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Israel: Jerusalém, Haifa, Nazaré, Mar Morto, Jericho e Bethlehem.


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Bom dia a todos!

Após um vasto tempo de preguiça em postar, devido ao monte de coisas que aconteceram na minha viagem, resolvi, neste domingo de carnaval, postar o meu relato a fim de tentar ajudar os irmãos mochileiros a fazer uma viagem excepcional e gastando pouco (vide o meu relato de Buenos Aires, o qual eu nunca mais acessei pq esqueci a senha do site e o login era um email que não mais existe. Logo, tive que me recadastrar no site). Vamos deixar de enrolação. Espero que o relato a seguir seja de muita valia àqueles que pretendem ir a este país tão incrível, terra do Nosso Senhor Jesus Cristo.

1 - COMPRA DAS PASSAGENS: As mesmas foram compradas no site da decolar.com. Observem que quando os vôos são feitos por mais de uma empresa aérea, tendem a ser mais baratos se comparados ao preço das empresas aéreas separados. No meu caso eu fui de LATAM e ELAL (Israel Airlines), com paradas longas em Milão, as quais aproveitei. Paguei cerca de R$2.600,00 na ida e volta. Só para os prezados terem uma breve idéia, meu percurso foi de GIG-TLV (com escalas em GRU e MXP) e só o percurso de GRU-MXP (São Paulo a Milão), tava dando pouco mais de R$4.000,00.

 

2 - MUITA ATENÇÃO NA IMIGRAÇÃO ISRAELENSE: Como é de conhecimento de todos, Israel é uma nação cercada de inimigos e uma coisa que eles prezam é a tal da segurança. Especialmente se você for pegar um vôo da ElAl. Os agentes da imigração não te deixam em paz. A entrada é infinitamente mais rigorosa do que nos EUA, uma vez que Israel não exige visto de viajantes brasileiros, mas seria melhor que exigisse só pra não passar o perrengue que eu passei. O que me pesou contra foi o fato de o meu passaporte ser novo. Se fosse o anterior, eles teriam visto alguns vistos e carimbos e saberiam que eu sou apenas um viajante mesmo. Recomendo um razoável conhecimento do idioma inglês. Eles ficaram me fazendo perguntas por mais de 30min e ainda por cima eu assinei um termo no qual eles seriam autorizados a abrir a minha mala. Como não devo nada a ninguém, sem problemas (até pq se eu não tivesse assinado, não teria entrado no país).

Antes de ir para a aeronave, ainda me chamaram para verificar minha bagagem de mão e passaram detector de bombas (nesse momento eu comecei a pensar na minha árvore genealógica pra saber se alguma gota de sangue meu remetia a Saddam ou Bin Laden, pois nunca havia tido uma experiência tão grande dessa com segurança). No "final" do processo, o agente se desculpou comigo e disse que fazia isso para a minha própria segurança, no que respondi que eu nunca me sentira tão seguro em toda minha vida. Ele riu demais, mas não recomendo falar gracinhas para qq agente de imigração :D:D:D . Isso tudo em Milão. Ah! uma coisa curiosa foi o fato de quando o avião israelense foi taxiar, havia um carro da carabinieri italiana ao lado do mesmo, abandonando somente quando este chegou à pista de decolagem.

Pensam que acabou? observem que no parágrafo abaixo escrevi a palavra final entre aspas. Bem, eram cerca de 03:40h em Tel Aviv, eu estava morto de cansado e quando fui passar pela imigração, o agente da imigração me disse que eu deveria me dirigir pra sala verde do Ben Gurion. Segundo ele, seu chefe queria trocar umas palavras comigo. Aí, de novo eu pensei em Milão e comecei a ficar traumatizado...rsrsrsrr.

