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Seis dias no Ceará


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O Ceará é lindo. Fato. E qdo se tem pouco tempo para conhecer tantos lugares, organização faz diferença.

 

Saí em voo noturno de São Paulo e cheguei de madrugada em Fortaleza. Embora o hotel não oferecesse traslado, não tive problema em tomar um taxi no aeroporto. Achei muito legal que já na sala de desembarque, há cartazes indicando o local de onde saem os taxis oficiais. Embora eu já soubesse – consultei no site do aeroporto -, achei importante essa preocupação das autoridades locais. Em 20 min estava no Hotel Pousada Três Caravelas, por R$ 40 em bandeira dois, onde passaria a noite.

 

O hotel, que ainda não tem elevador e possui três andares, é bem agradável, limpo, novo, com ar, cofre, frigobar, wifi grátis, TV, Box de vidro, etc. O atendimento foi muito bom – a Mazé é uma simpatia – e em tudo o que precisei fui atendida prontamente. O café da manhã também é bom – leite, achocolatado, café, sucos, iogurtes, frutas, pães, bolachas, ovos, etc. - e fica a uma quadra da Beira Mar – de 20 a 30 min da feirinha - e a uma quadra e meia da rua Monsenhor Tabosa – que conta com diversas lojas e leva ao mercado, ao Centro Cultural Dragão do Mar e à catedral.

 

Bem, às 8h15 chegou o micro ônibus da Ceará Rotas, que me levaria a Jericoacoara (R$ 60). Foram 15 min de atraso que, a princípio não fizeram diferença, mas até chegar lá, sim. Tentei fazer o trajeto pela praia, mas nenhuma agência que consultei reunia pessoas para dividirem o custo do veículo. Para fazer sozinha, ficaria caro.

Mas correu tudo bem. O micro ônibus tinha até filme....rs. Fez uma parada para lanche e demorou mais do que o necessário. Seguimos até Jijoca, num ponto em que pegaríamos a Toyota para Jeri. A espera pelo carro também foi um pouco longa. Um dos guias da empresa explicava os passeios, mas preferi ver isso quando chegasse.

A ida até Jeri não é sacrificada. Ainda que o veículo balance, passar entre as dunas já dá uma ideia de quanto lugar bonito a gente vai ver. A agência nos deixou diretamente na pousada, o que foi ótimo.

 

*comentário: Todos sabem o quanto o Brasil é um país rico, rico e mal explorado. Não precisa muito para perceber que aquela região precisa muito mais do que o dinheiro distribuído pelo Bolsa Família. Precisa de Educação, formação, informação, atenção. É triste e impressionante ver a quantidade de lixo jogada na estrada junto às comunidades que vivem à beira da rodovia. Muito lixo, muito plástico.... Me recuso a acreditar que haja serviços de coleta de lixo. Mas também não acredito que aquelas pessoas tenham opção ou conheçam as consequências de jogar lixo daquela forma.

 

Fiquei na Pousada Aqua. Embora não fosse a mais barata e não tivesse piscina (tinha cofre, wifi,ar condicionado, ventilador de teto, TV...), fui por recomendação, por garantia, uma vez que reservei antecipadamente e estava indo sozinha. O quarto (Seriguela) é agradável e limpo. Mas se puder evitá-lo, acho melhor, pois fica próximo à recepção e o barulho externo invade o quarto, não tem jeito. Tem inclusive um banheiro próximo e a gente acaba ouvindo quando é usado. Acredito que o Graviola também passe por problema semelhante. Fica na parte frontal da pousada, entre a rua e as mesas de café da manhã. Enfim, o pessoal é simpático, o café da manhã é bom. Não me arrependi de me hospedar lá, mas escolheria outro quarto.

 

Na mesma tarde em que cheguei, já fui passear. Conheci a praia principal e a pedra furada. Fui pelo morro, uma caminhada longa, mas possível. Se preferir por ir de charrete, mas não sei o preço. O cansaço se deu pelo vento contra na ida, mas a volta foi mais tranquila.

 

A pedra é uma formação muito bonita. O cenário é lindo, pois a beleza do mar não desaponta.

 

Não posso dar detalhes sobre a gastronomia, pois como pouco e não ligo muito para este aspecto. O entanto, há escolha para todos os bolsos e gostos. Há um mercado na rua principal que vende água pela metade do preço do hotel, pode valer a pena. E Tb uma padaria 24 horas (fora a Sto Antonio que só abre de madrugada).

De qq forma, na Casa de Pedra, há sorvetes muito bons (experimente Tamarindo e Cupuaçu, maravilhosos), e sanduiches bem servidos a preço justo.

 

No dia seguinte, a pousada me ajudou a encontrar um passeio, isto porque eu não tinha com quem dividir o bugue. Fui parar numa jardineira da JeriEcoturismo. Fomos para as Lagoas Azul e Paraíso e nada desabonou (R$40). Apesar de não ter a emoção do bugue, tem a vantagem de ser coberto, o que pode ser muito útil sob aquele sol escaldante. A jardineira vai pela praia do Preá, passa pela Árvore da Preguiça e segue até a Lagoa Azul. Somos deixados num ponto onde temos de pegar uma balsa a vela para levar até o outro lado, onde há um bar e as conhecidas redes dentro dágua. A balsa custa R$ 2,5 (ida e volta) e uma água no bar, R$ 3,30 (um roubo). A água é morna e o lugar é bonito, mas eu esperava mais. Ficamos pouco para irmos para a outra lagoa.

