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Cicloturismo no Caminho dos Anjos - bike


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Caminho dos Anjos

Neste carnaval eu a Nani e o Aragon, para variar um pouco queríamos pedalar, nada muito punk apenas um lugar com uma vista bonita, cachoeiras e muito verde...

 

 

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Assim, resolvemos conhecer um caminho novo de peregrinação chamado Caminho dos Anjos, na verdade novo para cicloturistas pois para peregrinos já existe há algum tempo.

 

 

 

O trajeto era convidativo, 113Km de terra, no sul de Minas passando por 5 pontos, tranqüilo né!? Nem tanto...mas a vista compensa tudo!!!!

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Saímos de SP na sexta-feira rumo a Caxambu no ônibus das 15hs, chegamos a 00hs e de lá pedalamos 4km até Baependi, em Baependi ficamos alojados no Abrigo dos Anjos, local muito agradável e ponto de partida da ciclorota.

 

 

Logo na rodoviária nos juntamos a mais 2 cicloturistas que também fariam o percurso, o Marcelo e a Sandra de Curitiba, uma figurassa!!!

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No abrigo do primeiro dia ainda nos juntamos a Cris, cicloturista paulista que adora cicloviajar e assim o grupo estava formado minha 1° cicloviagem com mais mulheres que homens, é engraçado conversar sobre unha, cabelo e celulite em uma cicloviagem...

 

Dia 1 – Baependi x Sítio 3 Pinheiros

 

Extensão: 38km

 

Altitude Inicial: 915m

 

Altitude Final: 1259m

 

Altitude Máxima Atingida: 1401m

 

Altitude Mínima Atingida: 879m

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Esse trecho em minha opinião, é sem dúvida o mais bonito, o sobe e desce das montanhas repletas de verde, rios, fazendas e animais da “roça” fazem todo o charme do lugar.

 

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Engana-se quem pensa que os poucos 38km são fáceis, as várias subidas com cascalho solto e decidas de mesmo modo, assim como os pontos espetaculares para se fazer fotos e admirar a paisagem faz com que o trajeto dure o dia todo.

 

 

No nosso caso avançou a noite...saímos às 9hs de Baependi e só chegamos ao Sítio 3 Pinheiros às 21hs, no breu, sem luz suficiente e com apenas pasto ao nosso lado, não posso negar que foi fantástico! Pedalar apenas com as estrelas no céu e os diversos sons do mato não tem comparação, é bom demais.

 

 

Lógico que todo esse atraso foi culpa nossa, paramos muito, curtimos cada metro da viagem, e quando paramos para almoçar na Espraiada do Gamarra fizemos uma parada de 3 horas para esperar o sol dar uma trégua.

 

 

E o que é aquele Gamarra?!?!?!?! Um rio maravilhoso que nos acompanha em alguns trechos, e se engana quem pensa que em Minas não tem praia, a Espraiada do Gamarra é uma típica praia mineira, onde o rio forma uma espécie de lagoa e todos da região se deliciam com suas águas congelantes, só consegui mergulhar pois escorreguei em uma pedra e foi um tibum típico.

 

 

Lá na Espraiada almoçamos no Bar do Nadinho, um delicioso “PF” de deixar qualquer um de molho por horas...

 

 

Mas nada se compara a melhor refeição que fizemos em toda a viagem, lá no Sítio 3 Pinheiros (outro abrigo cadastrado da operadora do caminho) o Juninho nos mostrou seu verdadeiro dote culinário, acompanhado por uma trilha sonora fantástica e uma hospitalidade sem igual!!

 

 

Dia 2 – Sítio 3 Pinheiros x Vale do Matutu, passando por Aiuruoca.

 

Extensão: 38,2km

 

Altitude Inicial: 1259m

 

Altitude Final: 1300m

 

Altitude Máxima Atingida: 1406m

 

Altitude Mínima Atingida: 982m

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Assim como os outros 2 trechos esse também é maravilhoso, a cachoeira da laje logo no início do trajeto é um convite aos mais calorentos e aqueles que curtem uma bela vista, entre sobes e descem com paisagens cada vez mais surpreendentes chegamos a Aiuruoca, uma cidadezinha linda com uma igreja central maravilhosa.

 

 

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Fizemos uma parada para o almoço ainda lá centro (sugestão da administradora do caminho) mas logo depois que retomamos a estrada encontramos dois oásis no caminho, o restaurante do Kiko e Kika com uma pela grama convidativa a uma “ciesta” e o Pocinho, que como o nome diz é um poço formado pelo rio que conta com um restaurante, a entrada é paga R$5,00, mas vale a pena é uma outra praia mineira que todos de deliciam.

 

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Eu, o Aragon e a Nani não entramos, só admiramos por fora, pois um pouco antes de chegarmos vimos uma quedinha de água na encosta e nos refrescamos lá, foi muito engraçado, pois era um lugar com um monte de arame farpado e sem estrutura nenhuma...

