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Mistérios, lendas...


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A Trilha da Conceição II

 

Publicado em 7/8/2007 às 14:39

 

 

O tempo mistura as crendices com a realidade e foi no calor de uma fogueira que pela primeira vez ouvi falar da Janela da Conceição. Nos idos de 1980 estávamos reunidos em torno de uma fogueira, nas imediações de Morretes, trocando histórias de fantasma e assombrações quando um velho caboclo saiu com uma pérola que nunca mais esqueci.

 

- “Contam os antigos que lá pelas bandas da divisa com São Paulo, nos confins da serra, existe uma caverna muito profunda onde a muito tempo atrás os padres Jesuítas retiravam ouro. E fizeram uma calçada de pedras até o rio para transportá-lo em canoas até o colégio em Paranaguá. A calçada varava toda a serra e as mulas saíam da mina carregadas com o metal extraído pelos escravos índios. Então, quando os padres souberam que o rei de Portugal ia expulsá-los do Brasil, fecharam a mina com uma porta de ferro e trancaram lá dentro todos os escravos para que não revelassem o segredo. As poucas pessoas que tiveram a infelicidade de descobrir o local jamais conseguiram arrebentar as trancas e a noite eram assaltados por procissões de almas penadas que subiam pelo túnel e os assombravam nos acampamentos. Possuídos pelo terror e perseguidos pelos mortos, se punham a correr pelo mato até cair num abismo, ser devorados pelas onças ou morrer de fome. Os que sobreviveram ficaram loucos e vagavam desorientados por este mundo afora”.

 

Era uma história e tanto e eu não conseguiria mais me desligar dela antes de decifrá-la por completo. Continha referências muito precisas para ser pura fantasia. Não estava em São Paulo ou além, mas no Paraná próximo da divisa ou naquela direção. Todo caminho calçado era na época, como ainda hoje, relacionado com os Jesuítas apesar destes serem apenas usuários. De certo é que nas imediações havia uma estrada antiga calçada com pedras e percorrida por tropas de mulas que terminava num porto fluvial cujo último destino era Paranaguá. Por fim tinha um túnel fechado com grades de ferro na encosta de uma montanha. A referencia aos índios só complicava as coisas e imaginar encontrar ouro e assombrações já era apelação. Entreguei-me de corpo e alma na pesquisa destes temas e devagar fui desvendando o quebra-cabeça. Primeiro encontrei a velha estrada colonial ao norte da Graciosa, era a Picada do Cristóvão (ver “Caminhos Coloniais da Serra do Mar”, Editora Natugraf, 2006, com fotos de José Paulo Fagnani e textos de Julio César Fiori). Ali se encaixavam as mulas, os índios e a calçada de pedras. Depois descobri o túnel escavado pela Copel por debaixo do Pico Paraná para a construção da usina Capivari-Cachoeira (ver “A Conquista da Serra do Mar”, Editora Pinha, 2000, por Rubens R. Habitzreuter).

 

Eram muitas as coincidências e por volta de 1990 já estava com o quebra-cabeça montado e um roteiro pronto para exploração. Com base nestas e muitas outras referencias partimos para o mato com os facões e três motos “off road”. A trilha da Conceição estava abandonada a muitos anos e o mato tomava conta de tudo, árvores tombadas e capinzal na altura do peito impediam o avanço, grandes valas de erosão e cada quilômetro tinha mil metros de obstáculos. Tombos cinematográficos, rios, pontes em ruínas, atoleiros e bambuzais varados a facão. As motos foram empurradas, puxadas por cordas, desatoladas e por fim chegamos na cascata perto dos fios de alta-tensão. Mais uma ponte em ruínas, mais facão, mais obstáculos e demos de cara com um precipício atravessado por uma estreita e magnífica ponte de ferro. Impossível passar com as motos, então seguimos a pé abrindo picada no braço em meio ao cipoal. Foram aparecendo estruturas, lajes de concreto e por fim lá estava ela. Uma porta de ferro com cadeado fechando a boca de um túnel na encosta da montanha. Era tudo verdade, recheada de lendas e fantasias, mas tudo se encaixava e só ficaram faltando o ouro e as assombrações.

