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Relato de viagem: MOCHILÃO DE 3 MESES POR 10 PAÍSES - O ROTEIRO FINAL


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O bate-volta até Bruges era uma certeza dessa viagem desde o início. A combinação de chocolate belga e cidade medieval parecia boa demais para ser deixada de lado, estando ali tão perto (hum... já falaram tanto sobre essa tentação do “ali tão perto” na hora de incluir mais um destino em viagens para a Europa).

Ainda no Brasil, quando vimos que o perto não seria assim tãoooo perto, pesquisamos um pouco sobre excursões. Na pressa e na insegurança de sair daqui com algo fechado nesse sentido, sem ter maiores indicações, deixamos para definir por lá.

Fiz uma tentativa de realizar a compra das passagens de maneira independente e antecipada pela internet, mas como no dia tive dificuldades com o sistema do cartão de crédito, ficou por isso mesmo. Para quem quiser comprar pelo site ou pelo menos pesquisar, fica o link.

O domingo foi escolhido para o passeio e as passagens foram compradas dois dias antes na Central Station de Amsterdam diretamente no guichê de atendimento. Custaram 62 euros ida e volta por pessoa mais a taxa de 3,5 euros da compra em cartão de crédito (compramos juntas para pagar a taxa apenas uma vez). Como se trata de uma viagem mais longa, nos obrigamos a madrugar e deixamos o retorno (as passagens de volta tem horário em aberto) para o penúltimo trem.

Bem, agora que você tem os detalhes mais “técnicos” da viagem, vamos ao relato da aventura:

 

 

Madrugamos, passamos no Starbucks da Central Station e fomos achar a plataforma do trem. Em primeiro lugar, não há como ir para Bruges de trem saindo de Amsterdam sem fazer escala. Não que eu tenha descoberto pelo menos. Geralmente as opções incluem uma troca de trem em Bruxelas ou Antuérpia, ambas já em território belga. O que varia é a categoria do trem, que pode ser rápido e mais caro ou a opção “normal” e mais barata que escolhemos. Provavelmente, na escolha mais cara existem menos paradas e a troca se dê nas estações centrais de cada cidade. Porque na opção “low cost” desta que vos fala, após a longa viagem de mais de duas horas começamos a nos preocupar pois o trem parou em diversas estações Bruxelas a fora e não conseguíamos informações a bordo para saber ao certo em qual descer. Havia indicação nas passagens, mas elas não batiam com a minha “pesquisa” (uia!!) e o que me preocupava e me dava a sensação de “algo está errado” era o tempo passando. Enquanto parávamos de estação em estação em Bruxelas, o horário da partida do segundo trem chegava... e partia. Finalmente, quando chegou o ponto final onde devíamos desembarcar segundo todas as orientações estávamos bem atrasadas. Claro que eu fiquei tensa imaginando que teria problemas para embarcar em outro trem ou trocar as passagens. Para completar, essa estação era bem trash. Chegamos a tirar uma foto para provar, só que não aparece bem o "estilão" do lugar. :roll:

 

De qualquer forma, as informações sobre os trens, destinos e horários estavam ali mesmo e conseguimos embarcar para nosso destino algum tempo depois.

 

Na saída da Estação de Bruges, conseguimos comprar um mapa da cidade em uma maquininha por 0,50 euros e seguimos na mesma direção de todo mundo. Acho que não preciso destacar a quantidade de turistas que tiveram a mesma ideia.

 

Por sorte, seguimos na direção do Begijnhof e não da Praça Central como todos os outros. Acredito que fez toda a diferença pois tivemos a chance de começar pelo lado mais tranquilo e nos reunir aos pouco com a multidão de turistas. Esse começo de exploração da cidade me lembra muito um brinquedo de blocos de construção que eu tinha quando criança. Sabe daqueles que a gente usava para montar uma cidade? Com casinhas, pontes?

 

As impressões: A cidade é realmente muito bonita com seus canais e arquitetura. Certamente, um dos lugares mais fotogênicos que já vi. É impossível não tirar milhares de fotos. Chegava ao cúmulo de repetir o mesmo ângulo em cores e preto e branco. Mas... Não sei o que acontece, mas tanto eu quanto minha amiga tivemos a impressão de "cidade-morta", de que tal como em um parque temático todos os movimentos e cores estão lá para alimentar turistas e que quando eles deixam a cidade fica um vazio de sentidos. Minha amiga, incomodada com a impressão, chegou a perguntar para uma vendedora estrangeira em uma loja de chocolates sobre como era morar ali. A resposta só reforçou o que pensávamos: "horrível!".

 

Veja bem, conhecer Bruges não provoca uma sensação ruim. A visita vale a pena, mas realmente Bruges me traz o que eu chamaria em inglês por falta de expressão melhor em português de mixed feelings. Declarada Patrimônio da Humanidade, esta seria a representante mais bem conservada de uma cidade medieval. Realmente, em alguns momentos fica fácil de imaginar o "clima medieval" pairando no ar. Minha amiga chegou a comentar que visualizava fogueiras queimando, etc. Porém, passa também a impressão de maquiagem para turista ver. O único lugar que me pareceu real foi a Praça Central.

 

Talvez se a permanência na cidade se estenda para além do período do dia, o anoitecer já sem tantos turistas revele uma cidade diferente aos olhos dos visitantes. Fico com vontade de voltar e pernoitar. Nem que seja para fotografar.

 

Quanto aos chocolates, esses sim ficam bem vivos na memória. Simplesmente deliciosos! Os melhores!

