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Roma

 

Bom dia a todos. Estou em falta para com este fórum.

 

Fui a Roma dia 26 de Novembro de 2009, com o intuito de ir ao concerto da Laura Pausini dia 27 no Palalotomattica e aproveitar para ver alguma coisa em 5 dias em Roma. Peço desculpa pelo atraso, mas o prometido é devido.

 

Dia 26

Partida dia 26 de Novembro de 2009 de Lisboa às 9h25 e com chegada a Fiumicino passadas 2 horas de voo (rápido não é? ). Chegado a Roma, a primeira coisa que noto: 20 graus de temperatura (em Lisboa estavam 13 graus).

 

Saí do avião, peguei na minha bagagem, segui as setas que indicavam a direcção da estação de comboio e lá subi a escada rolante. Aproveitei, e logo do lado esquerdo entrei num posto de turismo e adquiri o ‘Roma Pass’ por 23 eurros. Depois, já na plataforma da estação para apanhar o comboio para Roma (o ‘Leonardo Express’), aproveitei para ir a uma tabacaria do lado direito para comprar o respectivo bilhete (11 euros).

 

Já no ‘Leonardo Express’ em direcção a Roma, fiz conhecimento com italianos, e logo ficaram a saber que eu tinha ido de propósito a Roma para ir ao concerto da ‘Laurinha’. Aliás as opiniões em Itália são unânime: ‘Molto Brava!’ Após mais ou menos 30 minutos, chego a Termini (a maior estação de comboios que eu vi na minha vida). A partir de Termini vai-se para qualquer parte de Roma ou mesmo de Itália. Após caminhar imenso (sempre de olhos atentos por causa dos carteiristas - nada que eu já não faça habitualmente em Lisboa), viro à esquerda e vou em direcção ao Hostel Downtown, e aí faço o check-in (que óptima impressão eu fiquei deste hostel – simples, acolhedor, barato, com gente simpática e bastante calmo. Mal fiz o check-in, fui logo à descoberta, e entrei na Igreja Santa Maria Maggiore, aquela em que só o Papa pode celebrar uma missa. Depois desci em direcção ao ‘Colosseo’ através da Via Cavour, mas como já tinha encerrado fiquei a admirá-lo da parte de fora assim como ao Arco de Constantino (já anoitecia). Lindo visto à noite. Como ficava logo ali ao lado, aproveitei e fui ver o Monumento de Vittorio Emanuele II. Já de volta, fui a Termini jantar numa cadeia de restaurantes chamada ‘Ciao’ onde sem come bem e barato (13 euros c/ primi, secondo, vinho, pão e café. Se fosse áquilo a que se chama de ‘Ristorante’ pagaria por volta de 40 euros). De volta ao hostel fui dormir.

 

Dia 27 (o dia do concerto)

Levantei-me, fui ao snack de Termini tomar o pequeno-almoço (um capuccino e uma sandes de queijo imensa em forma de baguete bem aviada, mais café -2.80 euros. Em Lisboa onde tomo o pequeno-almoço pago 2.60 euros muito mal aviado.

 

Depois lá fui eu direito ao ‘Colosseo’ (10h30), onde havia uma bicha imensa numa das entradas (bicha em Portugal=fila de pessoas Lol), e uma outra sem ninguém. Como tinha ‘Roma Pass’ foi entrar à vontade sem esperar’. Quando me vi lá dentro, sentia história. Só a imaginar que naqueles labirintos cristão foram lançados às feras. Sem palavras! Saí, e fiquei a contemplar o Arco de Constantino alguns minutos. No Colosseo havia em exposição peças de cerâmica da Roma antiga, com bastante interesse.

 

Depois foi até ao Fórum Romano e Palatino (local segundo consta, foi o ponto de partida da fundação de Roma) que é outro espectáculo logo ali ao lado. O Fórum Romano era o centro comercial, político, religioso e cultural de Roma. Aí é admirável o Arco de Tito e a Igreja de Santa Francesca Romana, o Arco de Settimio Severo, o Templo de António e Faustina. Acabei por sair do Fórum Romano pela saída que leva até ao Capitólio (não cheguei a entrar lá. A famosa loba que espere até a uma outra ida a Roma). Depois de descer a escadaria, ando mais um pouco e chego à Piazza Venezia, e vouaté ao Monumento a Vittorio Emanuele II (o símbolo da unificação italiana). Seguindo em frente, é possível ver o Teatro di Marcello, e finalmente chego à Torre de Santa Maria in Cosmedin (um espectáculo!). Após entrar na Igreja de Santa Maria in Cosmedin lá tive que ir pôr a minha mão na “Bocca della Verita” (é da praxe ) e tirar a fotografia. Continuando, chego ao ‘Circus Maximus’, local onde ocorriam os jogos romanos.