 

De volta ao presente, chegamos nas imediações da cascata, depois dos fios de alta-tensão. As marcas de facão denunciavam que alguém passou por aqui recentemente, mas não tiveram força de vontade para abrir a picada até a piscininha na base e pararam a meio caminho. O mato estava muito fechado e nós também desistimos para ir procurar a entrada do túnel. Seguimos por uma trilha que acabou em nada e retornamos para explorar o degrau de cima. O mato também se fechou e acabaram os rastros, mas comecei a reconhecer o lugar e segui em frente com o facão até encontrar a ponte cruzando o precipício. Deixei os quatro atravessarem primeiro para sentirem a emoção da descoberta, a mesma emoção que senti 17 anos atrás. Foram avançando pelo mato fechado e redescobrindo as antigas estruturas de concreto, todos se sentindo Indiana Jones nas ruínas da cidade perdida, mas nada da desejada Janela. Então comecei a contornar a encosta bem junto ao paredão, era só uma questão de tempo e de braço. Bingo, o Elcio gritou, e lá estava ela com sua porta de aço cravada na montanha. Indiana Jones nas minas do rei Salomão. Entramos sem mais demora e percorremos os 1500 metros de galeria. A boca do túnel se transformava num pequenino e distante ponto de luz a medida que nos aprofundávamos até praticamente desaparecer na distância.

 

Nunca tinha ido até o final do túnel porque lá pelos 1100 metros a água toma conta de todo o chão da galeria e sempre tinha me recusado a molhar as botas além do mais nesta profundidade o ar já ficava irrespirável pelo cheiro forte das fezes de morcego. Desta vez tudo conspirava a favor, havia poucos morcegos e o ar estava muito bom, além de estarmos encharcados até os ossos e não seria mais água que nos impediriam de ver o fim do túnel. A galeria termina numa comporta de aço igual a de sua irmã menor dentro do Ibitirati com as mesmas formações pornográficas que renderam tanta gozação na Janela da Cotia. O retorno se fez tranqüilo, com o sentimento de ter o dia ganho e em pouco tempo já estávamos no ponto de cruzamento com a trilha colonial que desce a serra pelas encostas do Ferraria.

 

Ao pé da serra continuamos em marcha forçada debaixo da chuva incessante e em pouco tempo chegamos a Ponte de Troncos. Foi uma temeridade atravessá-la a noite e agora só o Hilton ousou passar por cima dela, todos os demais a evitamos pegando um desvio que cruza o rio mais abaixo. Do outro lado, o Elcio e o Mikael desapareceram em debandada e só os reencontramos na fazenda conversando com os caseiros. A noite nos alcançou na última curva e embarcamos no “Land Celta” para retornar a civilização novamente como adultos responsáveis e pagadores de impostos para a grandeza desta nobre nação tão bem administrada em Brasília.

 

A chuva só conseguiu adiar o dia do enfrentamento com a crista do Ferraria e o excelentíssimo Paulo Marinho passou a semana seguinte com um olho na previsão do tempo e todos os outros sentidos fazendo pressão para encarar o desafio. Tanto perturbou que no sábado, 23 de junho de 2007 as 4:30 da madrugada, novamente partimos com o “Land Celta” para o Bairro Alto

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Pegadas encontradas no Himalaia alimentam mistério sobre Yeti

 

Um programa de TV dos EUA que investigou a existência do lendário Yeti no Nepal encontrou pegadas semelhantes às que pertenceriam a esse abominável homem das neves.

 

Atualizado 4/12/2007 10:26 Por Gopal Sharma KATMANDU, Nepal (Reuters) - Um programa de TV dos EUA que investigou a existência do lendário Yeti no Nepal encontrou pegadas semelhantes às que pertenceriam a esse abominável homem das neves, afirmou a atração na sexta-feira.

 

A equipe de nove pessoas do Destination Truth, armada com câmeras de infravermelho, passou uma semana na gelada região de Khumbu, onde está o monte Everest, e encontrou as pegadas às margens do rio Manju, a uma altura de 2.850 metros.Uma das três pegadas descobertas na quarta-feira possui cerca de 30 centímetros de comprimento, semelhante portanto em tamanho e aparência aos desenhos da mística criatura simiesca que viveria dentro de cavernas dessa região nevada, disse o programa.'Elas são muito semelhantes (às de um abominável homem das neves)', afirmou à Reuters, em Katmandu, Josh Gates, apresentador da atração semanal que mostra viagens de aventura.

