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As pessoas comem carne de cachorro no Vietnã?


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Olá pessoal!

 

Sou nova aqui, embora mochileira há alguns anos...

 

Tenho o sonho de conhecer o Vietnã, respeito a cultura local, mas não posso ter acesso a algumas coisas que acabariam com a minha viagem. "O que os olhos não vêem, o coração não sente" (ou sente menos).

 

Então gostaria de contar com a ajuda de vcs!!

 

Cachorro para mim é "sagrado". Não quero ver nenhum deles sendo arrastado pelas ruas, passando por mim em jaulas, amontoados a caminho do abate, e menos ainda ouvir seus gritos suplicantes. Tbm não quero vê-los sendo vendidos em tabuleiros como quitutes...

 

É possível conhecer o Vietnã sem ver essas coisas? Isso acontece em locais isolados e que, portanto, eu posso evitar? Um bairro, uma rua, uma cidade...?

 

Quem já foi ao Vietnã presenciou alguma cena que descrevi acima? Na verdade, um fotógrafo a descreveu... Mas não sei por onde ele andou.

 

Me ajudem, por favor.

 

Obrigada!!

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Luise,

 

SIM, comem carne de cachorro no Vietnã.

 

Tá com nojo? Pois saiba que seu asco é o mesmo que um vietnamita sente ao ter ver comendo coração de galinha no churrasco, afinal, "Eca, que tipo de ser humano é capaz de comer o coração de um animal?", eles pensam.

 

Multiplique essa terror por mil e você chegará ao profundo pesar que sentem os indianos ao verem os sanduíches do MC Donald's sendo produzidos com base na carne de seu animal mais sagrado na religião hindu, a vaca.

 

Ou seja... Respeite a cultura dos outros, ninguém está mais certo ou mais errado por comer isso ou aquilo. Na sua realidade (brasileira), temos grandes áreas para plantio e uma grande variedade de proteína animal para recorrer: frango, porco, vaca, peru, peixe, frutos do mar... Já para outros povos, sem tantas opções assim, com escassez de terras (você sabia que um boi precisa pastar em um espaço equivalente a um campo de futebol?) e clima impróprio para pecuária, eles comem o que têm disponível: de grilo à formiga, cachorro ou gato.

 

E quer saber? Contanto que não sejam canibais, tá tudo bem.

 

Um grande abraço,

Wendell (que não vê a hora de experimentar um hot dog quando for ao Vietnã)

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  • Membros

Oi Wendell,

 

Obrigada por responder. Contudo, pelo seu texto, percebi que você se prendeu apenas ao título da pergunta e não leu o que escrevi sobre os meus motivos para a pergunta, incluindo que eu respeito a cultura alheia, mas respeito mais meus sentimentos, por isso "irei ao Vietnã ou não" a depender se a cultura deles e meus sentimentos entrarão em conflito. Com tantos lugares no mundo, não há problema nenhum em não conhecer um deles.

 

Abs.,

 

Luise.

 

 

 

 

 

Luise,

 

SIM, comem carne de cachorro no Vietnã.

 

Tá com nojo? Pois saiba que seu asco é o mesmo que um vietnamita sente ao ter ver comendo coração de galinha no churrasco, afinal, "Eca, que tipo de ser humano é capaz de comer o coração de um animal?", eles pensam.

 

Multiplique essa terror por mil e você chegará ao profundo pesar que sentem os indianos ao verem os sanduíches do MC Donald's sendo produzidos com base na carne de seu animal mais sagrado na religião hindu, a vaca.

 

Ou seja... Respeite a cultura dos outros, ninguém está mais certo ou mais errado por comer isso ou aquilo. Na sua realidade (brasileira), temos grandes áreas para plantio e uma grande variedade de proteína animal para recorrer: frango, porco, vaca, peru, peixe, frutos do mar... Já para outros povos, sem tantas opções assim, com escassez de terras (você sabia que um boi precisa pastar em um espaço equivalente a um campo de futebol?) e clima impróprio para pecuária, eles comem o que têm disponível: de grilo à formiga, cachorro ou gato.