Já na sala verde, haviam muitos viajantes, de tudo quanto era nacionalidade. Europeus, pessoal do Oriente Médio, Australianos (e eu de brasileiro)etc. De repente, para o meu pavor total e quase um colapso, me aparece um funcionário judeu com uma caixa de sanduíches, chamando o pessoal da sala e entregando. Ele se posicionou na minha frente e quando li as folhas nas mãos dele, para cada um estava escrito "Deportados/Entrada não permitida em Israel". Pensei que eu fosse ser o próximo. Mas de repente, apareceu um funcionário da polícia deles (similar a nossa PF), que se identificou pra mim, em fez umas poucas perguntas e me disse "enjoy Israel". Ali foi a minha alforria. Sou militar do Exército e eles viram que eu falava a verdade (os bastidores descobri depois, muito longo pra contar aqui, mas eles apenas queriam confirmar se eu sou realmente aquilo que eu disse ser ainda em Milão).

 

3 - JERUSALÉM: CHEGADA E PASSEIOS - Após a liberação no Ben Gurion, eu não me aguentava mais de cansado e traumatizado (sério mesmo) e fui direto pegar uma van até Jerusalém, a qual me custou U$35,00. Existem meios mais baratos, mas como eu estava morto, não queria mais pegar os dois ônibus e depois um taxi até o hotel. Essa van me deixou no hotel mesmo. Não recomendo fazer negócios em dólar, pois as contas sempre serão favoráveis aos comerciantes locais. O recomendável é trocar em casas de câmbio longe do aeroporto. A única vez que utilizei o dólar foi exatamente para pegar essa Van, por razões que os prezados já sabem. Numa próxima viagem eu, com certeza, alugarei um carro. O GPS funciona muito bem lá (antes de pegar a VAN, comprei um chip de lá, ainda no aeroporto). Em Jerusalém tem locais para estacionar o carro e tinha um pertinho do meu hotel. Só que recomendo o carro apenas quando forem sair de Jerusalém, pois lá dentro dá pra se fazer quase tudo a pé (pelo menos eu fui). Minha viagem não foi de balada e sim com o intuito de conhecer os caminhos mencionados na Bíblia. Uma viagem religiosa mesmo.

Fiquei no Zion Hotel. Simples, bom café da manhã (muito diferente do nosso) e tinha o que eu precisava, ou seja, cama, ar condicionado (que não usei, pois tava meio frio), free wifi e ducha com água quente. Pra quê muito conforto se eu vou passar a maior parte do tempo na rua??? nem podendo eu pagaria um hotel 5 estrelas. Conforto eu tenho em casa ::otemo:: . O hotel eu reservei pela decolar.com e pedi check in antecipado, devido ao horário que cheguei. Fui atendido, mas cuidado, pois nesses casos, os quartos costumam não ser tão confortáveis.

Com um mapa na mão e em três dias, explorei muita coisa na cidade antiga. Como eu disse, dá pra fazer tudo a pé. Passei pela Via Dolorosa, pela Igreja do Santo Sepulcro, pela prisão onde ficou Jesus e Barrabás, fui nos bairros Judeu, Armênio, Muçulmano e Cristão... fiz tudo o que se pode fazer mesmo. Fui na Torre do Reu David, Muro das Lamentações (pra entrar precisa-se se um quipá, que pode ser pego gratuitamente na rampa de descida e depois, devolvido)... foi simplesmente emocionante. Ah! eu almoçava num lugar bem barato chamado MOSHIKO, o qual achei no TripAdvisor. Gente, o sanduíche não é caro e é simplesmente MARAVILHOSO! Em Israel o café da manhã é o almoço, pois é forte. Eu vivi à base do café da manha, do MOSHIKO (raramente eu variava e não valia muito a pena) e de noite, ou era de novo o MOSHIKO, ou era um hambúrguer mesmo (muito caro, diga-se de passagem). Às vezes eu comprava coisas no mercado. Ah! cuidado com o SHABAT, pois eu cheguei numa quinta... na sexta, quando fui procurar um local pra comer após ter andado o dia todo, quase morri de fome, pois tava tudo fechado. Jerusalém parecia uma cidade fantasma. O que me salvou foi uma burguesia, que me custou quase os olhos da cara, mas preservou o meu estômago. Tive que andar pra procurar, viu?! a maior parte do comércio é de judeus. E todos fecham, sem exceção. O Shabat vai do por do sol de sexta até o do sábado. No sábado eu voltei pro Moshiko :D:D:D .

