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Descemos em Amman 25/12 e ao chegar ao guichê da Policia Federal deles tivemos outra lição. Estava muito preocupado com o visto para a Jordânia e consegui tirá-lo em São Paulo na Av. Paulista no consulado. Tive o custo de ir até São Paulo, o tempo perdido e o próprio visto saiu bem mais caro do que simplesmente comprá-lo no aeroporto como foi feito em Cairo. Sem falar o tempo que levamos para sermos liberados! Dificilmente alguém faz como nós fizemos e eles nem reconheciam o visto concedido no Brasil. Após a liberação, pegamos as malas e retiramos o carro que já havia sido alugado pela internet. Acredito que deva ser a forma mais barata de se deslocar dentro da Jordânia. O aluguel do carro saiu por 60 dinares por 4 dias. Não se assistem ou fazer a conversam. 1 dinar = R$2,80. Apesar desta conversão, lá as coisas são baratas. Para se ter noção, após a conversão, o famoso n°1 do Mac Donald’s que seria o trio do Big Mac, sai por aproximadamente R$8,20!!!

 

Pegamos o carro e fomos para Madaba para dormir em um hotel com café da manhã por 20 dinares. Acordamos e nossa primeira parada foi ver os conhecidos mosaicos bizantinos da cidade que cobre o piso da Igreja Ortodoxa de São Jorge.

 

Depois disso fomos em direção ao Dead Sea e paramos no Mount Nebo. Este local é onde o maior líder religioso, legislador e profeta, a quem a autoria da Torá é tradicionalmente atribuída morreu: Moises. Ele é o profeta mais importante do judaísmo, também é venerado no cristianismo e islamismo, bem como uma série de outras religiões. É o grande libertador dos judeus, considerado por eles o seu principal legislador e um dos mais importantes líderes religiosos desse povo. Moisés também é venerado no cristianismo, como o homem mais manso da terra, profeta e santo do Antigo Testamento, sendo também considerado um grande profeta pelos muçulmanos. Continuamos a viagem em direção a Baptism Site. O Baptism Site também é conhecido como "Betânia do Além Jordão", e é um parque nacional protegido legalmente. O site preservado como ele é por isso, quando os peregrinos visitam o local podem vê-lo, assim como Jesus e João viram isso. O Local do Batismo foi um grande Station Pilgrim desde os dias de João Batista. Mesmo depois que ele morreu, muitos de seus alunos permaneceram na área, que foi o berço do cristianismo. Igrejas foram construídas perto do local, os monges viviam em cavernas, e os peregrinos visitaram o site. Esta tradição continuou até por volta do 14º século. Com o poder dos cruzados vencido, e enfraquecimento bizantino, o local foi negligenciada e a área voltou sob o controle de tribos locais. A leste do Jordão já não era um lugar seguro para ir, e sem nenhuma garantia de segurança, a peregrinação para o local tornou-se cada vez menos frequentes, e, em seguida, praticamente parou. Um estudioso de Jerusalém descobriu o mapa de Madaba [em Madaba atual Jordânia], em 1897. Este mapa foi a 6ª Mosaico do século descrevendo um mapa do Oriente Médio no 6º século. A descoberta e posterior análise do mapa levaram a um interesse renovado sobre a localização exata do Batismo Site. Os peregrinos começaram a voltar para a área a leste do rio Jordão, na esperança de encontrar pistas para a localização do site. Um beduíno local, Shaykh Salih Yacoub lembra peregrinos cristãos que visitam a área na década de 1920 (quando a área estava sob o domínio otomano) e a construção de uma igreja. Primeira Guerra Mundial, a queda do Império Otomano, a II Guerra Mundial, e depois o conflito palestino-israelense, com guerras em 1948, 1967 e 1973 fez o Baptism Site uma área a não ser visitada para a maioria do século. O Local do Batismo era uma zona militarizada, cheio de minas quando a Jordânia e Israel assinaram o tratado de paz em 1994. O tratado permitiu a desminagem da área. Durante uma viagem pessoal ao Monte Nebo, o príncipe Ghazi bin Muhammad conheceu o arqueólogo e monge Pai Piccirillo, Pai Piccirillo explicou o príncipe Ghazi sobre o significado do Baptism Site, bem como a possibilidade de olhar para ele agora pois o tratado de paz foi assinado. O Príncipe Ghazi marcou com os militares para visitarem o site. Em sua visita, eles encontraram padrões de mosaico e ruínas de uma igreja. Foi o suficiente para o príncipe Ghazi ordenar uma investigação mais aprofundada. Logo depois, a uma equipe de arqueólogos, foi dado acesso ao local, e após informações obtidas a partir das tribos beduínas locais, muitos vestígios arqueológicos começaram a ser descobertos: cerâmica, mosaicos, cavernas e mármore. A maioria destes estava em uma pequena colina conhecida pelos moradores como "Elias Hill”. Quando mais escavações foram realizadas ali, encontraram-se os restos mortais de três grandes grupos de período romano. Um sistema de água grande foi encontrado, e, em seguida, os restos de um grande mosteiro, que foi identificada como o 5º mosteiro do século construído por um monge chamado Rhotorius. Em um local perto do rio Jordão, restos de mosaicos foram encontrados, depois de mármores, em seguida, mais restos mortais. No total, foram encontrados os restos mortais de cinco igrejas diferentes, construídas em momentos diferentes. Por que igrejas construídas neste local, em especial em cinco ocasiões diferentes? Foram estas igrejas descritas em documentos antigos? A Bíblia identifica claramente o lugar onde João o precursor começou seu ministério. É Betânia, além do Jordão. João veio no espírito e força de Elias, que subiu ao Céu a leste do Jordão na altura de Jericó. Jesus veio para o lugar onde João estava batizando, e foi batizado por João Batista. Então, era essas igrejas construídas neste local especial para marcar este importante evento? Contas antigas de peregrinos mostram quão perto suas descrições combinado com o que foi descoberto:

 

Teodósio (AD 530) escreveu: "5 milhas ao norte do mar Morto ... No lugar onde o Senhor foi batizado há uma única coluna e no pilar de uma cruz de ferro foi preso, lá também é a igreja de São João Batista , que o Imperador Anastácio descreveu: "esta igreja é muito elevado, que está sendo construída sobre grandes câmaras, por conta do Jordão quando ele transborda. Os restos dos pilares sobre os quais a igreja foi construída foi descoberto. Quarenta anos mais tarde (AD 570) Antonino de Piacenze acrescentou: "Ao lado do Jordão, onde o Senhor foi batizado, no local onde a água voltou ao seu leito, degraus de mármore desceram na água." Restos dos degraus de mármore foram encontrados também. A 100 anos depois Arculfus da França (AD 670) deram importantes notas, dizendo: "...... Na beira do rio é uma igreja pequena praça, construído, como se diz, no ponto onde as vestes do Senhor foram atendidos na época quando ele foi batizado. Este é levantada, de modo a ser inabitável, em quatro abóbadas de pedra, de pé sobre as águas que fluem abaixo. "Podemos ver os dois cais norte, enquanto apenas as fundações dos pilares do sul, onde descobertos recentemente. Assim, no plano temos uma enorme cruz piscina batismal, onde os peregrinos desciam pelas escadas de mármore e ser batizado. Na verdade, esta é a única fonte batismal cruz na terra que usou a água do rio Jordão para o batismo. Outros vestígios importantes também foram encontrados no local, podemos identificar duas basílicas, parcialmente construído sobre as ruínas de John the Baptist Church e um design único a ser ligados através de degraus de mármore para o leste ligando-os com o batistério cruz monumental que utilizou água corrente por batismo. Sobre a qual a igreja foi construída um manto. Epifânio (750-800 dC) mencionou uma enorme igreja (a Igreja da Santíssima Trindade) que está sendo construído na margem do rio, um quilômetro a oeste de João Batista mosteiro (Elias Hill), onde permaneceu durante a noite. Após a destruição das quatro igrejas mencionadas acima, uma capela foi construída sobre as ruínas do cais noroeste. Abade Daniel (AD 1106-1107) escreveu: "O lugar onde Cristo foi batizado é distante do rio Jordão, tanto quanto um homem pode atirar uma pedra pequena. Há uma pequena capela com um altar. Isto marca o lugar onde João, o Precursor batizado de nosso Senhor Jesus Cristo”.