 

E quer saber? Contanto que não sejam canibais, tá tudo bem.

 

Um grande abraço,

Wendell (que não vê a hora de experimentar um hot dog quando for ao Vietnã)

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Oi Adriano, obrigada pela atenção.

 

Sim, entendo da mesma forma que você. No meu caso, não é um tabu ou preconceito. Eu respeito que eles comam cachorros lá, entendo que aqui nós comemos outros animais, e que a vida de todos os animais tem valor da mesma forma.

 

Mas eatuo voluntariamente em grupos de proteção animal, resgato animais de rua desde criança e essas cenas que citei me agridem muito. Sofro. Então prefiro me proteger da exposição a situações que me trarão mal estar. Qualquer outra situação eu encaro, exceto maus tratos a animais (e os métodos de abate são bastante cruéis).

 

Na prática, não me alimento de animais. É uma filosofia de vida, assim como ser mochileira. E como sei que o mundo é grande para se conhecer em uma única vida, então que esses lugares eu prefiro deixar para a próxima... Rs.

 

Valeu pela ajuda!

 

Luise.

 

 

Toda vez que você viaja para um pais com uma cultura diferente da nossa você pode ver ou presenciar cenas e situações que aos nossos olhos são tabus, mas que na cultura local são normais, o inverso também acontece, quando os estrangeiros vem ao Brasil também se deparam com cenas e situações que são tabus para eles. Então se você vai ver algo que não lhe agrade vai depender do que seja tabu para você, e ninguém tem como lhe garantir que você não verá determinada coisa em um país estrangeiro. Imagine um indiano Hinduísta chegando ao Brasil e vendo todas as churrascarias que temos aqui, para ele isto é um absurdo, já para nós, é normal...

 

Se você não suporta determinada situação, e sabe que ela é comum em determinado destino, infelizmente você só tem 2 alternativas, fica em casa na sua zona de conforto, ou encarra de frente e tenta vencer os seus tabus e preconceitos.

 

Agora quanto ao seu questionamento, a todas as pessoas que eu conheço e que foram ao Vietnam (umas 4 ou 5 pessoas), relataram que em algum momento viram uma das situações que você comentou, parece que isto é relativamente comum nas feiras de rua.

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  • Membros

Isso, Adriano. Prefiro não ir.

 

Conheci no ano passado a Tailândia e o Camboja. No Camboja comem cães, mas não é algo tão "na cara". Me apaixonei pelos dois países, e pretendo ir a muitos outros na Ásia (estou montando o roteiro e veio essa questão sobre o Vietnã).

 

Não sinto que preciso enfrentar isso, não vai mudar o que sinto, entende? Só me machucar. Desnecessário. O mundo é bem grande!

 

Abraços,

 

Luise

 

 

A maioria dos países lá da Asia tem como costume comer alguns animais que para nós ocidentais são tabu. Então para algumas pessoas mais sensíveis a estas questões, pode ser complicado viajar para estes destinos "meio exóticos".

 

Como falei antes, se você não suporta presenciar essa situação comum por lá, infelizmente só tem um jeito, não viajar para lá. Mas não desanime, o mundo é bem grande e há vários outros locais para se visitar.

Editado por Visitante
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Oi Wendell,

 

Obrigada por responder. Contudo, pelo seu texto, percebi que você se prendeu apenas ao título da pergunta e não leu o que escrevi sobre os meus motivos para a pergunta, incluindo que eu respeito a cultura alheia, mas respeito mais meus sentimentos, por isso "irei ao Vietnã ou não" a depender se a cultura deles e meus sentimentos entrarão em conflito. Com tantos lugares no mundo, não há problema nenhum em não conhecer um deles.

 

Abs.,

 

Luise.

