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GARAPUÁ - ILHA DE TINHARE - CAIRU / BA .


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14.11.2014 a 16.11.2014.

 

 

01° dia: Salvador - BA x Itaparica - BA x Nazaré - BA x Valença - BA x Cairu - BA (Ilha de Tinharé, Praia de Garapuá);

02° dia: Praia de Garapuá x "Ponta Norte" x "Ponta Sul" x Morro de São Paulo;

03° dia: Praia de Garapuá x Praia de Pratigi de Tinharé.

 

 

Olá ! Amigo ou amiga trilheiro (a). Nesse relato litoral [RL] será apresentado um paraíso pouco citado nas viagens feitas pelos indivíduos do mundo a fora, que está localizado na Ilha de Tinharé, chamado Garapuá. O local é uma pequena vila de pescadores onde existe uma praia, estruturada, e sendo considerada a mais tranquila de toda a Ilha de Tinharé (comparação feita com as praias onde oferecem uma estrutura básica ao visitante), atraindo indivíduos que gostam da tranquilidade e do sossego. Ao contrario de Morro de São Paulo, que é a vila mais conhecida na Ilha de Tinharé, Garapuá possui pouco movimento em sua imensa praia. Além disso, quando a maré está baixa, formam “grandes piscinas naturais”, fenômeno comum nas praias da costa leste da Ilha.Todos os detalhes desse lugar excêntrico serão apresentados no texto abaixo.

 

 

OBS: Alguns nomes serão fictícios, pelo fato de não permitirem ou não a ser citados. Por tanto, para identificar os sujeitos, foram modificado apenas os nomes de alguns. Para facilitar os pontos da trilha serão “criados” nomes para referenciar os lugares.

 

 

- Salvador, 14 de novembro de 2014. Sexta-feira.

 

# - Itaparica - BA x Valença - BA

 

A rota para visitar e explorar a vila de Garapuá foi planejado por Faaeel e Graziela, com o objetivo em conhecer os encantos que tanto ouviram falar de alguns amigos sobre a paisagem litorânea local. Na manhã da sexta-feira, por volta das 06:30, os dois saíram do município de Salvador / BA, em direção ao terminal marítimo de São Joaquim, uma das etapas de melhor acesso para chegar até a praia.

 

Entretanto, por conta do engarrafamento, Faaeel e Graziela chegaram as 07:30 no terminal marítimo, embarcando no Ferry Boat Maria Bethânia do horário das 08:20, chegando no terminal de Bom Despacho as 09:20.

 

O terminal de Bom despacho está localizado na Ilha de Itaparica, onde pertence a dois municípios: Vera Cruz – BA (maior território) e Itaparica – BA (mesmo nome da ilha). Quem sai de Salvador / BA, em direção ao Sul e extremo sul da Bahia, opta em sair pelo sistema Ferry boat, pelo fato de ser uma grande alternativa em chegar mais rápido a essas regiões, além de ser mais econômico (+/- 121 km). Por Salvador / BA, indo pela BR-324 e depois pela BR-101 ( +/- 254km), a viagem se torna mais longa, aumentando em torno de 2 a 3 horas o tempo da viagem. Enquanto pelo sistema Ferry boat e BA-001, pode se ganhar entre 2 a 3 horas no trajeto.

 

No terminal de Bom despacho, Faaeel e Graziela se direcionaram até o guinche da empresa Cidade Sol, que faz a linha para o município de Valença / BA. Cada um pagou o valor de R$ 18,93, referente a passagem. As 09:50, o ônibus seguiu até o município, principal referência para ter acesso as Ilhas que pertence ao município de Cairu / BA.

O ônibus segue pela BA-001, principal rodovia estadual da Bahia. O percurso é de 2 horas, porém esse trajeto ocorreu por quase 3 horas, devido ao “recapeamento” que estava ocorrendo-nos 29 km entre os municípios de Nazaré / BA e Valença / BA.

