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América Central: Peito aberto, 30 dias e muita história pra contar! Férias em Honduras, Belize, Guatemala e um pedacinho do México.


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O INICIO DE TUDO

 

O meu fascínio por essa região começou quando passei férias na Colômbia em janeiro de 2013 e desde então só sosseguei depois que consegui conhecer pelo menos uma parte dela.

Claro, igual aos amigos que conheci aqui pelo mochileiros, queria “fazer” toda a América Central, porém, uma limitação chamada TEMPO a todo instante buzinava no meu ouvido feito aquele diabinho das caricaturas:

“Trinta, trinta, trinta, trinta, trinta...”

Sim, sou balzaquiana (um pouquinho mais que trinta), mas o trinta se refere aos dias disponíveis para a trip...Então, bora pros cortes... :cry:

OS CULPADOS

 

Comecei a pesquisar freneticamente sobre essa região, foi quando me deparei com os poucos, mas sensacionais relatos daqui. O Hindu, com seu humor impagável me apresentou uma América Central pulsante, cheia de aventuras e ainda me acompanhou nos perrengues de cotação de passagem. O Trota Nando, com uma dose de humor negro, me fez acreditar que até um ateu se curva diante do esplendor de uma civilização que vive em função de seus deuses . O Pedrada, com suas dicas certeiras me fez acreditar que sim, isso seria inesquecível. O Ener Vaneski me mostrou o quão longe podemos chegar com um ideal e uma mochila de 20 kg no lombo. O André França me introduziu nesse sonho, pois quando nos conhecemos na Colômbia, ele estava iniciando seu “rolezinho” pela América Central, que acompanhei via facebook me mordendo de inveja (branca, é claro)... 8)

 

Também li artigos, reportagens, blogs, dos quais destaco o http://www.1000dias.com , do casal Ana e Rodrigo, Mochilão Trips da Carol Moreno, Walk and Talk, Diário de Viagem, Na rota dos Maias. Uma das mais ricas referências foi o livro “Nas Asas do Quetzal”, do gaúcho Eduardo Soares, um retrato lindo, humano, passional e cheio de emoção dessa região tão sofrida, mas de uma riqueza cultural esplendorosa!. Recomendo a leitura, mesmo que você não tenha intenção de conhecer a região (não tô ganhando nada pra divulgar, mas vamos combinar, o que é bom, merece o jabá :D )

 

Li também uma versão resumida do Popol Vuh, uma compilação da mitologia Quiché da criação do mundo, do homem. Também li o Hombres de Maíz, do Asturias, mas faltou ler material da Rigoberta Menchú.

 

Encomendei o livro do Airton Ortiz, “Em busca do mundo maya”, pena que não chegou em tempo, apesar de achar ele um tantinho metido, foi uma das melhores fontes de informações sobre essas bandas e as fontes históricas nota 10! (humhum, jabá outra vez!). Vale a pena a leitura!

 

Enfim, preciosas referências que me ajudaram no planejamento da viagem mais incrível que fiz!!! Meus sinceros agradecimentos e de certa forma, vocês estavam lá e ajudaram a tornar essa viagem inesquecível! Devo uma cerveja pra cada um! :P

 

Lindas paisagens, vulcões, ruínas, florestas, montanhas, praias, céu estrelado, barulho de ondas, energia positiva, natureza pulsante... De carro, a pé, de ferry, de lancha, de carona, de ônibus top, outros nem tanto... Sim, esse é o retrato do paraíso e atende pelo nome de América Central! Então, senta que lá vem história!!! ::love::::love::::love::::love::

 

PLANEJAMENTO, CORTES, ESCOLHAS, CHOROS E CHORUMELAS

 

Fiz um planejamento que incluía somente Honduras (Tegucigalpa, La Ceiba, Utila, Copan), Belize (Belize City, Caye Calker) e Guatemala (Flores, Tikal, Lanquín, Semuc Champey, Antígua, Chichicastenango, San Pedro, San Marco), somente esses três países, porque queria aproveitar ao máximo.

Claro, era só um planejamento e sujeito a alterações, pois se gostasse mais de uma cidade, poderia ficar alguns dias mais. E assim sendo, acabou que fui parar no México também (Chetumal, Bacalar, Playa del Carmem, Tulum). ::hãã::

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A região é fascinante, os preços das passagens nem tanto... Fiz inúmeras simulações e sempre batendo a casa das 3.000 pilas! Em outubro acabei comprando os bilhetes, minha intenção era chegar e sair pela Guatemala, porém, estava mais “barato” fazer isso por Honduras.

Então, na madrugada do dia 03 de janeiro, embarquei rumo a Manaus, de onde sairia meu voo até Tegucigalpa.