 

Dali, fui caminhando até ao Panteón, que data de 27 a.c. Imponente quer visto de fora quer no seu próprio interior (visita obrigatória). Saí, e fui em direcção à Piazza Navona, e não é que estava um individuo de óculos escuros em cima de uma das estátuas (mais precisamente em cima da Fontana del Moro)? Não sei o que é que ele estava a reclamar, só sei que estavam lá os carabinieri, as forças especiais da polizia e os bombeiros para tirar o tipo da estátua. Toda a gente percebeu que não quiseram tirar o tipo à força por causa dos turistas (causaria má impressão segundo um dos locais). Bom já era 14h30, e eu tinha que voltar ao albergue, tomar banho, almoçar e ir ao concerto da Laurinha (a ‘Divina’, como chamam os italianos carinhosamente).

 

Com banho tomado, e almoçado, apanhei o metro em Termini e desci na estação ‘Palasport’, ando um pouco a pé e chego ao maior recinto de espectáculos de Roma, o Palalottomatica, para ver o concerto da ‘Laurinha’. Bom, a malta enquanto esperava ia cantanto as letras das músicas. Aí, acabei por conhecer dois casais de namorados que me receberam muito bem e foram extremamente simpáticos (aliás como todos os italianos com quem me cruzei). Queria deixar claro aqui, que os italianos adoram os Portugueses. Uma amiga minha que viveu em Roma três anos para tirar uma especialização já me tinha dito isto. Enfim, confirmei-o de facto ‘in loco’. O concerto foi fantástico! Como levei a bandeira de Portugal, aproveitei para mostrá-la. A Laurinha agradeceu a presença de pessoas que vieram de longe para vê-la, a saber, Venezuela, Espanha, Bélgica, Israel e claro, de Portugal . No final do concerto disse que iria fazer uma paragem durante dois anos, mas que dentro de dois anos estará novamente em Roma, no Palalottomatica, para mais um concerto. Já perceberam quando é que eu irei a Roma novamente, não já?  Hehehe!!!

 

Dia 28

Por volta das 13h30 apanhei o metro e lá fui eu até à Fontana di Trevi (Fonte dos Trevos, também lhe chamam a fonte dos desejos). Acabei por encontra dois colegas de quarto do albergue, dois italianos de Cuneo (norte da Itália). E ficámos à frente daquela Fonte espectacular durante 2 horas, a comer um gelado (mesmo do lado esquerdo da fonte existe uma das melhores gelatarias de Roma (é imperdível!!!). Sou um grande apreciador de café e de gelados. Em Roma bebi o melhor café e o melhor gelado da minha vida.

 

Segui para Campo dei Fiori, um local que da parte da manhã existe um mercado de frutas e vegetais e à noite é um local de diversão onde as pessoas vão jantar a um restaurante ou a um bar tomar um copo. No centro existe uma estátua alusiva ao filósofo Giordano Bruno.

Saí em direcção ao Castel Sant’Angelo, pela ‘Corso Vittorio Emanuele’ (fiz tudo a pé pois não se justifica apanhar transportes públicos, uma vez que os pontos de interesse principais estão perto uns dos outros). A ida ao Castel Sant’Angelo representava quase como um dever. Sou católico, e acredito muito em São Miguel Arcanjo (o anjo nº 1 de Deus). Tinha que ir a este castelo, portanto. Foi espantoso pela simbologia, pela reflexão, pelo castelo e pela vista que se tem de Roma no topo (aconselho vivamente a visita). Não paguei, usei o Roma Pass para entrar, sem esperas. Práticamente no topo existe uma pequena esplanada para quem quiser lanchar. Saindo do castelo, passo a ponte S.Angelo com anjos de um lado e do outro e caminho pela ‘Lungotevere’, passo pelo Mausoleo di Augusto e chego à Piazza del Popolo. Sentei-me mesmo ao lado de uma fonte, fumei um cigarro e fiquei a observar o ambiente uns minutos. Pus-me outra vez a caminho pela Via Del Corso, viro à esquerda e entro na famosa Via Dei Condotti, sim a rua onde existem lojas de marcas tais como Gant, Gucci, Dior, Mario Lucchese, Emporio Armani, Bvlgari entre outras. Ok, eu já estava em frente à Piazza di Spagna, sim a famosa escadaria onde ocorrem desfiles de moda em Roma, e claro onde a ‘Laurinha’ (Laura Pausini) teve uma apresentação do seu trabalho ‘Primavera In Anticipo’. Então, comprei umas castanhas (hábito que também temos em Portugal na mesma altura) e sentei-me naquela escadaria a contemplar o ambiente, as pessoas, o lugar. Já estava escuro, subi até ao topo das escadas, e em frente fiquei um pouco em frente da Igreja ‘Trinitá dei Monti’, e pedi a um casal simpático de italianos que me tirassem uma fotografia.

Continuando na minha caminhada, fui pela Via Sistina e cheguei à Piazza Barberini e observei a ‘Fontana di Tritoni’. Logo depois apanhei o metro em ‘Barberini-Fontana Trevi’ e desci em Termini, um banho, jantei na cadeia de refeições ‘Ciao’ e fui para a cama pois no dia seguinte tinha que me levantar às 6h da manhã para ir para a bicha de entrada do Museu do Vaticano (bicha em Portugal=fila de pessoas. É bom sempre lembrar  hehehe).