 

Chegando no município, a dupla pediu o motorista para soltar no cais, onde está localizado o porto da cidade. No local, Faaeel e Graziela já tinha informação que só existe uma lancha que segue direto para Garapuá, que sai no horário das 13:00. Na procura, eles conseguiram encontrar o condutor que faz a linha. No dialogo, o rapaz cobrou o valor de R$ 30,00 (por pessoa) para levar até a vila. Esse valor é um pouco elevado por conta de ser uma lancha rápida. Como era 12:55, Faaeel e Graziela aproveitaram para fazer um lanche. As 13:30, com um pouco de atraso, a lancha seguiu em direção a Garapuá com 13 pessoas (incluindo a dupla).

 

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# - Vila de Garapuá.

 

No decorrer da viagem, a lancha rápida com os trezes passageiros teve um problema, bem próximo a Garapuá. Uma raiz das árvores que estão nas margens da rota se enroscou na hélice, obrigando ao condutor a parar. Nesse momento todos os indivíduos ficaram a deriva, esperando o concerto.

 

O dono do barco mergulhou no mangue para tirar a raiz da hélice. Esse procedimento durou em torno de 40 minutos. Os ocupantes da lancha não ficaram tensos, pelo fato do condutor mostrar tranquilidade e afirmar que não era um problema grave. Além do mais, existia um número suficiente de coletes salva vidas, que estava a disposição e fácil acesso para os passageiros. Após o conserto, a lancha seguiu e chegou em Garapuá em torno das 14:45.

 

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No improvisado atracadouro, os passageiros (incluindo Faaeel e Graziela) desembarcaram e se direcionaram ao trator com o objeto de madeira compostos por vários acentos. Esse meio de transporte já está incluso na passagem e é o único acesso até a vila de Garapuá. Depois de acomodados, o trator seguiu em direção ao “centro”.

 

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A estrada de acesso a vila é caracterizado por um solo fofo, devido a grande quantidade de areia. As margens são cobertas por vegetação restinga. Os tratores são os veículos mais apropriados para o trajeto, carros 4x4 também podem se locomover na estrada. Entretanto, carros são proibidos nesse trecho da ilha, exceto para uma caminhonete adaptada que serve de “ambulância” para da o apoio aos moradores e turistas.

 

O percurso demorou 20 minutos. Por volta das 15:05, Faaeel e Graziela desembarcaram na pacata Vila de Garapuá. No local, os dois foram a procura de um local de camping. No dialogo com alguns moradores, Faaeel e Graziela descobriram que existe apenas um camping na vila, que está de frente praia. Sendo assim, os dois se direcionaram através de informações dos moradores até chegar ao local da base.

 

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Na praia, Faaeel e Graziela seguiram a direita, sobre uma pequena trilha ao meio da vegetação restinga. Após 100m de caminhada, aproximadamente, os dois observaram uma área gramada, com vários “chalés” de madeira. Ali é o único camping da vila chamado: 1° Camping Garapuá Beira-mar.

 

No local estava com muitos materiais de construção e dois homens trabalhando. Ao perguntarem aos rapazes sobre quanto é a diária e se o camping estava em funcionamento, os dois foram informados que não eram os donos. Em seguida apareceu um garoto para saber o que estava ocorrendo. No dialogo, Faaeel e Graziela foram informados que o camping pertence a uma mulher e que ela estava no momento e poderia esclarecer valores e se estava disponível para acampar. Em seguida aparece a dona do camping.

 

Se apresentando, Faaeel e Graziela argumentaram para a dona do camping (que aqui vai se chamar Vânia), se havia a possibilidade de acampar e quanto custa a diária. A resposta foi que a diária custa R$ 20,00 e que o camping estava em reforma. Além disso, a Sra. Vânia acrescentou que mesmo com o camping em obra, teria como os dois acampar. Entretanto, o valor irá permanecer por R$ 20,00.