 

Luise,

 

Desculpe, você está certa. Apesar de ter lido sim o seu texto, acabei tomando-o de forma muito pessoal e posso ter parecido um pouco rude em minha resposta. Não foi essa a intenção.

 

O fato é que, durante toda a minha infância/adolescência meu maior - senão único - sonho era poder sair do Brasil e nunca pude, por falta de condiçõe$ e perspectivas para tal. Ao mesmo tempo, presenciei várias pessoas próximas de mim tendo grandes oportunidades de viajar, com convites de familiares e até emprego garantido, mas que desistiram de ir mesmo com as passagens já compradas (sério!) porque o lugar de destino "não tinha arroz com feijão" ou a alimentação consistia mais em frango e peixe do que churrasco!

 

Resumindo: O mundo é grande, e justamente por isso, não acho que valha a pena ter a mente pequena.

 

No mais, não tenho dúvidas que o Vietnã seja um país maravilhoso - desde o norte, em Hanoi, ao sul, em Ho Chi Minh -, passando pelas belas praias de Hoi An e Nha Trang, a majestosa paisagem de Ha Long Bay, as regiões montanhosas de Sapa; além da inestimável presença de seu povo sofrido, mas feliz e esperançoso.

 

A partir de Janeiro do ano que vem, enfim, darei "asas" ao meu sonho e atravessarei boa parte do sudeste asiático - e passarei no Vietnã, em meados de Maio/Junho. Espero que toda a diferença cultural, mesmo que a princípio grotesca e cruel, não te tire a vontade de querer ir lá. E se por acaso você for, será um prazer sentar em uma barraquinha de rua com você para fazermos um lanche. Que tal um cachorro... quente? :lol:

 

Um grande abraço,

Wendell (amante dos animais e que já foi um feliz dono de um vira lata e dois poodles)

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Oi Wendell!

 

Que bom que vc já vai realizar seu sonho!! Você vai amar a Ásia. A energia de lá é diferente... E Camboja é de deixar marcas profundas (positivas)... Ainda não descartei totalmente o Vietnã, continuo minha busca por mais informações. Preciso decidir em mais uns 15 dias, para emitir o aéreo. O período será o da Copa. Que tal uma saladinha?? Rs.

 

Vou dar uma passadinha em Siem Reap de novo, porque tirei uma foto de um menininho vendedor de flautas e pretendo procurar por ele e entregar-lhe essa foto, que atualmente fica na minha mesa de trabalho. O sorriso dele me inspira a ver sempre a leveza e felicidade da vida, mesmo quando existem problemas.

 

Se quiser alguma dica, me fala.

 

Veja abaixo o que escrevi no facebook quando deixei o Camboja.

 

Abraços,

 

Luise

 

"Hoje partimos do Camboja. Eu, particularmente, com uma profunda sensação de paz e de "quero mais". Estranho? À primeira vista, sim. Em um país assolado pela pobreza, analfabetismo, condições subhumanas de vida da maior parte da população, e por tantos anos vítima da guerra e do genocídio, os cambojanos esbanjam alegria, sorriso farto, cordialidade, e PAZ. É a energia que sentimos aqui, de paz. Mesmo na total ausência de condições dignas de vida, como nas palafitas em que visitamos no rio Tonlé Sap, eles sorriem e comemoram a paz, recebem bem os forasteiros, e se sentem felizes com um sorriso de volta de uma forma inimaginável. As marcas do passado eles trazem na mente, no corpo, nas ruínas, mas não na alma. Ontem aconteceu uma grande festa na cidade (Siem Reap) em comemoração ao fim da guerra. E aí vc entende pq eles são como são, mesmo em meio a tantas adversidades: a PAZ é o mais importante bem que eles têm. E isso é motivo suficiente para ser feliz. Simples assim. Foi o que aprendemos de mais importante aqui. Viva o Camboja e os cambojanos!! Pretendemos voltar um dia. — em Siem Reap, Cambodia."

