até o dia seguinte, então pediram pra ficar durante mais aquela noite e beleza, tranquilo pra mim. Fui para o quarto de 12 pessoas sem problemas!

Fiz a reserva pro passeio que mais gostaria de fazer, do Volcán Pacaya, um vulcão ativo que teve uma erupção recentemente. O passeio seria no dia seguinte, então fui dar uma rodada na cidade.

 

Antigua é uma cidade bem charmosa, com ruas de paralelepípedo e um estilo colonial, muito parecido com o que temos em algumas cidades litorâneas no Brasil. É patrimônio da Unesco desde 1979 e é incrivelmente rodeada por vulcões, dentre eles o Volcán de Água, Volcán Acatenango e Volcán de Fuego. A Guatemala, assim como outros países da Amércica Central, estão entre os países com maior atividade vulcânica do mundo, portanto, seria algo diferente de ser visto, mesmo porque não temos esse tipo de “turismo” pra ser feito por aqui. Fora os vulcões, Antigua (e outras cidades como Chichicastenango, Quetzaltenando ou Xela, etc) é reconhecida pelas escolas de língua espanhola. Muitos estrangeiros tem interesse na América Central pelo baixo custo das escolas de espanhol, então é possível aliar turismo e estudo de espanhol com custos bem baixos, principalmente para americanos, canadenses e europeus em geral. Então, Antigua tem gringo pra caramba nas ruas! Hehe!

 

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14 de março, quinta-feira. Passeio do Volcán Pacaya. A saída da van era pra ser as 8:00, mas ela passou as 8:20 então deu tempo de comer umas coisas que tinha comprado no dia anterior pro meu café-da-manhã. já que nos hostel não teria. Passando como coletivo, recolhendo mais pessoas, paramos na saída da cidade em um mercado, porque era recomendável levar algo pra comer e beber. Seguimos até que chegamos à “base” do vulcão, onde compramos o ticket e fomos apresentados à nossa guia, uma guatemalteca local, muito simples e simpática. Nos separamos em 2 ou 3 grupos para a subida e as divisões foram boas de certa forma, porque deixamos os mais agilizados em um grupo e os “menos agilizados” em outro... Aí cada grupo foi no seu ritmo, mas a nossa guia subiu do galeto (Hehe! Quer dizer que ela subiu bem rápido! Hehe!) e a gente conseguiu ter um pouco mais de tempo no topo, com a vista para os vulcões Acatenango e do Fogo. Valeu a subida pelas pequenas erupções, que são quase que constantes, mas ainda não tínhamos acabado, era hora de passar na área com a lava “seca”.

 

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Iniciando a segunda parte do passeio, a guia nos levou à parte mais próxima do Pacaya. Do topo do morro, em direção ao Pacaya, pudemos ver o efeito de uma erupção recente de 2 ou 3 anos antes. O “mar” de lava seca deixava o ambiente com ambiente meio lunar (apesar de nunca ter ido à Lua), muito similar com o ambiente do Valle de la Luna, no Atacama (Chile), mas com cores mais sóbrias e escuras. O Pacaya em si estava com o topo encoberto por nuvens, mas depois deu o ar da sua graça, mostrando o resultado da erupção: o topo do vulcão foi explodido, fazendo com que não houvesse mais topo. Só vendo a foto pra entender mesmo. Em se tratando de um vulcão, naturalmente nesse campo de lava havia rupturas que exalavam gases, resíduos, mas principalmente calor. Com esse calor, uma coisa bacana do passeio é fazer marshmallow com o calor! A guia sacou um pacote grande da mochila dela e voilá! Depois disso, caminhamos mais um pouco e retornamos à base. O passeio em si durou umas 5 horas, ou seja, retornei à Antigua por volta das 13h.

 

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No retorno ao Hostal Antigua, conhecei uma brasileira, Paula, e um canadense, Brendan. Com eles almocei e fomos dar uma volta na cidade. Conhecemos um mercado local, compramos umas frutas, passeamos pelas agradáveis ruas da cidade e depois fomos ao Cerro de la Cruz, que tem uma vista legal da cidade!