 

Andamos muito pela cidade durante todo o dia, nos abastecendo de chocolate de tempos em tempos. Muitos restaurantes charmosos com cardápio e preços do lado de fora. Eu ainda experimentei uma cerveja belga e subi na torre do campanário. Quanto à primeira, não posso falar muita coisa porque só tomo cerveja em viagem e não entendo nada do assunto. Mas sei que são famosas! hehe... Quanto a subir em torres para ver cidades de cima, bem... disso eu posso falar. A torre do campanário representa uma subidinha puxada! Valeu mais pela diversão meio comunitária de subir quase morrendo (hilário! todo mundo fica se olhando, ofegando e rindo ao mesmo tempo!) do que pela vista. A cidade é bonita vista de cima, mas venta muito, o espaço é bem restrito para o número de pessoas e tem aquelas gradinhas por todos os lados. Mesmo assim me diverti.

 

O retorno guardava novas aventuras. Quando compramos a passagem, minha amiga questionou se havia risco de não podermos pegar o trem de volta uma vez que não havia horário pré-definido nem lugar reservado. A vendedora riu e garantiu que não, desdenhando. Então tá, né?

Devo confessar que apesar de todo mundo querendo sair ao mesmo tempo, no final da tarde, não tivemos grandes problemas com o trem de Bruges até Bruxelas. Mas em Bruxelas... ai ai ai! O trem que faz esse trajeto vem de outro lugar (imagino eu que de Paris) e já vem cheio. O resultado foi que os piores pesadelos da minha amiga se concretizaram. Após um vagão lotado atrás do outro, conseguimos sentar em separado.

O caos se instalou naquele trem que ainda foi "pingando" de cidade em cidade, com gente sentada no chão, malas impedindo a passagem das pessoas. Todas as línguas do mundo sendo faladas ao mesmo tempo, casal quebrando o pau em espanhol. Não bastasse isso, chegando em Dordrecht, o trem parou. Em alguns minutos ouvimos a voz do condutor informando que o trem permaneceria parado por tempo indeterminado pois havia... hum...ãhn... um indivíduo caminhando pelos trilhos do trem... e que... ops! ninguém sabia exatamente onde ele estava naquele momento!

Apesar desse panorama parecer sinistro, o bom humor do condutor espalho pelo trem um clima geral de comédia. A cada intervenção que ele fazia, a situação se tornava mais engraçada e quando finalmente tudo foi resolvido e o trem pode andar novamente, a notícia causou uma risada coletiva.

Enfim chegamos em Amsterdam já perto da meia noite, mas com o astral lá em cima.

 

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109181527.jpg 500 375 Legenda da Foto]Praça principal da cidade de Bruges, na Bélgica.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109181739.jpg 375 500 Legenda da Foto]Praça Central ou Grote Markt, muito lindinha.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109181907.JPG 500 375 Legenda da Foto]Bela arquitetura se destaca.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109182146.JPG 375 500 Legenda da Foto]Um prato cheio para quem gosta de fotografar.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109182436.JPG 375 500 Legenda da Foto]construções que me lembram meus blocos de criança, aqueles de montar cidades.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109182757.JPG 375 500 Legenda da Foto]Canais que podem ser percorridos de barco.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109182938.JPG 500 375 Legenda da Foto]Muito fotogênica, sem dúvida.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130109183106.JPG 500 375 Legenda da Foto]chocolates para todos os bolsos e gostos.[/picturethis]

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Quando resolvi voltar para Amsterdam tinha a ideia de aproveita-la como cidade-base para visitar outras cidades nos arredores. No final das contas, sai menos de lá do que planejava inicialmente.

Além de usar o Guia da Holanda da Publifolha (aquele grandão e super ilustrado), recorri a um site de viagem sobre a Holanda de que gosto muito: Ducs Amsterdam é escrito por um brasileiro que mora na Holanda e tem dicas ótimas.

Ele tem um post ele indica 5 cidades a serem visitadas a partir de Amsterdam. Foi assim que surgiu a vontade de ir até Haarlem. Na verdade, o que influenciou muito nessa vontade foi uma foto de por-do-sol (sempre ele!) de um outro guia de passeios que eu tenho. A decisão final se deu apenas na Estação na hora de comprar as passagens. Esse processo, aliás, é muito simples graças às maquininhas espalhadas pela Estação.

15 minutos depois de embarcar no trem, chegamos à Estação Central da cidade. Meu guia de viagens da Holanda instalado no Galaxy indicava duas possíveis direções a seguir a partir da Estação, nos decidimos por ir em frente para a região central e depois retornar para os "fundos" dela e conhecer um Museu da Loucura.

As vezes acho que o resultado das andanças é melhor traduzido em fotos. São alguns museus (inclusive o mais antigo da Holanda; que preferimos não visitar), igrejas, um mercado encantador, o antigo portão da cidade, o moinho Adrian (que conta com uma visita guiada muito ilustrativa e interessante!), canais (como não podia deixar de ser). A cidade é agradabilíssima e fácil de se conhecer a pé.

Atenção! As lojas - principalmente as de roupas - na rua principal que leva da Estação à praça central são tentadoras!

Após uma pausa para almoço, fomos contornar a Estação na direção oposta e passamos por um parque até chegar no Museu, chamado Het Dolhuys. O lugar é muito impactante por fora, mas infelizmente pelo avançado da hora não passamos do hall e da lojinha. Faltava pouco para o museu fechar e nos desaconselharam a visita-lo. Ficou para uma próxima. Para quem quiser mais informações, o site deles: http://www.hetdolhuys.nl.

