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O Urro do bumba-meu-boi acorda São Paulo


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FONTE:Jornal Cazumbá.

http://www.jornalcazumba.com.br

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São Paulo despertou hoje com uma bela apresentação da Cia Barrica que mostrou a todos as belezas do São João do Maranhão.

 

Foi uma belíssima apresentação de índias, rajados cazumbás e caboclos com seus chapéus coloridos, que deram um charme especial à mais tradicional festa popular maranhense, encantando a São Paulo e região.

 

A apresentação foi ao vivo, no programa jornalístico Bom Dia São Paulo, que do estande do Maranhão, mostrou também a riqueza do artesanato, culinária e os destinos maranhenses para o maior público consumidor de produtos turísticos do Brasil.

 

No primeiro dia do 5º Salão de Turismo do Brasil, já passaram pelo estande maranhense, milhares de pessoas, que aproveitaram para degustar iguarias como doce de espécie, castanha de caju, bombons de cupuaçu e bacuri, catuaba e, ainda, o tradicional guaraná Jesus. Esse dia foi encerrado com um grande cortejo promovido pelo boizinho barrica, botando todo o público do evento para dançar a grande festança do bumba-meu-boi do Maranhão.

 

Um São João diferente

 

O Maranhão levou ao 5º Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, a mais autêntica expressividade cultural do Estado e uma das mais bonitas do Nordeste. O São João que o Brasil conhece tem caipira, fogueira, casamento matuto e noivo que foge do altar. Os convidados dançam forró e as meninas usam ceroulas por baixo da saia rodada.

 

Mas no Maranhão não é assim não. Por lá a festa tem bumba-meu-boi, tambor de crioula, dança de roda, matraca, pandeirão e fantasias de índios em mais 400 grupos culturais espalhados pelo Estado. E o curioso é que cada manifestação folclórica é chamada de “brincadeira de São João”, onde a maior delas é o bumba-meu-boi. Por isso não estranhe quando algum maranhense perguntar qual a sua brincadeira predileta no período junino.

 

Como acontece nos carnavais do Rio de Janeiro e em Salvador, os ensaios são fundamentais para a festa sair perfeita. Os fins de semana do meio de maio e todo o mês de junho e julho são dedicados aos ensaios que, por si só, já são uma verdadeira festa

 

Outra curiosidade

 

Enquanto o resto do país se delicia com pamonha, pés-de-moleque, canjica e quentão, a turma do Maranhão acrescentou ao cardápio o delicioso arroz de cuxá, feito com vinagreira, camarão seco, farinha de mandioca e pimenta de cheiro e gergelim.

 

Conheça outras peculiaridades da festa de São João mais diferente do país:

 

BATIZADO - A tradição religiosa e cultural diz que o boi tem quer batizado. Na cerimônia, padre e padrinhos de verdade. O rito acontece no dia 23 de junho, véspera do São João, como um pedido de benção para que as festas sejam um tranquilas e, claro, um sucesso. Durante o batizado, é apresentado o novo couro do boi, uma obra de arte composta de vidrilhos, miçangas e desenhos inspirados no enredo escolhido para o ano.

 

SOTAQUES - Cada bumba-meu-boi é subdivido em “sotaques”. E cada sotaque tem características próprias que vão da escolha das roupas aos instrumentos musicais, até o tipo de cadência da música e coreografia dos grupos culturais.

Os sotaques estão subdivididos em orquestra, matraca e zabumba. Conheça cada um deles:

 

- Bois-de-orquestra: com sotaque composto por um conjunto de instrumentos de sopro (saxofones, flautas, clarinetes) e de percussão (bombo, tambor e maracás). O bumba-meu-boi sotaque orquestra também acompanham um show de coreografia e teatro. Durante as apresentações a brincadeira empolga pelas fantasias luxuosas e a sequência de musica de ritmos.

 

- Boi-de-matraca: marcado pelo ritmo das matracas. O som da brincadeira vem de dois pedaços de madeira que produzem um som rústico e ao mesmo tempo vibrante. Além das matracas, são usados pandeiros enormes, tambores-onça e maracás.

 

- Bois-de-zabumba: com tambores que de mais ou menos meio metro de altura, feitos de compensado, amparados por uma forquilha, que juntamente com pandeiros e maracás, produzem um som característico e contagiante.

 

Outras brincadeiras do São João maranhense:

 

Tambor de crioula: dança de origem africana conduzida por mulheres que batem tambores em ritmo frenético. Elas vestem saias rodadas em cores vivas, além de anáguas largas e blusas rendadas e decotadas. O visual também é composto por flores, colares, pulseiras e torços coloridos na cabeça. Já os homens do tambor de crioula vestem calça escura e camisa estampada.

 

Cacuriá: a dança de roda tem origem na festa do Divino Espírito Santo e animada por instrumentos de percussão.

 

Dança do coco: é o folguedo tradicional dos festejos juninos. Os participantes se organizam em círculos com um “puxador” de versos que retrata o cotidiano. A brincadeira é feita como um pagamento de promessa. Nos instrumentos, estão saxofone, pistão, trombone, banjo, pandeiro, triângulo, maracá-de-lata e tambor-surdo.

 

Dança do Lelê ou Péla Porco: de origem européia que utiliza o violão, o cavaquinho (ou banjo), pandeiro, castanholas, flauta (ou pífano) e rabeca. Os brincantes formam duas filas de homens e de mulheres, liderados por um mandante, responsável pela coordenação da dança.

 

Escrito por Reginaldo Rodrigues - direto do Salão de Turismo em São Paulo

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