 

Depois que estávamos nos deliciando no lugar reparamos várias pessoas passando de carro ou a pé e nos olhando como extraterrestres, muitos até riam, só fomos entender o porquê menos de 1km depois, o lugar de banho era outro e não aquele que estávamos.

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Na eterna subida que leva ao Vale do Matutu encontramos dois garotinhos de bike se deliciando em uma espécie de platô que forma no meio da subida...quando eu estava terminando a subida até esse primeiro platô um dos meninos que estava com uma bike aro 18 (acho) sem freio e de chinelos começou a descer desgovernadamente à rampa, eu sem pensar duas vezes larguei a “rosinha” de qualquer jeito e sai correndo ladeira abaixo e de sapatilha atrás do menino, resgatei e depois dei-lhe aquela bronca fenomenal, o muleke tava branco de susto e depois ficou transparente de vergonha, quando chegamos lá em cima ele só falava, “a moça salvou minha vida”, hehehehe

 

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O Vale do Matutu é lindoooooooooooooo!!!!!!!!!!!! Um visual incrível e um silêncio convidativo a uma bela noite de sono, se não fosse aquele galo maldito que começou a cacarejar as 4.30hs da manhã, se ficasse lá mais um dia com certeza faria canja dele!

 

 

Em Matutu comemos o melhor café da manhã da viagem, com um excepcional pão integral caseiro e o melhor bolo de milho que já comi na vida! Valeu Iraci e o filho da Iraci por esse manjar matinal!

 

 

Saímos do Sítio 3 Pinheiros ás 8hs e chegamos ao Vale do Matutu, após as devidas paradas para descanso e fotografias por volta das 17hs

 

Dia 3 – Vale do Matutu x Alagoa

 

Extensão: 23km

 

Altitude Inicial: 1259m

 

Altitude Final: 1117m

 

Altitude Máxima Atingida: 1423m

 

Altitude Mínima Atingida: 1079m

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Esse é o trecho mais fácil do trajeto, apesar da single-track de boas vindas ao ultimo trecho, uma single-track com uma inclinação cabulosa que recorta o morro do Vale do Matutu, empurrando a bike mais uma vez era um passo pra frente e dois passos pra trás,e uma vontade louca de largar a bike e chamar minha mãe! Hehehehe

 

 

Lá embaixo, em uma região chamada Nogueira, conhecemos o Jürgen, um senhor cicloturista que estava fazendo o trajeto com uma outra turma, nesse momento ele estava sozinho, pois não quis encarar a subida do Vale do Matutu, como ele mesmo disse : “Conheço meus limites”.

 

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Uma figura especialíssima e gente boa que só mês fez sentir mais vontade ainda de continuar pedalando mundo a fora.

 

 

Chegamos em Alagoa por volta do meio-dia, passamos em um trecho da Estrada Real, Alagoa é uma cidadezinha linda parece de brinquedo de tão pequena.

 

Lá conhecemos o Felipe nosso anjo da guarda mineiro, ele nos levou até São Lourenço onde pegarmos o ônibus de volta para São Paulo, e ficou lá nos fazendo companhia um tempo, serviu de guia turístico no trecho que nos acompanho, e vez um trajeto com muita emoção para mim e para Nani que estávamos na caçamba da saveiro chacoalhando na buraqueira e sendo jogadas de lado a lado nas curvas...uma loucura!!!

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Saímos de São Lourenço às 1h e chegamos em São Paulo às 5.30hs, Alagoa não tem ônibus direto para São Paulo, e os ônibus da região fazem pinga-pinga em todas as cidades, então é bem difícil conseguir passagens, o melhor é sair de São Paulo já com as passagens de volta compradas para não se preocupar com isso como nós que quase não conseguimos voltar para São Paulo.

 

 

Essa viagem foi espetacular, a companhia da Nani e do Aragon como sempre melhores seria impossível, o que fez do carnaval o melhor carnaval da minha vida! Amo muito vocês dois!!

 

 

Conhecer figuras como a Sandra, a Cris e o Marcelo que nos acompanharam em todo o trajeto também foi muito especial.

 

Ver que ainda exitem pessoas com coração bom como as meninas da lan-house de Alagoa, o Felipe e o Israel que nos deram a maior força no retorno me fez re-acreditar que existe sim gente muito boa nesse mundão afora. E que mundão lindo!!!!

 

O Caminho dos Anjos é maravilhoso e vale muito a pena ser conhecido, mas é bom lembrar que tem muitas subidas e que tudo é praticamente terra com muita pedra solta, fora que tem muito “mata burro” e alguns pasmem na vertical, para não tremer o carro, pode uma coisa dessas?!

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Como disse a Sandra em um trecho da viagem:

 

“Cara, tu sobe, sobe, sobe e não para de subir...nunca estive tão por cima na minha vida”

 

 

Blog do relato: http://aninhaneumann.blogspot.com/2010/02/caminho-dos-anjos.html

 

Mais informações: http://www.bemvindocicloturista.com.br

Twitter: http://www.twitter.com/bvcicloturista

 

CAMINHANTE?!? http://www.bemvindocaminhante.com.br

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