 

Gates tinha acabado de regressar do Everest.'Não acho que isso seja a pegada de um urso. Isso é algo meio misterioso para nós', afirmou o apresentador, 30, que é também arqueólogo amador.Lendas narradas por carregadores e guias do povo sherpa sobre criaturas selvagens e peludas existentes no Himalaia chamam as atenções dos estrangeiros que se dispõem a escalar o Everest desde a década de 1920.Várias equipes realizaram expedições em busca de criaturas do tipo e algumas já afirmaram ter encontrado pegadas suspeitas.Mas nenhuma delas conseguiu ver realmente o homem de gelo e muito menos provar cientificamente a existência do Yeti.Segundo Gates, as pegadas achadas em uma porção de terreno arenoso, que podem ser enviadas para os EUA a fim de serem analisadas, eram 'relativamente recentes, tendo sido deixadas cerca de 24 horas antes de serem encontradas'.'Essa pegada é tão nítida, tão boa que eu fiquei bastante intrigado', disse Gates, ao lado de membros de sua equipe, antes de acrescentar que a descoberta alimentaria a realização de novas investigações sobre o Yeti.O Destination Truth apresenta algumas das famosas criaturas lendárias e alguns dos fenômenos misteriosos da Terra.Certos sherpas que moram na região acreditam haver no Himalaia vários seres estranhos e vêem no Yeti um protetor.

 

Outros afirmam que a criatura é maligna.'Há algum tipo de criatura misteriosa que vive no Himalaia', afirmou Ang Tshering Sherpa, chefe da Associação de Montanhismo Nepal, em Katmandu, que veio da região de Khumbu, onde se localiza o Everest.Fonte: Último Segundo

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LENDA DO CORCOVADO

 

Ubatuba – São Paulo

 

 

uando o Brasil foi descoberto, a região de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, era conhecida pelos índios tupinambás como Iperoig, mesmo local em que anos depois os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel de Nóbrega protagonizaram um acontecimento de grande importância para a história do Brasil (veja Resenhas - Brasil – 1560 – Confederação dos Tamoios). Tempos depois, o açoriano Jordão Homem da Costa fundaria ali, em 28 de outubro de 1637, a Vila da Exaltação da Santa Cruz de Ubatuba, embrião da cidade que hoje é conhecida mundialmente como um dos mais belos e atraentes pólos turísticos de toda a extensa faixa litorânea brasileira.

 

 

 

Em Ubatuba, os que aprenderam a apreciar e valorizar os nossos acidentes geográficos encontram o morro do Corcovado, que como alguém já disse, “é uma formidável corcunda de pedra que se eleva da silhueta da Serra do Mar”. E com razão, porque o morro é, realmente um monumento monolítico de grande beleza, mas também cercado por uma aura de magia que o tornou motivo e causa de uma série de lendas guardadas na memória folclórica de nossa terra e de nossa gente. Entre elas a que trata do desaparecimento de frei Bartolomeu, ocorrido em 1697.

 

 

 

Conta essa história que na mesma época em que Jordão Homem da Costa chegou à região acompanhado por diversas famílias que como ele se dispunham a colonizar aquelas terras recém-batizadas com o nome de Ubatuba, alguns jovens ávidos por aventura demonstraram interesse em escalar o Corcovado. Deles, apenas dois, Pablo e Juan, filhos de um fidalgo espanhol que recebera da coroa portuguesa a propriedade de uma grande sesmaria na mesma área, se dispuseram a fazê-lo, e por isso partiram em uma madrugada do mês de abril, em plena primavera, animados pela certeza de que seriam bem sucedidos na expedição nunca antes tentada por qualquer outro europeu. Os dois iniciaram a longa caminhada sentindo o sopro de uma brisa leve que vinha do oceano, e desapareceram na primeira curva do caminho quando os primeiros clarões de um novo dia principiavam a surgir no horizonte.

 

 

 

Como os dias se passavam e eles não retornavam, a inquietação tomou conta dos familiares, amigos e demais moradores da vila, que em seus comentários atribuíam a demora à possibilidade deles estarem perdidos. Por isso entregaram a um escravo do fidalgo espanhol a missão de procurar os dois desaparecidos, tendo este prometido ao seu senhor não retornar sem os rapazes, e que para não deixar de lado nenhuma probabilidade iniciaria a busca pelo alto da montanha teimosamente escondida desde a manhã anterior por uma neblina que o vento e o calor do sol não conseguiam dissipar. Dito isso se pôs a caminho acompanhado por gente do fidalgo, cinco homens que o viram chegar ao pé da escarpa imponente e ali iniciar a subida com agilidade e destreza, valendo-se das saliências oferecidas pela pedra para avançar metro a metro, até desaparecer em meio à folhagem existente na parte mais alta do morro. Depois disso, nunca mais foi visto, associando seu sumiço ao dos dois jovens que o haviam precedido na escalada de final tão misterioso.