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4 - BETHLEHEM E JERICHO -

Bem, no dia do Shabat eu fui pra Bethlehem (Belém) e tava doido pra ir em Jericho.

Partindo do Damascus Gate, fui até a rodoviária, que é pertinho e peguei o ônibus até Bethlehem (me perdoem, mas esqueci o número do mesmo). A passagem de ida e volta custa cerca de 7 Shekels. Muito barato. E o ônibus te deixa em Bethlehem. Não fui de carro pq se trata de território palestino e em caso de atos de vandalismo, por ser carro com placa israelense, o seguro não cobre. Pela dúvida, optei o ônibus e não me arrependi. Segui até o ponto final do ônibus e descendo do mesmo, apareceram um monte de prestadores de serviço. Não dei ouvidos e subi a rua, pois todos os turistas estavam subindo ( eu eu havia perguntado aos comerciantes locais onde focava a Igreja da Natividade, e eles, muito prestativos, me informaram sem problemas. Cheguei numa boa). Sou desconfiado com muita gente oferecendo coisas (vide o meu relato de Pequim).

No meio do caminho conheci um palestino que falava português e pediu até pra tirar foto comigo no celular dele. O povo se amarra no Brasil, acreditem (talvez pq tenha uma embaixada nossa em Ramallah). Cheguei na Igreja da Natividade, vi o local para entrar na Manjedoura, Foi uma luta chegar até lá, pois é muita gente.

Depois da Igreja, eu inventei de ir em Jericho. Não sabia como, mas queria. Perguntei a um guia quanto custava ir de carro, no qual obtive a resposta de 300 shekéis. Logicamente não aceitei. Até que, de repente mesmo, eu vi um homem na Van almoçando e algo me mandava ir nele (cada um com a sua crença, mas pra mim foi coisa de Deus mesmo). Falando com ele, que era guia turístico, o mesmo me informou o que eu deveria fazer. Agora conto a vocês, caros leitores, como se faz pra ir até Jericho por um preço mais do que camarada. Prestem atenção:

Saiam da Igreja da Natividade, como se tivessem indo na praça em frente, virem à direita, sigam para a única rua onde passa carro, virem à esquerda e desçam a rua. Descendo uns 300 a 400m, vocês verão um terminal rodoviário. Entrem, sigam reto e quando virem as placas indicadoras de onde fica o elevador, virem à esquerda. Cheguem ao elevador e desçam uns três andares e pronto ! vocês verão um ponto de vans amarelas. Simples. Eles cobram apenas 20 Shekéis para te levar até Jericho. No caminho comprei um galeto, pão, hummus e coca cola. Olha, não era o tempero da fome não, mas foi o galeto mais saboroso que comi. Os palestinos sabem cozinhar mesmo. O hummus, idem. Eu e o meu companheiro de viagem (Pastor Edmilson), nos amarramos de montão. Na volta, pegamos a van até um ponto, onde pra nos adiantar, o motorista me informou que passava um ônibus que me deixava direto no Damascus Gate. Fui e realmente cheguei lá, pois estava desanimado de chegar em Bethlehem e andar mais de 2Km até o ponto do ônibus. Na volta me cobraram 14 Shekeis e usei mais 5 para o ônibus.

A viagem pra Jericho é muito longa. Muito cansativa. Chegando lá, comemos o galeto com pão... a fome tava grande... e demos um passeio rápido.