Outro ponto de interesse é a Casa de Corrie ten Boom que é mais um famoso hiding place da época da Segunda Guerra Mundial durante a ocupação nazista. Site: http://www.corrietenboom.com/index_en.html. Há livros contando a história de como essa família católica protegeu e escondeu judeus e não judeus durante a ocupação. Vale lembrar que um dos pontos de interesse mais relevantes de Amsterdam também é um hiding place, a Casa de Anne Frank. Particularmente, eu gosto muito dessas histórias. Acho que elas asseguram um pouco minha fé na humanidade diante dos horrores de que somos capazes.

Os trens que saem de Amsterdam demoram cerca de 15 minutos para chegar à Haarlem e custam 7,6 euros ida e volta.

A cidade tem cafés e restaurantes muito bonitinhos e os produtos do mercado de rua são um espetáculo, mas se você quiser economizar ainda mais pode recorrer ao supermercado na rua principal que tem inúmeras opções por menos de 5 euros.

O preço da visita ao moinho é 3 euros.

 

IMPORTANTE: Sombrinha ou, melhor ainda, capa de chuva! O tempo é maluco! Chove e abre sol o tempo todo.

Site da cidade: http://www.visithaarlem.org.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110201620.JPG 500 375 Legenda da Foto]Grote Kerk.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110202621.JPG 500 375 Legenda da Foto]Canais por aqui também.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110203011.JPG 375 500 Legenda da Foto]Gêmeas! [/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110203242.JPG 500 375 Legenda da Foto]Mercado de flores, fiquei encantada.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110203410.JPG 500 375 Legenda da Foto]Mercado de Haarlem, queijos maravilhosos e mais um pouco...[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110203621.JPG 375 500 Legenda da Foto]Antigos portões da cidade.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110204100.JPG 375 500 Legenda da Foto]Pátio interno do Museu da Loucura ou Het Dolhuys.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130110204722.JPG 500 375 Legenda da Foto]Moinho Adrian, por 3 euros uma aula sobre moinhos, história da Holanda e Haarlem.[/picturethis]

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Tinha muita vontade de ir à praia na Holanda. Sabe aqueles desejos inexplicáveis que se tem de vez em quando? No meu caso, acontece com uma frequência razoável. Sei que ir à praia costuma ser algo que não passa pela cabeça de ninguém quando escolhe a Holanda por destino mas... Como sou fanática pelo mar, gosto muito da ideia de conhecer vários mares por aí.

Novamente, baseei minhas escolhas e programações em duas fontes: Ducs Amsterdam – o blog – e o Guia da Ilustrado da Folha.

Bloemendaal aparecia como uma escolha fácil e econômica a partir de Amsterdam. Na verdade, se vai até Haarlem para de lá seguir viagem até a praia.

Como na ida até Haarlem não deu para visitar o Museu da Loucura mas ainda era cedo para “voltar pra casa”, pegamos um ônibus (5,8 euros) em frente à Estação Central e fomos até Bloemendaal. Decisão mais do que acertada, o passeio é lindíssimo! Adoraria fazer esse mesmo trajeto de bicicleta pois o caminho é realmente muito bonito. Quanto à praia em si, apesar de ser um dia de verão, o vento e depois a chuva não permitiram grandes mergulhos. Mas pelo menos molhamos os pés em mais um mar.

A extensão de areia é considerável, o mar é gelado. Mesmo assim, foi possível encontrar quem encarasse a aventura de um mergulho além de alguns surfistas é claro (categoria a parte).

Há vários restaurantes, bares, lounges que proporcionam uma boa estrutura para aproveitar o lugar.

 

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Tem algo melhor do que ir à Paris? Bem, voltar! Paris é daquelas cidades inesgotáveis, há sempre um lado, uma atração, enfim algo que você ainda não viu nem experimentou. Na primeira vez em que estive na cidade, pemaneci por 9 dias e aproveitei muito bem esse tempo para conhecer o principal e ainda ir até Versalhes, Euro Disney e Giverny onde ficam os Jardins de Monet. Eu inclui Paris no roteiro desse mochilão principalmente porque meus amigos que motivaram e incentivaram minha primeira viagem estariam novamente por lá. Como eu não tinha muito compromisso com nada exceto com a minha vontade (e com meu orçamento) na hora de escolher os destinos, quando meus amigos perguntaram se eu passaria por Paris resolvi que sim. Explico isso para justificar a ausência de grandes atrações obrigatórias pois acabei indo para flanar pela cidade e fazer piquenique. Meu único must see dessa vez foi uma day trip até Monte Saint Michel.

 

Hospedagem: novamente optei pelo MIJE, com reserva feita com antecedência (era agosto então tratei de garantir logo minha vaga!) pelo site. Essa rede independente de albergues tem 3 prédios na região do Marais. São prédios lindos e muito bem localizados. Além de agradável e bonito (meu bairro favorito em Paris!), ficar no Marais permite que você vá a pé para a maior parte dos pontos turísticos e tem duas estações de metrô perto. ::cool:::'> Os albergues (já fiquei em dois e algumas amigas conferiram o que eu não conheço ainda) são limpos, seguros, tranquilos, tem café da manhã e a diária em dormitório compartilhado é 31 euros. Os pontos fracos: internet, não tem cozinha disponível para os hóspedes. ::bad::

 

Dia 1

Ambientação e check in: Chegamos em Paris com voo da Air France, saindo de Amsterdam, incluso na passagem transoceânica Chegamos antes do meio dia e fomos de trem (RER B) com ticket comprado nas maquininhas (9,1 euros) direto para Chatelet Les Hales, onde trocamos pelo metrô e andamos duas estações até chegarmos no albergue. Como era cedo para o check in, deixamos a bagagem no hostel e fomos andar.

