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Rio Grande do Sul: Serra Gaúcha (setembro de 2012)


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Caros colegas viajantes, depois de muito pesquisar aqui no mochileiros e usar todas as dicas deixadas, sinto-me na obrigação moral de contribuir, pois assim como para mim foi muito importante ler os relatos e roteiros de outras pessoas, tenho a certeza de que esse breve relato pode ser útil a alguém.

Pois bem. Eu e meu namorado resolvemos fazer uma viagem para o Sul e como já havíamos ido a Santa Catarina algumas vezes, decidimos variar um pouco e ir até o Rio Grande do Sul, local até então desconhecido para mim.

Já havíamos pesquisado bastante e sabíamos que não seria uma viagem barata, por isso fizemos uma reserva financeira para podermos aproveitar melhor as atrações do lugar.

 

Apesar de morarmos em Rondônia a primeira parte da nossa viagem foi em São Paulo, onde passados alguns dias. De São Paulo embarcamos no dia 10/09/12, pela Gol, com destino a Caxias do Sul, pois lá alugaríamos um carro e partiríamos rumo a Gramado ainda na tarde do dia 10.

Infelizmente por mais que os planos sejam feitos nos mínimos detalhes (e olha que sou extremamente metódica) existem situações que fogem ao nosso controle. Uma delas é o tempo, que no final das contas deu uma boa embaralhada no início da viagem.

DIA 01. Quando estávamos nos aproximando do Aeroporto de Caxias fomos avisados que devido ao mau tempo o avião iria pousar apenas em Porto Alegre, de onde seguiríamos de ônibus até Caxias. Considerando que o primeiro ponto da nossa viagem seria a cidade de Gramado, em tese pousar em porto Alegre não seria assim tão ruim. Em tese, afinal de contas, na vida real, não foi nada bom, pois tivemos que sair de Porto Alegre no ônibus e ir até Caxias em razão do contrato que já havia sido firmado com a locadora de veículos Hertz.

Desta forma, por volta das 15h saímos de Porto Alegre e cerca de duas horas depois estávamos em Caxias. Lá chegando, sob uma chuva arrasadora, fomos até a locadora e, para nossa desagradável surpresa, não cumpriram com o que havia sido combinado e cobraram um valor mais alto pela locação do carro, sob a pífia justificativa de que no preço da diária não estaria incluso o seguro contra terceiros, embora no momento da reserva por telefone a atendente tenha sido bem clara no sentido de estar incluído. Resumo da ópera: com fome, com frio e hiper-cansados, nem discutimos muito e acabamos alugando um carro Celta 1.0, com valor de diária em aproximadamente R$100,00.

Com essa confusão toda de ônibus e tudo o mais, ao invés de sair de Caxias às 15h, saímos às 17h40mim, o que, definitivamente, não foi legal, principalmente porque nossa última refeição tinha sido o café da manhã em São Paulo. Não conhecíamos a estrada até Gramado e o tempo estava bem ruim, com muita neblina e muita chuva. Ainda assim, depois de algumas horas chegamos ao Hotel Querência, onde havíamos feito reservas pela internet. Ao chegar no Hotel fomos muito bem atendidos.

Como não havíamos almoçado ainda (isso por volta das 19h), não conseguia pensar em outra coisa senão comida. Assim, sem nem raciocinar direito, fomos a um dos diversos cafés coloniais da cidade, o Café Bela Vista, que fica entre Gramado e Canela, indicação recebida no hotel. Não sei se foi por causa da fome avassaladora, mas achei tudo ótimo. Muita comida e tudo DELICIOSO. Me acabei naquelas geleias todas. Comemos tanto que nem aguentamos provar as tortas. Aprovadíssimo. No final, pagamos a conta, que deu 110,00 e retornamos para o Hotel. (Não deixe de comer o rocambole!)