 

 

 

Passados sessenta anos, frei Bartolomeu, da Ordem de Francisco, saiu de São Vicente para Ubatuba com a finalidade de oficiar uma missa em homenagem ao padre Anchieta, grande catequizador cuja morte completava o primeiro centenário. Ali, em contato com os moradores do lugar, ele tomou conhecimento do que acontecera no passado, mas discordando do temor demonstrado por esses homens e mulheres quando se referiam ao triplo desaparecimento, porque o associavam a coisas malignas, declarou que subiria ao alto do morro para elucidar de uma vez por todas aquele mistério. E mais: para provar que realmente havia cumprido o prometido, colocaria lá em cima uma grande bandeira vermelha capaz de ser vista por quantos o acompanhassem ao pé da elevação, afastando, dessa forma, qualquer dúvida porventura existente entre os ainda recalcitrantes.

 

 

 

E foi o que fez. Chegou à pedra, avançou como pôde pelo paredão acima, chegou ao cume e desfraldou, como havia dito que faria, o enorme pedaço de pano vermelho que levava. O povo lá embaixo percebeu na mesma hora quando isso aconteceu, e vibrou de alegria e entusiasmo diante da possibilidade de que o mistério dos três homens desaparecidos finalmente ficasse esclarecido. Daí, satisfeitos, todos ficaram esperando o retorno do religioso. Mas o dia passou, a noite foi chegando, com isso os mais medrosos começaram a ir embora, até que só restaram poucos dispostos a aguardar a volta do padre naquele pedaço de mato, envolvidos pela escuridão amedrontadora. E eles ali ficaram, ansiosos, sobressaltados, até que por volta da meia-noite um suspiro aliviado ecoou no local, porque os mais atentos haviam percebido a figura de frei Bartolomeu descendo lentamente do alto do morro, iluminado pela luz da lua que aparecia àquela hora..

 

 

 

O frei se arrastava pela pedra abaixo com extrema dificuldade, percorrendo o mesmo caminho feito quando subira. Vinha lentamente, mexendo os braços em movimentos que ninguém conseguia precisar, e quando se expôs completamente ao luar, nenhum dos homens deixou de perceber a palidez fantasmagórica estampada em sua face triste, os olhos encovados e sem brilho, a boca murcha com lábios contraídos e esbranquiçados. Mesmo assim, eles correram para abraçá-lo, mas só avançaram alguns metros porque o frei simplesmente desapareceu da vista de todos. Para onde tinha ido? Foi o que se perguntaram. Gritaram o seu nome, uma, duas, três vezes, até que um gemido rouco, terrível, veio do alto, ecoou pela mataria e se perdeu na noite. Um frio de morte gelou os presentes, e por mais valentes que fossem, tanto que estavam ali até aquela hora, todos eles saíram em carreira desabalada, abandonando o mais depressa que podiam aquele pedaço de chão amaldiçoado.

 

 

 

Dizem que ainda hoje, quem se atrever a ficar no sopé do morro do Corcovado poderá ver o frei Bartolomeu descendo devagar pela rocha, tentando chegar à base da elevação. Mas sem sucesso. E por isso a mesma cena se repete noite após noite, até quando... quem é que sabe?.

 

 

 

 

 

 

 

 

FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

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Civilização Intraterrena no Brasil

 

Por Eustáquio Andréa Patounas

socex@intergate.com.br

 

"Vivemos em um dos mais misteriosos e inexplorados países da Terra, milhas e milhas de nossas florestas nunca foram pisadas pelos pés do homem branco. Nestas áreas vivem tribos inteiras de índios selvagens...

Muitos dos que se aventuraram nesta selva jamais voltaram. Talvez o caso do Coronel Fawcett seja familiar aos leitores como um exemplo do que quero dizer. Ele supostamente foi capturado por uma tribo selvagem enquanto procurava por uma ‘cidade perdida’. O arqueólogo Raymond Bernard vasculha a região desde 1956 e relata: 'O professor Souza (teólogo e estudioso do desaparecimento de Fawcett) garantiu-me que o grande explorador inglês ainda está vivo em uma cidade subterrânea nas montanhas do Roncador em Mato Grosso. Recentemente dois exploradores entraram em um túnel perto de Ponta Grossa no estado do Paraná, um deles tinha entrado recentemente sozinho e passou cinco dias na cidade subterrânea que tinha mais ou menos 50 habitantes entre adultos e crianças.

J.D., um guia da montanha Mistério perto de Joinville - SC (onde se supõe ser uma 'entrada'), disse que várias vezes viu discos-voadores ascenderem de uma abertura de túnel que conduz à cidade subterânea dentro da montanha. Em uma ocasião ele encontrou um grupo de homens subterrâneos fora deste túnel. Eles eram baixos, corpulentos, de barba ruiva, cabelos longos e muito musculosos. Quando tentou se aproximar eles sumiram.