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5 - TIBERIAS, CAFARNAUM E MAR DA GALILÉIA -

Conforme eu havia dito, é válido alugar um carro quando se sai de Jerusalém. Eu aluguei no site http://www.rentcars.com . Foi tudo tranquilo e no dia e hora estava tudo engrenado. Optei por um carro automático (em Israel achar carro manual é quase uma caça ao tesouro mesmo) e o mais simples. Me deram um Nissan Micra (o nosso March no Brasil). O carro foi uma maravilha. Dirigir em Israel é uma maravilha. Primeiro pq o waze te leva em tudo quanto é lugar (pra quem não sabe, o waze é israelense mesmo) e segundo pq as estradas israelenses são um verdadeiro tapete. Chega a ser uma experiência prazerosa. Ah! custou uns 400 reais 3 dias com o carro. Sendo que eu optei pelo seguro completo, ou seja, em caso de perda total, eu não desembolsaria um real sequer. Ah! a gasolina em Israel é muito cara, mas milagrosamente rende muito mais que no Brasil (infinitamente mais).

De Jerusalém até Tiberias são cerca de 200 Km em média. Chegando lá, após mais de duas horas dirigindo, estacionei o carro e fui direto pro Mar da Galiléia. Andei um pouco pela cidade e quando retornei, levei uma multa. Motivo: realmente esqueci do parquímetro. Mas as multas em Israel são pagas nas agências dos correios e paguei no dia seguinte em Jerusalém. A senhora dos correios, simpática que só, chegou a rir, pois eu contei a história da multa. Mas voltando, achei a cidade muito bonita. A vista do Mar da Galiléia é simplesmente espetacular. Na verdade o Mar é um lago. Logo após ter chegado do passeio e ter levado a multa, peguei o carro e fui em Cafarnaum, uma cidade citada na Bíblia, onde tinham os pescadores discípulos de Jesus.

Cafarnaum é uma cidade (se é que pode ser chamada de cidade, pois pelo que vi é um vilarejo), bem pequena. Paga-se uma irrisória taxa para entrar. Entrei, explorei, tirei fotos e comecei a lembrar das histórias bíblicas sobre aquela cidade. Muito legal, bonito e emocionante. Logo após, peguei o carro, já no final do dia e me dirigi de volta a Jerusalém, onde estava hospedado.

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6 - NAZARÉ E HAIFA

No dia seguinte foi a vez de ir a Nazaré. Haifa não estava nos planos. O dia estava muito chuvoso. Nazaré fica antes de Tiberias...cerca de 30 Km. Mas deixamos pro dia seguinte senão não iríamos aproveitar bem Tiberias e Cafarnaum. Chegando em Nazaré , estava bem frio. Fui na Basílica da Anunciação, onde o Anjo Gabriel anunciou à Maria que esta daria a luz a um menino, mesmo sendo virgem.

É uma igreja muito bonita e imponente. Embora o tempo não tivesse ajudando muito, haviam muitos turistas no local. Ficamos somente três horas em Nazaré, cidade onde Jesus cresceu e o tempo nos desanimou de explorar mais. Então iríamos retornar a Jerusalém.

Só que eu não queria chegar tão cedo e ficar sem fazer nada. Logo de repente, parei no acostamento, mudei a rota do GPS e me dirigi a Haifa. Chegando lá, me deparei com uma LINDA cidade. Haifa fica ao norte de Israel. Tem uma vista de cima que não cansa os olhos, pois é simplesmente fantástica. Chegando lá, tratei logo de pagar o parquímetro e como o tempo era bem curto, fui apenas no Patamares. Logo após, demos um longo rolé pela cidade e voltamos para Jerusalém.