DIA 02: No outro dia pela manhã resolvemos dar uma volta pela região. O tempo estava bem chuvoso e por essa razão não fizemos muitos planos. Fomos a Canela e por lá visitamos a Catedral de Pedra e algumas malharias (lojinhas) que ficam nas proximidades. Fomos ao Centro de Informações ao Turista e pegamos alguns mapas e roteiros. Lá também descobrimos que o teleférico estava desativado. Por volta das 10h o tempo começou a limpar e, de súbito, resolvemos ir até o parque Caracol. Pagamos aproximadamente R$30 reais pela entrada (para os dois) e fomos conhecer o local. Confesso que não chamou minha atenção, até porque não pude descer as escadarias da cascata porque estava de bota e isso me atrapalhou um pouco. Meu namorado desceu e apesar de ter chegado um tanto quanto ofegante e ter reclamado por uns três dias de dor na panturrilha, disse ter gostado muito. Segundo ele: O trajeto é mais pesado do que parece. A maior recomendação é fazer pausas na descida e na subida. O visual lá embaixo é fantástico, mas é legal ir com uma capa de chuva, pois a água da cachoeira espirra bem longe. Cuidado também com a câmera, que pode molhar. Uma última dica, compre água na cidade e leve. No parque vendem uma água horrível, e você vai precisar, se resolver descer as escadas.

Saindo do Parque Caracol fomos até o parque da Ferradura, no qual se chega através do caminho das graças (uma estrada de chão com imagens de Santos espalhadas). Aqui entre nós, gostei muito mais do parque Ferradura do que do anterior. Um local muito bonito, com trilhas agradáveis e vistas lindas. Só fizemos as trilhas curtas até os mirantes, pois ficamos com medo de chover. Estava vazio quando chegamos, por um bom tempo éramos os únicos turistas no parque.

Ficamos lá por algum tempo e saímos para almoçar. Como eu já havia percebido que aqui no Mochileiros há muita discordância quanto ao melhor café colonial da região, resolvi fazer o teste e fomos almoçar no Café Colonial Gramado. Embora a comida estivesse boa, não superou o Bela Vista. A diferença de preço (neste a conta ficou em 90,00) não compensou a diferença no sabor.

Depois de comer fomos visitar as fábricas de chocolate. Confesso que neste passeio fui mais por curiosidade mesmo, pois não sou muito fã de chocolates. A primeira fábrica que fomos foi a Caracol. É a maior e mais bonita, mas o chocolate é horrível. Compramos alguns na saída e nem conseguimos comer. Tem gosto de gordura hidrogenada. Depois da decepção da Caracol, fomos à Loja da Prawer. O chocolate é mais caro e um pouco melhor, mas também não me agradou muito não. Sinceramente, é tudo muito mais bonito do que saboroso.

Depois da aventura nas lojas de chocolate fomos ao Hotel descansar. À noite fomos na Cantina Pastaucitta. Um local maravilhoso. Aconchegante, muito bonito e agradável. Ficamos esperando por uma mesa por alguns minutos, mas valeu a pena. Pedimos uma massa ao molho de quatro queijos com escalopes de filé. Estava divino.

 

DIA 03: Pela manhã fomos ao lago negro. Não tem muito o que se fazer por lá e justamente por isso resolvemos andar no tal pedalinho. É bem bonitinho e tal, mas não passa disso. Saindo do Lago negro fomos ao Zoológico de Gramado e aqui cabe uma observação: Foi um dos pontos altos da viagem, especialmente para mim que amo bichos. O local é muito bacana e bem cuidado. Imperdível. Logo no início do percurso há um viveiro onde os pássaros ficam soltos e alguns até se aproximam dos visitantes. Vale muito a pena. No local há um restaurante, mas não experimentamos.

No caminho de volta do zoo, passamos no Le jardin . O Le jardim é um local muito agradável. Há um belíssimo jardim de lavandas e outras flores e uma loja onde são vendidos diversos produtos feitos à base de Lavanda. Desde Trufas e licores até produtos de beleza. Vale a visita, que é grátis. Fica na estrada, bem fácil acesso pra quem está vindo do zoo. Se você gosta de plantas, não deixe de subir até as estufas.

Em seguida passeamos um pouquinho pelo Centro de Gramado e almoçamos no restante Vale quanto pesa. O local é bem simples, mas o preço é honesto e a comida muito boa, então valeu a pena.

Depois do almoço fomos ao Mini Mundo. Eu achei tudo muito bem feito e organizado. Interessantíssimo. Certamente quem viaja com crianças deve fazer esse passeio. Até eu, que já passei dessa fase, achei bem legal. Ainda dentro do Mini mundo tomamos um chocolate quente e comemos um apfestrudel.

Retornamos ao Hotel e a noite fomos à Pizzaria Porto dos Piratas, onde há um rodizio de pizzas maravilhoso. Adorei o lugar, a comida e o atendimento.