 

O Marais, bairro ali pertinho das Ilhas de Saint Louis e de La Cité, é meu bairro favorito em Paris. ::love:: Adoro as lojas, brechós, edifícios históricos e clima do lugar. Nessa região fica a Place des Voges, tida como uma das mais bonitas de Paris. É também o lugar da comunidade judia ortodoxa. Por conta disso, você encontra várias opções de comida judaica. Aproveitamos e fomos almoçar no L'As du Fallafel ali na Rue des Rosiers. Há várias opções de falafel por ali e esse é o melhor (na minha opinião só perde para o que eu comi em Jerusalém!). O clima do lugar parece te tirar imediatamente de Paris e te colocar em Israel. Andamos mais um pouco até a Place des Voges e tomamos sorvete na Amorino, que compete com a Berthillon pelo título de melhor sorvete de Paris.

 

Depois de voltar ao hostel para o check in e se refrescar um pouco, saímos com a missão de explorar a região de Saint German, novamente a pé. Ainda andamos bastante, mas o cansaço venceu e depois de visitar a livraria Shakespeare& Company - lotada!! - ficamos em um bar de esquina, ali nas margens do Sena tomando vinho e comendo creme brulé. Na volta, ainda passamos pela Notre Dame e vimos a empolgação dos franceses com as Olimpíadas transmitidas ao vivo em frente ao Hotel de Ville e um por-do-sol maravilhoso sobre o Sena.

 

Dia 2

 

Bate-volta até Monte Saint Michel. Neste dia acordamos cedos e fomos de metrô até a estação de Monteparnasse. As passagens de trem, até Rennes, já haviam sido compradas pela internet. Perguntei sobre as passagens de Rennes até St Michel e fui informada que poderia comprar na hora. As paisagens entre Paris e Rennes, em uma viagem de 2 horas e 18 minutos, são deslumbrantes. Me deu vontade de parar não apenas na estrada mas também nas pequenas estações que surgiam aos poucos. Anotei no meu diário de bordo Limoine e Laval como especialmente belas! Seria bom estar de carro nessas horas...

 

Chegando na Estação de Rennes fui procurar o lugar de venda das passagens. Primeiro tentei nas maquininhas, que sempre me salvam de ter que me comunicar em uma língua que não domino. Como estava complicado e o tempo passando, fomos direto ao guichê onde recebemos explicações para sair da Estação e procurar o ônibus do lado de fora. Essa conversa, como a maioria das que eu tive na França se dão com uma mistura de inglês, francês, mímica e toda a paciência e calma do universo.

 

Novamente, a viagem de ônibus até Monte Saint Michel passa por vilarejos encantadores. Chegando lá, nos dirigimos à entrada principal e escolhemos um trajeto escadarias acima até chegarmos na entrada da Abadia. Após uma fila considerável, compramos o ingresso e nos deslumbramos com o ambiente. Ainda visitamos uma capela com a imagem de São Miguel (Saint Michel) antes de descer por uma ruela cheia de lojinhas, muitos turistas e alguns restaurantes. Saimos na direção da “praia”. Atrás do Monte fica um larga extensão de areia que muitas vezes fica inundada. Dizem que o espetáculo da maré cheia é maravilhoso! Dá para conferir no site quais as datas em que estão previstas.

Depois de muito andar e curtir o horizonte infinito (eu ainda tive que molhar meus pés!), fomos para a fila do ônibus de volta.

 

Dia 3

 

- Para mim, dia de reencontrar os amigos. Para minha amiga, que havia estado em Paris há muitos anos atrás, dia de sight seeing puro: andou do albergue até a Champs Elisses, passou pelos Jardins de Tulherias no retorno, Place de La Concorde, Museu L’Orangerie e Museu D’Orsay . Ela aproveitou o Paris Museum Pass para as atrações pagas, comprando o passe de 4 dias. Quanto à locomoção, tanto a minha quanto a dela se deu principalmente a pé e para usar o metrô compramos os “pacotes” de 10 passagens pois saia mais barato do que comprar as passagens individuais.

- Eu fiz um roteiro mais “alternativo”:

o Paris Plage – Nos meses de verão dá para curtir uma praia na beira do Sena ou, como nós fizemos, nas margens do Canal d’Ourcq. A infraestrutura é muito boa e para quem tem crianças, não há nada melhor. Muitas atrações gratuitas como pedalinho, caiaque, carrossel, etc.

o Depois do almoço, na casa deles, foi a vez de preparar o pic nic para o Cinemá Un Plein Aire. São sessões de cinema ao ar livre que acontecem no Parc de La Villette, reunindo várias pessoas no gramado no período da noite.

 

Dia 4

 

Novamente, um roteiro tradicional e outro alternativo:

o Neste dia, minha amiga visitou Saint Chapele, Conciergerie, Jardins de Luxemburgo, Pantheon, Museu Cluny de Arte Medieval e Museu do Mundo Árabe.

o Eu fui para a casa dos meus amigos e optamos por alugar bicicletas e pedalamos pela cidade até chegar ao Bois de Vincennes, onde fizemos pic nic. No caminho eu destaco a Gare de Lyon, a Promenade Plantee (inesquecível a beleza deste caminho!) e passar pelo trânsito da Bastilha sem cair. Depois ainda fomos até Chateou de Vincennes. Na volta, passamos pelo famoso Cemitério Pere Lachaise, pelo bairro de Beleville, Foi maravilhoso! Você percebe a cidade diferente quando passeia de bike.

 

Dia 5

 

- O dia começou com um programa em comum: visita ao Museu do Louvre. Como minha amiga tinha o Paris Museum Pass que permitia que ela evitasse a fila e eu não, e como eu já havia visto Mona Lisa e companhia no ano anterior, combinamos de encontrar lá dentro em uma hora na sala da Mona Lisa. No final das contas, nem demorei tanto tempo na fila e aproveitei para ficar vendo um pouco do setor de arte oriental.