 

A sucessão de igrejas com design exclusivo na beira do rio, em seguida, é testemunho das forças da natureza e para a determinação dos crentes para construir memoriais originais em local que eles acreditavam que Jesus foi batizado. Para o nosso entusiasmo, as perguntas foram respondidas e a redescoberta foi completa. É muito emocionante este passeio. Valem os 12 dinares por pessoa.

 

Depois do Baptism Site pegamos a estrada em direção a Petra. Paramos para observar o famoso Dead Sea ou Mar Morto. Não aguentei e fui nadar. É muito interessante como nós boiamos nesta enorme lagoa de sal. Devido a alta concentração de sal, pode-se deitar e ficar lendo um jornal facilmente que você não afunda. O Mar Morto tem esse nome devido à grande quantidade de sal por ele apresentada, dez vezes superior à dos demais oceanos, donde decorre a escassez de vida em suas águas, havendo apenas alguns tipos de arqueobactérias e algas. Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que deságua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só podem ser encontrados nesta região do mundo. Em termos de concentração, e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos em que o teor de sal, por 100 ml de água, não passa de 3 g, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior. A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II da era cristã. Ao longo dos séculos anteriores, vários foram os nomes pelos quais era conhecido, entre outras fontes, a Bíblia, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento. Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué 3,16 aparecem com o nome de Mar Salgado. Com o nome de Mar de Arabá aparece em Deuteronómio 3,17 e em II Reis 14,25. Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como Mar Oriental. Fora da Bíblia, Flávio Josefo denominou-o Lago de Asfalto e o Talmude designou-o por Mar de Sodoma e Mar de Lot, entre outros nomes que ele recebeu. O Mar Morto contém a água mais salgada do mundo. Essa grande quantidade de sal aumenta sua flutuabilidade, e nós banhistas boiamos facilmente.

 

Seguimos viagem até Petra e nos hospedamos a 21 dinares o casal.

 

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Petra é altamente recomendável a todos! Linda, maravilhosa e resumindo, uma das Seta Maravilhas do Mundo!!! Chegamos 26/12 a aproximadamente 20h00min.

 

Petra foi desde o começo da viagem a minha pérola da Jordânia. Estava com enorme vontade de conhecer o lugar dentro da lista das Sete Maravilhas do Mundo. Sempre que assisto aos filmes de Indiana Jones e a Última Cruzada e Transformers 2 e sabendo que foi filmado lá, aumentava ainda mais minha vontade. É incrível quando se vê a capacidade do ser humano em suas obras. São diversos monumentos, palácios, teatros e moradias esculpidos na rocha. O próprio nome Petra vem do grego e significa rocha. A capacidade artística é enorme uma vez que as obras realizadas não permitem erro! Os escultores vinham moldando as rochas e fazendo maravilhas de faces com pilares em perfeita harmonia. A visita ao parque custa 50 dinares por pessoa. Vale cada dinar!!!

 

Petra é um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba, perto do Monte Hor e do Deserto de Zin. Em 7 de Julho de 2007 foi considerada, numa cerimônia realizada em Lisboa, Portugal, uma das Novas sete maravilhas do mundo. A região onde se encontra Petra foi ocupada por volta do ano 1200 A.C. pela tribo dos Edomitas, recebendo o nome de Edom. Como a cidade se situava perto do Monte Hor, é muito possível que os horitas, um povo mencionado na Bíblia (Genesis 14:6, 36:20, Deuteronómio 2:12), habitassem essa região ainda antes da chegada dos edomitas. A região sofreu numerosas incursões por parte das tribos israelitas, mas permaneceu sob domínio edomita até à anexação pelo império persa. A cidade de Petra era denominada Sela em edomita, nome que signica "pedra", "penhasco" ou "rocha" nessa língua; o nome grego πέτρα - Pétra e latino Petra - pedra, penhasco, é a tradução da palavra edomita. O nome árabe البتراء, Al-Bitrā ou Al-Batrā é a arabização do seu nome grego e latino. Importante rota comercial entre a Península Arábica e Damasco (Síria) durante o século VI a.C., Edom foi colonizada pelos Nabateus (uma das tribos árabes), o que forçou os Edomitas a mudarem-se para o sul da Palestina, que passou a ter o nome de Idumeia, nome derivado dos idumeus ou edomitas. O ano 312 A.C. é apontado como data do estabelecimento dos Nabateus no enclave de Petra e da nomeação desta como sua capital. Durante o período de influência helenística dos Selêucidas e dos Ptolomaicos, Petra e a região envolvente floresceram material e culturalmente, graças ao aumento das trocas comerciais pela fundação de novas cidades: Rabbath 'Ammon (a moderna Amã) e Gerasa (actualmete Jerash). Devido aos conflitos entre Selêucidas e Ptolomaicos, os Nabateus ganharam o controle das rotas de comércio entre a Arábia e a Síria. Sob domínio nabateu, Petra converteu-se no eixo do comércio de especiarias, servindo de ponto de encontro entre as caravanas provenientes de Aqaba e as de cidades de Damasco e Palmira. O estilo arquitectónico dos Nabateus, de influência greco-romana e oriental, revela a sua natureza activa e cosmopolita. Este povo acreditava que Petra se encontrava sob a protecção do deus dhû Sharâ (Dusares, em grego). Entre os anos 64 e 63 a.C., os territórios nabateus foram conquistados pelo general Pompeu e anexados ao Império Romano, na sua campanha para reconquistar as cidades tomadas pelos Hebreus. Contudo, após a vitória, Roma concedeu relativa autonomia a Petra e aos Nabateus, sendo as suas únicas obrigações o pagamento de impostos e a defesa das fronteiras das tribos do deserto. No entanto, em 106 d.C., Trajano retirou-lhes este estatuto, convertendo Petra e Nabateia em províncias sob o controlo directo de Roma (Arábia Petrae). Adriano, seu sucessor, rebaptizou-a de Hadriana Petrae, em honra de si próprio. Em 380 d.C., o Cristianismo converteu-se na religião oficial do Império Romano, o que teve as suas repercussões na região de Petra. Em 395, Constantino fundou o Império Bizantino, com capital em Constatinopla (actual Istambul). Petra continuou a prosperar sob o seu domínio até o ano em que um terremoto destruiu quase metade da cidade. Contudo a cidade não morreu: após este acontecimento muitos dos edifícios "antigos" foram derrubados e reutilizados para a construção de novos, em particular igrejas e edifícios públicos. Em 551, um segundo terremoto (mais grave que o anterior) destruiu a cidade quase por completo. Petra não conseguiu se recuperar desta catástrofe, pois as mudanças nas rotas comerciais diminuíram o interesse neste enclave. As ruínas de Petra foram objecto de curiosidade a partir da Idade Média, atraíndo visitantes como o sultão Baybars do Egipto, no princípio do século XIII. O primeiro europeu a descobrir as ruínas de Petra foi Johann Ludwig Burckhardt (1812), tendo o primeiro estudo arqueológico científico sido empreendido por Ernst Brünnow e Alfred von Domaszewski, publicado na sua obra Die Provincia Arabia(1904). O nome Petra vem do grego e significa rocha. Pois quando os primeiros nativos chegaram lá, viram muitas pedras e rochas e, então surgiu à ideia de colocar o nome Petra e traduzido basicamente A Cidade das Rochas. A 6 de Dezembro de 1985, Petra foi reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Em 2004, o governo Jordano estabeleceu um contrato com uma empresa inglesa para construir uma auto-estrada que levasse a Petra tanto estudiosos como turistas. A 7 de Julho de 2007, foi eleita em Lisboa, no Estádio da Luz uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. Petra tem curiosidades bem peculiares:

 

• O edifício da Câmara do Tesouro, em Petra, foi utilizado como cenário no filme Indiana Jones e a Última Cruzada. O interior mostrado no filme não corresponde, no entanto, ao interior do dito edifício, tendo sido fabricado em estúdio.

• O filme "Transformers 2" também teve cenas gravadas na cidade de Petra.

• No filme "Mortal Kombat: A Aniquilição", Rayden entra para falar com os Deuses Antigos, onde foi também gravado na cidade de Petra.

• Petra é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).

• Peritos no domínio da hidráulica, os Nabateus dotaram a cidade de um enorme sistema de túneis e de câmaras de água. Um teatro, construído à imagem dos modelos greco-romanos, dispunha de capacidade para 4000 espectadores.

• Tintim, herói da banda desenhada belga, visita Petra no álbum de banda desenhada Coke en stock ("Carvão no Porão").

• Em novembro de 2009, a cidade de Petra foi palco para a novela brasileira "Viver a Vida (telenovela)" de Manoel Carlos.

 

Entre os destaques na cidade, foi realizado o Petra Fashion Days, desfile de moda a céu aberto em frente às ruínas da Câmara do Tesouro (Al Khazneh). Na verdade o desfile não foi realizado no local. A Rede Globo enviou junto com os atores, uma equipe que fotografou todo o cenário com técnicas de 3D. As imagens foram inseridas por computador, atrás do palco montado em estúdio para o desfile, que contou com as personagens Helena (Taís Araújo) e Luciana (Alinne Moraes).

Após este inesquecível passeio, pegamos o carro já quase anoitecendo e fomos em direção a Amman. Reservamos um quarto a 12 dinares.

 

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Viagem tranquila Petra-Amman. Aproximadamente 240 km de distância em rodovia muito boa e bem sinalizada. Chegamos a Amman aproximadamente 20h00min do dia 27/12. Hospedamos-nos no Sun Rise Hotel. Barato e com um excelente serviço. Tudo deu certo com este hotel, pois ele se encontra num ponto estratégico para quem quer ir a Israel. Ao lado dele parte o ônibus que cruza a fronteira.

 

No dia seguinte fomos a Jerash. Jerash, também conhecida como Djerach, é uma cidade de mais de três mil anos de história, localizada no norte da Jordânia. A descoberta de seu sítio arqueológico se deu por um acadêmico alemão no ano de 1908. Esta cidade teria sido visitada por Jesus durante o episódio conhecido como Jesus exorcizando o geraseno. De acordo com o "Jordan Times", o número de turistas que visitaram a antiga cidade de Jerash chegou a 214.000 em 2005. Diretor do Departamento de Antiguidades Jerash Mohammad Balawneh disse que o número de não-jordanianos turistas foi de 182.000 no ano passado, acrescentando que a soma dos encargos de subscrição atingiram 900000 dinares. O Festival de Jerash de Cultura e Artes é uma celebração anual do árabe e cultura internacional, durante os meses de verão. Jerash está localizado 46 km ao norte da capital de Amman. O local do festival está localizado dentro das antigas ruínas de Jerash, alguns dos quais datam da época romana (63 aC). Jerash Festival é um festival que apresenta recitais de poesia, performances teatrais, concertos e outras formas de arte. Em 2008, as autoridades lançaram Festival Jordan, um evento de orientação temática em todo o país em que Jerash Festival tornou-se um componente. Em segundo lugar, depois de Petra, na Lista dos DESTINOS preferidos da Jordânia, temos esta Antiga Cidade de Jerash que tem uma história de presença humana que remonta a mais de 6500 Anos. Jerash fica em uma planície rodeada de áreas arborizadas e montanhosas e de férteis bacias hidrográficas. Conquistada pelo general Pompeu em 63 A.C, ficou sob domínio romano e foi uma das dez grandes cidades romanas da Liga de Decápolis. A era dourada da Cidade foi durante o domínio romano, durante o qual era conhecida por Gerasa e, hoje em dia, o local é considerado uma das cidades romanas da província mais bem preservada do mundo. Escondida durante séculos na areia, antes de ser escavada e restaurada nos últimos 70 anos, Jerash é um belo exemplo do grandioso urbanismo romano provincial e formal que é encontrado por todo o Médio Oriente com ruas de colunas e pavimentado, templos altaneiros no topo das colinas, belos teatros, amplas praças públicas e largas, banhos públicos, fontes e muralhas da cidade nervuradas por torres e portas. Permanece no Jerash greco-romana:

 

• A coluna Corinthium

• Adriano 's Arch

• O circo / hipódromo

• Os dois grandes templos (dedicados a Zeus e Artemis)

• O oval quase exclusivo do Fórum, que é cercada por uma bela colunata,

• A longa rua com colunatas ou cardo

• Dois teatros (o Grande Teatro do Sul e menor Norte Theatre)

• Dois banheiros, e uma dispersão de pequenos templos

• Um circuito quase completo de muralhas da cidade

 

A maioria destes monumentos foi construída por doações de cidadãos ricos da cidade. Desde 350 dC, um grande cristão comunidade vivia em Jerash, e entre 400-600 dC, mais de treze igrejas foram construídas, muitas delas com pisos de mosaico soberbas. A catedral foi construída no século 4. Uma antiga sinagoga com mosaicos detalhados, incluindo a história de Noé , foi encontrado debaixo de uma igreja.

