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Expresso Vale Verde recupera trem de Minas Gerais


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Cidades históricas e muita natureza. Esse é o cenário que deve fazer parte do trajeto turístico sobre os trilhos do Expresso Vale Verde, no Sul de Minas

 

Fonte: DeFato Online

 

Cidades históricas e muita natureza. Esse é o cenário que deve fazer parte do trajeto turístico sobre os trilhos do Expresso Vale Verde, no Sul de Minas. A ideia, que surgiu em 2008, deve ser lançado oficialmente no próximo semestre, por um grupo composto por estudiosos e ex-ferroviários, com o apoio de cinco prefeituras da região.

 

Conforme a proposta, um trem turístico poderia percorrer a linha férrea de cargas a partir de Perdões, passando por Ribeirão Vermelho, Lavras, Itumirim e chegando até Carrancas, onde deve completar aproximadamente cem quilômetros de passeio. Ao todo, serão sete estações.

 

A projeção dos estudos preveem ainda a inclusão de atividades turísticas já realizadas em mais 95 cidades próximos daquelas por onde o expresso vai passar. O projeto deve ser apresentado no 1º Encontro de Preservação e Revitalização Ferroviária da História de Minas, em Lavras.

 

A ideia do trem sul-mineiro é do técnico em informática e filho de ferroviário César Mori Júnior, que viu na proposta uma oportunidade econômica para as cidades do trecho. Segundo ele, os municípios, entre eles, Lavras, onde mora, cresceram e viveram durante décadas do desenvolvimento que o transporte sobre os trilhos proporcionou.

 

“O Sul de Minas é um polo ferroviário. Aqui ficavam as principais oficinas da extinta Rede Ferroviária Federal e era um dos únicos entroncamentos do Estado por onde podíamos ir para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e para Brasília”, lembra Mori. Hoje, os trechos estão com o transporte de cargas, em concessão para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA).

 

Para que a ideia começasse a ser consolidada, foi organizada a Associação Circuito Vale Verde. O projeto, acrescenta Mori, foi avaliado por técnicos da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e, nos próximos meses, deve ser firmado um convênio com a Associação Brasileira de Trens Turísticos e Culturais (Abottc). A partir daí, começa a busca de recursos para que o circuito entre em operação.

 

“Inicialmente, o circuito precisará de R$ 3,5 milhões para operacionalizar e reformar sete vagões”, estima Mori. A reforma das estações depende de investimentos que ainda estão sendo estudados.

 

O presidente da Abottc, Sávio Neves, vê os trens turísticos, como o do Vale Verde, como o negócio do momento no Brasil. “Por ano, os trens turísticos transportam 3 milhões de passageiros.

 

Até 2012, serão 5 milhões”, calcula. O faturamento anual desses empreendimentos fica em torno de R$ 150 milhões, só com a venda de bilhetes. Juntamente a outros negócios, como pousadas, artesanato e restaurantes, o faturamento anual deve chegar a R$ 500 milhões.

 

Neves diz que a autorização para que a FCA conceda horários para a circulação dos vagões turísticos está baseada na Resolução 359, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

 

“Ela estabelece a obrigatoriedade da passagem de dois trens diariamente sobre os trilhos de uma concessão ferroviária de carga”, indica. Essa lei já se aplica ao trecho Curitiba-Paranaguá e ao Trem Capixaba.

 

O coordenador de Relações Institucionais da FCA, Luiz Fernando Villela, afirma que teve apenas contatos iniciais com os idealizadores do projeto, e que deve ser agendado um encontro com o grupo para debater o assunto. “Ainda não temos informações necessárias para avaliar a proposta.

 

Mas a empresa está aberta para a análise de pedidos de circulação de trens turísticos”, aponta. Atualmente, o Brasil possui 24 trechos de trens turísticos, cinco deles em Minas.

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