- De lá almoçamos nos Jardins de Tulherias. Minha amiga seguiu para o Museu Rodin e eu fui andar de roda gigante, montada ali nas Tulherias mesmo. Depois fui explorar o Marais mais um pouco e visitei o Museu Judaico.

- Nos encontramos todos, eu, minha amiga, os amigos que moram lá, outros amigos de uma cidadezinha próxima e mais alguns brasileiros, para um pic nic as pés da Torre Eiffel.

 

Dia 6

- No último dia em Paris, fui levar minha amiga até o ônibus que faz o transfer até o aeroporto. Fica ali atrás da Ópera Garnier. Aproveitei para voltar flanando pela cidade. Na minha programação do dia, fui ao Memorial de La Shoá (o Museu francês do Holocausto) que fica ali no Marais, dei mais uma volta pela região e depois segui para o Pantheon.

- Finalizei com um jantar na casa dos meus amigos, onde experimentei escargot pela primeira vez.

 

Comentários: Para quem está em Paris pela primeira vez, acho o meu primeiro roteiro na cidade mais recomendado (publiquei em algum lugar aqui do fórum e no meu blog tem tudo em detalhes). De tudo que fiz nessa segunda visita, recomendo que se tente fazer pelo menos um pequeno passeio de bicicleta pois eles respeitam muito o ciclista (só fique longe da Bastilha! hehe), o Pantheon é lindo e torna-se uma atração interessante para o dia em que for visitar a região de St German, o Memorial de La Shoá é gratuito e tem um impacto emocional muito grande. Ah! Faça pic nic e ande pela cidade!

 

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130119154308.JPG 500 375 Legenda da Foto]Mont St-Michel.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130119154418.JPG 500 375 Legenda da Foto]Atrás do monte e da abadia.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130119154715.JPG 375 500 Legenda da Foto]Alguns detalhes de Mont St Michel.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130119154853.JPG 375 500 Legenda da Foto]Dispensa apresentações.[/picturethis]

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20130119155043.jpg 375 500 Legenda da Foto]De bike pela Promenade Plantee.[/picturethis]

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  • 3 semanas depois...
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O primeiro contato que eu tive com Monte St Michel foi através do relato em um blog da viagem que amigos muito próximos fizeram até lá enquanto moravam em Paris.

 

Quando pesquisei o destino em todos os detalhes, a duvida entre pernoitar ou fazer um bate-volta permaneceu até o final. Não me arrependo de ter feito como decidi, mas indico a todos que pernoitem se puderem.

 

Monte Saint-Michel, em resumo, trata-se de uma pequena baia com uma abadia em seu topo e um santuário em homenagem a São Miguel, que é acometida pelas mais altas marés da Europa.

 

Bem, após uma longa viagem, quase 4 horas entre trem e ônibus eu parecia criança visitando a casa do Papai Noel ao chegar. As paisagens no caminho são lindíssimas! Eu cheguei a escrever o nome de duas estações de trem pelas quais passamos no caminho a té Rennes (a primeira parada) devido à beleza dos lugares: Limoine e Laval. O mesmo se repete no trajeto de ônibus de Rennes até Mont Saint Michel: são várias pequenas cidades com construções de pedra que te deixam babando.

 

Na chegada, a abadia encarapitada no topo do monte, murada e circundada por uma mistura de mar e areia em um horizonte infinito tem um impacto verdadeiramente hipnótico.

 

Some-se a isso uma multidão de turistas brotando por todos os lados e você vai entender quando falo que se puder, escolha pernoitar.

 

O que acho interessante e que mesmo com todo esse povo e as lojinhas e tudo o mais, a sacralidade do lugar permanece. A sensação de paz inabalável que eu tive me faz querer voltar. Eu não sou o tipo de pessoa que sente presença do Sagrado em qualquer templo, igreja ou lugar assim denominado. Mas em Monte St-Michel o Sagrado é presença e descer até a praia, após ter subido até a Abadia e descido pelo seu interior, só reforçou a sensação. Um dos melhores momentos da minha vida foi caminhar naquele infinito cheio de um silêncio diferente e inexplicável!

Não perca! :-)

 

Organizando a visita como day trip:

 

Compre as passagens de trem pelo site da ferrovia francesa (http://www.tgv-europe.com/en/?rfrr=Homepage_footer_United%20Kingdom) , saiu € 40 ida e volta até a Estação de Rennes. De lá saem ônibus coordenados por €12. Para achar os ônibus, saia da Estação e siga para o lado direito. Sendo possível, acho interessante alugar um carro e pernoitar no próprio Monte para aproveitar o clima quando os turistas vão embora. Saiba que o lugar é bem pequeno e recebe muita gente especialmente no verão e em feriados. Enquanto estávamos lá deu para ver algumas obras sendo realizadas. Soube pelo fórum que essas obras introduziram algumas mudanças. Aparentemente, essas mudanças tratam de manter a área do Monte como uma ilha permanente através de barragens, tornando-a acessível por uma estrada que passará pela água. Pelo menos quando eu visitei, não estando a maré cheia, era possível caminhar ao redor do monte pois a área não estava muito inundada. Sugiro a consulta aos sites, que tem também sugestões de hospedagem, para construir seu roteiro e verificar questões como transfers e estacionamentos. É possível também verificar as condições das marés e shows noturnos.