 

Dia 03/01- MANAUS

 

Embarquei para Manauxx pela Azul/Trip, só não atentei para uma coisa... Uma conexão em Porto Velho (RO) de quase 4 horas. Muito escroto isso, eu caindo de sono, quebrada porque não dormi nada e tendo que esperar no aeroporto, sentada nessas cadeiras maravilhosas de tão confortáveis, é osso! ::toma:: E quando chego a Manaus (às 13:00), a minha bagagem não chegou! ::toma::

 

A moça da companhia me informou que a aeronave estava com muito peso, então tiveram que despachar alguns volumes no voo da Gol que chegaria as 14:00, se eu quisesse esperar ok, se não, deixariam no endereço que eu estivesse. Poxa, mas justo a minha malinha de 10 kg, tem gente que leva a casa nas malas e justo eu fui a sorteada? :cry:

 

Pois bem, encontrei o André França, que gentilmente me recebeu e permitiu que eu passasse o dia em sua casa. Eu morta de cansaço, mas com receio de dormir e o pessoal ir lá deixar a bagagem e eu não escutar quando chamassem. Resumo: entregaram a bagagem somente às 18:00 horas.

Por coincidência, o Ener Vaneski estava em Manaus com a namorada, marcamos em um restaurante de comida típica chamado Waku Sese. Nos encontramos, trocamos ideias e energias positivas, acompanhados de um bom tacacá (comida nortista, só os fortes conhecem)! É isso aí, a mochila nos uniu! (ou melhor, o mochileiros.com nos uniu). ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

Depois o André me deixou no aeroporto e fui comprar dólares (muito caro por sinal), comprei a R$ 2,55 reais... Viajei probrecita, pobrecita... ::prestessao::

 

Cambiei meus dólares e fiquei esperando bem ansiosa a hora de saída, mas estava tão feliz, tão realizada e fiquei pensando na vida, tomando sorvete, até que a hora tão esperada chegou! :lol:

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Embarquei na madrugada rumo a conexão no Panamá. Fiquei 5 horas passeando pelo aeroporto, aproveitei para comprar um adaptador de tomada. Vale ressaltar a excelente estrutura desse aeroporto, com lojas, algumas lanchonetes e assentos bem confortáveis. Sem atrasos, peguei o voo rumo a Honduras e cheguei às 1:30 p.m. e fui logo trocar USD por Lempiras, a cotação tava 1 USD = 22 LEMP. Cambiei USD 100, 00 e fiquei ricaaaaaa! ::lol4::

 

Fiquei esperando o contato do Paulo Boschi, outro amigo que fiz por aqui, no último contato ele estava em Granada e ia seguir a Honduras. Teria duas opções: ir no mesmo dia a La Ceiba, pois há um bus da empresa Transporte Cristina que sai às 15:00 ou dormir em Tegu. Decidi ficar por lá para visitar o Museo de La Identidad Nacional.

 

O aeroporto da capital hondurenha é pequeno, mas muito organizado, o centro da cidade fica longe e os táxis como sempre querem arrancar o couro, queriam 250 LEMP para me deixar no centro. Safa com esse tipo de situação, saí do aeroporto e tomei um táxi da rua a 150 LEMP, mas primeiro passei em um ponto de venda da empresa Hedman Allas para reservar minha ida a La Ceiba, de onde saem os ferrys para as Bay Island. :)

 

Conversei bastante com o taxista, um senhorzinho de seus 60 anos, aposentado e que me contou como é difícil a vida dos idosos em Honduras. Eles recebem do governo uma pensão anual de 1.000 LEMP, por isso tem que continuar trabalhando para ter uma vida digna. Perguntei a ele o nome do presidente de Honduras e ele me disse que usam um trocadilho para se referir a ele (Juan Orlando = Juan Robando). Outro país, mesmos problemas... ::sos::

 

Segui para um hotelzinho no centro chamado Boston, simples, limpo e bem localizado. Larguei a malinha e fui fazer o reconhecimento da área, o museu está localizado a duas quadras do hotel e lá fui eu toda serelepe e dei com os burros na água... CERRADO! :cry::cry: Fiquei bem frustrada, queria muito conhecer esse museu.

 

Fiquei andando um pouco, olhando os prédios históricos. Tegu é muito descuidada, eu diria até decadente, mas me espantou a quantidade de franquias do Pizza Hut e os fast-food americanos. A praça (parque) também não foi essas coisas, mas a Catedral é bonita, com painéis folheados a ouro. Assisti um pedaço da missa e fiz minhas orações de agradecimento, pois no meio dessa correria não parei para agradecer. Foi um momento muito especial! :-P

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Depois fui jantar em um restaurante chamado Duncan Maya, um misto de bar e restaurante bacana, com música ao vivo e bem contagiante. Provei a famosa Salva Vida, um deleite para quem curte uma cervezita (como yo)... :lol:

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Agora não deixei de reparar numa balconista, eles vendem um tira gosto de frango empanado frito, que já está pronto e eles conservam nas estufas, de lá é só servir. A criatura toda vez que ia servir uma porção “filava” um generoso pedaço de pollo... :mrgreen:

 

Comi um peixe muito saboroso e depois voltei para o hotel, um pouco receosa pelo horário. Apesar de todos os alertas sobre o perigo da cidade, não aconteceu nada sinistro, a não ser por um sujeito que não sei se estava em seu estado normal, estava urinando na rua, nem se deu ao trabalho de esconder o “documento” e ainda saiu andando com a minhoca balangando pra lá e pra cá como se estivesse em uma praia naturista... :o

Bom, doido tem em todo lugar. Cheguei no hotel e fui direto dormir, pois o bus para La Ceiba tava marcado para as 5:30 a.m, combinei com a recepcionista do hotel para me acordar e chamar o táxi.