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7 - MAR MORTO

No dia seguinte a Haifa, fomos ao Mar Morto. Queríamos ir também em Massada, mas devido à forte chuva no dia anterior, o pessoal da segurança informou que a estrada estava bloqueada até Massada, sendo possível somente ir até Ein Gedi. Lá ficamos num Spa, cuja entrada não é das mais baratas, porém tinha toda estrutura, com banheiros bem limpos, almoço (optei por) e transporte até o Mar Morto, pois fica ainda a uns 500m em estrada de pedra. Aviso: LEVEM CHINELO. Mas voltando, eu até então achava que aquelas fotos de flutuação no Mar Morto eram meio que exageradas. O solo é apenas sal. Sal por toda parte. Muito incrível. Quando segui as instruções de como se boia, comecei a rir sozinho, pois parecia mágica. A pessoa junta as pernas, agacha, deita e a água joga para cima. Parecia pegadinha. Realmente as fotos que eu via não eram exageradas. Era realmente a realidade do Mar Morto. Muito cuidado com a água nos olhos e na boca. Não existe qq possibilidade de alguém se afogar naquelas águas.

Dentro do SPA ainda tinha uma água escura, também do Mar Morto, misturada com a lama terapêutica, bem aquecida, que dá pra flutuar e relaxar. Ainda no SPA tinha uma loja que vendia produtos do Mar Morto, com um preço que também é de matar. Logicamente nada comprei. O Mar Morto fica entre Israel, Palestina e Jordânia. Assim como na Galiléia, o Mar é, na verdade, um lago.

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8 - FINAL

Após o Mar Morto, finalmente pegamos o carro no dia seguinte, após o café da manha, e seguimos pra Tel Aviv, onde pegamos o avião para Milão e depois, para o Brasil. Optamos por apenas um dia em Tel Aviv e mal tiramos fotos. Até pq o tempo estava muito nublado. Mas isso não foi empecilho para que deixássemos de passear. Só que as fotos quase não tivemos devido a um acidente que tive no Mar Morto, ou seja, meu telefone caiu dentro da água e LITERALMENTE, morreu. Logo, nem o telefone sobrevive àquelas águas... :D:D:D .

A volta foi menos chata que na ida, mas mesmo assim, me fizeram novamente um monte de perguntas e depois houve um fato curioso... após 10 dias passei pela imigração e, curiosamente, quando estava me dirigindo para o guichê, o mesmo judeu que distribuiu sanduíches pros deportados por ocasião da minha chegada, falou o seguinte: "Hey, Brazilian, that side", apontando o dedo para a máquina que me liberava, pois eu não precisaria mais de outra sabatinada que levei quando cheguei. O que me deixou mais intrigado foi ele ter se lembrado de mim e saber a minha nacionalidade, uma vez que sequer tive contato com ele.

 

9 - CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Israel é um país fantástico, com muito valor histórico e, principalmente, religioso, os quais se completam. É um país cujo custo de vida não é barato, mas pesquisando, dá pra fazer muitas coisas em conta. É um país muito seguro, embora a mídia mostre outra coisa. Até na Palestina a sensação de segurança é grande. Garanto que é exponencialmente mais seguro do que o Rio de Janeiro, cidade da qual sou natural. A única sensação de medo que realmente tive foi que quando em território palestino, eu tivesse avistado caças israelenses... aí ferrou...é engraçado, mas passou isso pela minha cabeça. :D:D:D .

Fiz essa viagem com pouco menos de 10 mil reais. E nisso inclui-se passagens, aluguel de carro, combustível, alimentação, hospedagem, entrada no SPA (140 Shekéis), enfim, TODA A VIAGEM. E ainda me sobraram 400 dólares. Olha que ainda comprei chocolates e perfume no Free Shopping de GRU.

