Membros camila.roseno Postado Janeiro 13, 2016 Membros Postado Janeiro 13, 2016 Relato escrito para facebook, no final do texto segue o link do álbum. Depois de alguns dias fora de casa, mas especificamente, 18 dias, voltei para o(s) meu(s) canto(s). Teve de tudo um pouco nessa viagem. Algumas a “dose” foi maior. Não podia faltar o “bom” e velho “piriri” das 300 coisas que você come na praia. A lição de estar mais atenta com o que eu como é tão impossível quanto resistir à um pastel de camarão. Que por sinal eram deliciosos, nunca tinha visto camarões tão grandes. Conheci uma parte pequena do litoral nordestino, mas com picos incríveis, lindos de se ver. Comecei pela Paraíba, fui para a famosa Tambaba, sim, aquela do naturismo (e não nudismo, Jout Jout já tinha ensinado, inclusive fiquei imaginando encontrar um cotonete em uma daquelas palhoças, risos). Se desvencilhar das roupas é um ato incrível, de fato, o nosso pudor é estabelecido pelo o que vestimos. Foi uma experiência muito massa, porém um pouco desanimadora. A parte destinada ao naturismo tem apenas um único bar/restaurante/pousada e as pessoas que trabalham lá estão vestidas. Chega a ser constrangedor para algumas pessoas. Também não vi uma filosofia maior naquele lugar, se ocorre é devido à um processo individual de cada sujeito. O mar de lá é um tanto bravo, mas indo na praia ao lado, Coqueirinho, você curte muito. Inclusive, das nove praias nas quais andei, Coqueirinho-PB, é a minha preferida em beleza natural. Conheci um pouco de João Pessoa, bem pouco. Mas deu pra curtir a ideia da beira mar de lá com prédios que podem ter no máximo quatro andares, se não me engano. A paisagem torna-se menos agressiva, ao contrário da praia de Boa Viagem em Recife com aquele tanto de prédios. Deu pra ir no mercado de artesanato em Jampa, e também ir assistir ao filme de Chico Buarque nos cinemas. Pra quem quiser levar uma dessas peças típicas de artesanato nordestino lá é o melhor lugar e o mais barato de todos os lugares por onde andei. Foram boas aquisições! Saindo de João Pessoa voltei pra Recife e encontrei com o brother “Douguinha” e sua amiga Frida. Fomos passar a noite em Itapuama, praia do litoral sul de Pernambuco. Eu adorei a ideia, ia dormir perto da praia e do meu destino do réveillon, Porto de Galinhas. Fizemos uma boa caminhada no dia seguinte e fomos para a praia Pedra do Xaréu. Deliciosa, ótima para tomar banho e ficar de boa. Tem alguns bares pelo caminho, mas leve alguma comida/bebida para curtir o melhor da praia, debaixo de vários cajueiros. Saindo de Itapuama, peguei um bus até a BR que dava acesso a Porto de Galinhas. Encontrei um rapaz que também estava indo pra Ipojuca, município que administra Porto e Maracaípe. Ele bem gentil, falou sobre a família e o trabalho, e eu contei também da minha viagem. Ele fez questão de pagar a minha passagem de R$2,50 em uma dessas vans que por “acaso” estava lotada. Não sei o nome dele e nem ele o meu. Sou muito grata pelo nosso encontro e pela sua ajuda. Chegando em Ipojuca, peguei outra lotação até Porto. Desde de manhã eu já vinha dando sinais “enormes” que a gripe tinha me pegado. Não sei se minha imunidade tinha baixado devido ao “piriri” histórico da Paraíba, ou se era a mudança de cidades, tempo, etc. sei que me mantive na base do multigrip pra curtir o réveillon. Encontrei com Aline Canuto em Porto e ela me apresentou uma das maiores figuras que conheci no caminho, Daniela Covizzy. Ela nos hospedou e nos “desospedou” em sua casa, risos. Acabou precisando alugar o seu apê por uma noite para uma família que não tinha encontrado hospedagem. Mas foi muitooooo de boaaaa, fomos pra casa da mãe dela e encontramos um belo de um churrasco. Acabei me dando bem, garantindo a bóia. A família de Dani é maravilhosa, daquelas que te fazem ser de casa em instantes, até porque tem a baianidade na ancestralidade. Foi ótimo e bem louco o réveillon por lá, na companhia do irmão de Dani, Bruna e outras pessoas (um argentino, uma mineira que largou tudo e foi morar lá, etc.). Mas o melhor da minha estadia em Porto, foi curtir Maracaípe, que praia linda e com um astral massa. E o Pontal, então?! Puts, lindo demais, maravilhoso! Ameeeeei mesmo! Dani desenrolou a divisão de um táxi direto de Porto para Pipa-RN. Eu e Aline dividimos o carro com duas chilenas que estavam também dando um rolé pelo litoral. Foi super confortável, rápido e barato. Valeu muito a pena! O taxista nos deixou exatamente no camping que tínhamos pesquisado, o camping do amor, na Praia do Amor. Deixamos para ir apenas no dia 04, quando as diárias voltariam ao preço normal, R$ 30,00 por pessoa. Pra quem tá acostumada a pagar R$15,00 em