A Paraiso (que é somente uma outra parte da mesma lagoa) é bem mais bonita. Ficamos no restaurante do Paulo, que fica separado da muvuca e foi ótimo. Também tinha redinhas, mesas com ombrelones, bom atendimento. Valeu.

 

Não espere a agilidade que encontramos e exigimos em São Paulo, não vai encontrar e só vai se estressar.

 

No dia seguinte, segui com a mesma jardineira para Tatajuba (R$40). O caminho é muito bonito, entre mar e dunas. Passamos pelo mangue dos cavalos marinhos (R$10), que eu não quis ver, pelo mangue aterrado e pela velha tatajuba e a duna do Funil, onde há o esquibunda – é bem alto. O cenário é deslumbrante e contrasta com a lagoa Tatajuba que, diferente da Paraíso que é azul - , tem água acinzentada. É agradável, mas não tão bonita.

 

Na volta, o por do sol na duna do por do sol é indispensável. Um espetáculo imperdível e que não cansa de ser visto todos os dias (ás 17h30).

Voltei para Fortaleza no dia seguinte, de ônibus da Fretcar (R$ 58). A jardineira saiu pontualmente às 8h. Em Jijoca, tomamos o ônibus. Novo, com ar condicionado, agradável, sem paradas. Por volta das 13h30 estava na capital.

 

Eles vendem antecipadamente por meio de agências. A do aeroporto me pediu R$ 65 pela passagem....não comprei.

Observe que o ônibus faz várias paradas em Fortaleza. Procure saber qual é o melhor para seu caso. Como voltei ao 3 Caravelas, o ônibus me deixou a três quarteirões do hotel, na Monsenhor Tabosa. Mais perto que eu imaginava.

 

Passei a tarde caminhando pela cidade. Fui ao mercado – dá para achar lembranças de todos os preços - , ao Centro Cultural Dragão do Mar e conheci toda a beira mar. Não difere mto de outras capitais nordestinas, a cor do mar, os belos edifícios, restaurantes e bares, mas é uma orla bonita, cheia de gente passeando, se exercitando. Vale a pena conhecer. E tem a feirinha, com tudo o que tem no mercado e preços semelhantes.

 

Logo que cheguei ao hotel, já marquei meu passeio para o dia seguinte. A Mazé me ajudou e marcou tudo para mim. Fui pela OceanView e foi ótimo. Da pontualidade ao guia.

Como não tinha mto tempo, fiz o 3 praias em um dia, até Canoa Quebrada (R$50). O melhor deste passeio é um trajeto em bugue, que não está incluso (R$ 40), vai pela praia, com paisagens lindas.

 

Inclui Morro Branco, com uma passagem rápida pelas falésias e um guia que não esperava as pessoas e agia como se os turistas não tivessem o direito de admirar o lugar sem pressa. Enfim... Esse guia não era o que nos acompanhava no ônibus.

Passamos pela praia das Fontes – as chamadas fontes são duas quedas d’água canalizadas, como reservatório de água e tudo, o que tirou totalmente o charme da coisa. Nem desci do bugue de tão sem graça que era aquilo. Houve quem tomasse banho, mas não me animei. Como a maré estava baixa, passamos Tb por uma gruta muito bonitinha. A região conta com formações bem interessantes.

Canoa Quebrada me decepcionou, acho que fui com expectativas elevadas e quando cheguei, vi que aquela paisagem não me era estranha, ainda que nunca tivesse ido lá. Ficamos no Bar Antonio Coco, que tem comida boa e atendimento regular. Dividi um trio (peixe, camarão e lagosta) com uma outra pessoa e com bebida, gastamos R$ 40 cada uma. Não achei caro. Só o prato era R$ 66 (duas lagostas, duas postas de peixe e camarões).

A maré subiu rapidamente e então já era hora de voltar. Não aproveitamos nada. A tal Broadway (rua principal), pelo menos à tarde, deixou a desejar.

 

No final achei que poderia ter ido a Morro Branco e/ou Fontes somente, e aproveitado para passar no centro das rendeiras. As rendas e bordados que encontramos lá são lindos.

No último dia que tinha no Ceará, eu queria parar numa praia e ficar, sem passeio, bugues, jardineiras, etc. As praias da capital são poluídas e os guias recomendam que não tomemos banho lá. E avisam da questão da segurança. Não vi nada, mas acho que cuidado nunca é pouco. Recomendam, ainda, que não se faça passeio de quadriciclo, pois são de particulares e não contam com estrutura em caso de acidentes.

 

Fui para Lagoinha com a mesma agência (R$35). Muito bonita Tb. Ficamos numa barraca e esqueci da vida. A área de mesas na areia é grande e não ficou lotada em nenhum momento e o atendimento bom. Tudo ótimo.

Bem, para ir para o aeroporto, mais R$ 40 de taxi. Em três horas, depois de meia hora de atraso, chegava em SP.

 

Espero ter ajudado.

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