 

Sem muita opção e bastante cansados, Faaeel e Graziela aceitaram acampar nesse dia, com perspectiva de encontrar outro lugar. Após o acerto, os dois montaram acampamento e foram tomar um banho. Para a decepção dos dois,o camping não tinha água e o banheiro estava todo sujo e com mau cheiro. Com esses problemas Faaeel e Graziela, mesmo cansados, resolveram da uma volta em Garapuá, a fim de conseguir acampar na casa de um morador local, ou até mesmo encontrar outro abrigo com um preço que eles possam pagar.

 

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# - Praia de Garapuá: “Ponta Norte”.

 

Na caminhada em direção a vila, a fim em comprar alimentos e aproveitar para encontrar outro lugar, Faaeel e Graziela resolveram observar a belíssima praia de Garapuá. Um local bem tranquilo e agradável, que estava vazio, com as poucas barracas de praia fechadas (3 ou 4 barracas). A praia deve possui, aproximadamente, 2 a 3 km de extensão, margeada por um aglomerado de coqueiros. A pequena enseada é destaca por duas “pontas”, que Faaeel decidiu nomear de “ponta norte” e “ponta sul”, como referência na hora em produzir o relato e de referenciar as fotos. Sendo assim, os dois se direcionaram até a “ponta norte”, a fim de observar a belíssima paisagem daquele ponto.

 

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Chegando ao local, Faaeel e Graziela observaram o belíssimo manguezal, que está a esquerda da praia, além de uma bonita canoa. A maré estava baixa, atraindo muitos urubus que esperavam a morte dos peixes para se alimentarem. Um fato que chamou a atenção dos dois foram os urubus que se concentrava no local, além de alguns peixes que encalhavam na praia quando a maré abaixava.

 

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Um fato curioso é que na praia existe uma casa, construída de forma improvisada, onde mora um casal. Eles observaram, o tempo todo Faaeel e Graziela, deixando os dois bastante cismados. Ao fundo existe outra casa, grande e espaçosa, parecendo uma fazenda, toda cercada de troncos e arames farpados. O local estava fechado e Faaeel e Graziela observaram para ver se existia um riacho ou torneiras para poder acampar por ali.

 

Sem sucesso, os dois se banharam e observaram a bela praia de maré baixa. As águas calmas e cristalinas é o charme da praia de Garapuá. Diversas “piscinas naturais” se formam próximo aos grandes bancos de areia. As 16:30, Faaeel e Graziela seguiram em direção a vila para comprar os alimentos e observar se existe um lugar mais adequado para acampar.

 

 

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# - Base na pousada.

 

Chegando no centro da vila, Faaeel e Graziela se direcionaram até um mercadinho para comprar alguns alimentos. Acima do mercado os mesmos observaram que havia uma simples pousada de nome Villa da Lagoa. Chegando no caixa, Faaeel perguntou a senhora se ela sabia quem era o dono da pousada acima para saber o preço da diária. Para a surpresa dos dois, a dona da pousada era a própria senhora que estava no caixa.

 

A senhora chamou Faaeel e Graziela em um lugar reservado para dialogar sobre as diárias, argumentando que a pousada estava cheia. Entretanto existia um quarto simples, de ventilador, com duas camas de solteiros e banheiro no lado de fora, que estava vago. Faaeel e Graziela foram olhar para ver se valeria apena. Na observação os dois perceberam que o local é bem agradável e limpo, observaram que banheiro é bem estruturado e só eles iam usar, sendo que está localizado no outro vão, fora do quarto. Interessados, os dois negociaram a diária com a senhora, fechando o valor de R$ 40,00 o casal (sem café da manhã). Após o acerto, Faaeel e Graziela foram até o camping para desarmar a barraca e trazer os objetos para a nova base.

 

 

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No camping, Faaeel e Graziela argumentaram para a dona Vânia que conseguiram outro lugar para ficar, e que iria deixar o local. Sem questionamentos, a Senhora Vânia agradeceu aos dois e disse que eram para voltar após a reforma do camping. Se despedindo da dona do camping, Faaeel e Graziela seguiram até a pousada e se instalaram por lá. No inicio da noite os dois preparam o café na espiriteira e torrou alguns pães no próprio quarto.