S. Daí no Capão, pode até achar caro, mas a estrutura do camping, a vista e o local compensa muito. Debaixo das sombras, sejam naturais das árvores, ou das malhas que colocaram tem ponto de energia, além de lâmpadas. A estrutura de banheiro também é bem legal, só a cozinha que deixa a desejar. Nada como a cozinha de S. Dai, e aquela mesa enorme. Ao chegar em Pipa você se vislumbra com a vila. Todas aquelas lojinhas, supermercados, bares e restaurantes lotados e cada lugar mais lindo do que o outro. Forma uma paisagem linda o final de tarde naquelas ruas. Mas em Pipa você se sente a estrangeira, em todo canto tem gente falando em espanhol. Lá até os ambulantes na praia são de fora do país. Tem gente vendendo alfajor, sanduíche uruguaio, tortillas, etc. Mas com atenção você encontra as/os nativas/os. E olha que o “encontro” é dos bons, hahahaha. Pipa, tem uma noite frenética, com ares de “malhação” em temporada de férias. Cheias de surfistas e latina/o-americanas/os, os bares em frente à rua das Gameleiras bombam. Tem salsa, reggae, forró, música eletrônica, samba e o que você estiver disposta a curtir ou promover. Foram noites babilônicas! Antonio cumpriu com o combinado e apareceu em Pipa. Ele foi a minha fiel parceria das noitadas. Além de me salvar dos perrengues que surgem em toda viagem. Muita gratidão ao meu amigo. Mas o melhor da estadia em Pipa foram os encontros que a Praia do Amor nos proporcionou. Conheci Nathália, um ser de luz (risos), uma mineira que mora ou morava em Pernambuco. Ela é daquelas pessoas que te ganham no primeiro contato. Ela nos apresentou seu amigo Valdez (um mineiro radicado em São Paulo) e Vera (outra mineira), todos se conheceram no hostel. Esse grupo aumentou com Larissa e Léo que eram nossos vizinhos no camping, ela e ele moram na Bahia. Éramos professoras e professores, advogada, dentista, personal trainner, analista de sistemas, etc que estávamos nos divertindo, cantando e tomando muito banho naquele mar lindo de Pipa. Também conhecemos Marina Machado, Guilherme e Aninha(que estava mais ocupada com outros assuntos do “mercosul”). Elas e ele são de Recife e salvaram a nossa tarde, beberam conosco durante a noite e ainda fizeram a gentileza de dar carona pra nossa amiga voltar pra Recife. Pipa foi especial, foram momentos incríveis. Indescritível como foi a experiência de ouvir histórias de amor na praia. Nathália teve a ideia de pegar uma cartolina e escrever: “Escuto histórias de amor”. Uma delas era de uma senhora que estava contando a sua história de superação após uma enfermidade. Era uma história de amor entre amigas e a vida de uma delas. Essa senhora estava viajando sozinha, curtindo a vida que até pouco tempo tinha sido condenada pelos médicos. Foi incrível! Os pontos negativos de Pipa referem-se a estrutura bancária do local e o grande número de veículos transitando na via principal da vila. Em todo canto em Pipa aceita cartão, porém tem apenas um caixa eletrônico da Caixa e outro do Bradesco. Para usar o banco do Brasil você precisa ir aos Correios. Passei quase duas horas pra resolver as pendências de início de ano, mas foi proveitoso pois conversei bastante com o povo que mora e trabalha em Pipa. Ficar em hostel é a melhor pedida, o valor é legal, fica entre R$40,00 e R$50,00 a diária e você não passa pelos perrengues de camping, à exemplo da chuva. Teve uma noite que acordei com água em todo canto da barraca, inclusive com uma goteira em cima da minha testa. Sair de Pipa foi difícil, muito difícil. Mas eu e Antonio decidimos fazer uma visitinha a nova moradora de Natal, Bruna. Fomos para dois bares legais e deu pra dar um rolé pela beira mar de Ponta Negra. Para voltar pra casa tivemos que pegar um ônibus até João Pessoa, outro até o Recife e dois metrôs até chegar ao aeroporto. O engraçado é que acabamos encontrando nossa vizinha de camping, Isis. Ela também estava voltando pra casa, em São Paulo. Por fim, a vontade de viajar mais ainda só aumenta. As experiências foram sensacionais, as paisagens belíssimas e as pessoas que cruzaram os nossos caminhos foram as melhores. Que comece esse ano que será de muito trabalho, mas com sabor de água salgada, com essa branquela aqui “sapecada” de sol e de pulseira nova no braço. E da mesma forma, como do ano passado, elegi uma música como trilha dessa trip. Segue o link e a letra: Karol Konka - Sandália "Deixa ela, deixa! Ser livre, seguir sem se importar Se quiser ir pra qualquer lugar que vá Não tem asas mas pode voar..." Link para álbum no facebook:https://www.facebook.com/milaroseno/media_set?set=a.10207970492318595.1073741838.1186287826&type=3&pnref=story Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.