Outro explorador, Nilton Machado visitou um túnel perto do Rio Castor, na mesma região onde encontrou os homens barbados e uma mulher aparentando ter mais ou menos 20 anos. Ela falou com ele em português e disse ter 2.500 anos...este tipo de contato está sendo constantemente relatado pelos moradores da região e merece uma investigação mais aprofundada. Manterei contato para futuras 'revelações'..."

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Castelo dos Bugres

 

Descrição:

 

Formação rochosa que desperta a atenção dos curiosos, constituído por conglomerado, rocha de origem sedimentar de aproximadamente 600 milhões de anos, caracterizada por uma mistura de diversos fragmentos arredondados de outras rochas, envoltos em uma matriz ou cimento.

Desde a sua formação até a atualidade, houveram modificações significativas como movimentações na crosta e alternâncias climáticas que influenciaram os processos de modelagem do relevo, resultando na forma atual, a de um castelo com uma grande torre principal.

Seu nome, traduzido do alemão Das Bugraschloss, gerou muitas lendas com a chegada dos primeiros colonizadores. Acredita-se que os indígenas foram os primeiros freqüentadores da montanha, daí a origem do nome, pois os colonizadores denominavam os nossos índios de bugres.

Existe uma lenda relatada em forma de versos, na edição de 11 de novembro de 1886, do periódico joinvilense Kolonie-Zeitung, que diz o seguinte:

 

“...perdida entre as brumas, a brisa da montanha espalha pelo arvoredo o segredo do Castelo dos Bugres. A lenda diz que um cavalo branco preso dentro do espinheiral aguarda a descida da ponte movediça que irá permitir a saída do senhor, um cacique que um dia ali penetrou. Enquanto o senhor não sair do castelo não haverá libertação para o pobre cavalo angustiado. O cacique porém, ainda irá permanecer por muito tempo no interior do castelo, enquanto no lado de fora, pela estrada, os apressados irão passando, espreitando a íngreme formação e seu gardião”...

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Em Monte Roraima, na divisa com a Venezuela, lendas indígenas mesclam-se a cenários de sonho

 

Michelle Glória

 

 

 

[07/DEZ/2005]

BOLÍVAR, VENEZUELA - A aventura de desbravar a Grande Savana venezuelana nos faz sentir como coadjuvantes em um filme de Indiana Jones. As peripécias do herói em lugares exóticos bem que poderiam acontecer no lugar. Somente em longas expedições a pé, de mountain bike ou automóvel 4x4 é possível explorar a região. Além dos desafios naturais, as histórias ouvidas por lá despertam a imaginação com lendas indígenas sobre ervas com poderes sobrenaturais, guerreiros invisíveis, façanhas de caçadores em busca de tesouros perdidos e outras tantas... O ápice da expedição é desvendar os mistérios do platô do Monte Roraima, com 2.875 metros - onde está o terreno mais antigo do planeta e habita Macunaíma, entidade sagrada dos índios pemones (venezuelanos) e macuxis (brasileiros).

 

A Grande Savana (ou Gran Sabana, como dizem por lá), situada no Parque Nacional Canaima, no Sul da Venezuela e fronteira com o Norte do Brasil (divisa com Roraima), é o embrião do mundo. As formações rochosas daquela região remontam à era pré-cambriana, possuindo até 3.600 milhões de anos.

 

Imensos blocos de pedra na forma de mesetas (pequenos planaltos), chamados de tepuyes pelos pemones, emolduram o cenário da Grande Savana. As formações resultaram do acúmulo de sedimentos vindos das terras altas do supercontinente Gondwana, há 1.800 milhões de anos - quando América e África ainda estavam unidas, muito antes da fratura que originou o oceano Atlântico, separando os continentes. Pertencem à área geológica do Maciço das Guianas, que se estende além dos limites da Venezuela, ocupando parte da Guiana, Suriname, Colômbia e Brasil.

 

A bucólica vegetação rasteira da savana serpenteada por vales de moriches (buritis) mescla-se com a imponência dos enigmáticos tepuyes. São mais de vinte na região, sendo o Matawi-kukenán e o Monte Roraima os mais famosos. A subida ao tepuy Kukenán é muito íngreme e perigosa. No seu platô, além de a orientação ser difícil, há muitas fendas encobertas pela vegetação que tornam a caminhada arriscada. Um turista já desapareceu no topo sem deixar rastros. Por isso, a subida ao Kukenán é restrita.

 

- Kukenán é uma montanha sagrada. Nela vivem os espíritos de guerreiros pemones que não devem ser molestados - conta Benetton, guia indígena que acompanha os turistas na expedição ao Roraima. Para ele, o despertar dos guerreiros é a causa do desaparecimento misterioso do turista.