Enfim, numa viagem só, em dupla ou em trio, podemos economizar bastante e fazer o próprio roteiro. Existem caravanas que fazem isso. Mas se a pessoa tiver um espírito aventureiro e um razoável conhecimento do idioma inglês, é bem melhor e evita o gasto de rios de dinheiro em caravanas, as quais prefiro não tecer comentários para polemizar. Se a pessoa for bem idosa, nada souber de inglês e realmente quiser conhecer essa Terra Santa, realmente recomendo as caravanas, embora tenha visto idosos de mochila e "pernas pra que te quero". Alugar um carro além de confortável, é uma economia absurda. Por exemplo, só o passeio pra Tiberias e Cafarnaum, custavam 125 dólares americanos por pessoa. Eu paguei apenas 70 Shekéis de gasolina e dividi a viagem com o Pastor Edmilson. Ou seja, seriam 250 dólares para os dous.. mais de 750 reais. Lembram que os três dias de carro custaram 400 reais? A economia é muito absurda. Se for em três ou quatro pessoas, economiza-se mais ainda. Basta uma carteira de habilitação válida no Brasil e um cartão de crédito internacional. Valeu muito a pena. Eu planejei a viagem em fevereiro de 2016, quando comprei as passagens. Viajei em dezembro do mesmo ano (logicamente). Durante o ano aluguei o carro, E paguei hotel. O seguro de saúde ficou por conta do cartão platinum, uma vez que as passagens foram compradas com o mesmo. Enfim, eu faria quase que a mesma coisa, sendo que apenas evitaria vôos pela ElAl devido ao trauma da imigração ((mas como já fui uma vez, creio que na segunda vez, será (ia) mais tranquilo)). Eu teria ficado também mais dias e juntaria mais dinheiro só pra explorar Jordânia e Líbano (cujos vistos são meio caros). Bem, nada resiste a um bom planejamento.

Caso precisem, podem tirar dúvidas pelo meu email. Espero que tenham gostado do relato. E cuidado com vendedores. Na hora de comprar lembranças, pesquisem bastante. Eu fui comprar uma estola sacerdotal e o cara veio me oferecendo 70 Shékeis. Como sou macaco muito do velho em viagens (visto relato Buenos Aires), não aceitei. E quando fui em outra loja, perto do Jaffa Gate, o cara me vendeu três estolas por 40 Shékeis. Logo, procurem e não caiam nas lábias de vendedores. O pouco contato que tive com os muçulmanos, comercialmente, foi bom, pois pelo menos mostraram ser pessoas bem honestas (falo por mim e pela minha experiência apenas). Eles não inflacionaram os preços por verem que eu era estrangeiro. Ao contrário, mantinham os mesmos preços para todos. Na dúvida, comprem lembranças fora da cidade velha. Infelizmente não tirei foto da loja para mostrar aos caros leitores. Procurem restaurantes através do Trip Advisor. Lembrem-se que comida em Israel é caro.

God bless you!

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Olá Mizangelo!

Muito bom o relato. É uma viagem realmente fantástica. Vou pra lá em maio e o que me preocupa ainda é o inglês, que ainda não estou muito seguro.

Algumas dúvidas:

- Você lembra quanto gastou em média com alimentação (por dia)?

- Você disse que comprou um chip lá. Foi fácil usá-lo? Vi em um relato por aqui que é bastante burocrático ativar esse chip.

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Bom dia Fred!

Obrigado pelo comentário. Olha, em média eu gastei uns 130 NIS. O NIS é páreo com o real, sendo que a nossa moeda vale apenas uns pouquíssimos centavos a mais. Evite comer hambúrguer. Lanche no Mc Donald's, nem pensar (conselho apenas). Ao redor de Jerusalém, por exemplo, fora da cidade velha, vc vai ver uns lanches bons e mais em conta. Tem um restaurante, o qual eu esqueci de mencionar no relatório, que é de um brasileiro. Dá pra comer de boa lá. Lá vc encontra um arroz, feijão, peixe frito, almôndegas etc. Preço bom. Mas só fui descobrir perto de ir embora. Na rua principal, onde passa o bonde, no sentido cidade velha (ele vira antes, pois não pass lá. Só o sentido mesmo). Enfim, nessa rua, vc pode encontrar bastante opções para comida. Tem uma loja que eu comprei um monte de pães doces e por preços irrisórios. Tinham biscoitos muito bons também. O segredo é dar uma andada pelas ruas, se "perder" em outra e encontrarás coisas boas. Foi assim que eu achei uma casa de azeites e trouxe alguns pro Brasil.

