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Feriado na Chapada dos Veadeiros (3 dias)


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  • Membros de Honra

Intro:

[mostrar-esconder]A cidade do Rio de Janeiro teve um prefeito reeleito diversas vezes – Cesar Maia -- e que, ao final do último mandato, parecia que ninguém nunca havia votado nele. Aquela coisa bem brasileira – o problema está sempre com os outros. Enfim, ao menos ele deixou uma herança salutar a todo viajante (eheheheh): o feriado de São Jorge! Com isso torna-se muito convidativo emendar os feriados de Tiradentes (21) e São Jorge (23). Neste ano eles caíram na terça e quinta-feira, respectivamente. Teve gente fazendo o mega-emendão. Adoraria fazer, mas minha empresa enfocou “apenas” a quarta-feira. Três dias de folga? Muito obrigado! Decidimos conhecer finalmente a Chapada dos Veadeiros.[/mostrar-esconder]

 

Chegamos a Brasília de noite na segunda-feira. Assim que o avião pousou, a chuva desabou. E forte. Era o prenúncio do que estávamos vendo no Climatempo ao longo da semana anterior: chovia constantemente naquela região do Centro-Oeste (ao menos era assim o panorama de Alto Paraíso de Goiás). Não esperava tanta chuva naquela área em abril. Vivendo a aprendendo. Nesse dia apenas pegamos o carro e fomos para o hotel. Ainda saímos com amigos.

 

Terça-Feira:

Bem nublado. Partimos logo cedo. Estrada boa para Alto Paraíso de Goiás. Dá pra sentar bem o pé (mas com segurança!) e diminuir o tempo de viagem, tem muita reta. Boa parte não estava sinalizada (ainda), embora estivesse recentemente recapeada.

 

A ideia original para esse dia era conhecer a Catarata dos Couros, mas arreguei diante dos problemas identificador previamente (acesso não sinalizado, possibilidade de atolamento – sobretudo em tempos chuvosos, o que era o caso). Optamos por inaugurar nossa visita à Chapada dos Veadeiros conhecendo as cachoeiras de Almécegas e São Bento. São todas muito boas, sendo a Almécegas II a mais bacana, na minha opinião.

 

De um modo geral você vai de carro para a Almécegas I e também para a Almécegas II. São Bento você vai a pé a partir da entrada mesmo. Custou 20 pratas por pessoa para conhecer todas as cachoeiras (o lugar é privado).

 

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Almécegas I

 

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Almécegas II

 

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São Bento

 

Curtidas todas as cachoeiras (principalmente a II, onde passamos um bom tempo!), seguimos em direção à vila de São Jorge. Tinha rolado sol, mas depois o tempo já tinha fechado novamente. No meio do caminho a chuva desabou. Ia e voltava, era forte, era fraca. Sei que matou resto do dia. Ficamos curtindo um pouco de São Jorge, que um quê de Visconde de Mauá. Ruas de terra, galera bicho-grilo, aquela coisa esotérica, mística e tal. Mas com muito menos badalação que Mauá.

 

Acho que cariocas invadiram a área, ouvimos muito o nosso sotaque por lá e até papeamos com alguns. Maioria fazendo o mega-emendão da semana.

 

 

Quarta-feira:

Reservamos o dia para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Fomos andando da pousada para lá. Há uma trilha curta e duas longas. Dentre essas duas, escolhemos a Trilha dos Cânions. Excelente! É bem fácil, mesmo sendo relativamente longa (coisa de 10k no total). Além do cânion (o outro estava com acesso fechado), tem também a cachoeira das cariocas, que é excelente. Embora tenhamos ido cedo, já tinha gente lá na cachoeira (e, claro, havia cariocas!).

 

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Observando o cânion

 

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Cachoeira das Cariocas

 

Curtida a trilha e as cachoeiras, voltamos. A ideia era pegar o carro e ir para o Vale da Lua, e assim fizemos. O Vale é o que eu tinha em mente nos anos 90, quando ouvi falar (e li sobre) a Chapada. Era, pra mim, a imagem de lá. Custa 15 pratas pra entrar.