 

Benetton ouvia do seu avô histórias sobre lutas seculares pela posse da terra, travadas entre os índios macuxis e pemones (de etnia arekuna, kamaracoto e taurepang). Quando um guerreiro pemon era derrotado, jogava-se do alto do tepuy Matawi-kukenán. Na língua indígena, ''matawi'' significa ''quero morrer'' ou ''lugar de suicídio''.

 

- Os guerreiros arekunas ingeriam uma erva que lhes concedia poderes sobrenaturais. Passavam a ter agilidade e coragem sobre-humanas. Locomoviam-se dezenas de metros numa fração de segundos. Combatiam e matavam os inimigos sem temor - fala baixinho, quase pedindo licença, Benetton.

 

Os espíritos desses guerreiros são chamados pelos pemones de canaimas - entidades temidas até hoje. Quando alguma morte inexplicável acontece, os índios atribuem-na aos desígnios do canaima. Daí vem o respeito mítico de Benetton pelo Kukenán. O misticismo está entranhado nos pemones.

 

 

Publicado no Jornal do Brasil. Caderno Viagem.Quarta-feira, 07 de dezembro de 2005.

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Mistérios do mar

Por Administrator

21 de janeiro de 2008

 

FONTE: Site Esoterikha

 

 

" Ainda que o Triângulo das Bermudas goze de muito mais celebridade, existem em nosso plane ta vários "vértices" ou "centros" de anomalias magnéticas, que em número de doze são distribuídas a intervalos regularmente espaçados sobre os paralelos 36° norte e sul. Como você deve recordar, foi Ívan Sanderson quem se ocupou do estudo destas zonas perigosas em sua obra "Residentes invisíveis", e quem formulou pela primeira vez esta hipótese. Ainda que a casuística nestas zonas não é tão espetacular como a do Triângulo das Bermudas, merece que conheçamos alguns acontecimentos surpreendentes.

Afeganistão, Golfo Pérsico e as Rodas Luminosas

Nestas outras "zonas malditas", os aparelhos eletrônicos dos barcos e aviões sofreram interferências ou anulações, desapareceram homens e naves e o espaço-tempo normal sofreu estranhas distorções. Igual ao que acontece com o Triângulo das Bermudas nada se sabe acerca de que ou quem pode produzir tão misteriosas perturbações.

 

Das 12 zonas mortais que se encontram distribuídas em espaços regulares por todo o planeta, somente dois, a do Afeganistão e a Antártida, se apresentam na massa continental terrestre, sendo todas as demais marinhas.

 

O ponto terrestre de perturbações magnéticas localizadas no Afeganistão constitui, com o Golfo Pérsico, pelo sudeste, um "rombóide mortal", centralizado nos 36° norte e os 75° leste aproximadamente.

 

A história das desaparições aéreas no Afeganistão é relativamente recente, tendo ocorrido quase todas elas durante a segunda guerra mundial. Durante os anos da guerra (1939-1945) os aliados, junto com os norte-americanos, estabeleceram uma rota aérea de abastecimento e controle que sobrevoava o Afeganistão. Neste período desapareceram misteriosamente vários aviões norte-americanos, alguns dos quais, segundo informação revelada posteriormente, parece que transportavam carregamentos de barras de ouro. Nunca conseguiram localizar os restos dos aviões ou de seus tripulantes e oficialmente foram dados por desaparecidos.

 

Mais que desaparições, o que nestas águas vem sendo produzidas são estranhas visões de "rodas fosforescentes" submarinas. Em 15 de maio de 1879, o comandante J. E. Pringle, que viajava no comando do navio de guerra britânico "Vulture" por águas do Golfo Pérsico, observou a presença de ondas luminosas por baixo da água que se moviam a grande velocidade, passando por baixo do navio.

 

Segundo puderam observar, para o leste, o estranho fenômeno oferecia a forma de uma grande roda giratória com o centro naquela mesma direção. Os raios da gigantesca roda eram luminosos. E olhando para o oeste puderam ver outra roda similar que girava em direção contrária. Antes e depois desta estranha visão parece que o barco navegou por zonas cobertas de certa substância flutuante de aspecto oleoso.

 

Depois desta data inúmeros testemunhos de navegantes e viajantes que atravessaram estas águas foram conhecidos através de diversas publicações.

 

As "rodas luminosas" de Charles Fort O famoso autor americano Charles Fort, em sua obra "Livro dos condenados", recolhe grande quantidade de testemunhos sobre "rodas luminosas" nesta e outras zonas.