 

DIA 04: Nos despedimos de Gramado pela manhã, após passear pela Rua Coberta e adjacências e fomos para Nova Petrópolis. No caminho paramos em um restaurante bem conhecido na região, o Colina Verde. Local lindo e com uma comida espetacular. Super recomendado. Comida típica alemã bem farta. Cobram por pessoa e servem no estilo colonial (trazem o cardápio inteiro à mesa e você vai se servindo).

Saímos do restaurante e chegamos em Nova Petrópolis por volta das 14h. Passeamos um pouco pela cidade e fomos até o labirinto verde. O local é interessante, mas estava um pouco mal cuidado, certamente porque fomos na época de baixa temporada.

Depois de visitar o labirinto, decidimos conhecer o Parque Aldeia do Imigrante. O local é bastante agradável e retrata de forma muito bacana uma parte do processo de colonização. Para quem curte um pouco de história, vale a visita.

Como a próxima etapa do passeio era na região de Bento Gonçalves, saímos de lá no final da tarde e fomos até o Hotel Castelo Bevenutte, que fica entre Garibaldi e Bento Gonçalves. O Hotel é bem diferente e a suíte muito confortável. Era nosso aniversário de namoro, então havíamos resolvido investir um pouco mais na hospedagem.

A noite fomos jantar em um restaurante na cidade de Garibaldi. O local se chama Tratoria Primo Canto e é um espetáculo. Demos muita sorte, pois no dia que fomos, excepcionalmente, estava acontecendo um rodízio de massas por conta de algum evento que não entendemos bem o que era.

 

DIA 05: Saímos do Hotel de manhã para conhecer o vale dos vinhedos e passamos por diversas vinícolas instaladas na região. Antes disso, passamos pela Aurora, que fica ainda dentro da cidade. Não sou muito fã de vinho, mas a beleza do vale e o encanto dos parreirais faz valer a pena a viagem. Dentre as vinícolas que visitamos, são todas bem próximas, a que mais me agradou foi a Cave de Pedra, pois além da estrutura do lugar e da qualidade dos produtos, o atendimento é muito bom. Logo no início do vale, tem a Queijaria Valbrenta, com queijos bem gostosos. Durante o passeio fomos até a cidade de Monte Belo do Sul, que é um charme. Lá almoçamos no recomendadíssimo restaurante Nonna Metilde. Continuamos o passeio a tarde e depois fomos para o Hotel IBIS, em Caxias do Sul. Estávamos tão cansados que nem saímos à noite. Escolhemos o Íbis por conta do preço e da localização, fora do centro da cidade, no caminho pra Bento, e em frente ao shopping Iguatemi. O shopping não é muito grande, mas quebra um galhão, principalmente porque fica junto do Carrefour.

 

DIA 06: Penúltimo dia da viagem. Acordamos bem cedo, tomamos café no Hotel e fomos conhecer o caminho de pedra. Para mim, uma das melhores partes da viagem. Em um dos primeiros pontos do caminho pegamos um mapa com as indicações dos demais locais. Escolhemos alguns e fomos parando para conhecer. Passamos pela casa do doce, casa do Tomate, casa da Ovelha, casa das massas e casa da Erva Mate. Com exceção da Casa da Ovelha, que eu achei muito sem graça (não fizemos o passeio guiado), os outros locais são encantadores. Durante o passeio almoçamos no restaurante Casa Vanni. Comida muito boa, mas com porções muito pequenas (nem parece um restaurante Italiano rsrs). Terminamos o passeio e retornamos para o Hotel ÍBIS à noite (antes passamos no pequeno shopping de Bento). Saímos para jantar e depois de uma pesquisa rápida no foursquare resolvemos ir até o Bar e Restaurante Danúbio. Local simples, sem frescura, com uma comida muito boa. O local é especializado em baurus (o prato, não o sanduíche), que são muito bem servidos. O andar de baixo é mais aconchegante, com mesas e garçons, enquanto que no de cima você é servido no balcão. Depois, ainda fomos ao Shopping Estação San Pelegrino, bem maior, onde assistimos a um filme no cinema.