 

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Após esta visita a Jerash, retornamos a Amman, devolvemos o carro alugado e deixamos tudo alinhado para no próximo dia de manhã, embarcarmos em direção e Jerusalém. Foi perfeita a localização do Hotel. Ficava a aproximadamente 1 km de distancia do guichê onde se vendia passagens para Israel e outros locais. Era deste mesmo ponto que parte os ônibus. A travessia custou o seguinte:

 

• 6 dinares por pessoa (de Amman até a fronteira Jordânia – Israel te colocando do lado de Israel)

• 10 dinares por pessoa (taxa para se entrar em Israel)

• Passagem de van a 42 shekels por pessoa da fronteira até Jerusalém

 

A cotação é aproximadamente R$1,00 = 1,75 shekels.

 

Chegamos a Jerusalém 29/12, aproximadamente 12h00m. A van nos deixou bem ao lado da antiga Jerusalém no Portão de Damasco. Saímos à procura do um hotel e nos hospedamos em um bem ao lado do Portão de Damasco: New Palm Hostel. Este estabelecimento possui um hostel e um hotel. A escolha depende de quanto quer gastar. Chegamos junto com um casal frances e após muita negociação fez a 300 shekels a hospedagem de dois dias ao casal. Saíram a procura de outro hotel mais barato e o proprietário nos disse que seu pai era de Santos!!! Foi o que entendi no momento e por sermos brasileiros fez a suíte por 250 shekels. Bom demais pela localização, serviços de limpeza e com café da manhã tudo incluso na diária. Bem, deixamos as malas e saímos para conhecer as maravilhas da antiga cidade de Jerusalém.

 

A cidade tem uma história que data do IV milênio A.C., tornando-a uma das mais antigas do mundo. Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e o centro espiritual desde o século X A.C. Contém um número de significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão. Apesar de possuir uma área de apenas 0,9 quilômetros quadrados, a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro, a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa. A cidade antigamente murada, um patrimônio mundial, tem sido tradicionalmente dividida em quatro quarteirões, ainda que os nomes usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e o muçulmano) foram introduzidos por volta do século XIX. A Cidade Velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela Jordânia em 1982. No curso da história, Jerusalém foi destruída duas vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.

 

Jerusalém tem um papel importante no judaísmo, cristianismo e islamismo. O Livro anual de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas, 158 igrejas, e 73 mesquitas dentro da cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa, alguns locais, como o Monte do Templo, tem sido continuamente fonte de atritos e controvérsias. Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei David a proclamou como sua capital no 10º século A.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus perdendo apenas para o Santo dos Santos no próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente construídas com o seu Aron Hakodesh voltado para Jerusalém, e as dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos Santos. Como prescrito no Mishná e codificado no Shulchan Aruch, orações diárias são recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo. Muitos judeus têm placas de "Mizrach" (oriente) penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração. O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela história do Antigo Testamento, mas também por sua significância na vida de Jesus. De acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando limpou o Segundo Templo. O Cenáculo que se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é localizado no Monte Sião no mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro lugar proeminente cristão em Jerusalém e o Gólgota, o local da crucificação. O Evangelho de João o descreve como sendo localizado fora de Jerusalem, mas evidências arqueológicas recentes sugestionam que Gólgota fica a uma curta distância do muro da Cidade Antiga, dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra correntemente ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos principais candidatos para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação de cristãos pelos últimos dois mil anos. Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo. Aproximadamente um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca, a qibla(direção da oração) para os muçulmanos era Jerusalém. A permanência da cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com a Noite de Ascensão de Maomé (620 D.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente transportado em uma noite de Mecca para o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar os profetas anteriores do Islão. O primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica o destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais distante), em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha, que fica em cima da Pedra Fundamental, na qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.

 

Há um encantamento mágico sobre a Cidade velha de Jerusalém que não existe em nenhum outro lugar no mundo. Talvez seja devido à história gloriosa das altas muralhas de pedra e dos prédios antigos ou devido à atmosfera sagrada que cerca os sítios sagrados das religiões judaica, cristã e muçulmana. O encantamento de Jerusalém também pode derivar dos seus mercados coloridos e das ruelas estreitas ou da dinâmica história da cidade - uma história tecida com guerra e paz, amor e ódio, destruição e ressurreição.

 

A Cidade velha foi construída originalmente pelo Rei David em 1004 A.C, e sempre foi considerada o centro do mundo. Mapas antigos mostram os três continentes conhecidos naquela época: Europa, Ásia e África, situadas em um círculo com Jerusalém no centro. Desde então Jerusalém tem sido estimada e glorificada por reis, governantes e conquistadores que tentaram assaltar as suas muralhas e adorada por pessoas normais, que a tornaram uma das pedras fundamentais de sua fé. Este foi o lugar onde os judeus construíram o Templo, onde Jesus foi crucificado, e onde Maomé subiu aos Céus. Peregrinos, mendigos, mercadores, estudantes, grandes sábios, guerreiros e escravos, todos andaram pelas suas ruas e louvaram e amaram Jerusalém.

 

Com o passar dos anos, a Cidade velha passou por muitas mudanças que a tornaram uma das cidades mais interessantes no mundo, além de um ponto importante do foco turístico em Israel.

 

A cidade, descansando nos Montes Originais da Cidade de Davi, e rodeada por uma muralha de mais de quatro quilômetros, com sete portões, 34 torres e uma cidadela (a Torre de Davi), é dividida em quatro quarteirões residenciais:

 

- O Quarteirão Armênio

 

O quarteirão armênio é o menor quarteirão da Cidade velha. Os armênios se estabeleceram em Jerusalém no século IV por motivos religiosos, e a Catedral de S. Jaime foi construída no século XII. Mais tarde esta igreja se tornou o centro do povo armênio em Israel. É uma das igrejas mais bonitas do país, e está construída sobre os restos de uma igreja bizantina. No centro da igreja á uma cúpula apoiada em quatro pilares, através da qual o sol brilha e ilumina as pinturas nas paredes.

O seminário para os padres armênios e o Museu Armênio, que mostram a história cultural e nacional do povo armênio também estão localizados no quarteirão armênio. O lugar mais importante no quarteirão armênio é o prédio que abriga o Patriarcado armênio.

 

- O Quarteirão Cristão

 

O quarteirão cristão tem mais de 40 igrejas, monastérios e albergues que foram construídos para os peregrinos cristãos. No centro do quarteirão cristão se encontra a Igreja do Santo Sepulcro, ou a Igreja da Ressurreição, que, de acordo com a tradição cristã, foi o lugar no qual Jesus foi crucificado e enterrado depois da sua caminhada final pela Via Dolorosa, ou as Estações da Cruz. A Via Dolorosa começa no pátio que se localizava onde, hoje, se encontra o Portão do Leão - também conhecido como Portão de S. Stefano - e termina no Monte do Calvário ou Golgotá, onde a Igreja do Santo Sepulcro se encontra hoje. Muitos peregrinos cristãos andam pela Via Dolorosa, seguindo a trajetória final de Jesus. Nós mesmos ao entrar na Antiga cidade de Jerusalém, foi à primeira coisa que fizemos. Percorremos toda a Via Dolorosa fotografando e conhecendo ponto por ponto toda a trajetória de Jesus. Onde foi condenado, onde foi preso, toda sua caminhada, onde foi crucificado, onde foi lavado e onde foi enterrado. São importantes para a tradição cristão dentro da Igreja da Ressurreição, incluindo a Pedra da Unção, a tumba e a rotunda.

