Destruidores da História - Vândalos agem sem controle

[Sandro]

A Praia do Santinho em Floripa, por exemplo, recebeu esse nome devido a uma pintura rupestre que lembrava um santo. Porém… Como estamos no Brasil… Alguém roubou a pedra com a inscrição... Pode estar tanto num barraco qualquer da periferia quanto em algum palácio ou museu do “primeiro mundo”, posto que: os inimigos da preservação não são apenas problemas sócio-educativos.

No Morro das Aranhas, ponta sul da praia, ainda existem algumas protegidas por uma estrutura construída pelo resort Costão do Santinho. Aliás, uma delas é o símbolo do resort.

O tipo de inscrição utilizada no Costão do Santinho e na Ilha do Campeche são mais raras de serem encontradas em todo o mundo e também as que mais rápido desaparecem, pois os desenhos foram elaborados utilizando ferramentas de pedra, onde, por meio de percussão “picoteamento” e abrasão “polimento e raspagem”, os autores davam forma às linhas.

 

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O resort quando se instalou por lá também financiou uma limpeza técnica removendo pichações, construiu passarelas de acesso e placas informativas sobre os estudos arqueológicos no local.

Até hoje os arqueólogos pouco descobriram sobre a cultura que realizou essas inscrições, mas uma simples análise entre as pinturas nas duas ilhas mostrou que esse povo de alguma forma navegava entre as ilhas catarinenses.

Na Chapada Diamantina todos os anos são as queimadas que tingem de preto muitos rochedos cobrindo uma quantidade enorme de inscrições e o fogo também arrebenta outros tantos blocos de pedra que contém pinturas.

 

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Duas regiões distantes, diferentes realidades culturais e impactos destrutivos, mas com as mesmas deficiências de ação política, policial e recursos financeiros públicos para resguardar estes sítios que provém da exploração turística a preservação destes patrimônios.