 

Para amenizar o cheiro, Faaeel e Graziela colocaram a velocidade do ventilador ao máximo. Abastecidos, a dupla foi até a praia a fim de observar o mar e resenhar. As 00:25, Faaeel e Graziela retornaram até a pousada com o propósito de descansar, para no dia seguinte observar as áreas próximas da base.

 

 

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- Cairu, 15 de novembro de 2014. Sábado.

 

# - Praia de Garapuá (Ponta Norte x Ponta Sul)

 

As 07:00 da manhã, Faaeel e Graziela estavam preparando o café para em seguida iniciar a grande caminhada com o objetivo em conhecer as paisagens em torno da base de hospedagem. No improviso, os dois prepararam o café no quarto, com as portas fechadas para que ninguém observar-se que estava usando duas espiriteiras na pousada. Após o preparo do café da manhã, Faaeel e Graziela separaram os alimentos, as panelas e espiriteiras para levar na mochila de ataque e seguiram em direção a Praia de Garapuá.

 

A observação teve o seu inicio na “ponta norte” da praia, onde os dois caminharam, a esquerda da vila, em direção norte. No local observaram a paisagem e o fenômeno da maré baixa. Em passos lentos, Faaeel e Graziela seguiram caminhando pela areia da praia em direção a “ponta sul”, que está a quase 3 km da “ponta norte”. A dupla foi informada que na praia de Garapuá existem pontos que formam imensas “piscinas naturais”, ao lado dos corais. Entretanto precisa de um barco para chegar o local onde ocorre o fenômeno.

 

Passando pelas poucas barracas que existem na praia, Faaeel e Graziela conversaram com o morador chamado “Milho”, que é garçom de uma das barracas. O rapaz argumentou que existe um barco que leva até as piscinas naturais e que o preço é negociável com o condutor. Interessados, Faaeel e Graziela falaram com Milho qual o horário que poderia encontrar o condutor do barco na Praia de Garapuá, ouvindo do rapaz que o melhor horário é das 12:00. Sendo assim, Faaeel e Graziela foram caminhar até a “ponta sul”, já, que era cedo e dava para observar esse ponto.

 

 

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Com 1 km percorrido, quase na metade do trecho em direção da “ponta sul” , Faaeel e Graziela decidiram parar e fazer o almoço junto de uma amendoeira que está na praia, por conta do horário. Nesse momento já era 10:35 e as 12:00 os dois deveriam está próximo as barracas para negociar com o condutor a fim em observar as piscinas naturais. Debaixo da arvore, Graziela preparou o almoço (Macarrão, Feijão de caixa, seleta de legumes). Em seguida os dois voltaram até a barraca, chegando no horário combinado, as 12:00.

 

 

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Na barraca, Faaeel e Graziela encontraram com Milho que já veio informando que o condutor compareceu mais cedo no local e que era para os dois voltar as 14:00 que encontraria ele. Desconfiados, a dupla decidiu ficar no local, observando o mar, até as 14:00. Quando deu o horário, Faaeel e Graziela perceberam que o rapaz não tinha chegado e foram novamente até a barraca para perguntar a Milho. Para a surpresa dos dois, Milho argumentou que o rapaz passou lá e já tinha seguido até o local das piscinas naturais, por volta das 12:00. Graziela, indignada, percebeu que era conversa de Milho, que fez ela e Faaeel perder um grande tempo com a esperança de negociar com um condutor para observar as piscinas naturais de Garapuá. Impacientes, os dois encerraram a conversa com Milho, o agradeceu e seguiram em direção a “ponta sul” da praia a fim de aproveitar o fim da tarde.

 

 

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Com duas horas e meia de caminhada, Faaeel e Graziela caminharam, os quase 3 km, até a “ponta sul”. No local os dois perceberam que existe uma trilha ao lado do mangue que leva em direção a outra praia. Por conta do horário, Faaeel e Graziela decidiram não atacar naquele momento, observando o inicio da trilha e deduzindo que o caminho pode ser bem batido.