 

O mercado - uma das atrações turísticas mais populares de Jerusalém se localiza no quarteirão cristão e é um mercado barulhento e colorido, onde se podem comprar cerâmicas decoradas, velas, souvenires, roupas étnicas, tapetes, capachos, contas, joias, lâmpadas de vidro e itens decorativos. Os vendedores chamam as pessoas para comprar e as barraquinhas de comida exalam aromas tentadores. Uma das maiores atrações deste mercado é que se espera que os compradores barganhem pelas mercadorias, e, se você insistir, você pode barganhar e baixar o preço original.

 

- O Quarteirão Muçulmano

 

O quarteirão muçulmano é o maior quarteirão na Cidade Velha e a maioria da sua população chegou depois que os residentes originais, judeus e cristãos, se mudaram para bairros mais novos. O quarteirão muçulmano tem igrejas e mesquitas, e ainda há várias casas judias e Yeshivás. Os sítios mais importantes no quarteirão muçulmano são os lugares sagrados para a fé muçulmana, como a Cúpula da Rocha no Monte Moria (que também é um lugar sagrado para os judeus). Para os muçulmanos, a entrada e saída é livre em qualquer portão porem para outras religiões a uma entrada separada com hora certa para entrar. Nós não sabíamos disso e por pouco não conhecemos a Cúpula da Rocha.

 

- O Quarteirão Judaico

 

O quarteirão judaico é a maior área residencial para os judeus na Cidade Velha. Este quarteirão contém também o Muro Ocidental, ou Muro das Lamentações - que é o local sagrado para os judeus, pois era parte do Templo e local mais próximo do Santuário dentro do Templo.

 

O quarteirão judeu também contém sítios arqueológicos interessantes, como a Casa Queimada - restos de uma casa do tempo da destruição de Jerusalém pelos romanos, há 2000 anos. O Cardo, rua romana típica, construída no século VI, que consiste de lojas situadas entre duas filas de colunas de pedras. Os restos das altas colunas, arcos e o piso de pedra ainda podem ser vistos no Cardo.

 

Todos estes lugares fazem da Cidade velha de Jerusalém um lugar que os visitantes nunca esquecerão. Tivemos uma emoção incomparável ao adentrar nestes muros.

 

Ficamos dia 29/12 a partir da 13h00m e dia 30/12 até aproximadamente 15h00m para conhecer toda Cidade Velha. Depois disso pegamos um ônibus circular em direção a Belém. Foi outra surpresa para nós. Estava preste a alugar um carro para circular dentro de Israel e o primeiro ponto seria Belém. Aconselharam-nos a não ir de carro para lá simplesmente porque Belém fica na Palestina. Belém é para a maior parte dos cristãos, o local onde nasceu Jesus de Nazaré. A cidade é habitada por uma das mais antigas comunidades cristãs do mundo, embora seu tamanho tenha se reduzido nos últimos anos, devido à emigração. A cidade também é a terra natal do rei Davi, e o local onde ele foi coroado Rei de Israel. Foi saqueada pelos samaritanos em 529 D.C., durante sua revolta, porém foi reconstruída pelo imperador bizantino Justiniano II. Belém foi conquistada pelo califado árabe de Omar (Umar ibn al-Khattāb), em 637, que garantiu a segurança para os santuários religiosos da cidade. Em 1099 os cruzados capturaram e fortificaram Belém, e trocaram o seu clero, ortodoxo grego, por outro, latino; estes, no entanto, foram expulsos depois que a cidade foi capturada por Saladino, sultão do Egito e da Síria. Com a chegada dos mamelucos, em 1250, as muralhas da cidade foram destruídas, sendo reconstruídas apenas durante o domínio do Império Otomano.

 

Os otomanos perderam a cidade para os britânicos durante a Primeira Guerra Mundial, e ela foi incluída numa zona internacional sob o Plano de Partilha das Nações Unidas para a Palestina. A Jordânia ocupou a cidade durante a guerra israelo-árabe de 1948, ocupação esta seguida pela de Israel, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Atualmente, Belém é uma cidade estrangulada pelo muro de segurança israelense. Israel controla as entradas e saídas de Belém, embora a administração cotidiana esteja sob a supervisão da Autoridade Nacional Palestina desde 1995, após a realização dos acordos de paz de Oslo.

 

Por essa eu não esperava. Pois bem, pegamos o ônibus circular a 29,20 shekels ida e volta para o casal. Na fronteira com a Palestina o ônibus é parado e o motorista já informa a todos para ficar com os documentos em mãos para possível conferencia. Entram dois soldados armados até os dentes para conferencia um a um. Neste momento todos nós temos que agradecer por ser brasileiro. O soldado ao ver nossos passaportes abre um sorriso e diz: Brasileiros! Bem vindo! E mais nada. Continuamos até o ponto final. Pegamos um taxi a 30 shekels e nos levou aonde mais nos interessava: a Basílica da Natividade, Basílica construída sobre a gruta onde Jesus nascera. A Basílica da Natividade, também conhecida como Igreja da Natividade, localizada em Belém, na Palestina, é uma das mais antigas igrejas ainda em uso no mundo. Sua estrutura foi construída sobre uma caverna que a tradição cristã marca como o local de nascimento de Jesus. O local é considerado sagrado tanto para o cristianismo como para o islamismo. Sua construção data do ano de 326, quando teria sido ordenada por Santa Helena, mãe do imperador romano Constantino. Não se tem muita certeza de que a igreja é o local onde Jesus Cristo nasceu, mas sabe-se que a igreja foi disputada ao longo dos anos. Atualmente ela pertence a Igreja Ortodoxa Oriental, a Igreja Armênia e a ordem dos monges franciscanos. Em 2012 foi classificada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, não sem grande polemica. A entrada é gratuita. Foi uma visita muito emocionante e durante a visita o taxista nos aguardou do lado de fora. Os 30 shekels são ida e volta com espera pela visita. Voltamos a Jerusalém para descansar para no próximo dia sairmos para passear por Israel.

 

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  • 1 mês depois...
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Desculpem-me pelo relaxo. Fiquei de dar continuação há dias e fui deixando. Pois bem. No dia 30/12, antes de irmos a Belém, deixamos acertado o aluguel do carro para passearmos por Israel. Prestem atenção no relato, pois para muitas pessoas acredita-se que seja impossível conhecer tanto em poucos dias (do dia 31/12 ao dia 3/01). São passagens pelos pontos turísticos são rápidas sem muito descanso. O aluguel do carro custou 556,6 shekels para retirada em Jerusalém e devolução em Tel Aviv.

 

Saímos cedinho de Jerusalém em direção ao norte de Israel. Saímos com intuito de percorrer os caminhos por onde Jesus passou. As rodovias são de primeiro mundo, muito bem sinalizadas. Com um mapa na mão não tem como se perder por lá. Saímos de Jerusalém pela rodovia 90 que se encontra dentro da Palestina. Ande com o passaporte sempre a vista, pois podem ser parados a qualquer momento. Muitos soldados armados até os dentes. Fazem perguntas básicas. De onde está vindo, para onde vai, o que carrega etc. De qualquer forma quando vem o passaporte brasileiro ficam bem sossegados.