 

 

Sites de Monte Saint Michel:

http://www.le-mont-saint-michel.com/en/home

http://www.ot-montsaintmichel.com/en/accueil.htm

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  • 3 semanas depois...
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O dia e meio pretendido na Polônia no começo do meu planejamento de viagem (seria apenas para visitar Auschwitz e dar no pé) facilmente se transformaram em 4 dias e meio, num combinação de fatores que envolveu a foto de um lago na fronteira com a Eslováquia, os horários do ônibus que liga Cracóvia à Budapeste e outra foto do complexo do Castelo em Cracóvia.

 

Hospedagem: Em Cracóvia me hospedei em dois albergues diferentes conforme as duas fases da viagem. Gostei muito do Mama's Main Market Square, no qual fiquei em dormitório misto compartilhado. Limpo, apesar de estar em um prédio bastante antigo (e por aqui, qual não é? rs), com excelente atendimento, café da manhã interessante, um pessoal muito legal e a melhor localização ever! Os inconvenientes, para alguns: os banheiros são compartilhados e não há elevadores (eu não ligo, mas tem quem se incomode). Em Zakopane, escolhi o Willa Oberza Sasiadów em uma promoção do site booking.com. Simplesmente MARAVILHOSO! O café da manhã era extraordinário, o quarto lindo e aconchegante. No retorno à Cracóvia, já havia deixado reservado um quarto privado no Traveller's Inn. Também bem localizado, mas não tanto quanto o Mama's, quarto amplo e arejado, banheiro compartilhado. Na verdade, trata-se de um grande apartamento que eles alugam os quartos. Cozinha disponível para os viajantes, assim como no Mama's. A hospedagem na Polônia me pareceu bem econômica.

Sites:

Willa Oberza - http://willa.oberza.pl/index.php/en

Mama's Hostel - http://www.mamashostel.com.pl/ (há quartos duplos e privados em um outro prédio)

Traveler's Inn - http://travellersinn.pl/

 

Dia a dia

 

Dia 01

- Cheguei em Cracóvia, após um voo muito tranquilo da Ryanair (sem atrasos, confusão ou excesso de bagagem da minha parte!) e apesar de ser agosto, fazia apenas 13º e estava bem nublado. Ali no aeroporto mesmo, peguei um mapa no balcão de informações e a orientação para pegar um trem para o centro de Cracóvia. A estação de trem é bem tosquinha, alguns metros depois do aeroporto, sem ninguém para vender bilhetes e apenas uns cartazes com os horários e valores como informação. Chegando lá um taxista ofereceu seus serviços para me levar e mais algumas pessoas pelo mesmo preço do trem. Bem inconsequente e fora do meu estado mental normal (eu morro de medo de taxistas, mesmo na cidade onde moro!!), aceitei seguir junto com uma mulher com bebê. Fiquei tensa toda a viagem (uma meia hora, 40 minutos), esperando algum golpe... que não veio! hehe.

 

- Foi muito fácil chegar a pé da Estação Central de trens até a praça principal. Minha hospedagem ficava em uma micro rua que saia dessa praça. Localização é tudo!! De uma maneira geral, Cracóvia é uma cidade pequena. É também diferente de todas as cidades que eu conhecia e acho bem difícil encontrar um padrão de comparação. Muito antiga, cheia de prédios com resquícios da Era Comunista, boas calçadas (Sempre presto atenção nisso!), a cidade é tranquila e tem uma boa vida noturna (sim, nem fica contraditório quando você está por lá).

 

- Neste primeiro dia, fiz o check in, corri para comer um kebab ali próximo à Main Market Square e aproveitei o Jewish Free Walking Tour. Já havia me programado mas não tinha certeza se daria tempo. Esse foi meu primeiro free walking tour, uma modalidade bem em alta na Europa. Gostei do trabalho dos rapazes que guiaram, cruzando a pé o Centro de Cracóvia até chegar no Kazimiers, o bairro judaico. Ali, próximo a uma das Sinagogas, realmente se iniciou o passeio que ofereceu um panorama sobre a Segunda Guerra Mundial e também uma breve ideia da vida no final do regime comunista e após este. No Leste Europeu de uma maneira geral (passei por Polônia, República Tcheca e Hungria), é possível encontrar muitas referências aos judeus e à situação durante a Segunda Guerra Mundial por motivos históricos óbvios. Você acha muitos passeios e visitas temáticas como esse free walking tour, Sinagogas históricas que podem ser visitadas e pode-se perceber que a reconstrução dos antigos bairros judaicos muitas vezes passa pela transformação dessas regiões em referências de boa vida noturna e cultural.

 

- Depois voltei para a região central e explorei um pouco aquela parte e o Mercado. Ainda passei em um mercado e fiquei fazendo um social no albergue.

 

Dia 2

 

- Dia reservado à visita a Auschwitz. O mais famoso campo de concentração e extermínio do regime nazista encontra-se aberto à visitação na forma de museu (Auschwitz I) e memorial (Auschwitz - Birkenau), estando na cidade de Oswiecim próxima à Cracóvia. Já havia feito a reserva de um tour com transporte e guia pois não queria ir sozinha. Essa empresa, recomendada no blog de uma brasileira, pega na porta do hotel. Mas como não havia o meu albergue na lista disponível, escolhi sair do outro prédio do Mama's que dispõem de quartos privados. Vi no mapa e fui andando até o lugar, o que foi muito bom pois vi uma outra parte da cidade. O serviço da empresa foi impecável e recomendo a utilização. É possível visitar os dois campos e você entra em vários barracões, vê objetos e documentos e inclusive visita as celas e uma das câmaras de gás. Tudo muito maior e mais aterrorizante do que sua imaginação é capaz de alcançar.

- Voltei exausta e entrei no primeiro lugar de orações que vi aberto (uma igreja católica próxima à praça central). Era aproximadamente seis e meia da tarde quando voltei para o albergue, tomei banho, bati um papo com um rapaz francês que dividia o quarto comigo, liguei pra família e capotei!