 

Na madrugada tudo certo, embarque pontual rumo a La Ceiba!

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A viagem de Tegu a La Ceiba é muito tranquila. Estradas em excelentes condições (senti vergonha alheia nossa, que com muito mais recursos temos que usar essas estradas horríveis), paisagens lindas e muitas, mas muitas plantações de bananas (não é a toa que o país é conhecido como a República das Bananas). Honduras é um país montanhoso, viajar de transporte terrestre é muito agradável. Um dos fortes da economia é a agricultura, talvez essa seja a razão de estradas tão bem conservadas. ::cool:::'>

 

Os ônibus da empresa Hedman Alas (http://www.hedmanalas.com) são relativamente confortáveis, com um lanche honesto e um bom ar condicionado. Foi muito fácil conseguir o bilhete, também há outra empresa que faz o trecho Tegucigalpa-La Ceiba que se chama Transportes Cristina. Não encontrei nenhum site deles, a única informação que tenho é que horário de saída desse trecho é as 15:00 horas.

 

Para quem quer chegar às Bay Islands sem meter as fuças em Tegu, há a opção de voos oferecidos pela local Aerolíneas Sosa (http://www.aerolineasosahn.com), com voos até para Ciudad de Guatemala e parece que essa empresa não opera aos domingos.

 

A viagem até La Ceiba durou cerca de 7 horas, com uma baldeação em San Pedro Sula. Chegamos a um terminal simples e já tive outro embate com os taxistas locais, queriam me cobrar 200 LEM para uma corrida que custa 50. Os caras são duros na queda, não tem negociação e ainda ficam te pilhando dizendo que ou é isso ou você fica a mercê dos perigos da cidade. Depois de tentar negociar e me irritar, acabei batendo boca com um taxista e pra evitar mais confusão, saí arrastando a minha malinha pela calle e o cara ainda ficou esbravejando e zombando da minha cara, dizendo que eu só ia chegar ao muelle à noite, ou que talvez nem chegasse... :shock:::grr::::grr::::grr::

 

Claro que depois disso eu fui caminhando me perguntando “E agora, José ::ahhhh:: ?”, porque a pernada ia ser longa, até que um anjo da guarda foi enviado pelo Altíssimo pra me socorrer. Um taxista viu toda a confusão e quando percebeu que nem eu e nem o taxista pilantra íamos ceder, que eu ignorei os avisos de perigo e fui caminhando, parou ao meu lado e disse que faria a corrida a 100 LEMP. Como já estava a umas três quadras do ocorrido (claro que eu não ia dar o gostinho de o pilantra me ver entrando em um táxi), e entre nós, eu não estava lá muito disposta a dar uma pernada, porque além de cansada, ia perder o ferry para Utila, resolvi entrar logo no táxi e zarpar dali. ::hãã::

 

No caminho fui batendo um papo legal com o taxista que se chamava Robert, era de Roatán e fanático pela seleção hondurenha. Aliás, notei que o país sente muito orgulho de sua seleção, eles sabem que na Copa é difícil Honduras seguir alem da fase eliminatória, mas já consideram uma vitoria estar lá. Ele perguntou o que eu achava da seleção colombiana, eu disse não ter a menor ideia dessa seleção atualmente... Perguntei o porquê da pergunta, ele pensou que eu fosse COLOMBIANA, ficou surpreso quando eu disse que sou brasileira, mas aí pergunta que me perseguiu durante toda a minha viagem veio: “Y El Mundial????”. Falei que não vou a nenhum jogo e que a maioria dos brasileiros não estão felizes com o evento... :(

 

Nesse tempo vi alguma coisa de La Ceiba, não me pareceu uma cidade muito empolgante, mas todo mundo comenta que tem uma vida noturna badalada (o que eu não quis constatar).

 

Cheguei ao muelle e fui direto comprar a ida a Utila, o ferry sai duas vezes ao dia (uma às 6 a.m e outra às 4 p.m). Depois fui comer alguma coisa, tava com muita fome e foi aí que conheci as famosas “baleadas” hondurenhas, uma tortilha recheada com pasta de feijão, queijo ralado grosso, ovo frito e às vezes acompanhado de cream chease. Uma delícia, devorei umas três! ::mmm:::mmm:::mmm:

 

Estava lá eu, saboreando minhas baleadas e eis que o hino “Ai se eu te pego” começa a tocar ::putz::::putz::::putz:: ... Cara que escroto isso, imagina eu, bem longe de casa, sem ouvir uma palavrinha sequer em língua portuguesa há alguns dias e a porcaria da música toca... E parece uma coisa, o diacho da música me perseguiu durante a viagem! ::vapapu::

 

Com o ferry tudo certo, pontual e viajem muito tranquila. Eu não tenho muitos problemas com mareio, mas algumas pessoas ficaram enjoadas. Cheguei em Utila e já havia aquela fila de tuc tuc esperando para uma corridinha, logo perguntei onde ficava a escola de mergulho Ecomarine e segui a pé mesmo, só uns dez minutinhos de caminhada.