Quanto ao inglês, escrevi aquilo no relato tendo em vista que em Israel falam muito bem o idioma. Como não falo a língua deles, consegui interagir numa boa. Mas o básico te salva em qualquer lugar do mundo.

Em relação ao chip. existem duas lojas no aeroporto. Uma verde, que fica quase que de frente, saindo pelo portão que leva ao saguão do Ben Gurion (fuja dela, pois vão te cobrar os olhos da cara) e tem uma, LITERALMENTE, no lado direito do mesmo saguão, numa livraria. Lá é mais barato, paguei 70 NIS pelo pacote de 6G. Eu apenas quis o pacote de internet pra poder usar o GPS. Era muito mais do que eu precisava, acredite. Devido a isso, não vi o preço fora do aeroporto, o qual creio ser mais barato. Mas se vc for pegar carro logo em Tel Aviv, aconselho a ir nessa livraria.

Espero tê-lo ajudado.

Abç.

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Ótimo relato! Quanto ao custo da viagem: o valor de 10 mil foi por pessoa, correto?

Não. Se fosse calcular por pessoa, seria um pouco menos.

Aprox (uns para mais, outros para menos) R$5.300,00 (passagens para os dois); R$2.100 de hotel; R$400,00 de aluguel de carro; R$1.500,00 de comida (este valor está muito pra cima mesmo...e comemos bem, tendo em vista que o café era um almoço e fazíamos lanches depois, conforme o relato. Mas foram lanches decentes mesmo); R$2.500,00 de gastos diversos (serviço de correios, gasolina, lembranças, passagens de ônibus, carro para Jericho, Spa no Mar Morto etc). Levemos em conta que não fizemos extravagância alguma. Foi uma viagem com tudo o que precisávamos com bastante conforto. E gastamos com perfumes e chocolates (esposas e filhas) no free shopping. Ainda me sobraram 400 dólares (eu) e 100 dólares (Pr. Edmilson). Somando tudo, o gasto foi de aproximadamente R$11.800,00.

Mas meu amigo, vale a dica... nada resiste a um bom planejamento. As passagens foram oportunidades únicas, pois era comprar ou comprar naquele momento. Leia o meu relato de Buenos Aires e verás que procurando bem, a gente consegue achar tudo muito em conta, sem precisarmos de intermediários (lembre que os comerciantes nos vê como "galinhas dos ovos de ouro"). Por isso essa viagem saiu assim. Se optássemos por ir ao Líbano ou Jordânia, acrescenta aí mais uns R$3.000,00 para os dois em ambos países (visto, alimentação, transporte e hospedagem 2/3 estrelas). Mesmo assim ainda saiu muito menos que os R$10.000,00 por pessoa. Convém lembrar que só utilizei o meu cartão de crédito uma única vez para comprar sanduíches (baratos), apenas pra me certificar que estava liberado o gasto no exterior para caso de emergência.

Espero tê-lo ajudado.

Forte abç.

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Eu levei adaptador. Mas não foi necessário, pois a tomada é de dois pinos. Bem, na dúvida, leva. Vc compra um no mercado livre por um valor bem baixo.

 

Ótimo!

Ahh, e quanto a Jericó... valeu a pena ir até lá? O que tinha de interessante?

Rapaz... eu só fui pq é um local citado na Bíblia. Mas não achei tão interessante. Tem um teleférico e tal... mas a ida até lá partindo de Bethlehem foi ultra cansativa e muito demorada. Numa segunda ida a Israel, com certeza não estaria no meu roteiro.

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