A primeira passagem foi por Jericó. É considerada a cidade mais antiga ainda existente, com mais de 10.000 anos! Está a aproximadamente a 27 km de Jerusalém. Foi uma importante cidade no vale do Jordão, na costa ocidental do rio Jordão. Descrita no Velho Testamento como a "Cidade das Palmeiras", abundantes campos ao redor de Jericó tem feito dela um sítio atrativo para habitação humana por milhares de anos. Ela é conhecida na Tradição judaico-cristã como o lugar do retorno dos israelitas da escravidão no Egito, liderados por Josué, o sucessor de Moisés. Arqueólogos têm escavado os remanescentes dos últimos 20 sucessivos assentamentos em Jericó, o primeiro que data de antes de 11.000 anos atrás (9.000 A.C). Jericó é mencionada mais de 70 vezes na Bíblia Hebraica. Antes da morte de Moisés, Deus é descrito como mostrando-lhe a Terra Prometida no quinto livro da Torá, Deuteronômio Jericó é um ponto de referência: "Então, subiu Moisés das campinas de Moabe ao Monte Nebo, ao cimo de Pisga, que está defronte de Jericó; e o Senhor lhe mostrou toda a terra de Gileade até Dã." (Deuteronômio 34:1). Jericó também é mencionada várias vezes no Novo Testamento, nos livros de Mateus, Marcos, Lucas e Hebreus. De acordo com a Mateus 20:29-30, Jesus curou dois cegos, quando ele e seus discípulos estavam saindo de Jericó. Em Marcos 10:46-52, Marcos conta a mesma história, só que ele só menciona um homem, Bartimeu. Assim como Marcos, Lucas menciona apenas um homem, mas ele difere em seu relato, dizendo que Jesus e seus apóstolos estavam se aproximando de Jericó. Algumas versões conciliariam esta traduzindo-a como "quase". Na Epístola aos Hebreus, o autor menciona a história do Antigo Testamento da destruição de Jericó, como uma exposição externa da fé. (Hebreus 11:30) Na Parábola do Bom Samaritano, Jesus menciona que um certo homem estava a caminho de Jericó. Esta cidade devido a sua idade tem muitos sítios arqueológicos.

 

Saímos de Jericó e fomos até o Mar da Galiléia. O Mar da Galiléia fica a 213 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo e é considerado um mar isolado por não ter nenhuma ligação com outros mares ou oceanos. Entramos à direita ao redor do Mar da Galiléia em direção as Colinas de Golã. Após passarmos por estes lindos locais seguimos ao norte até Banias. A cidade encontra-se ao pé do Monte Hermóm e é a antiga Cesarea de Filipo, onde Jesus confirmou que ele era o Messias. Distingue-se a cascata, onde pode-se banhar e as ruinas do Castelo de Nimrod, 3 Km. Ao norte desde onde se obtém belas panorâmicas. No Evangelhos Sinópticos, Jesus disse ter abordado a área perto da cidade. Nesta área, ele perguntou a seus mais próximos discípulos que os homens pensavam que ele fosse. Contas de suas respostas, incluindo a confissão de Pedro, podem ser encontrados no Mateus, Marcos e Lucas, assim como no Evangelho de Tomás. No Evangelho de Marcos, que respondeu que Jesus foi pensado para ser João Batista, Elias, ou algum outro profeta, embora São Pedro deu o seu próprio ponto de vista e confessou sua crença de que Jesus era o Messias (Cristo). Jesus previu seu destino, para que Pedro o repreendeu. Em Mateus, a expressão de Peter da crença de que Jesus era o Messias, é a ocasião para Jesus designando a confissão de Pedro como a rocha sobre a qual a Igreja era para ser construído o fato de que Jesus é o Cristo. Em Lucas, o local onde este se diz ter ocorrido está localizado perto de Betsaida, após o Sermão da Montanha, e Pedro afirma a sua convicção de Jesus é "o Cristo de Deus". Em todos os três evangelhos, os apóstolos são convidados a manter esta revelação como secreto. Uma mulher de Paneas, que tinha sido sangrando por 12 anos, disse ter sido milagrosamente curada por Jesus. Segundo a tradição, depois de ter sido curada, ela tinha uma estátua de Cristo erguido. Até aqui já havíamos cruzado o país inteiro e daqui para frente era só descida.

 

Descemos até chegar a Tiberíades para dormir.

 

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  • Colaboradores

Parabéns pelo teu relato, Lucas! Realmente contagiante!

 

Estou lendo-o com muita atenção, quem sabe Egito/Israel estejam em planos futuros de viagem a médio prazo... Andei fazendo pesquisas superficiais, mas percebi que os custos no Egito são baixos e em Israel altos, isso procede? Israel teria custos comparados a qual país europeu?

 

Abraços!

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  • Colaboradores

Bom dia Celio!

 

Realmente o custo em Israel é maior que no Egito. Deve-se levar em conta que devido a posição econômica atual do Egito o custo lá é barato demais! Se comparado com custos na Europa, fazendo passeios com acomodações no mesmo nível de exigências, como você disse, Israel fica igual.

 

Abraços,

 

Lucas

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  • 2 semanas depois...
  • Colaboradores

Escolhemos esta cidade, pois está no centro de muitos locais a visitar. Tiberíades é uma cidade no norte de Israel e conta com cerca de 39.900 habitantes. Está situada às margens do Mar da Galiléia, o qual é conhecido também por Mar ou Lago de Tiberíades. Foi denominado em honra ao imperador romano Tibério. É uma das quatro cidades sagradas no judaísmo, junto com Jerusalém,Hebron e Sefad. Na tradição judaica, está associada ao elemento "água". Durante a época das cruzadas foi sede de um principado homônimo, também chamado de Principado da Galiléia.

 

Acordamos bem cedo e começamos pelo Monte das Beatitudes ou o Monte das Bem Aventuranças. Neste local foi feito o longo discurso de Jesus Cristo denominado Sermão da Montanha. Nestes discursos, Jesus Cristo profere lições de conduta e moral, ditando os princípios que normatizam e orienta a verdadeira vida cristã, uma vida que conduz a humanidade ao Reino de Deus e que põe em prática a vontade de Deus, que leva à verdadeira libertação do homem. Estes discursos podem ser considerados por isso como um resumo dos ensinamentos de Jesus a respeito do Reino de Deus, do acesso ao Reino e da transformação que esse Reino produz. Além de importantes princípios éticos-morais, pode-se notar grandes revelações, pois aquilo que muitas vezes é tido por ruim, por desagradável, diante de Deus é o que realmente vai levar muitos à verdadeira felicidade. Esta passagem forma um paradoxo, contrariando a ideia de muitos e mais uma vez mostrando que “… 'Deus não vê como o homem vê, o homem vê a aparência, mas Deus sonda o coração" (I Samuel 16.7). No Sermão da Montanha o evangelista Mateus está a apresentar Jesus Cristo como o novo Moisés, daí o discurso ser proferido numa montanha (talvez, apenas uma colina), pois Moisés tinha recebido os 10 Mandamentos no monte Sinai. Mas, Jesus não veio para abolir a Lei ou os Profetas, mas sim completá-los na sua íntegra (Mt 5, 17).