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Um dos meus interesses em Utila, além de conhecer o lugar, era também fazer um curso de mergulho certificado, que é bem mais barato que em nosso país. Paguei pelo curso completo 280 USD, com direito a hospedagem (simples com banheiro compatilhado). Conheci dos donos da escola, Tara e Stevie, um casal de irlandeses, que me deram todas as informações sobre o curso e rotina da escola. Devidamente instalada, fui fazer aquela caminhada de reconhecimento do perímetro e jantar em um restaurante legal. :P

 

Utila é bem agradável e agitada durante a noite, com seus bares e restaurantes com píers, de onde se pode contemplar um belo pôr do sol e saboreando a boníssima Salva Vida. ::otemo::

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Nessa primeira noite, jantei no Driftwood, um bar-restaurante em estilo americano e provei a deliciosa sopa de mariscos. Também já percebi a diferença de preços em relação à Tegucigalpa, um pouco mais caro as opções de entretenimento da ilha.

 

O jantar custou caro, mas tava uma delícia! E claro, pra fechar a noite, La Salva Vida estupidamente gelada pra brindar Honduras. O céu tava lindo, hiper estrelado e nessa noite fiquei só no passeio mesmo, fui dormir cedo porque no outro dia iniciava o curso. ::lol3::

 

06/01- UTILA

 

Acordei fui atrás de um bom café típico, comi umas panquecas no Lydia Bakery pra iniciar bem o dia! A bem da verdade, salvo pelo formato, a massa é a mesma do bolinho que no Acre e em algumas partes do Norte chamam de “bodó” ou bolinho de chuva. Tem preços ótimos e um cardápio variado, como quase em todos os restaurantes locais e outra coisa que observei foram os menus vegetarianos, presentes em todos os restaurantes / lanchonetes que visitei na ilha.

 

Utila é um lugar visitado pela galera mais alternativa, principalmente para mergulhar. As praias não são o seu forte, mas a vibe, o aspecto meio selvagem e roots compensa tudo! ::otemo::

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Dia do curso, foi chato porque tive que assistir aos vídeos e fazer as tarefas, as práticas estavam marcadas para o dia seguinte. Almocei em um restaurante chamado Ultralight, comi um falafel maravilhoso. Final da tarde fui fazer aquela caminhada básica pra ver gente e curtir o pôr do sol. No jantar, comi uns nachos no Munchie’s, outro excelente restaurante, provei uma cerveja chamada Imperial, mas não curti muito, fraquinha feito caldo de piaba... ::ahhhh:: Fui dormir cedo, afinal, o dia seguinte era o Grande Dia!

 

07/01- UTILA

 

Esse amanhecer foi muito especial, pois foi o meu aniversário (3.1 na veia!) ::lol4::::lol4::::lol4::

 

Fui tomar o café no bar do alojamento do Pirata Inn, uma outra escola de mergulho. Café simplesmente maravilhoso, com torrada, ovos, suco, de frente pro mar e batendo o maior papo com um alemão gatíssimo!! ::love::::love::::love::::love:: Melhor que isso, só isso em dose dupla! Mas logo minha alegria deu um tempo, era dia de aula prática! Voltei correndo para arrumar meu equipamento, mas o tempo tava muito feio, nublado e o mar um tanto agitado. A prática foi legal, porém, só pela manhã, pois o mal tempo não nos deixou continuar!

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Passeio o resto do dia jiboiando na rede, pois começou a chover e eu aproveitei para descansar. A noite comi um sushi que comprei de uma inglesa, algo muito comum por lá, os muitos europeus que escolheram viver em Utila se viram como podem, vendem artesanato, doces, comida, trabalham nas escolas de mergulho.

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Terminei a noite no Skid Row, outro bar em estilo americano (e esse cheio de americanos), com mesas de sinuca, futebol na TV e muito rock! Tomei umas cervejinhas e depois fui dormir, até tava tendo uma rave na praia pública, mas como eu teria práticas no dia seguinte e estava focada no curso, preferi “aquietar o facho” e ir dormir. ::hãã2::

 

08, 09 e 10 /01- UTILA

 

Nesses dias me concentrei no curso, fiz todas as imersões previstas no cronograma, os testes práticos e teóricos. Passei em tudo, tirei a carteirinha pra “tomar uns caldos” por aí de vez em quando.

Jantei e almocei no Mermaids (melhor custo beneficio da ilha), brunch no Che Pancho (os melhores smoothies da minha vida) e comi uns megas PFs por umas biroscas por lá.

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11/01 – UTILA / LA CEIBA – SAN PEDRO SULA – PUERTO CORTEZ – CORINTO – PUERTO BAIRRIOS (GUATEMALA)

 

Dia de despedida de Honduras, com uma viagem punk até a Guatemala!

 

Tomei o ferry Utila – La Ceiba pontualmente às 6:30 a.m (517 LEMP). Chegando em LC e já esperta com o assédio dos taxistas, procurei logo pessoas para compartilhar o táxi, que cobrou 50 LEMP de cada uma e já nos deixou no ponto de onde saem os buses Diana Express até San Pedro Sula (saída às 8:30 a.m). Fiz amizade com uma tcheca chamada Kat, fomos tomar um suco e bater papo até a hora de o bus sair. Vale mencionar essa excelente casa de sucos, chama-se Jugos Chapapala e tem tudo quanto é mistura que vocês imaginarem.