 

 

 

 

Oi Wendell,

 

Obrigada por responder. Contudo, pelo seu texto, percebi que você se prendeu apenas ao título da pergunta e não leu o que escrevi sobre os meus motivos para a pergunta, incluindo que eu respeito a cultura alheia, mas respeito mais meus sentimentos, por isso "irei ao Vietnã ou não" a depender se a cultura deles e meus sentimentos entrarão em conflito. Com tantos lugares no mundo, não há problema nenhum em não conhecer um deles.

 

Abs.,

 

Luise.

 

Luise,

 

Desculpe, você está certa. Apesar de ter lido sim o seu texto, acabei tomando-o de forma muito pessoal e posso ter parecido um pouco rude em minha resposta. Não foi essa a intenção.

 

O fato é que, durante toda a minha infância/adolescência meu maior - senão único - sonho era poder sair do Brasil e nunca pude, por falta de condiçõe$ e perspectivas para tal. Ao mesmo tempo, presenciei várias pessoas próximas de mim tendo grandes oportunidades de viajar, com convites de familiares e até emprego garantido, mas que desistiram de ir mesmo com as passagens já compradas (sério!) porque o lugar de destino "não tinha arroz com feijão" ou a alimentação consistia mais em frango e peixe do que churrasco!

 

Resumindo: O mundo é grande, e justamente por isso, não acho que valha a pena ter a mente pequena.

 

No mais, não tenho dúvidas que o Vietnã seja um país maravilhoso - desde o norte, em Hanoi, ao sul, em Ho Chi Minh -, passando pelas belas praias de Hoi An e Nha Trang, a majestosa paisagem de Ha Long Bay, as regiões montanhosas de Sapa; além da inestimável presença de seu povo sofrido, mas feliz e esperançoso.

 

A partir de Janeiro do ano que vem, enfim, darei "asas" ao meu sonho e atravessarei boa parte do sudeste asiático - e passarei no Vietnã, em meados de Maio/Junho. Espero que toda a diferença cultural, mesmo que a princípio grotesca e cruel, não te tire a vontade de querer ir lá. E se por acaso você for, será um prazer sentar em uma barraquinha de rua com você para fazermos um lanche. Que tal um cachorro... quente? :lol:

 

Um grande abraço,

Wendell (amante dos animais e que já foi um feliz dono de um vira lata e dois poodles)

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  • Membros

Que legal, Luise! Camboja também faz parte do meu roteiro, li muita coisa boa a respeito e não vejo a hora de ir pra lá também :)

 

Quanto a foto, achei linda, de uma energia incrível! Aposto que o garoto vai adorar o presente!

(E antes que você pergunte onde eu vi a foto, bom... digamos que eu tenha minha "sensibilidade" muito "em foco", haha)

 

Estou na torcida para que você decida a favor do Vietnã!

E apesar de existir cachorro quente de carne de soja, eu topo a saladinha, haha.

 

Abs!

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  • Membros de Honra

Luise,

Se for pra te ajudar a decidir sobre o Vietnam, eu passei 15 dias lá em minha viagem pela Ásia, e acredite tive a sorte de nunca presenciar nada feito com a carne de cachorro, ou abate. Eu fui despreucupada sem pensar se ia ou não ver isto, então pode ser que por isto não presenciei nada. O Vietnam é um país lindo, e acredite foi uma das melhores gastronomias que experimentei, sempre pratos com vegetais e macarrão de arroz, e frutos do mar, frango, peixe, etc.

Acho que temos sim que nos preparar para talvez ver determinadas situações e ficar chocados, mas como os comentarios acimas já disseram são culturas diferentes. Pra mim foi muito dificil o Camboja, pois vi muitas pessoas mutiladas pelas minas, crianças orfâs e outras histórias, mas também amei o país. Acho que cada um tem seu "ponto fraco" e temos que aprender a nos fortalecer e compreender que injustiças e diferenças sempre vão existir.

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