 

DIA 07: Tomamos café no Hotel e depois fomos tentar fazer o milagre da multiplicação das malas. Depois de camuflar (proteger rsrsrs) as garrafas de vinho e sucos de uva no meio da roupa suja, saímos do Hotel e fomos até o Parque onde ocorre a festa da Uva. O local estava hiper movimentado por causa da semana farroupilha. Ficamos por lá um pouco e por volta do meio dia saímos para almoçar. Como não havíamos planejando muito bem esse dia, almoçamos em uma churrascaria que nem lembro o nome (comida cara e péssima). Depois fomos para o aeroporto. Para variar o voô atrasou muito. Deveríamos ter saído de lá às 15h e saímos às 17.

Soubemos depois que o aeroporto de Caxias vive fechado por conta do mau tempo, dificilmente conseguindo operar os vôos no horário. Pesquise bem o valor das passagens, pois apesar de Porto Alegre ser mais longe, a chance de seu vôo ser mandado pra lá é muito grande, não justificando pagar mais pela passagem pra Caxias. Além disso, alugando um carro em Porto Alegre, você pode subir pela Rota Romântica, que dizem ser bem legal.

 

Abaixo seguem os valores gastos com alimentação, hospedagem e ingressos:

Hotel Querencia: R$150, 00 a diária para casal.

Hotel Castelo: R$330,00 a diária para casal na suíte.

Hotel ÍBIS: R$ 111,20 a diária (mais R$ 14,00 por pessoa pelo café da manhã)

Café Colonial Bela Vista: R$110,00 para duas pessoas.

Cantina Pastaciutta: R$117,00 (refeição para duas pessoas, mas serve três com facilidade).

Pizzaria Piratas: R$100,00 o rodízio para duas pessoas;

Restaurante Colina Verde: R$96,00

Tratoria Primo Canto: R$106,00

Parque do caracol: R$24,00

Parque da Ferradura: R$16,00

Zoologico: R$48,00

Minimundo: 32,00

Pedalinho do Lago Negro: 20,00

Aldeia do Imigrante: R$14,00

Passeio guiado pela vinícola Cave de Pedra: R$20,00 (valor revertido em consumação).

 

Ah, encontrei muitas dicas bacanas no site destemperados.com. Vale a pena dar uma olhada.

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  • 6 anos depois...
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Em 15/09/2014 em 10:10, msesquim disse:

Caros colegas viajantes, depois de muito pesquisar aqui no mochileiros e usar todas as dicas deixadas, sinto-me na obrigação moral de contribuir, pois assim como para mim foi muito importante ler os relatos e roteiros de outras pessoas, tenho a certeza de que esse breve relato pode ser útil a alguém.

Pois bem. Eu e meu namorado resolvemos fazer uma viagem para o Sul e como já havíamos ido a Santa Catarina algumas vezes, decidimos variar um pouco e ir até o Rio Grande do Sul, local até então desconhecido para mim.

Já havíamos pesquisado bastante e sabíamos que não seria uma viagem barata, por isso fizemos uma reserva financeira para podermos aproveitar melhor as atrações do lugar.

 

Apesar de morarmos em Rondônia a primeira parte da nossa viagem foi em São Paulo, onde passados alguns dias. De São Paulo embarcamos no dia 10/09/12, pela Gol, com destino a Caxias do Sul, pois lá alugaríamos um carro e partiríamos rumo a Gramado ainda na tarde do dia 10.

Infelizmente por mais que os planos sejam feitos nos mínimos detalhes (e olha que sou extremamente metódica) existem situações que fogem ao nosso controle. Uma delas é o tempo, que no final das contas deu uma boa embaralhada no início da viagem.

DIA 01. Quando estávamos nos aproximando do Aeroporto de Caxias fomos avisados que devido ao mau tempo o avião iria pousar apenas em Porto Alegre, de onde seguiríamos de ônibus até Caxias. Considerando que o primeiro ponto da nossa viagem seria a cidade de Gramado, em tese pousar em porto Alegre não seria assim tão ruim. Em tese, afinal de contas, na vida real, não foi nada bom, pois tivemos que sair de Porto Alegre no ônibus e ir até Caxias em razão do contrato que já havia sido firmado com a locadora de veículos Hertz.