 

A viagem foi agradável, o ônibus da Diana é razoável, como foi pouca gente, pude me esparramar pelas duas poltronas. Pelo que percebi, na América Central é comum as pessoas venderem de tudo dentro dos ônibus, principalmente lanches e comidas, comprei um pão de abacaxi muito gostoso. Outra coisa comum são as revistas de policiais armados, mas só aconteceu nesse trecho mesmo!

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No caminho, paramos em um restaurante muito massa chamado Tio Dolmo, com lojinha de conveniência, padaria, lanchonete e muitas opções de comida, que você compra por porção.

 

Chegamos em San Pedro Sula às 12:30 aproximadamente, me despedi da tcheca e fui atrás dos micro ônibus da empresa Impala, para ir a Puerto Cortez, de onde saem os chicken buses até a fronteira com a Guatemala. O terminal rodoviário de SPS parece mais um aeroporto, com muitas lojas e lanchonetes e é muito organizado, encontrei logo o ponto de saída dos veículos.

 

Para minha sorte, uns 5 minutos depois que embarquei o micro completou a lotação e rumamos a Puerto Cortez.

Viagem rápida e tranquila, Puerto é bonita, tem um calçadão legal, mas estava só de passagem. Desci no último ponto de ônibus e duas quadras depois ficava a garagem dos chicken buses. Quando eu estava a uma quadra, um rapaz já veio perguntando se eu ia para a fronteira e ele já foi recolhendo a minha malinha.

Esperei um bocado o bus completar a lotação, caminhei um pouco pelas redondezas. Vi muitas crianças pelas ruas, vendendo alguma coisa ou simplesmente pedindo dinheiro, de apertar o coração! :(:(:cry:

 

Voltei a garagem e o bus tava quase lotado, o primeiro chicken bus a gente nunca esquece! Foi uma viagem longa, quase 4 horas, embora alguns pensem que pode ser tempo perdido, foi muito bom ver Honduras assim tão desnuda, tão autêntica. Vi muitas coisas legais pela estrada, porém, a miséria gritante também me chocou!

Fiz os tramites de saída do país, era somente eu a cruzar a fronteira naquele momento e cruzei a pé.

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Assim me despedi de Honduras, vendo a sua gente, o seu melhor. É uma pena a população ser sido tão massacrada, apesar de tudo, são pessoas dignas e muito receptivas! As crianças fofíssimas e as mulheres são curvilíneas, a mistura de indígena, branco e africano também é bem presente. Nas Islas de La Bahia prevalece o negro caribenho e o idioma é o inglês, mas o espanhol é ensinado nas escolas. Quanto à culinária, é uma comida boa, mas pouco ousada, mas as vedetes mesmo são as famosas baleadas (diliça!). ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'> ::cool:::'>

 

Honduras foi uma aposta certa, pena que não pude conhecer outros lugares por causa do cronograma apertado, um dia volto e vou a Trujillo, Tela, Copan e Cayo Cochinos!

 

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Adiós, ou devo dizer, Hasta Pronto! ::love::

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que legal seu relato !!! gostei muito mesmo... to planejando um mochilão de 30 dias pela America Central tbm para 2015 e estou descobrindo a região, então suas informações são preciosas para mim kkkk ::otemo:: ... Acabei de volta de um mochilão de 30 dias na America do Sul e a pergunta: Y el mundial?? tbm me perseguiu a todo tempo, pelos taxistas peruanos..... Parabéns pela trip !!!!

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12 /01 – PUERTO BARRIOS – LIVINGSTON (GUATEMALA)

 

Meu grande plano era ter chegado a Livingston (Guatemala) no dia anterior. Para isso, teria que ter tomado a última lancha que sai do Muelle Municipal de Puerto Barrios às 17:00 horas. Quando me desovaram lá pela fronteira já eram 16:30, ainda tinha um restinho de esperança de chegar em tempo de pegar essa embarcação, porém, não imaginava que Puerto Bairrios ainda era longe pra burro daquele ponto! ::quilpish::::quilpish::::quilpish::

 

Quando atravessei, cambiei minhas ultimas lempiras para quetzales, moeda guatemalteca (tão fraquinha quanto), para ter algum pra pagar a condução. Na fronteira mesmo há algumas van lotação, negociei o preço e seguimos adiante. É sério, esse negócio de percepção de distância que as pessoas tem é muito escroto, porque o infeliz do motora me disse que eram “apenas 15 km”, e pra completar o pacote, quando revelei minha nacionalidade, adivinhem qual foi “la pregunta”...”Y el Mundial???” :?:?:?:?:?

 

Até que eu tava educadinha, respondi relatando as presepadas que estão acontecendo, mas ao mesmo tempo fiquei só de butuca na direção... ::hein: Passaram-se 10, 15, 20 km e nada de chegar em PB. Paramos no posto de imigração para eu dar entrada no país e seguimos viagem.Teve uma hora que ele desviou para uma estrada de chão, lugar ermo, parecendo aquelas estradas abandonadas que os bandidos usam pra desovar os presuntos...Sério, poucas coisas me dão medo, mas fiquei desconfiada, afinal, só tinha eu e mais três pessoas na van, gelei e tive tanto medo que achei que ia fazer o nº 2 na calça ali mesmo! :shock:

 

Que nada, ali era rota da van, alívio, mas foi tenso! Depois de muito rodar, chegamos a uma cidade que eu achei que era PB, mas que nada! Guatemalteco é igual acreano, se você pergunta onde fica tal lugar, a resposta é sempre a mesma: “É bemmmm ali!”, não importa se o lugar fica a 50 metros ou a 50 km!