 

Dia 3

 

- Quando estava pesquisando as excursões até Auschwitz, vi a foto de um lago nas montanhas que me impressionou. Tratava-se de Morskie Oko, nas montanhas Tatra, na região entre a Polônia e a Eslováquia. Uma das agências sugeria uma day trip até o lugar. Me achando o máximo resolvi pernoitar na cidade de Zakopane e usar como base para conhecer o lugar, retornando no dia seguinte para Cracóvia. Aprendi a não julgar o tempo necessário em um local a partir da oferta de bate-volta de agências. Infelizmente, calculei muito mal o tempo necessário, julguei que a cidade fosse mais compacta do que é e ainda por cima escolhi uma hospedagem do lado oposto da direção do lago. Não me arrependo de ter ido, pois as paisagens entre Cracóvia e Zakopane são lindas. Aproveitei para descansar, andar de teleférico e fazer algumas caminhadas. Mas ainda devo uma visita para esse lago. Basicamente, Zakopane é uma estação de esqui muito procurada por poloneses e alemãs devido aos preços mais baratos do que as tradicionais estações suíças, francesas etc. No verão a região é tomada por turistas que gostam de fazer trekking nas montanhas. O lugar é maravilhoso e minha sensação era de estar muito longe de casa e da minha realidade. As pessoas são bem simpáticas, mas a maioria não fala inglês. A estação de ônibus onde eu desci era mínima e seguindo a grande avenida à direita era possível chegar a pé na parte central da cidade. Uma graça!

 

- Ah! Deixei a minha mala no depósito de bagagens da Estação de Trens de Cracóvia e parti da estação de ônibus, que fica atrás dela e tem acesso por uma passagem subterrânea, direto para Zakopane com uma mochilinha.

 

Dia 4

 

- Dia de voltar para Cracóvia, também de ônibus. Essa viagem de retorno me pareceu um pouquinho mais demorada e tumultuada, pois o ônibus fez diversas paradas e em alguns momentos havia passageiros viajando em pé. Nada demais se o universo ao meu redor não estivesse rodando em polonês. Chegando em Cracóvia, resgatei a bagagem e fui fazer check in no outro hotel onde tinha reservado por uma micharia um quarto privado. Aproveitei para explorar a região do complexo do Castelo (Wawel). Lindo!

- Depois fui novamente ao bairro judeu e entrei na Sinagoga e no Cemitério Judaico mais antigos, além de fazer a caminhada pelas Sinagogas da região e entrar no museu judaico (tem uma livraria linda!). Visitar o Cemitério Judaico de Cracóvia é muito triste pois na entrada estão várias placas em homenagem às pessoas mortas durante a Guerra feita pelos familiares sobreviventes. De uma população de 68.000 judeus, Cracóvia conta atualmente com menos de 300!

- De noite ainda andei pelas ruas da cidade, fui a uma feira na Praça Central e ainda em um dos bares ali perto.

 

Dia 5 ou 1/2 dia

- O ônibus só partia para Budapeste no período da tarde, então aproveitei a manhã para conhecer um pouquinho melhor as duas Igrejas ali da Old Town, entrar em algumas lojinhas e ir comer pieroggi (comida típica) no Festival em uma das praças.

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Hospedagem: O hostel em Budapeste já estava reservado e foi escolhido entre várias opções que me pareciam interessantes por ser o mais próximo do rio Danúbio pelo que pude ver nos mapas. O Maverick (http://www.maverickhostel.com/eng/index.php) se mostrou uma excelente opção: limpo, seguro, bonito, bem localizado com metrô na porta e mercado embaixo! Oferecia apenas café e chá para os hóspedes mas tinha cozinha equipada para você preparar não apenas o café da manhã, mas também outras refeições se tivesse interesse.

 

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Primeira noite

Eu vim da Polônia de ônibus, que foi comprado com antecedência pelo site da Eurolines polonesa. Saindo depois das 3 da tarde de Cracóvia (não lembro se 15:20 ou 15:40!) e chegando a Budapeste as 10 da noite, passei por paisagens encantadoras especialmente na fronteira com a Eslováquia e nesse país que deixei de fora. Ainda quero muito voltar para conhecer aquelas montanhas e vales. A viagem foi em micro ônibus e bastante confortável. Além de pontualíssima! Chegando na estação, saquei algum dinheiro na moeda local (pra mim, o maior desafio para os visitantes é ficar brincando de converter aquele dinheiro... caramba!) sem ter a mínima noção de quanto pegar. Saquei 7.000 florints e fiquei chocada ao desembolsar mais de 350 por um único bilhete de metrô! Nem discuti e fui tentar me achar na estação pra ir pro albergue. Não foi muito difícil, mas não achei os húngaros muito simpáticos nessa hora. E a língua é incompreensível! No albergue fiz o check in de qualquer jeito já que o rapaz da recepção não estava com a maior disposição do mundo... Uma coisa que descobri logo foi que as pessoas hospedadas no Maverick, de uma maneira geral, são muito legais. Outra coisa que já deu pra notar foi a "taxa de ocupação de brasileiros" no meu quarto: durante todo o tempo em que lá fiquei hospedada havia sempre dois brasileiros no quarto misto com cinco camas! E quando um estava para sair, entrava outro! rsrs. ah! Diferente da Polônia onde peguei tempo nublado e chuvoso e 13º em pleno agosto, essa noite já anunciava o calor de Budapeste (no meu último dia peguei 40º!!).