Desta forma, por volta das 15h saímos de Porto Alegre e cerca de duas horas depois estávamos em Caxias. Lá chegando, sob uma chuva arrasadora, fomos até a locadora e, para nossa desagradável surpresa, não cumpriram com o que havia sido combinado e cobraram um valor mais alto pela locação do carro, sob a pífia justificativa de que no preço da diária não estaria incluso o seguro contra terceiros, embora no momento da reserva por telefone a atendente tenha sido bem clara no sentido de estar incluído. Resumo da ópera: com fome, com frio e hiper-cansados, nem discutimos muito e acabamos alugando um carro Celta 1.0, com valor de diária em aproximadamente R$100,00.

Com essa confusão toda de ônibus e tudo o mais, ao invés de sair de Caxias às 15h, saímos às 17h40mim, o que, definitivamente, não foi legal, principalmente porque nossa última refeição tinha sido o café da manhã em São Paulo. Não conhecíamos a estrada até Gramado e o tempo estava bem ruim, com muita neblina e muita chuva. Ainda assim, depois de algumas horas chegamos ao Hotel Querência, onde havíamos feito reservas pela internet. Ao chegar no Hotel fomos muito bem atendidos.

Como não havíamos almoçado ainda (isso por volta das 19h), não conseguia pensar em outra coisa senão comida. Assim, sem nem raciocinar direito, fomos a um dos diversos cafés coloniais da cidade, o Café Bela Vista, que fica entre Gramado e Canela, indicação recebida no hotel. Não sei se foi por causa da fome avassaladora, mas achei tudo ótimo. Muita comida e tudo DELICIOSO. Me acabei naquelas geleias todas. Comemos tanto que nem aguentamos provar as tortas. Aprovadíssimo. No final, pagamos a conta, que deu 110,00 e retornamos para o Hotel. (Não deixe de comer o rocambole!)

DIA 02: No outro dia pela manhã resolvemos dar uma volta pela região. O tempo estava bem chuvoso e por essa razão não fizemos muitos planos. Fomos a Canela e por lá visitamos a Catedral de Pedra e algumas malharias (lojinhas) que ficam nas proximidades. Fomos ao Centro de Informações ao Turista e pegamos alguns mapas e roteiros. Lá também descobrimos que o teleférico estava desativado. Por volta das 10h o tempo começou a limpar e, de súbito, resolvemos ir até o parque Caracol. Pagamos aproximadamente R$30 reais pela entrada (para os dois) e fomos conhecer o local. Confesso que não chamou minha atenção, até porque não pude descer as escadarias da cascata porque estava de bota e isso me atrapalhou um pouco. Meu namorado desceu e apesar de ter chegado um tanto quanto ofegante e ter reclamado por uns três dias de dor na panturrilha, disse ter gostado muito. Segundo ele: O trajeto é mais pesado do que parece. A maior recomendação é fazer pausas na descida e na subida. O visual lá embaixo é fantástico, mas é legal ir com uma capa de chuva, pois a água da cachoeira espirra bem longe. Cuidado também com a câmera, que pode molhar. Uma última dica, compre água na cidade e leve. No parque vendem uma água horrível, e você vai precisar, se resolver descer as escadas.

Saindo do Parque Caracol fomos até o parque da Ferradura, no qual se chega através do caminho das graças (uma estrada de chão com imagens de Santos espalhadas). Aqui entre nós, gostei muito mais do parque Ferradura do que do anterior. Um local muito bonito, com trilhas agradáveis e vistas lindas. Só fizemos as trilhas curtas até os mirantes, pois ficamos com medo de chover. Estava vazio quando chegamos, por um bom tempo éramos os únicos turistas no parque.

Ficamos lá por algum tempo e saímos para almoçar. Como eu já havia percebido que aqui no Mochileiros há muita discordância quanto ao melhor café colonial da região, resolvi fazer o teste e fomos almoçar no Café Colonial Gramado. Embora a comida estivesse boa, não superou o Bela Vista. A diferença de preço (neste a conta ficou em 90,00) não compensou a diferença no sabor.

Depois de comer fomos visitar as fábricas de chocolate. Confesso que neste passeio fui mais por curiosidade mesmo, pois não sou muito fã de chocolates. A primeira fábrica que fomos foi a Caracol. É a maior e mais bonita, mas o chocolate é horrível. Compramos alguns na saída e nem conseguimos comer. Tem gosto de gordura hidrogenada. Depois da decepção da Caracol, fomos à Loja da Prawer. O chocolate é mais caro e um pouco melhor, mas também não me agradou muito não. Sinceramente, é tudo muito mais bonito do que saboroso.

