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Viagem à jato - 4 noites no Maranhão - São Luis e Atins.


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Uma viagem nada planejada, para variar. Não consegui companhia também, então, vamos sozinha mesmo!

 

Comprei passagens promocionais em novembro/13, e apenas em fevereiro/14 comecei a pesquisar o que fazer.

 

Previsão do tempo: Chuva durante todos os dias. Droga! - Pensei. Foi ótimo assim mesmo. As chuvas caíam de noite/madrugada e quando dava 10h a chuva cessava e o sol/mormaço apareciam. Se andar com mormaço nos lençóis era quente, imagina com sol à pino. Tudo colaborou com a viagem.

 

Após descobrir que os lençóis maranhenses ficavam distante do centro, me apavorei. Reprograma estadia, pesquisa meios de locomoção e alternativas. Já estava em cima para conseguir estadia em Barreirinhas, local mais conhecido. Sem quartos, a alternativa foi reservar uma pousada em Atins, povoado mais distante, mais próximo dos lençóis. Reservas feitas, hora de ver os transfers e passeios, que a querida Valéria, dona da Ecopousada Filhos do Vento me ajudou muito!

 

Tudo engatilhado, lá vamos nós!

E foi muito melhor do que esperava. Uma noite em São Luis é mais do que suficiente. O local estava muito vazio por ser feriado e é considerado bem perigoso. Fiquei hospedada no Hotel Premier, localizando na avenida dos Holandeses, próximo da Litorânea. Hotel simples, com café da manhã agradável. Quarto suficiente para dormir apenas. Por pouco não optei por um albergue, mas acabei escolhendo um hotel, já que ficaria apenas uma noite. Cheguei na madrugada do dia 18 de abril, fiz o checkin, e dormi poucas horas, já que iria ao centro histórico logo pela manhã com uma amiga que estava em São Luis para alugar um apartamento e morar lá. Pegamos um ônibus para o centro histórico, ônibus este diga-se de passagem bem caquético, e rapidinho já estávamos no centro histórico. A cidade estava quase fantasma: Vazia demais.

A violência já é conhecida em São Luis, e em lugar vazio faz com que a preocupação aumente. Entramos em algumas lojinhas de artesanato, compramos algumas coisas, e fomos andando. Nada muito interessante de ver além das lojas de artesanato e alguns prédios com os famosos azulejos. Logo que nos aventuramos por ruas mais longe do centro fomos advertidas por um senhor, morador dali, que não era para andarmos por ali, e era para voltarmos aos locais mais movimentados. Disse que mesmo no local mais movimentado um homem havia sido morto no dia anterior ali. #medo ::ahhhh::

 

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Com medo, paramos em um restaurante para almoçar. Comemos e logo fomos embora, pois minha amiga tinha um voo às 15h. O almoço estava delicioso. Tudo muito bem servido, camarões enorme e uma posta de peixe apetitosa.

 

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Voltamos de taxi, deixei minha amiga no hotel dela e fui para Litorânea sozinha. Praia imprópria para banho, mas que acabei entrando. Uma extensa faixa de areia, água quentinha...uma pena ser imprópria. Aliás, dizem que todas as praias de São Luis são impróprias.

 

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Fiquei um pouco e me mandei para o hotel. Estava cansada e dormi bastante. Acordei umas 18h, coloquei uma roupa e só fui no outro lado da rua para comer um sorvete de tapioca. Voltei para o hotel e dormi mais. O motorista da van que me levaria até Barreirinhas estava previsto para chegar no meu hotel às 3:30 da madrugada, então, tinha que descansar. Seriam 4 ou 5 horas de viagem até Barreirinhas.

 

Cheguei em Barreirinhas cerca de 8:30h, e paramos na agência que a Valéria reservou o passeio para mim.

 

Fiz o passeio de voadeira pelo Rio Preguiças, passamos pelo povoado de Vassouras, nossa primeira parada. Lá haviam macacos-prego que eram a atração, além das pequenas lagoas ao lado esquerdo da loja de artesanato.

 

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Chegando na pousada, me acomodei e logo parti para o passeio para ver a revoada dos guarás.

Um barquinho de madeira simples levou a gente para perto do encontro do rio com o mar - lindo! Depois fomos para um ligar mais distante, aonde os guarás se refugiam no pôr do sol. Vi poucos guarás, mas foi lindo mesmo assim.

 

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A pousada é uma graça. Tem algumas particularidades que eu já imaginava: sem água quente nos chuveiros ( a água era de poço creio eu, pois era amarela), sapinhos e pererecas invadiam o quarto ( não tenho medo, então foi moleza). Na primeira noite caiu um temporal e tinha uma goteira na minha cabeça enquanto eu dormia (se leva na esportiva, e vira pro outro lado - no outro dia tudo se resolve).Tirando isso, foi tudo agradabilíssimo. Os donos são uns amores e tiram deles para melhorar o conforto dos hóspedes. O café da manhã é sensacional e o jantar estava divino. É um lugar simples, não pode ter frescuras.