 

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Mal chegamos à primeira parada – onde já rola o famoso solo lunar! -- e começou a chover. Fomos nos proteger de baixo de uma pedra. E então a chuva desabou. Sinistramente forte. A ponto de o pessoal que administra o lugar nos avisar para subirmos de volta imediatamente, diante do risco de uma forte tromba d’água. Subimos a trilha de volta debaixo de forte temporal. Na prática era como subir com um chuveiro grudado na cabeça. Nada, absolutamente nada (exceto o saco plástico onde providencialmente colocamos as coisas mais importantes) sobreviveu à molhadeira da chuva. Roupas, meias e botas encharcadas. Ao voltarmos à entrada ficamos torcendo roupas, meias e tirando água dos tênis. E ainda nos devolveram o dinheiro!

 

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Vale da Lua, minutos antes do dilúvio

 

Tinha uma galera no vale que acabamos dando carona até São Jorge. Havia uma carioca no grupo, claro!

 

Trocamos de roupa, largamos aquelas secando, e partimos para almoçar a famosa matula no Rancho do Waldomiro. Boa e relativamente barata! E ainda tem provas liberadas de cachaças e licores que são feitos por lá.

 

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PF de matula

 

Depois ainda passamos num Jardim que fica lá no meio da estrada, só mesmo pra conferir. Aliás, aquela estrada é muito bonita, belos visuais. Está toda asfaltada até São Jorge. Como a chuva ia e voltava, ficamos de relax em São Jorge na volta. Jantamos uma pizza em frente à igreja da vila, onde rolava bingo e depois festa. Rolou bingo e festa nas duas noites em que estivemos lá.

 

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Ali havia um tesouro

 

Quinta-feira:

Não tinha planos exatamente para esse dia. Então decidimos ir na Janela + Abismo. Tinha lido em alguns lugares que era a trilha mais difícil da Chapada. Achei bem tranquila. Inclusive achei tranquilo de fazer a trilha sem se perder.

 

A cachoeira do Abismo é ótima. Tem amplo visual, é fácil de entrar. E não tinha mais ninguém.

 

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Piscininha na Cachoeira do Absimo

 

Seguimos para a Janela e, de fato, é um visual estonteante. Espetacular. É o único lugar que achei que você pode não encontrar o caminho certo: quando se chega lá, deve-se atentar para entrar à direita, no meio das pedras mesmo. Seguindo em frente não chega a canto algum e a trilha fica mais fechada. Mas você sabe onde está o rio e a cachoeira, basta procurar uma posição adequada para curtir o visual. E posição adequada geralmente é em cima de alguma pedra.

 

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Visual da Janela

 

Curtida a Janela, voltamos. No meio do caminho o tempo fechou e começou a trovejar sinistramente. Aceleramos o passo para evitar uma nova chuveirada, mas parece ter sido alarme falso. A chuva passou e não desabou ali. Amem.

 

Seguimos de volta para Alto Paraíso de Goias, onde ainda fomos conferir a cidade e comer alguma coisa. Voltamos a Brasília de tarde. Era dia comum, pegamos trânsito no fim de tarde na cidade. Direto para o aeroporto para o retorno ao Rio!

 

E assim foi mais um feriado desbravando algum canto do Brasil.

 

[todas as fotos são do Instagam da Katia]

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  • Membros de Honra

cara e mais uma bela demonstração de como vcs aproveitam bem a vida !!

essa janela é espetacular mesmo, tem que voltar na seca/primavera para aproveitar mais....

já peguei abril chuvoso assim na chapada, tb é bonito tudo bem verde e cachoeiras com grande volume d'água

boas viagens !!

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  • Membros de Honra

Fala, Pedrada!

Mesmo com mais volume de água, ainda prefiro ir para lá na época seca. Eu realmente achava que abril já não tinha tanta chuva assim na área. Pelo visto a seca começa mesmo só em maio.

Devo voltar mais vezes, a Chapada tem muita coisa pra ver.

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