Depois da aventura nas lojas de chocolate fomos ao Hotel descansar. À noite fomos na Cantina Pastaucitta. Um local maravilhoso. Aconchegante, muito bonito e agradável. Ficamos esperando por uma mesa por alguns minutos, mas valeu a pena. Pedimos uma massa ao molho de quatro queijos com escalopes de filé. Estava divino.

 

DIA 03: Pela manhã fomos ao lago negro. Não tem muito o que se fazer por lá e justamente por isso resolvemos andar no tal pedalinho. É bem bonitinho e tal, mas não passa disso. Saindo do Lago negro fomos ao Zoológico de Gramado e aqui cabe uma observação: Foi um dos pontos altos da viagem, especialmente para mim que amo bichos. O local é muito bacana e bem cuidado. Imperdível. Logo no início do percurso há um viveiro onde os pássaros ficam soltos e alguns até se aproximam dos visitantes. Vale muito a pena. No local há um restaurante, mas não experimentamos.

No caminho de volta do zoo, passamos no Le jardin . O Le jardim é um local muito agradável. Há um belíssimo jardim de lavandas e outras flores e uma loja onde são vendidos diversos produtos feitos à base de Lavanda. Desde Trufas e licores até produtos de beleza. Vale a visita, que é grátis. Fica na estrada, bem fácil acesso pra quem está vindo do zoo. Se você gosta de plantas, não deixe de subir até as estufas.

Em seguida passeamos um pouquinho pelo Centro de Gramado e almoçamos no restante Vale quanto pesa. O local é bem simples, mas o preço é honesto e a comida muito boa, então valeu a pena.

Depois do almoço fomos ao Mini Mundo. Eu achei tudo muito bem feito e organizado. Interessantíssimo. Certamente quem viaja com crianças deve fazer esse passeio. Até eu, que já passei dessa fase, achei bem legal. Ainda dentro do Mini mundo tomamos um chocolate quente e comemos um apfestrudel.

Retornamos ao Hotel e a noite fomos à Pizzaria Porto dos Piratas, onde há um rodizio de pizzas maravilhoso. Adorei o lugar, a comida e o atendimento.

 

DIA 04: Nos despedimos de Gramado pela manhã, após passear pela Rua Coberta e adjacências e fomos para Nova Petrópolis. No caminho paramos em um restaurante bem conhecido na região, o Colina Verde. Local lindo e com uma comida espetacular. Super recomendado. Comida típica alemã bem farta. Cobram por pessoa e servem no estilo colonial (trazem o cardápio inteiro à mesa e você vai se servindo).

Saímos do restaurante e chegamos em Nova Petrópolis por volta das 14h. Passeamos um pouco pela cidade e fomos até o labirinto verde. O local é interessante, mas estava um pouco mal cuidado, certamente porque fomos na época de baixa temporada.

Depois de visitar o labirinto, decidimos conhecer o Parque Aldeia do Imigrante. O local é bastante agradável e retrata de forma muito bacana uma parte do processo de colonização. Para quem curte um pouco de história, vale a visita.

Como a próxima etapa do passeio era na região de Bento Gonçalves, saímos de lá no final da tarde e fomos até o Hotel Castelo Bevenutte, que fica entre Garibaldi e Bento Gonçalves. O Hotel é bem diferente e a suíte muito confortável. Era nosso aniversário de namoro, então havíamos resolvido investir um pouco mais na hospedagem.

A noite fomos jantar em um restaurante na cidade de Garibaldi. O local se chama Tratoria Primo Canto e é um espetáculo. Demos muita sorte, pois no dia que fomos, excepcionalmente, estava acontecendo um rodízio de massas por conta de algum evento que não entendemos bem o que era.

 

DIA 05: Saímos do Hotel de manhã para conhecer o vale dos vinhedos e passamos por diversas vinícolas instaladas na região. Antes disso, passamos pela Aurora, que fica ainda dentro da cidade. Não sou muito fã de vinho, mas a beleza do vale e o encanto dos parreirais faz valer a pena a viagem. Dentre as vinícolas que visitamos, são todas bem próximas, a que mais me agradou foi a Cave de Pedra, pois além da estrutura do lugar e da qualidade dos produtos, o atendimento é muito bom. Logo no início do vale, tem a Queijaria Valbrenta, com queijos bem gostosos. Durante o passeio fomos até a cidade de Monte Belo do Sul, que é um charme. Lá almoçamos no recomendadíssimo restaurante Nonna Metilde. Continuamos o passeio a tarde e depois fomos para o Hotel IBIS, em Caxias do Sul. Estávamos tão cansados que nem saímos à noite. Escolhemos o Íbis por conta do preço e da localização, fora do centro da cidade, no caminho pra Bento, e em frente ao shopping Iguatemi. O shopping não é muito grande, mas quebra um galhão, principalmente porque fica junto do Carrefour.

