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Travessia do Rio Guacá (trecho derradeiro) Mogi das Cruzes


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Por este tópico, temos um breve relato (pra ñ passar batido) daquilo que foi um de nossos grandes feitos em 2014, Pois perambular pelo leito desafiador do Guacá, foi algo que me seduzia a tempos.

 

Descer o rio Guacá até o mesmo encontrar com rio Itapanhaú parece tarefa simples, mas não é. Pensávamos assim até nos depararmos com uma cachoeira 100% vertical com queda aproximadamente de uns 60 metros, e um cânion que vendo, ninguém dá nada, mas ele segue estreitando o rio a sua frente e forma um "valetão" que pode matar facilmente qualquer retardado que se mete a besta de descer por aquelas bandas.

 

"Em meados de 2013 já ouvira o meu brother Vgn Vagner falar da descida do rio guacá, não me interessei muito pela trip, pois tinha em mente que seria algo mais Hard. O tempo passou e eis que no inicio da primavera deste ano (2014), já ouvira rumores de que esta trip sairia do papel. Até me interessei, mas pouco, não confirmei presença de imediato, mas após o sol ter nascido na sexta feira que antecedia a trip comuniquei o Vagner que eu iria, e por ironia do destino, num evento onde estava confirmado a presença de 4 cabeças, lá estávamos, mais uma vez, só nós dois a encarar aquela "caixinha de surpresas" em que todos haviam se recusado de estar, preferindo assim, viver mais um domingo zona de conforto. Suas casas."

 

Estacionamos o Ford no Mirante da cachoeira do elefante na Sp-98 Vulgo Mogi-Bertioga, e após alguns trinta minutos de caminhada pela rodovia, já molhávamos os pés nas águas do Guacá, que tem seu acesso bem tranquilo, e muito diferente daquilo que escreveram, me fazendo temer muito mais o início da aventura, do que a própria travessia dentre o rio.

 

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Acompanhando a evolução da trip pela tela do Garmin, e já um tanto acostumados com essas ideias loucas de descer rio, podemos dizer que as primeiras 2 horas naquele cenário seguiram tranquilas, enquanto passávamos por diversas cachoeiras, diversas por beleza e tamanho. Mas a história mudou quando atingimos o topo de uma grande queda. Ali começava a aventura com um tiquinho de emoção extra, o que passamos até então, fora só um "aquecimento." Vencer aquela cachoeira sem equipamento de rapel ou qualquer coisa que nos desse apoio, segurança. Foi uma experiência com sucesso e positiva, mas além de uma simples corda, portávamos algo muito importante: o Controle emocional (sangue frio), que foi colocado á prova em mais uma situações de risco.

 

 

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Deixando para trás a grande cachu e o cânion, voltamos a avançar pelo rio. E a partir dali o nosso inimigo era o horário, o entardecer já nos envolvia, e que no subconsciente já nos fazia tramitar a possibilidade de um bivak improvisado sem nem um isolante térmico ou saco de dormir, muito menos uma lona pra nos proteger da chuva que já nos ameaçava a horas. Mas o que seria chato era a preocupação que ficariam lá em casa, já que saí e deixei os familiares cientes de que no começo da noite eu estaria de volta, daí vira a noite, e danado não aparece. Seriam capaz de chamar até resgate pra iniciar buscar na mata rsrs. Mas não permitimos que o desespero nos tocasse, pois o mesmo não resolve nada, só piora a situação.

 

Eu (Diego) já estava fisicamente bem mais cansado em relação ao Vagner, que disparava na frente tendo que me esperar minutos depois. Fomos avançando e logo o rio Itapanhaú, junto a um filhote de jararaca, nos recebera de braços abertos. Alí ficamos aliviados pois já conhecíamos aquele trecho da nossa tão amada Serra do Mar.

Subimos a trilha do mirante quase as escuras, em ritmo acelerado, só pra termos o gostinho de olhar pra trás, com o resto de luz do dia e com satisfação dizer: Acabamos, vencemos mais uma linda e desafiadora travessia na Serra Paulistana. Uffa.

 

"Sentado na calçada perto do Ford depois do fim da trilha, um Pensamento... Graças a Deus que tudo deu certo e o quão espetacular é a nossa amada Serra do mar."

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