E rodava e nada de chegar, quando eu perguntava a resposta era sempre a mesma: “Já estamos chegando!”. Eu tava parecendo o burro do Shurek, porque o cara tava ficando puto comigo, já tava fazendo cara de paisagem quando eu perguntava!

 

Depois de todo esse sapateado de catita, chegamos a PB e pedi que ele me deixasse perto do Hotel Europa, vi no Lonely Planet que ele ficava próximo ao Muelle Municipal, de onde saem e chegam as lanchas. Limpinho, simples, mas preço salgadinho (80 QTZ) e sem café da manhã...

 

Nessa brincadeira, cheguei quase às 19:30 em PB, tomei aquele banho de Cleópatra, coloquei as tralhas para carregar e saí atrás de comida, tava faminta!

Puerto Barrios é uma cidade até organizadinha, relativamente limpa e onde fiz uma das melhores refeições da viagem. O recepcionista do hotel indicou um restaurante que fica a 3 quadras do hotel, chama-se Antojitos Doña Maria. Um ambiente temático, com decoração com alusão ao mar, muito organizado e cardápio variado, esse vale um mega jabá! ::otemo::::cool:::'>

 

Comi um peixe frito muito, mas muito bom! Com todos os perrengues da viagem, essa foi uma recompensa em grande estilo! Fui dormir feliz e certa que no dia seguinte estaria em Livingston!

 

Dia seguinte, levantei cedo e fui ao Muelle reservar minha ida, depois fui tomar um café da manhã local, com as famosas tortillas, pasta de feijão, creme de leite um delicioso pedaço de bisteca. Antes disso, na frente do muelle havia muitos garífunas, pra eu que tava tão curiosa para conhece-los, isso foi um bom aperitivo!

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Pelo Lonely Planet, a lancha sai as 9:00, mas na realidade, quando atinge a lotação ela já parte, ou seja, perdi a lancha! Mas não demorou muito tempo para a outra lancha lotar, menos mal!

A viagem é muito gostosa , as paisagens incríveis e ventinho fresco no rosto... Uma hora e pouco depois, chegamos a Livingston.

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Livingston é uma cidade bem turística, as opções de gastronomia são variadas e os sucos naturais (licuados) são os melhores que já provei! Há caixas eletrônicos, mercadinhos e várias opções de hospedagem.

No cais da cidade, há muitos jovens que querem te encaminhar para um hotel ou pousada (pra receber seu trocadinho, claro), aceitei a indicação de um garoto, deixei minhas coisas no Hotel Berrisford (50 QTZ) e fui dar aquela caminhada boa, observar as pessoas, as casas, os costumes...

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Procurei saber sobre como se chega a Siete Altares, um conjunto de quedas d’agua que fica a uns 10 km caminhando pela beira da praia. Se não fosse o joelho podre, teria ido na pernada mesmo! Deixei pro dia seguinte, fechei o pacote Siete Altares + Playa Blanca (100 QTZ).

Caminhei bastante pela orla, tirei muitas fotos, conversei com as pessoas, foi um dia bastante produtivo! Até bebi umas Gallos com uns velhinhos que estava de bobeira em um boteco!

Almocei um pouco tarde, provei o famoso Tapado (tipo uma sopa-creme com lagosta, camarão, caranguejo, lula, banana comprida), uma delícia! Também comprei minha ida a Punta Gorda (Belize).

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Nesse dia também fiz umas tranças de raiz numa parte do cabelo, a garífuna me deu o preço de 60 QTZ e no final queria cobrar 100 QTZ! Queria me dar a “Elza” assim, na cara de pau! Olho vivo nesse pessoal, são lisos demais!

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Fechei o dia numa rede de frente para o mar, bebendo uma Gallo e curtindo o por do sol! A noite só foi jantar a deliciosa pizza de frutos do mar no Hostel Casa Nostra, de uma americano chamado Stuart. Valeu o investimento, a pizza é sensacional, massa caseira e bem recheada, uma das melhores coisas de Livingston. ::cool:::'> ::cool:::'>

O Stuart faz toda a diferença ali, é um sujeito com uma história muito bonita, um ex executivo que trocou a vida agitada de Wall Street para viajar pelo mundo e encontrou a felicidade nesse povoado, com sua bela guatemalteca! ::love::::love::::love::::love::

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O hotel que fiquei nessa noite foi até razoável, porém, os lençóis estavam com um cheirinho de mofo, o que desencadeou uma rinite bááásica! ::dãã2::ãã2::'> No dia seguinte decidi trocar, fui para a pousadinha do americano, um pouco mais caro (75 QTZ), mas com uma atmosfera familiar. Deixei minhas tralhas lá e rumei para o passeio que tinha comprado.