 

A maré estava enchendo, chegando as árvores que estão encravadas próximo ao mangue. Muitos pássaros pretos com os olhos azuis possuem ninho nessas árvores, atraindo os olhares de Faaeel e Graziela. Essas aves foram identificadas por eles pelo nome de Guaxé, com o nome científico Cacicus haemorrhous.

 

 

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O interessante dessa ave são os seus ninhos, que parecem com uma “bolsa presa”, pendurada sobre os galhos, em grandes quantidades. Em apenas uma árvore foram observados mais de 20 ninhos e dezenas de aves que se camuflavam no seu ninho quando viam a dupla. Entretanto foram registrados pelas maquinas de Faaeel e Graziela.

 

 

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As 17:15, Faaeel e Graziela repousaram na praia e ficaram observando o pôr do sol. A luz solar refletia na água do mar, gerando um visual magnífico de tanta beleza. O único fator que incomodavam era os mosquitos, que a todo o tempo atacava os dois, foi uma grande resistência dos mesmos a fim de aguardar o pôr do sol daquele local. As 17:54, visto da parte sul da Praia de Garapuá, o sol se despediu de Faaeel e Graziela, “sumindo” ao fundo da grande e extensa “cortina de coqueiros”. As 18:01, os dois iniciaram a caminhada de volta até a pousada.

 

 

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# - Morro de São Paulo

 

Na pousada, Faaeel e Graziela conversaram sobre o festival de primavera que está acontecendo em Morro de São Paulo, envolvendo atrações locais e outras famosas. Graziela queria ir na festa para assistir algumas bandas e ver o cantor Saulo. Com o acerto de ir para Morro de São Paulo, local que está localizado ao norte de Garapuá, Faaeel e Graziela foram atrás da informação para chegar até o festival, saído de Garapuá. Na própria pousada eles foram informados pela dona de que haveria um trator no terminal da lagoa e que ia sair as 22:00. Sendo assim, os dois seguiram até a lagoa para reservar duas vagas e negociar o valor.

 

No terminal, Faaeel e Graziela foram informados que o valor é de R$ 20,00 (por pessoa) para levar de Garapuá até Morro de São Paulo no trator. Entretanto, um morador local chegou e disse para o rapaz do trator que não ia cobrar o valor de R$ 20,00 (por pessoa), e sim de R$ 10,00, valor cobrado pelo transporte aos moradores locais. O rapaz foi até os dois e se apresentou com o nome Alex, argumentando que é um absurdo “extorquir” as pessoas que não são moradores locais, defendendo o seu argumento de que todos os indivíduos devem ser tratados da “mesma forma”. Faaeel e Graziela ficaram felizes pela atitude do rapaz, que conseguiu convencer o condutor do trator a cobrar o mesmo valor para todos que estiverem seguindo para Morro de São Paulo. Após o acerto, o trio conversou bastante com Alex e seus amigos sobre o que fazem e outros assuntos rotineiros a fim de se integrar e construir uma amizade.

 

As 22:10 o trator seguiu por uma estrada de areia até o ponto de espera da segunda praia de Morro de São Paulo. O trecho durou 40 minutos, com 12 km percorridos (segundo Alex). No caminho foram observados grandes hotéis de luxos, casarões fechados e algumas vilas segregadas, bem isoladas da estrutura turística de Morro São Paulo. No terminal, Faaeel e Graziela foram informados por Alex que o trator voltaria para Garapuá as 03:00 da manhã e que era para esperar nesse mesmo ponto de desembarque. Em seguida, os dois desceram uma ladeira, ao lado esquerdo do terminal e chegaram até a segunda praia que estava logo a frente. No local já possuía uma grande concentração de pessoas a espera das bandas.