 

Dia 01

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- Acordei, terminei o check in, e fui pra rua fazer reconhecimento de área antes de pegar o Free Walking Tour das 10:30 na Vörösmarty Square. O dia estava radiante já cedo, mas sem tumultos. A primeira impressão de Budapeste foi de estar em uma cidade grandiosa, com ruas limpas e uma estatuária decorando as ruas e fachadas impressionantes. Optar pelo Walking Tour (aqueles que funcionam na base do meeting point, sem necessidade de se inscrever antes e na base da gorjeta pro guia ao final) foi uma ótima maneira de começar a relação com a cidade. A guia era excelente! A melhor que eu encontrei em toda a viagem (seguida de perto pelo guia do Holy City tour de Jerusalém). Consegui ter uma boa ideia da cidade, das questões históricas e políticas bastante complexas da região e ainda um apanhado de dicas sobre o dinheiro e lugares para comer. O passeio começa na região central da parte plana da cidade (Peste) e atravessa o Danúbio para terminar na região alta de Buda. Um lado dominado pela figura do Parlamento e o outro pelo Castelo (ambos iluminados de noite são inesquecíveis!). Apesar de haver um bom movimento do lado de Pest, a circulação era fácil naquele dia de agosto. Já em Buda... Multidão de pessoas, entre turistas e locais disputavam espaço! Era véspera do maior feriado nacional deles, com feiras na região do Castelo antes e após a subida do funicular. Estavam fechando a famosa Ponte das Correntes para colocação dos fogos para a festa do dia seguinte. Ao final do tour, fiquei ali naquela parte de Buda. Visitei a Igreja de S. Mathias e o Bastião dos Pescadores. As duas atrações são pagas. A Igreja, muito bonita por fora, estava em obras na parte interna. Achei muito bonita por dentro também, mas o clima de obras com a quantidade de turistas visitando não davam a impressão de se estar numa igreja mas em um ponto turístico qualquer. Aliás, como isso acontece mundo afora! Eu não sou católica, mas confesso que me choca um pouco o povo fotografando tudo e mais um pouco dentro de Igrejas e templos (e olha que adoro uma fotinho!). Já vi uma menina uma vez tirando foto "pulando" em frente ao altar da Sagrada Família em Barcelona!!! Até já até consigo tirar fotos em algumas, mas não sem uma dose de desconforto! Ah! Outra coisa importante: a vista do outro lado, a partir do Bastião é linda de morrer! E ainda: caminhe na outra direção do Castelo, descendo a rua da Igreja. São belíssimas construções!

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- Depois de andar, me abastecendo de suco e sorvetes, voltei para Pest. Passei no albergue e fui para o lado contrário. Peguei uma das ruas principais da cidade, uma espécie de Champs Elisees local, chamada Andrassy Avenue e segui até o final. Por esse caminho você passa por diversas atrações (além de tudo que é tipo de loja chique ou descolada!) como a Terror House, a Ópera, Oktgon Square, vários cafés... E vai parar na Heroes Square, que dá entrada para dois museus lindos (por fora, pois não entrei..) as suas laterais, e aos fundos você encontra mais um complexo de Castelo, o zoo, o circo e uma das mais famosas termas: Széchenyi. Foi lá que terminei meu dia nas piscinas. Comi fast food mesmo por medo de não identificar no menu os alimentos e me comunicar pacientemente dado o grau de exaustão em que estava (em todo o Leste Europeu busquei ter muito cuidado pois sou muito alérgica à carne de porco e passar mal e ter que procurar ajuda em magyar por exemplo - a língua local - não estava nos meus planos! rsrs). ::mmm:::dãã2::ãã2::'>

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Dia 02

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- Meu segundo dia em Budapeste era feriado nacional (dia 20 de agosto): Dia de São Estevão. Santo e o primeiro rei da Hungria! Mas não pense você que era um feriadinho qualquer... Tratava-se somente do MAIOR feriado nacional com direito a festa nas ruas, museus de graça, feiras especiais e uma queima de fogos arrasadora programada para o final do dia.

- Como estava todo mundo divulgando a tal queima de fogos, a programação para o final do dia ficou garantida. Saímos do albergue, com a intenção de descolar um café e visitar a principal Igreja de Pest (São Estevão! rsrs). Depois eu iria na direção do Parlamento e finalmente de Buda para explorar o Castelo e a Michele (brasileira residente em Londres que mochilava pela Europa antes de voltar a morar no Brasil, gente finíssima!) iria ver as principais atrações de Pest. A basílica de São Estevão é muito bonita... e estava cheia de gente já cedo! Fui de lá até as marges do Danúbio pois me situava melhor para chegar ao Parlamento. O clima da cidade estava ótimo: solar, pessoas indo para a rua e desfile de aviões sobre o rio! Foi interessante ver como a população estava curtindo sua própria festa. Chegando no Parlamento, não consegui encontrar a entrada para visitar o Parlamento (procurei por fila, informações e nada... era tanta gente, que tudo parecia fila! rs). Desisti e fui conhecer melhor o tal Castelo, onde acontecia uma feira de artesanato e comida. Entrei nos museus (Museu de História de Budapeste e Galeria Nacional Húngara) e circulei pela feira e pelo complexo. Achei a cidade e as obras espalhadas por ela muito mais interessantes do que o acervo.

- Voltei para o albergue e fomos ver os fogos. Foi inesquecível! A maior e mais linda queima de fogos da minha vida! E olha que sou carioca com experiência em reveillon de Copacabana... Mas tenho que confessar: foi muito lindo e diferente! Não sei se é assim todo ano, mas se estiver pelo Leste Europeu esta época, reserve o 20 de agosto para Budapeste. Ao final dos fogos, muita gente na rua e nos bares se divertindo!

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