 

E foi a melhor opção já que em Barreirinhas a vibe é outra: muitas motos circulando, parece uma periferia, som alto, lanchas tocando forró nas alturas e muita muvuca.

Atins foi uma imersão na natureza.

 

O passeio pelos pequenos lençóis foi no dia seguinte. Saímos debaixo de um temporal! Pensei: 'Ah não!' Mas assim que chegamos na ponta da duna para começar o passeio, a chuva cessou. Com a chuva, as dunas ficaram durinhas, facilitando a caminhada. Com as chuvas, as lagoas ficam cheias. O mormaço apareceu e entrar nas lagoas geladinhas era demais.

 

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Ao término da visita nas lagoas, o tão esperado camarão famoso de Atins, mas não era o da Dona Luzia. Era do Senhor Antonio, irmão da Luzia, que desvencilhou da sociedade e abriu um restaurante perto do restaurante dela com a receita secreta do camarão grelhado. Uma delícia. Mas para chegar, só passando por um alagado com mato, planta, lama... AVENTURA! Depois...uma rede logo ao lado me esperava!

 

O carro nos buscou e voltamos para a pousada para o passeio à cavalo reservado para às 16h. Passeamos por partes alagadas com os cavalos, praia e no final das contas, a amiguinha que foi comigo desistiu de continuar andando e fui com o guia Índio pelos lugares que eu não teria coragem de ir sozinha. Fomos à cavalo até os pequenos lençóis à 200 km por hora pelas areias da praia. Corri como nunca corri antes à cavalo. Quase caí e fiquei famosa em Atins por correr mais que o guia - só porquê meu cavalo queria ser o primeiro. Eu não fazia nada, ele corria que nem um foguete sozinho!

 

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O pôr do sol do alto das dunas à cavalo? INCRÍVEL! Voltamos para a pousada à mil por hora - sabe Deus como não atropelei ninguém do povoado ou não caí.

 

De noite, balada na casa dos argentinos no Alto Atins - Casa Hotel. Casa super style, com cimento branco, decoração marroquina, música para todos os gostos. Caipirinha sem muita fruta (aguada) mas a cia do pessoal e o ambiente compensam.

A ida para lá foi de carona pelas ruas escuras e alagadas. A volta.... ahh ...essa não teve carona. Ainda bem que fui de chinelo. Nosso guia nos levou de volta pelas ruas desertas, no breu, apenas com a luz da lua, passando por várias ruas alagadas. Aventura de novo! Confesso que me deu medo, mas depois relaxei e andar sob a luz da lua na praia de Atins foi lindo. Óbvio que estávamos com o guia, aí tudo fica mais tranquilo.

 

Último dia antes de partir de Atins para casa. Acordamos debaixo de chuva. Conheci uns alemães no dia anterior e a gente resolveu andar de quadriciclo em Caburé. Pegamos um barco voadeira e alugamos duas horas de quadriciclo. A chuva da manhã já tinha cessado e rodamos toda Caburé, inclusive nos locais que a pessoa que alugou recomendou não ir - havia uma duna ingrime que não tinha continuidade e caía em um mangue cheio de galhos pontudos. Muitos turistas já caíram lá, mas fomos devagarzinho. Passamos perto dos pequenos lençõis, que também não foi recomendado pois poderíamos nos perder, mas acabamos indo assim mesmo. Também passamos por uns lugares loucos com alagados, pequenas dunas, um deserto com pouquíssimas pessoas que passavam às vezes ao longo do trajeto. E o quadriciclo corre. Resolvi correr com o alemão na garupa e não avistei um altinho de uma duna - voamos com o quadriciclo! Mas sem quedas. Depois disso passei a direção de volta, rs.

 

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15h me despedi. A volta foi cansativa. 1:30h de barco voadeira saindo de Atins até Barreirinhas. Chegando em Barreirinhas, 4/5h de van até São Luis. Chegando em São Luis, o voo só partiria 2:50 da manhã, com conexão em Guarulhos, chegando no RJ só 9h.

 

Muitas aventuras, muito cansaço = fiquei doente, mas valeu demais!! Até a próxima!

 

Gente, viajar sozinha tem suas vantagens. Você conhece muito mais pessoas, tem liberdade de escolher o que fazer sem se estressar e se vê responsável pelos seus atos. Claro que com os amigos é legal, compartilhar momentos é muito bom, mas não é nenhum bicho de sete cabeças. Se não tem cia, arrisque-se. Não deixe de fazer suas vontades por falta de cia - ninguém nasceu colado ao outro.

 

Abraços!!!

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