 

Depois fomos as ruínas de Cafarnaum. Cafarnaum é uma cidade bíblica que ficava na margem norte do Mar da Galiléia, próxima de Betsaida (terra natal de Simão Pedro) e Corozaim. Muito perto passava a importante Via Maris (Estrada do Mar), que ligava o Egipto à Síria e ao Líbano e que passava por Cesareia Marítima. O fato de possuir uma alfândega (Mateus 9:9) e uma guarnição romana sugere que se tratava de uma cidade fronteiriça entre os estados de Filipe e Herodes Antipas. O capitão da guarnição mostrou-se particularmente amistoso para com os judeus, construindo-lhes a sinagoga (Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-10). Atribui-se a Jesus a realização de milagres em Cafarnaum (Mateus 8:5-17;Marcos 1:21-28; Marcos 2:1-13; João 4:46-54; etc.) e aí ensinou frequentemente (cf. João 6:24-71; Marcos 9:33-50). Na verdade, ficou conhecida como o seu quartel-general e foi chamada a sua cidade, pelo fato de aí ter fixado residência (Mateus 9:1; cf. Marcos 2:1). Contudo, apesar do real impacto do seu ministério entre o povo, este acabará por se afastar; por isso, Jesus predisse a completa destruição da cidade (Mateus 11:23-24; Lucas 10:15). A tradição situa-a em Khan Minyeh, 9,5 km a norte de Tiberíades, mas, mais recentemente, foi identificado com Tell Hûm, a 4 km da nascente do rio Jordão, na margem noroeste do Mar da Galiléia, versão que tem sido mais bem aceite. Foi escavada, em Tell Hûm, uma sinagoga judaica e depois reconstruída parcialmente. Data do século IV, mas não é certo que se situe no mesmo local daquela em que Cristo ensinou (Marcos 1:21). Escavações, levadas a cabo por V. Corbo, desde 1968, puseram a descoberto, em Cafarnaum, casas que remontam ao século I a.C., assim como outras estruturas. Entre elas encontra-se uma igreja cristã octogonal, contendo um batistério (século V d.C.) e uma casa do século IV d.C., que os arqueólogos acreditam ter sido construída no local em que então se pensava que ficara a casa de Pedro. Grafites gregos, aramaicos, siríacos e latinos testificam do fato de a cidade ter sido frequentemente visitada por peregrinos cristãos no século IV.

 

O próximo ponto foi Tabgha ou Tabigha ou se encontra a Igreja da Multiplicação. A Multiplicação dos Pães e Peixes é o termo utilizado para se referir a dois diferentes milagres de Jesus. O primeiro, também conhecido como Alimentando os 5.000, é o único milagre (com exceção da própria ressurreição) que aparece nos quatro evangelhos canônicos (em Mateus 14:13-21, Marcos 6:31-44, Lucas 9:10-17 e João 6:5-15). Este milagre também é conhecido como milagre dos cinco pães e dois peixes. O segundo milagre, conhecido como Alimentando os 4.000, aparece em Marcos 8:1-9 e em Mateus 15:32-39, mas não em Lucas e em João. Este milagre também é conhecido como milagre dos sete pães e o peixe. O milagre mais reconhecido, Alimentando os 5.000, é também conhecido como "Milagre dos Cinco Pães e Dois Peixes", dado que João reporta que cinco pequenos pães de cevada e dois peixinhos, fornecidos por um garoto, foram utilizados por Jesus para alimentar a multidão. De acordo com os evangelhos, quando Jesus ouviu que João Batista havia sido morto, ele recuou solitariamente para um local em Betsaida. A multidão seguiu Jesus a pé a partir das cidades da região. Quando Jesus desembarcou e viu a grande quantidade de gente presente, ele se compadeceu deles e curou seus doentes. Conforme a noite se aproximou, os discípulos chegaram até ele e disseram: "Este lugar é deserto e a hora é já passada; despede, pois, as multidões, para que, indos às aldeias comprem alguma coisa para comer". Jesus respondeu: "Não precisam ir; dai-lhes vós de comer". Os discípulos retrucaram: “Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes”. Jesus pediu-lhes que lhos trouxessem. Ele então ordenou ao povo que se sentasse na grama. Tomando os cinco pães e dois peixes e olhando para o céu, ele agradeceu e partiu os pães. Então ele os deu para os discípulos e eles os deram para o povo. Todos puderam comer e se satisfizeram, sobrando ainda aos discípulos doze cestos com pedaços de pão. O número dos que comeram era cinco mil homens, além das mulheres e crianças.

 

Próximo ponto Ginosar. Neste ponto em 1986, Yuval e Moshe Lufan, dois filhos de um pescador em Kibbutz Ginosar, estavam andando nas margens do Mar da Galiléia. A seca que se passava neste ano fez cair o nível do lago mais baixo do que os homens tinham visto nos últimos anos. Um irmão notou algo estranho saindo da lama. Era uma antiga cunha. Como ele remexia com o seu dedo, ele encontrou outras. Em seguida, outra. Ao cavar pedaços de madeira antiga eram desenterrados. Enquanto eles não percebem que, no momento, eles tinham descoberto um barco de pesca que datava da época de Jesus. Com as licenças necessárias obtidas, os arqueólogos começaram a trabalhar na escavação do navio. O modo de construção revelou um barco típico do primeiro século. Montado com mortise e espiga marcenaria, o barco foi construído a partir de madeira de carvalho, bem como a resiliência de cedros do Líbano, madeira altamente impermeável a apodrecer. A construção, a cerâmica nas proximidades, e três de carbono independente 14 em exames, revelaram que o barco data de 100 aC a 70 dC. Aparentemente, os proprietários originais do barco salvaram o que precisava antes de o barco afundar sob as ondas. Os arqueólogos cavaram uma trincheira em torno dos restos, mantendo a umidade da madeira por aspersão com água, pois se as madeiras, em esponjoso macio seco, iriam se desintegrar. Depois preparando o barco com fibra de vidro, escavadeiras vieram com pulverizadores de espuma de poliuretano que endureceu em torno de cada fenda da embarcação. Depois de seco, a espuma serviu para apoiar o vaso frágil, bem como permitir que flutuasse. Arqueólogos inundou a trincheira, e o barco flutuava no mar da Galiléia, pela primeira vez em dois mil anos. O processo de preservação do barco ocorreu ao longo de vários anos. Os cientistas injetaram uma cera sintética para dentro dos poros das pranchas. A cera parou qualquer deterioração que poderia ocorrer como a madeira em contato com o ar. Quem visitar Ginosar poderá ver este incrível barco em um museu state-of-the-art nomeado em honra do falecido Yigal Allon, um ministro do governo de Israel, um oficial Palmach, e um membro fundador do Kibbutz Ginosar. O museu conta a história da descoberta do barco através de uma apresentação em vídeo, fotos e descrições, assim como a maquete de como o barco teria aparecido em seu apogeu. O próprio barco antigo, junto com a cerâmica e os pregos, fica em exposição, pronto para os visitantes em Nof Ginosar. Muitas pessoas podem não saber que o museu também oferece as Forças Armadas israelenses estudos e análises relacionadas às estratégias militares, incluindo a consciência de ameaças atuais e futuras à segurança de Israel importantes. Além disso, o museu serve como escritório e laboratório para o Projeto Escavações Betsaida. Porque as antigas datas de barco a partir da época de Jesus de Nazaré, alguns sensacionalistas chamam o navio, "O Barco Jesus." Na verdade, este navio de vinte e seis metros poderia ter realizado uma viagem com até quinze pessoas, e oferece aos visitantes uma em primeira mão, olhar para o tipo de barco que Jesus e seus doze discípulos teriam navegado. A Bíblia se refere a embarcações deste tipo desempenhando um papel importante no ministério de Jesus, com mais de meia dúzia de referências sozinho evangelho de Marcos (Mc 01:19 em; 3:09, 4:1; 4:36-37; 5:02, 5:18, 6:32, 6:45-51, 8:10-14). “The Boat Foundation Jesus” está desenvolvendo um teatro interior 900 lugares no museu, que contará com uma apresentação multimídia dramática do ministério galileu de Jesus. Uma das melhores descobertas arqueológicas em Israel, o Nof Ginosar "Jesus Boat" continua a ser uma visita indispensável para qualquer visita ao Mar da Galiléia.