A lancha saiu pontualmente, fiz logo amizade com as canadenses Ashli e Reanna. Siete Altares é interessante, mas não classifico como imperdível, acredito que na região amazônica há coisas melhores, mas sim, é bonito! E outra coisa escrota, é cobrada uma taxa de 70 QTZ de ingresso ao parque e isso não foi informado antes! ::quilpish::

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Passamos algo em torno de 1 hora e pouco e rumamos para a Playa Blanca. Não é bem aquela praia caribenha de areia fina e água azul, um pouco “suja” e cheia de pedras, que inclusive me machuquei, mas deu pro gasto, passamos o resto do dia jogando vôlei, foi legal pra relaxar! ::otemo::

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No pacote tá incluso somente um sanduiche (ruim), bananas e água, melhor levar uns biscoitos pra complementar!

 

Pela noite eu tava muito curiosa para conhecer o UBAFU, o centro cultural garífuna, porque na realidade, eu incluí a cidade no roteiro por causa de sua cultura peculiar. No passeio também fizemos amizade com o Cézar, um garífuna que ficou de nos levar ao UBAFU pela noite. Assim que cheguei do passeio, comi um hambúrguer e depois fui tirar o sono da beleza... :D

 

Acordei com um pouco antes da galera chegar pra me buscar e o garífuna nos levou a um boteco. Bebemos umas Gallos e eu tava sentindo aquele turbilhão na barriga, algo não estava normal... :roll::roll: Quando saímos do boteco, alguns passos depois e vomitei tudo o que tinha comido... :oops::oops::oops:

Mesmo assim, tava doida pra ir ao UBAFU, mas o garífuna safado disse que naquela noite não estaria aberto, na hora acreditamos, mas depois, isso já em Punta Gorda, eu descobri a mentira do pilantra! ::toma::::toma::

 

Acho que tava era querendo pegar uma de nós três e inventou essa conversa! Depois disso, caminhamos um pouco mais e eu voltei pro meu hostel, muito frustrada porque não conheci o que queria! :( Tomei um Florax antes de dormir, para garantir que estaria bem no dia seguinte, afinal, era dia de pisar em Belize!

 

Como deixei bem claro antes, saí de Livingston um pouco frustrada, queria muito conhecer os tambores garífunas, mas valeu a pena conhecer esse povo tão acolhedor, sofrido e até espertos demais. Algumas coisas me chocaram muito, pela cidade vi alguns cartazes de prevenção a AIDS, depois em uma conversa com os locais, recebi a informação de que a infestação é grande entre as mulheres garífunas!

Mesmo assim, valeu a visita! Adiós Livingston!

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DIA 14/01 - PUNTA GORDA - PLACÊNCIA

 

Cedinho eu estava de pé, pois a saída da lanchado Muelle de Livingston tava programada para às 7:00. No dia anterior passei na imigração pra registrar a saída e paguei a taxa de 84 QTZ. A saída atrasou, mas nada que atrapalhasse ou que tornasse a viagem longa, muito pelo contrário, viajar de lancha nessa região sem dúvida foi uma das melhores coisas dessa trip!

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E voilá, quando menos imaginei, já estava lá, em solo belizenho! A passagem na imigração foi rápida, lá conheci o casal de tatuadores espanhóis Juankar e Poli, caminhamos alguns metros até o ponto de ônibus, aí teve o meu primeiro desvio no roteiro original... A bela e praieira Placência! Na realidade eu teria que rumar para a capital (Belize City) para tomar a lancha até Caye Calker, mas tive medo de encarar uma viagem longa, por causa do “piriri” que tive na noite anterior!

Pois bem, compramos a passagem (9,50 BZD) e fomos tomar um café da manhã perto dali, na volta, conheci o norueguês Willy, um professor de espanhol aposentado e que fala português também! Trocamos algumas ideias e as 10:00 em ponto nosso chicken bus saiu rumo a Mango Creek, ponto mais próximo a Placência.

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No caminho, conversei bastante com o Willy sobre a trip, ouvi umas dicas e sugestões bem maneiras e que ajudaram bastante. Foi aí que descobri a mentira do garífuna safado, o Willy tinha ido ao UBAFU na noite que o dito cujo afirmou que estava fechado! ::quilpish::::quilpish::::quilpish:: Tive que me contentar em ver os vídeos que o norueguês filmou!

 

Ao chegar em Mango Creek, pegamos um táxi coletivo que nos deixou em um pequeno muelle de onde pegamos uma lancha até a cidade (10 BZD), rapidinha, uns 15 minutos!

 

Desembarcamos em Placência e confesso que tive saudade da receptividade guatemalteca, como a cidade não estava inclusa no roteiro, não pesquisei sobre hospedagem e tampouco havia esse pessoal que sempre te encaminham para algum hotel/pousada em troca de umas gorjetas.

Paramos em uma esquina e Juankar foi atrás de hospedagem. Nesse meio tempo, caminhei um pouquinho pela cidade e tirei algumas fotos. Alguns minutos depois ele retornou e rumamos para nossas instalações, um apartamentinho simples com o nome de Omar, banheiro compartilhado que ficou a bagatela de 16 BZD (dólares de Belize) para cada um.