 

Caminhando entre a multidão, Faaeel e Graziela encontraram um pequeno espaço próximo a praia, onde montaram a sua “base”. Porém, não ficaram por muito tempo devido a uma chuva forte que começou a cair na praia. A confusão foi grande entre as pessoas concentradas no local que estavam a procura de um bom lugar para se proteger, próximo ao palco. Faaeel e Graziela seguiram até a rua de acesso ao terminal do trator onde conseguiram uma tenda de um pequeno bar para se proteger da chuva.

 

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Após a chuva, Faaeel e Graziela voltaram para a praia, onde se acomodaram no mesmo local que estavam anteriormente. Uma banda (esqueci o nome) iniciou o show, tocando um reggae com letras que retratam a realidade vivida em alguns locais. Após 50 minutos de show ocorreu a segunda e principal atração do festival, o cantor Saulo. Graziela curtiu o show, enquanto Faaeel ficou apenas observando.

 

 

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Após o show de Saulo, que durou quase uma hora e meia, Faaeel e Graziela seguiram até o terminal do trator, a espera do embarque. As 02:25 da manhã, aparece Alex e alguns amigos, que se juntou aos dois e iniciaram uma boa resenha. Próximo aos dois estava o prefeito da cidade de Cairu, junto com familiares e amigos políticos. Alex fez uma forte crítica à gestão do Prefeito. As 03:00 da manhã, como combinado, o trator chega e embarca com as mesmas pessoas que saíram de Garapuá. A volta custou R$10,00. O mesmo valor da ida. As 03:50 o trator chegou ao terminal da Lagoa. Despedindo de Alex e seus amigos, Faaeel e Graziela seguiram até a pousada para aproveitar as horas de sono.

 

- Cairu, 16 de novembro de 2014. Domingo.

 

# - Praia Pratigi de Tinharé

 

As 07:00 da manhã, Faaeel e Graziela acordaram e foram preparar o café. Hoje era o dia de seguir até a trilha que está na “ponta sul” da praia de Garapuá para saber a qual paisagem o caminho possibilita. Entretanto, quando estavam arrumando a mochila iniciou uma forte chuva, que parecia não terminar. Desanimados, Faaeel e Graziela resolveram descansar até a chuva passar. As 11:00, os dois acordaram, quando foi observar o tempo, perceberam que a chuva estava forte e não tinham condições de caminhar com esse tempo.

 

No inicio da tarde, por volta das 13:15, a chuva parou, mas o céu continuava nublado, com grande possibilidade de chuva. No dialogo, Faaeel e Graziela resolveram seguir em direção a trilha, preparado para encarar a chuva, caso ocorra. Os dois seguiram até a Praia de Garapuá caminhando até a “ponta sul”. Com a maré baixa, a trilha se torna “bem batida”, facilitando o caminho.

 

A trilha é feita entre uma propriedade particular (na margem direita) e o mangue (na margem esquerda), sobre um trecho bem batido. Diversas árvores caracterizam lugar, além das belas aves que observaram Faaeel e Graziela.

 

 

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Dois Gaviões foram observados, entretanto não foram fotografados por serem muito rápidos. O percurso durou 15 minutos, com menos de 1km de caminhada. As 14:00, Faaeel e Graziela finalizaram a trilha, visualizando uma imensa praia deserta. O nome do local se chama Pratigi.

 

 

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Com 10 km de extensão, Pratigi de Tinharé é a maior praia da Ilha de Tinharé. Sua extensão é de 10 km, aproximadamente, e está localizada ao sudeste da ilha. O local é deserto, com algumas casas abandonadas e uma imensa “faixa” vegetal caracterizada por coqueiros. Os lixos, que são descartados no mar, próximo à ilha, têm como seu destino a costa da praia de Pratigi de Tinharé, se amontoando nas areias. Faaeel e Graziela encontraram vários objetos na costa da areia como: Porta de Geladeira, embalagens plasticas, pasta de dente, escova de cabelo, garrafas, etc. Esse é o fato negativo que prejudica o local e “destrói” a paisagem.