 

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Como era véspera da Semana Santa, a cidade e o país estavam se preparando para a semana seguinte, que era feriado geral no país. Ou seja, a semana seguinte seria toda a Guatemala em feriado para a Semana Santa.

 

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Como tinha conhecido boa parte da cidade, decidi adiantar em 1 dia, minha ida para região do Lago Atitlán. Comprei minha passagem de van para Panajachel no dia seguinte, com saída as 8h30 e chegada prevista para as 10h30.

 

Aqui preciso fazer um parêntese para contar algo que só conhecemos quando estamos dispostos à realizar esse tipo de viagem para conhecer esse tipo de gente e estilo de vida. O canadense, Brendan, disse que através do Facebook soube que um amigo do ensino médio estava morando em Antigua, então ia jantar com ele. Convidou nós brasileiros (eu e a Paula) para jantar em um bar e tomar uma. Foi incrível conhecer a história desse outro canadense, que não me recordo o nome. Ele e mais 2 amigos saíram de Vancouver do Canadá depois de se formarem. Entraram em um carro e saíram sem destino. Cruzaram todos os Estados Unidos, México e a América Central inteira até o Panamá, em quase 1 ano e meio. Decidiram que como não podia cruzar até a Colômbia e a América do Sul, iam retornar e talvez passar novamente nas cidades e regiões que mais tinham gostado. Ele e mais um dos amigos decidiu realmente ficar em Antigua. Portanto estavam, com mais um outro sócio, abrindo um restaurante / pub / bar e pretendiam ficar até quando pudessem. É uma história incrivelmente surpreendente? Não, não creio que seja, mas com ela fiquei pensando... Porque nós, brasileiros, não temos esse costume? Cada um deve ter sua resposta, mas pensei muito nisso durante o resto da viagem. Sei que temos dificuldades, por questões culturais (isso varia de cada um para cada um), de nos desapegarmos do concreto e do tradicional... Fecho o parêntese aqui!

 

15 de março, sexta-feira. Pego a van e parto para Panajachel, com um tempo ótimo. Chego lá e desembarco perto do centro e do píer (a cidade realmente não é grande) que tem os transfers (barcos) para San Marcos la Laguna, San Pedro la Laguna, Santiago Atitlán, etc. Minha ideia inicial era visitar e dormir em 2 ou mais vilas dessas para conhecer bem a região, entretanto acabei mudando de planos e fiquei somente em San Pedro. E para lá que peguei o barco e que me custou 7 quetzales.

 

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Sobre essas vilas, ficam todas ao redor do Lago Atitlán. Um lago de água doce que tem ao seu redor inúmeras montanhas e vulcões e por isso, tem origem vulcânica. Região exuberante que tem muitas raízes maias e um estilo de vida bem simplório e calmo, com muitos estrangeiros e em algumas vilas um grande ar “naturista” e afins. Recomendo muitíssimo a visita à região, mas o aproveitamento de cada um vai depender do desprendimento de coisas materiais, de certo conforto e luxo. Eu realmente aproveitei a estada, inclusive fiquei um dia a mais do que o planejado e foi excelente! Se tivesse a oportunidade, teria ficado mais.

 

Como mencionei, acabei fazendo de San Pedro minha base para conhecer a região. Logo na chegada, fui abordado por um guia (que me fugiu o nome) local. Como bom brasileiro, tinha certeza que estava sendo enganado de alguma forma. Pedi para me levar à um hostel que tinha indicação, mas estava lotado. Então ele me indicou outro, o Hostal Pinocchio. Como San Pedro é uma vila de aproximadamente 10.000 habitantes e o acesso por estrada não é dos melhores, há muitas vielas e o transporte é feito por bicicletas, motos, caminhando e principalmente tuk-tuks (táxis-moto) bem estilosos. Com a mochila grande, eu e o guia (vou lembrar do nome dele uma hora!) fomos caminhando pelas vielas e fui conversando com ele e aí fui pegando confiança porque ele me explicou que era local de San Pedro, que ser guia era seu segundo emprego, etc. Ele era super simples e comecei a sentir firmeza!