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A essa altura, já tínhamos percebido que Belize é o mais caro daquele pedaço, pra se ter uma ideia, a cotação é mais ou menos igual com a cotação do nosso Real. A Poly e o Juankar afirmaram isso, pois já haviam viajado por todas aquelas redondezas! ::prestessao::

 

Bom, devidamente instalados, fomos fazer aquele reconhecimento do perímetro, outra coisa boa é que ficamos a alguns metros da praia. Fomos atrás de comida e paramos em um quiosque bem simples, com os famosos PFs, compramos os nossos e fomos almoçar na beira da praia.

A comida belizenha é ricamente temperada com curry, pedi um frango que tava uma delícia, bem ardido, mas eu tava com medo de comer tudo aquilo e passar mal de novo... ::xiu::

Passamos o resto da tarde na praia nos refrescando, foi muito divertido, apesar de a água estar um pouco suja com as algas. Depois fomos caminhar entre as ruelas, ver artesanatos, conversar com os locais.

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A população de Belize em sua maior parte são de descendentes de africanos que foram levados para lá na época em que o país era uma colônia britânica, por isso, o idioma oficial é o inglês, não que isso facilite muito as coisas, o acento é muito diferenciado por causa da influência do creole e de línguas africanas. Também há muitos descentes de maias e chineses, que são os que comandam o comércio local e na chegada a Mango Creek vi menonitas (pela primeira vez em minha vida!).

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Em Placência lembrei muito do livro do Eduardo Soares, ele esteve lá logo depois que a cidade foi arrasada pelo furacão Iris, em 2001. Fiquei muito feliz quando passei em frente a uma pousada que ele citou no livro (Lydia Guesthouse), muito bonita e organizada, não lembrando em nada a descrição que ele tinha feito do estabelecimento. Acho que Soares ficaria feliz em ver como a vila se recuperou do desastre! ::cool:::'>

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Agora a vila é reduto de europeus aposentados e endinheirados, donos das belas casas à beira mar.

 

Caminhamos bastante pela orla e contemplamos o pôr do sol lindo. Já escuro, fomos a um mercadinho para comprar alguns mantimentos para o jantar e café da manhã, eu preferi comer só bananas.

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Mais tarde eu e Willy fomos a um bar muito maneiro, mas infelizmente, por conta do meu estado de saúde, não foi dessa vez que provei a Belikin, a famosa cerveja belizenha! Conhecemos um russo que construiu uma casa lá e alguns de seus amigos, “filhos de Putin” que foram visita-lo.

 

Só posso dizer que Placência foi um excelente aperitivo de Caribe, a passagem por esse lugar foi inesquecível, pelas amizades, paisagens, praia e diversão, pena que no dia seguinte tivemos que nos despedir de Poly e Juan, pois mais um dia ali atrasaria meu cronograma! ::kiss::

 

DIA 15/01 - PLACÊNCIA - DANGRIGA

 

Partimos de chicken bus rumo a Belize City, com uma conexão em Dangriga. Foi uma viagem longa, mas as belezas da estrada, a naturalidade das pessoas, a trilha sonora bacana de muito reggae e baladas americanas, a companhia do Willy foram essenciais para que não se transformasse em algo tão cansativo. Pensamos que a conexão em Dangriga daria tempo para o conhecer o museu de cultura garífuna, mas assim que chegamos, alguns desceram e muitos embarcaram no bus...Deu tempo só para comprar uma água e ir ao banheiro.

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Minha intenção era chegar e rumar para o cais e tomar uma lancha até Caye Calker no mesmo dia, mas só chegamos às 18:00 e a última lancha partira às 17:30. :(

O terminal rodoviário de Belize City é muito bagunçado, difícil para conseguir informações e há muitos pedintes. Naquela hora, decidi que não ficaria aquela noite em BC, como não havia mais como ir a Caye Calker, decidi ir ao México dali mesmo! Descobri o bus para a fronteira, me despedi de Willy, que pernoitaria em BC e rumei para a fronteira com o México (Corozal).

 

Os chicken buses servem também como transportes coletivos para os locais e logo logo eu percebi que só havia eu de estrangeira ali. É muito comum também o som nas alturas, os belizenhos curtem uma boa música, ouvem de tudo, mas a predominância mesmo são as músicas americanas. ::otemo::

Foi uma longa viagem, passei por muitas cidades as quais só havia lido, vi a plaquinha indicativa para as ruínas de Altum Há, vi um pouquinho de cada cidade e quase às 22:00 cheguei a Corozal.

 

Como estava muito tarde, decidi ir de táxi por segurança. Negociei a 70 BZD com um taxista de aparência indígena e assim rumamos. No caminho conversei bastante com o senhor, notei que há uma certa animosidade em relação aos negros, aos quais eles chamam de "morenos". É bom ouvir os pontos de vistas dos locais, mesmo quando você discorda deles! :?:?:? Fiz os trâmites de saída, paguei a taxinha módica de 37,50 BZD para zarpar do país e rumamos para El México!

 

Quase uma hora depois, a passagem pela fronteira foi tranquila e o taxista me deixou em um hotel em Chetumal, tava um friozinho bom e eu só pensava em descansar pra decidir onde eu iria no dia seguinte! Só tinha algumas ideias e nada mais!

 

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