 

DIA 06: Penúltimo dia da viagem. Acordamos bem cedo, tomamos café no Hotel e fomos conhecer o caminho de pedra. Para mim, uma das melhores partes da viagem. Em um dos primeiros pontos do caminho pegamos um mapa com as indicações dos demais locais. Escolhemos alguns e fomos parando para conhecer. Passamos pela casa do doce, casa do Tomate, casa da Ovelha, casa das massas e casa da Erva Mate. Com exceção da Casa da Ovelha, que eu achei muito sem graça (não fizemos o passeio guiado), os outros locais são encantadores. Durante o passeio almoçamos no restaurante Casa Vanni. Comida muito boa, mas com porções muito pequenas (nem parece um restaurante Italiano rsrs). Terminamos o passeio e retornamos para o Hotel ÍBIS à noite (antes passamos no pequeno shopping de Bento). Saímos para jantar e depois de uma pesquisa rápida no foursquare resolvemos ir até o Bar e Restaurante Danúbio. Local simples, sem frescura, com uma comida muito boa. O local é especializado em baurus (o prato, não o sanduíche), que são muito bem servidos. O andar de baixo é mais aconchegante, com mesas e garçons, enquanto que no de cima você é servido no balcão. Depois, ainda fomos ao Shopping Estação San Pelegrino, bem maior, onde assistimos a um filme no cinema.

 

DIA 07: Tomamos café no Hotel e depois fomos tentar fazer o milagre da multiplicação das malas. Depois de camuflar (proteger rsrsrs) as garrafas de vinho e sucos de uva no meio da roupa suja, saímos do Hotel e fomos até o Parque onde ocorre a festa da Uva. O local estava hiper movimentado por causa da semana farroupilha. Ficamos por lá um pouco e por volta do meio dia saímos para almoçar. Como não havíamos planejando muito bem esse dia, almoçamos em uma churrascaria que nem lembro o nome (comida cara e péssima). Depois fomos para o aeroporto. Para variar o voô atrasou muito. Deveríamos ter saído de lá às 15h e saímos às 17.

Soubemos depois que o aeroporto de Caxias vive fechado por conta do mau tempo, dificilmente conseguindo operar os vôos no horário. Pesquise bem o valor das passagens, pois apesar de Porto Alegre ser mais longe, a chance de seu vôo ser mandado pra lá é muito grande, não justificando pagar mais pela passagem pra Caxias. Além disso, alugando um carro em Porto Alegre, você pode subir pela Rota Romântica, que dizem ser bem legal.

 

Abaixo seguem os valores gastos com alimentação, hospedagem e ingressos:

Hotel Querencia: R$150, 00 a diária para casal.

Hotel Castelo: R$330,00 a diária para casal na suíte.

Hotel ÍBIS: R$ 111,20 a diária (mais R$ 14,00 por pessoa pelo café da manhã)

Café Colonial Bela Vista: R$110,00 para duas pessoas.

Cantina Pastaciutta: R$117,00 (refeição para duas pessoas, mas serve três com facilidade).

Pizzaria Piratas: R$100,00 o rodízio para duas pessoas;

Restaurante Colina Verde: R$96,00

Tratoria Primo Canto: R$106,00

Parque do caracol: R$24,00

Parque da Ferradura: R$16,00

Zoologico: R$48,00

Minimundo: 32,00

Pedalinho do Lago Negro: 20,00

Aldeia do Imigrante: R$14,00

Passeio guiado pela vinícola Cave de Pedra: R$20,00 (valor revertido em consumação).

 

Ah, encontrei muitas dicas bacanas no site destemperados.com. Vale a pena dar uma olhada.

Muito obrigado pelo detalhado roteiro. Vou a Serra Gaúcha em breve e estou bem animado. Será minha primeira vez no Rio Grande do Sul.

Abraços,

Gustavo Woltmann

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