 

Apesar das coincidências entre todos os acontecimentos referidos pelas testemunhas presenciais, não está claro de como é possível que gigantescas rodas luminosas são encontradas sob a superfície do Golfo e o que podem estar fazendo naquelas águas.

 

Para explicar estes fatos, alguns prestigiosos autores e pesquisadores apontaram diferentes hipóteses.

 

O célebre astrônomo norte-americano Carl Sagan, junto com os autores franceses L. Pauwells e J. Bergier ("O retorno dos bruxos"), concordaram em afirmar que, possivelmente, "a civilização nasceu na Suméria, graças à vinda de misteriosos homens-peixes, chegados do espaço e que se instalaram nas profundezas do Golfo Pérsico. Estes visitantes extraterrestres seriam chamados Akpalus e conhecemos sua existência graças a Be-roso, sacerdote babilônico do século ÍV antes de Cristo.

 

No entanto, nas águas do Golfo Pérsico que formam o limite sudoeste desta zona mais ou menos ramboidal, desde há quase duzentos anos vem acontecendo testemunhos de estranhas visões e anomalias em barcos que viajavam pelas águas próximas ao Golfo Pérsico e o Golfo de Omán.

 

Beroso teve acesso a rolos e tábuas de escrita cuneiforme, de milhões de anos de antiguidade, que ele sabia ler e cujos textos traduziu ao grego clássico.

 

Carl Sagan baseia suas afirmações nos fragmentos antigos de Cory, onde foram compilados vários textos de Beroso. Pela leitura destes textos sabemos da existência de um homem-peixe chamado Oanes, que tinha um corpo pisciforme, mas andava erguido e vivia como um anfíbio. Segundo se descreve a esta fantástica criatura, sob sua cabeça de peixe tinha uma segunda cabeça, e se apresentava a nós corno o primeiro "educador", ensinando aos homens a construir suas casas e iniciando-os na escrita, nas ciências e na arte.

 

Animais-Homens, seres anfíbios inteligentes

Apareceram outros seres parecidos com Oanes. Um deles foi o Anedoto Musaro Oanes, também procedente das águas do Golfo Pérsico, e até um quarto Anedoto, com a mesma forma pisciforme e alguns traços humanóides.

 

Os akpalus são representados como "animais-homem inteligentes", que revestiam seu corpo com uma espécie de capacete e manto. (Existe um cilindro assírio no qual é representado Oanes e outras figuras vestidas desta "maneira". Inclusive uma delas parece carregar às costas certos "aparelhos").

 

E lógico pensar que, por suas características, os akpalus procediam de um planeta no qual a água devia ser o elemento dominante da vida.

 

Um planeta de Sírio? Segundo o pesquisador americano Robert K. G. Temple, em sua obra "O Mistério de Sino", este planeta aquático poderia ser algum que girasse ao redor da estrela Sino.

 

Sino é uma estrela de primeira magnitude (1,3 de magnitude absoluta) que se encontra há 8,7 anos luz de nosso planeta. Há uns sessenta anos se soube que está acompanhada de uma estrela "anã branca", que foi chamada Sino B, composta de uma matéria superdensa e pesada.

 

No entanto, o mais assombroso que revela o livro de Temple é a existência de uma tribo negra, os dogões, que habitam um território na República de Mali, que conhecem, ao longo de gerações, a existência da estrela "anã" companheira de Sino.

 

Identificam esta "anã branca" com a pequena e pesada semente da Digitalia, chegando a traçar perfeitamente sua órbita elíptica, em um de cujos pontos situam, quase exatamente, a Sino A. E também afirmam que existe uma Sino C, que nossos meios tecnológicos ainda não conseguiram descobrir.

 

O tradicional culto a Sírio Este conhecimento está reservado aos sacerdotes da tribo e aos iniciados no culto a Sino e lhes foi comunicado pelos garamantes (antigo povo da Líbia), dos quais nada se conhece, que por sua vez o receberam dos egípcios, e estes dos sumérios.

 

Os dogões sabem, desde antigamente, que Digitalia ou Sino B é muito "pesada" e que demora cinqüenta anos, cifra exata, em seu giro ao redor de Sino A.

 

Como chegou este conhecimento à tribo dos dogões? Por que o assombroso segredo ficou escondido no coração da África? Alguns pesquisadores supõem que os chamados nommo pelos dogões eram os mesmos akpalus que procediam de um planeta de Sino C e que comunicaram aos homens que haviam civilizado o incrível descobrimento.

 

Seres anfíbios inteligentes Em sua obra, Robert K. G. Temple escreve: "Vale a pena assinalar que no caso de que alguns planetas do sistema de Sino fossem aquáticos, devemos considerar seriamente a possibilidade de que nele existam seres inteligentes, porém anfíbios.