 

Chegamos ao Hostal Pinocchio e os preços eram convidativos, 50 quetzales (ou algo perto disso!) para quartos com banheiro compartilhado. As instalações não eram das melhores na parte que fiquei, onde estava a “administração”, mas eram melhores na parte “nova” que ainda estava em construção. Os pontos negativos ficaram para os banheiros que eram simples, mas pra mim, nunca foi problema e a cozinha que era meio pequena e com poucos utensílios (mas cozinhei lá 2 vezes). Os pontos positivos valiam a pena: quartos baratos, anfitriões bem simpáticos, um jardim bem cuidado (onde rolava uma integração com a galera) e um terraço, que equivalia ao 3º andar. Belo visual da vila e da região! Bom pra refletir bastante, afinal encarar uma trip sozinho te faz pensar sobre inúmeras coisas que não pensamos no dia a dia. Enfim, meu quarto foi um quarto duplo, mas que estava somente com uma cama, então me fizeram o preço de 40 quetzales porque só tinha literalmente uma cama e uma mesa. E ficava ao lado da administração, separada somente por um tapume / compensado. Pensei no barulho a noite, porque o tiozinho que ficava lá a noite, dormia na administração, mas nessas viagens, o dia é muito cansativo pra você perder o sono. E no final das contas, eu deveria ter alguém dividindo o quarto comigo! Já era! Seria bom pra lavar algumas roupas e boa!

 

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Instalado e com a acomodação de 2 dias paga, saí com o guia para ele me mostrar a cidade e me dar algumas dicas. Apresentou o “centrinho” e onde tinha o ATM para sacar grana, acho que na vila era 2 ou 3 lugares só. Combinei com ele alguns passeios. Já havia lido que alguns passeios não deveriam ser feitos sem o guia, mas o problema poderia ser algum assalto ou algo do tipo. Então, combinei com ele de fazer vários passeios em apenas um dia... Inicialmente queria conhecer uma plantação de café, muito famoso e reconhecido, conhecer as vilas menores nos arredores, visitar algum lugar que pudesse entrar no Atitlán e (dica da Carol) achar o trampolim perto de San Marcos. Com base nisso, fechei um pacote para sair do hostel as 4h da matina e subir até o ponto mais alto da região, na montanha chamada “Cara de Maia” (só vendo a foto pra entender!), visitar a vila de locais em Santa Clara la Laguna e tomar café da manhã em um mercado local, seguir para conhecer San Marcos e procurar o tal trampolim. Plano fechado e 50% pago, agradeci e ele não pediu por grana extra, mas com certeza combinou algo com o povo do hostel pela indicação, afinal eles se comunicaram bastante com um dialeto maia local, bem interessante por sinal. Fui dar uma volta até o outro píer da vila, apreciei um pouco o visual e fui almoçar.

 

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À tarde continuei andando pelas ruas e vielas, subindo e descendo ladeiras. Passei num caixa ATM e obviamente não consegui sacar nada de grana, então continuei na tática de câmbio de doletas. Fiz umas compras como as coisas de sempre, umas bebidas, algumas comidas fáceis pra carregar, frutas (muitas!) e tava pronto pra encarar o dia seguinte. Comida de rua foi minha opção nesse dia. Além de barato, é comida local feito por locais. Realmente a comida com temperos da região! Tortillas artesanais foram minha opção com uma Cerveza Gallo, a melhor guatelamteca, na minha opinião. Lá também tem Brahma, mas chamam de Brahva e é produzida por lá! Bom, fui dormir cedo, afinal 4h é bem cedo!

 

 

CONTINUA...

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