Dia 29

 

Levantei-me pelas 6h15 da manhã, apanhei o metro em Termini e desci na estação de ‘Ottaviano-San Pietro’, caminhei pela Via Ottaviano, por dois quarteirões e lá estava eu na fila de espera para a entrada do Museu do Vaticano (eram 7h15, e já havia muita gente). Gostaria de referir que por ser o último Domingo do mês a entrada foi gratuita. Pelas 9h20 eu já estava a entrar no Museu do Vaticano, a admirar maioritáriamente a obra deixada por Michelangelo que é impressionante e que nos deixa sem palavras e com uma grande dor de pescoço. Só visto! Depois saí apressado em direcção a uma outra fila, desta vez na Praça de São Pedro. Havia duas filas, uma para a cúpula e a outra para a Tumba dos Papas. O discurso do Papa seria ao meio-dia, e eu dispunha apenas de 50 minutos. Optei por visitar a Tumba dos Papas (estar em frente do túmulo de João Paulo II era algo para mim imprescindível). Fiquei por alguns minutos em frente ao túmulo do Papa que tanto eu como os meus avós admirávamos. E ouvia-se choros. Que pessoa extraordinária foi este Papa. Que emoção! Nesse local não deixavam ninguém tirar fotografias ou filmar. Paciência! Faltavam cera de 10 minutos para o meio-dia. À saída, passei pela Basílica de São Pedro e ao meio-dia em ponto já estava eu a puxar do telemóvel para gravar o discurso dominical do Papa. Nesse Domingo o pensamento do Papa foi relativamente a pessoas doentes com Sida. No final desse discurso pedi a um Senhor que me tirasse uma fotografia para a prosperidade, e lá fui eu até a uma loja religosa situada na Via della Conciliazione (a Domus Artis) logo à saída da Praça de São Pedro. Foi para mim uma ocasião muito especial estar naquela Praça. Depois apanhei o autocarro nº64 até Termini. Reservei a parte da tarde de Domingo para caminhar por Trastevere (zona típica de Roma e muito parecida com o ambiente do Bairro Alto em Lisboa de há 15 anos).

 

Depois de almoçar, em frente a Temini apanhei o autocarro ‘H’ que me levou até Trastevere. Achei piada pois em Trastevere também (como em Lisboa) existe eléctricos a passar. Visitei a Basílica de ‘Santa Maia di Trastevere’ e depois caminhei por entre os bairros. Na altura havia pessoas locais à porta de um bar a assistir ao dérby local: o jogo do calcio entre a Roma e a Lázio. Na altura a Roma estava a meio da tabela. Eles não ficaram nada chateados por saberem que sou Português (se calhar até simpatizam com o José Mourinho, não sei). Mas conheci ali gente simpática. Depois fui passear um pouco ao longo do rio Tevere, saboreando um gelado.

 

Já era noite, e apanhei o autocarro ‘H’ de volta a Termini. O dia acabou e no dia seguinte tinha o meu vôo de volta para Lisboa às 14h00.

 

Balanço Geral:

Adorei Roma. A nível de segurança não tenho nada a referir uma vez que os cuidados que tive lá foram os mesmos que tenho quando circulo em Lisboa. Inclusivé, cheguei a andar sozinho na zona de Termini à noite, fui a um bar beber 3 caipirinhas servidas por uma brasileira (as caipirinhas estavam um espectáculo!) e nunca fui abordado por ninguém mal intencionado. Aliás mesmo ao lado de Termini estvam lá sempre dois carros dos Carabinieri. A carteira com algum dinheiro para gastos correntes e o telemóvel trazia-os sempre nos bolsos da frente (nos bolsos de trás nunca coloquei nada). A máquina fotográfica no bolso da frente da camisa encostada ao peito. Sempre que notava alguma aproximação de alguém redobrava a atenção não deixando sequer qualquer aproximação. Quando em autocarro e no metro sempre procurava veículos que não fossem ‘apinhados’ de gente e de preferência com lugar para me sentar. No último dia, em Termini, quando eu tirava o bilhete para o ‘Leonardo Express’ que me levaria para o aerporto de Fiumicino, uma cigana ofereceu-se para me ajudar a tirar o bilhete (ela falava comigo mas eu nunca olhei para a cara dela, ouvia-a e falava com ela mas sempre olhando para as minhas coisas.

 

Em Roma bebi o melhor café e o melhor gelado da minha vida. Comi o que mais adoro e como deste pequeno: massa / pasta. Fui sózinho, andei a maior parte do tempo só mas vivendo um ambiente fantástico que aquela cidade tem para oferecer. Ficou a certeza que os italianos gostaram de mim e que eu gostei imenso dos italianos. Pretendo voltar, com motivo ou sem motivo.

 

Definitivamente, adoro Roma. E se me pedirem para comparar Roma com algum outro lugar, responderei: ‘Impossível, porque Roma é Roma’ (ponto!).

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  • 1 ano depois...

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