 

Isto seria relacionado com a lenda de Oanes...; ele seria o ser anfíbio da tradição sumeriana mencionada pelo astrônomo Carl Sagan e ele foi quem contribuiu à civilização do homem. Dito de outro modo, os seres deste tipo seriam um pouco como sereias ou tritons..., e em certo modo poderiam ser parecidos a nossos inteligentes amigos os delfins". E continua: "Foi nessa época quando apareceu o Musaro Oanes Anedoto do mar Eritreu, que para os antigos era o corpo de água que hoje subdividimos no Golfo Pérsico, o Mar Vermelho e o Oceano Índico".

 

Podemos supor que ainda as profundidades marinhas do planeta estão habitadas por estes seres anfíbios? Ou talvez que os sucessores dos primeiros akpalus continuam visitando-nos? E difícil responder às perguntas e imaginar que algo assim está acontecendo.

 

No entanto, a possibilidade de que as águas do planeta sejam visitadas explicaria as misteriosas visões de luzes em forma de rodas, que se movem sob as águas e que às vezes emergem para desaparecer até mundos desconhecidos.

 

Zonas perigosas: Austrália e Nova Zelândia

 

A certa distância da costa da Austrália, em pleno Oceano Índico, é encontrada uma nova zona "perigosa".

 

E quase sobre a Nova Zelândia, 62° mais ao leste da anterior, existe outra. Desde há aproximadamente um século vêm sendo recolhidos testemunhos de misteriosas visões nesta zona.

 

O incansável Charles Fort, do qual nos é imprescindível seu trabalho nesses temas, nos informa dos casos mais antigos. Todos esses supostos casos se referem a "aterrissagens" em mares, rios, lagos, etc...

 

Em sua obra conhecemos os testemunhos oferecidos pelos tripulantes do bergantim "Ímnerwich" quando viajavam entre Yokohama e Victoria (Austrália), em 24 de fevereiro de 1885. Anteriormente, em 1881, duas testemunhas de privilégio, pois eram os filhos do príncipe de Gales, observaram a bordo do navio "La Bacante", quando navegavam entre Melbourne e Sydney, "um objeto completamente resplandecente".

 

A geografia da Nova Zelândia é muito peculiar, composto por duas ilhas principais e numerosas pequenas ilhas, algumas das quais bastante longínquas.

 

A Ilha Sul é a maior massa de terra e está dividida ao longo do seu comprimento pelos Alpes do Sul, cujo maior pico é o Monte Cook com 3 754 m. Na Ilha Sul há dezoito picos com mais de três mil metros de altitude.

 

A Ilha Norte é menos montanhosa do que a Sul, mas está marcada por vulcanismo.

 

Na Ilha Norte, a montanha mais alta, Ruapehu (2797m) é um cone vulcânico ativo. A área total da Nova Zelândia, 270 500 km² é um pouco menor que a do Japão ou que as Ilhas Britânicas e um pouco maior do que a do Colorado nos EUA. O país estende-se por mais de 1600 Km ao longo do seu eixo principal norte-nordeste.

 

O clima é ameno, com temperaturas raramente inferiores a 0ºC ou superiores a 30ºC. A temperatura média diária em Wellington, a capital, localizada no centro do país, é de 5,9ºC no Inverno e 20,3ºC no Verão.

 

Muito afastada das terras mais próximas, a Nova Zelândia é, entre as massas de terra de dimensões consideráveis do planeta aquela que está mais isolada. Os seus vizinhos mais próximos são a Austrália, para noroeste, e a Nova Calcedônia, Fiji e Tonga, para norte.

 

Casos relatados por Guieu Quanto aos casos mais modernos é o pesquisador francês Jimmy Guieu quem nos oferece abundante material.

 

Por exemplo, em 14 de julho de 1959, segundo testemunho de alguns caçadores, na ilha do Príncipe de Gales foi produzida a aterrissagem de um estranho objeto de cor vermelha.

 

Ao mesmo tempo outro grupo de testemunhas informou ter visto um objeto similar no chamado Refúgio de Karumba. Novamente em 16 de junho de 1962 voltou a ser observada uma nova aterrissagem de outro misterioso aparelho de cor prateada, na mesma ilha, sobre a lateral de uma colina.

 

Também na zona da Nova Zelândia puderam ser constatados casos de OVNÍS. Em 27 de novembro de 1952 foi visto, por um piloto aviador, sobre a zona de Nedim, no bairro de Auckland, um grande objeto que emitiu um resplendor cinza azulado e que voava a uma velocidade estimada em 450 km/h.

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