 

As 14:48, após 2 km de caminhada, Faaeel e Graziela foram obrigados a fazerem uma pausa devido a uma pancada de chuva. A base foi uma das casas abandonadas que serviram de abrigo. No local, os dois aproveitaram o tempo para fazer o almoço, cozinhando em duas panelas, duas espiriteiras e uma pequena fogueira. Por volta das 15:15, Faaeel e Graziela seguiram a caminhada em direção a pontal da Praia de Pratigi.

 

 

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A caminhada seguiu por mais uma hora, até as 16:15. Nesse horário, Faaeel e Graziela estavam “na metade” do percurso, próximo a 5 km. O tempo estava nublado e com pouca luz, fazendo com que os dois finalizassem o passeio naquele ponto.

 

Faaeel e Graziela aproveitaram alguns minutos para se divertir através das fotografias. Fotos em perspectivas foram tiradas, além das tentativas de fotos “de efeito” que não deram certo. Entretanto as montagens de algumas fotos se tornaram engraçadas, com a perspectiva final em formar uma única imagem (25).

 

 

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As 16:30, Faaeel e Graziela fizeram o caminho de volta até a Praia de Garapuá, chegando na “ponta sul” as 17:15. No local os dois repousaram na praia e esperaram o final da tarde, bastante nublado. As 18:01, caminharam por mais 3 km até a pousada em que estavam instalados.

 

 

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A noite, Faaeel e Graziela ficaram na pousada resenhando com a Dona e alguns hospedes. Na reunião os dois comentaram sobre as viagens que fazem com outros amigos e as rotas interessantes para conhecer. Uma senhora que estava no grupo ficou bastante interessada nos roteiros, pedindo o contato deles para dicas e métodos para o planejamento e execução das rotas. As 21:00 iniciou uma forte chuva, fazendo com que o grupo se dispersasse, recolhendo-se cada um até os seus quartos. Mesmo com o dia chuvoso, Faaeel e Graziela aproveitaram o pouco tempo de estiagem que ocorreu no período da tarde para observar as paisagens aos arredores da Praia de Garapuá.

 

- Cairu, 17 de novembro de 2014. Segunda-feira.

 

# -Valença - BA.

 

As 06:30, Faaeel e Graziela foram providenciar as passagens de trator que leva em direção ao “atracadouro” de Garapuá. Na saída da pousada uma garota estava com um tabloide de vendas das passagens para Valença – BA. O valor foi de R$ 30,00 (por pessoa), incluindo a lancha rápida que leva até o porto. Com as passagens em mão, Faaeel e Graziela arrumaram as mochilas, se despediram da dona da pousada e alguns hospedes, seguindo até o trator, onde percorreram por 30 minutos até o atracadouro.

 

No local, a espera foi pouca, pelo fato da lancha rápida já está atracada a espera dos passageiros. Embarcados, Faaeel e Graziela percorreram por mais uma hora até o porto do município de Valença – BA. Chegando na cidade, os dois pensaram ir até a rodoviária. Porém, a distância do Porto até a rodoviária é quase 3 km, deixando-os desanimado devido o cansaço da viagem de trator e barco até a cidade. Na perspectiva em chegar rápido até Bom Despacho (terminal do município de Itaparica – BA), Faaeel e Graziela embarcaram em um transporte alternativo, feito por vans, chegando em Bom Despacho no final do dia. O percurso do município de Valença – BA até Bom Despacho (Ilha de Itaparica – BA) foi feito em 2 horas.

 

É isso, amigo (a) trilheiro (a). Espero que o relato sobre esse local da Ilha de Tinharé possa ter demonstrado interesse na visitação e observação das paisagens. O acesso é um pouco “complicado”. Entretanto, vale a pena. Pelo fato de Garapuá ser uma praia tranquila, onde poucos visitantes se hospedam. A maioria vai de lanchas vindas de Morro de São Paulo, ou Boipeba, de rápida passagem. Quem gosta de tranquilidade e sossego, é um ótimo lugar para aproveitar essas oportunidades.

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