 

Depois de Ginosar pegamos estrada em direção a Caná. Esta visita foi muito emocionante. Fomos por um motivo histórico e encontramos uma surpresa muito agradável no presente. Caná era uma pequena vila da Galiléia onde Jesus Cristo realizou o seu primeiro milagre, e onde também curou o filho de um nobre. Segundo o Evangelho de João, era a residência de Natanael. Bodas de Caná é o nome de uma perícopa bíblica narrada exclusivamente no Evangelho de João (João 2:1-11). A transformação da água em vinho durante estas bodas é considerado como o primeiro dos milagres de Jesus. No relato bíblico, Jesus e seus discípulos são convidados para um casamento e, quando o vinho acaba, Jesus transforma água em vinho milagrosamente. A localização exata de Caná tem sido tema de debate entre acadêmicos e arqueólogos bíblicos, com diversas vilas na região da Galiléia aparecendo como candidatas. O milagre em Caná é contado como um dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário. Embora nenhum dos evangelhos sinóticos tenham relatado o evento, a tradição cristã majoritária defende que este foi o primeiro milagre público de Jesus. Porém, no Evangelho de João, ele tem uma considerável importância simbólica: é o primeiro dos sete "sinais" milagrosos através dos quais a natureza divina de Jesus é atestada e à volta dos quais o evangelho todo é construído. É ainda tema de discussão entre os teólogos se a perícopa trata de uma transformação real de água em vinho ou se trata-se de uma alegoria espiritual. Interpretada desta forma, as boas novas e a esperança que se implicam da história são as palavras do presidente da mesa, quando ele provou do bom vinho e disse: "Todo o homem põe primeiro o bom vinho, e quando os convidados têm bebido bastante, então lhes apresenta o inferior; mas tu guardaste o bom vinho até agora.". Este trecho pode ser interpretado dizendo simplesmente que é sempre mais escuro antes da alvorada, mas que as boas novas estão a caminho. A interpretação mais usual, porém, é que a história é uma referência ao advento de Jesus, que o autor do quarto evangelho considera como sendo o bom vinho. A história teve considerável importância no desenvolvimento da teologia pastoral cristã. O relato evangélico de Jesus sendo convidado para um casamento, indo e se utilizando de seu poder divino para salvar os festejos do desastre aparece como evidência de sua aprovação para o casamento e para os festejos terrenos, em contraste com os pontos de vista mais austeros defendidos por Paulo de Tarso (em I Coríntios 7:1, por ex.). Ela tem sido utilizada como um argumento contra a abstenção completa de bebidas alcoólicas. O milagre também pode ser visto como sendo um antitipo do primeiro milagre público de Moisés (a transformação das águas do Niloem sangue, uma das Dez pragas do Egito). Isso estabeleceria uma ligação entre o primeiro salvador dos judeus durante a fuga do Egito e Jesus como o salvador de toda a humanidade. A Igreja Ortodoxa Copta mantém a tradição de que Marcos, o evangelista era um dos servos nas Bodas de Caná, o que despejou a água que Jesus transformou em vinho (João 2:1-11). Pois bem. Como este episódio de Caná aconteceu em um casamento, eu não sabia que vêm pessoas do mundo inteiro para fazer a renovação de votos do casamento no local onde aconteceu o primeiro milagre de Jesus. Fomos conhecer a igreja que foi erguida em cima do local onde ocorreu o milagre e tinha bastante pessoas aguardando a cerimônia de dois chineses que ocorreria algumas horas a frente. A cerimônia de renovação de votos não é igual à de um casamento, apesar de ser bem parecida. Geralmente elas são realizadas numa igreja, casa, salão reservado de um restaurante, na praia ou em um sítio. Ela é voltada essencialmente para a família e os amigos mais próximos. Parte-se do princípio de que a grande festa já ocorreu (o casamento) e que agora o casal está apenas confirmando tudo o que prometeu naquela época. Pois bem, conversamos com o padre que estava no local e ele fez uma cerimônia particular, o padre, eu e minha esposa e um funcionário da igreja como testemunha! Foi muito emocionante esta cerimônia particular. Ao acabar o funcionário solitário nos bancos da igreja, se levantou e nos aplaudiu. Recebemos também um título comprovando a renovação. Esta igreja possui títulos em todos os idiomas.

 

Saímos de Caná e fomos para Nazaré. Nazaré é a capital e maior cidade do distrito Norte de Israel. Também funciona como uma capital árabe para os cidadãos árabes de Israel que constituem a vasta maioria da população local. No Novo Testamento, a cidade é descrita como local de nascimento da Virgem Maria e onde Jesus passou sua infância , e por este motivo é um centro de peregrinação cristã, com muitos santuários celebrando as associações bíblicas. De acordo com o Novo Testamento, Nazaré era a terra natal de José e Maria, e o local da Anunciação, quando Maria foi informada pelo arcanjo Gabriel que teria Jesus como seu filho. Nazaré é também o local onde Jesus passou parte de sua vida, desde quando voltou do Egito em algum ponto de sua infância até os seus 30 anos. Em Nazaré estão inúmeras igrejas, que são suas principais atrações turísticas. As mais importantes celebram eventos bíblicos. Existem muitos locais a se conhecer nesta cidade, mas fomos conhecer somente os principais pontos:

• A Igreja da Anunciação é a maior do Oriente Médio. De tradição católica apostólica romana, ela assinala o lugar onde o arcanjo Gabriel teria anunciado o nascimento vindouro de Jesus à Virgem Maria.

• A Igreja Ortodoxa construiu a Igreja de São Gabriel sobre um sítio alternativo da Anunciação.

• A Igreja Greco-Católica Melquita é proprietária da Igreja Sinagoga, localizada sobre o sítio da sinagoga onde, de acordo com a tradição, Jesus pregou.

• A Igreja da Carpintaria de São José ocupa o local onde a tradição diz que funcionava a oficina de José.

• A Igreja Mensa Christi, gerida pela ordem religiosa dos franciscanos, celebra o lugar onde Jesus teria feito sua refeição com os apóstolos após a ressurreição.

• A Basílica de Jesus Adolescente, gerida pela ordem religiosa dos salesianos, ocupa um morro próximo à cidade.

 

Saímos de Nazaré e fomos dormir em Afula para no dia 02/01 darmos continuidade ao passeio.

 

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