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Mochilão na Ásia: 132 dias, 8 países


Doug_Ju

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  • Membros de Honra

Dia 100 - 19/10: Finalmente paz na Índia.

 

Dormimos até tarde, tomamos café da manhã e fomos até a entrada do Taj Mahal.

 

Acho que foi a primeira vez que encontramos um banco para descansar, em paz, sem buzinas e nem pessoas nos causando dor de cabeça.

 

Acho que bancos são raros por aqui.

 

Só não tinha buzinas porque é proíbido o tráfego de veículos.

 

Sentamos na sombra e ficamos observando o movimento dos indianos e turistas por mais 2 horas.

 

A curiosidade dos indianos é uma coisa curiosa. Eles vão chegando sem disfarçar e ficam nos observando.

 

Quando estamos fotografando ou filmando, eles ficam atrás olhando curiosos...

 

Quando paramos para ver os mapas, eles param do lado e esticam o pescoço...

 

Um deles veio ver a foto que eu tinha feito, mostrei, perguntei a ele se ficou bom e ele deu aquela balançada de cabeça indiana...Inesplicável essa balançada de cabeça...

 

Voltamos para a rua do hotel e fomos almoçar.

 

Está difícil achar um restaurante limpo aqui na região Taj Ganj.

 

Nem estamos mais reparando muito nas condições dos lugares para não desanimar.

 

O Tico falou:

 

- Adoro a comida indiana...dos restaurantes de São Paulo...

 

- Ou dos hotéis caros da India...

 

Passamos em uma mercearia e compramos o papel higiênico mais caro que já vimos, um rolo por US$ 1,25!!!!

 

Os indianos não usam, eles lavam com a mão esquerda. Por isso eles só usam a mão direita para comer.

 

Papel higiênico é um artigo de luxo aqui na Índia.

 

Na hora da janta estava passando um filme e o dono perguntou o que o cara estava comendo:

 

- Cheese burger.

 

- O que é isso?

 

- É um pão com...

 

- Nem explica o que é hamburger...

 

- É verdade...

 

O Tico parou de falar e o cara não entendeu nada...

 

Voltamos ao hotel para dormir cedo.

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  • Membros de Honra

Dia 101 - 20/10: Agra Fort.

 

Acordamos cedinho e fomos ao Agra Fort.

 

O Agra Fort começou a ser construído pelo imperador Akbar em 1565.

 

Seu filho, Shah Jahan adicionou outros prédios usando mármore branco e o transformou também em palácio.

 

Shah Jahan foi aprisionado no forte por 8 anos, quando seu filho, Aurangzeb o destituiu do poder em 1658.

 

As paredes duplas do forte tem 20 metros de altura e 2,5 km de perímetro.

 

A luz do sol do começo do dia dá cores fortes ao paredão de diversos tons de marrom...

 

Os detalhes no mármore branco são belíssimos...

 

O estilo muçulmano nos faz imaginar as mil e uma noites...

 

Esquilos correm livres pelo jardim.

 

Algumas indianas pediram para tirar foto junto comigo.

 

Não soube reagir...Não sabia se as abraçava ou não...

 

Um indiano viu nosso interesse pelos esquilos e deu um pouco de biscoito para alimentá-los.

 

Eles vieram comer na mão.

 

Depois o indiano estendeu a mão pedindo uma gorjeta. Demos algumas Rúpias, ele pareceu não gostar do valor, agradecemos e fomos embora.

 

Pegamos um autorickshaw até o portão do Taj Mahal e andamos o restante do caminho.

 

A rua é cheia de lojinhas de souvenirs.

 

Os vendedores vão nos seguindo e oferecendo de tudo.

 

- Não, obrigado.

 

- O que você está procurando?

 

- Não quero comprar.

 

- O que você está procurando?

 

- Paz...

 

- Paz?

 

- Isso...

 

Ele parou de nos seguir...

 

Voltamos ao hotel e ficamos observando o Taj Mahal no pôr-do-sol.

 

O lugar é fascinante!!!

 

Saímos para jantar e finalmente encontramos um restaurante bom, barato e um pouco mais limpo...

 

O Joneys Place não tem uma aperência muito boa, mas foi o melhor lugar que encontramos por aqui.

 

A cidade ficou sem internet por 2 dias, por isso hoje ficamos muito tempo navegando para tirar o atraso...

 

Voltamos ao hotel para dormir cedo para o passeio de amanhã.

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  • Membros de Honra

Dia 102 - 21/10: Fatehpur Sikri

 

Acordamos cedinho, às 5:30, para ir à Fatehpur Sikri.

 

Tomamos o café da manhã no Joney's Place.

 

O Joney é um empreendedor totalmente diferente de todos os outros donos de restaurante do Taj Ganj.

 

Ele sabe agradar os gringos. Mesmo sendo um lugar não muito atrativo, está sempre cheio!

 

A bebida vem gelada no ponto certo! Fazia tempo que não tomávamos uma tão boa...Viva o Joney!!!!!

 

Pegamos um autorickshaw para o Idgah Bus Station para ir a Fatehpur Sikri.

 

O ônibus que pegamos foi o pior de todos até agora.

 

Os bancos estavam todos empoeirados demais. Até um indiano comentou da camiseta do Douglas que ficou suja de poeira...

 

Ficou super lotado. Os bancos eram para 2 pessoas, mas em todos eles tinham 3.

 

Depois de mais de uma hora de viagem chegamos a Fatehpur Sikri.

 

Acho que erramos a rua que leva ao sítio arqueológico, pois andamos por becos sinistros...

 

Enfim, chegamos ao Jama Masjid.

 

O Jama Masjid é uma mesquita impressionante. Fica no alto de uma colina de onde é possível ver toda a cidade.

 

Os desenhos simétricos nas paredes e janelas enchem nossos olhos.

 

Não conseguimos passear direito de tantos pedintes, vendedores, guias e amigos que só querem conversar...

 

Estava difícil tirar uma foto ou fazer um vídeo sem ser incomodado.

 

Da mesquita fomos a pé até a cidade antiga de Fatehpur Sikri.

 

Fatehpur Sikri foi construída pelo Imperador Akbar para ser a capital do império, mas a falta de água fez a cidade ser abandonada poucos anos depois.

 

Na volta, pegamos um ônibus ainda mais velho!

 

Depois de meia hora, ele saiu da rodovia principal e passou por vilas muito pobres.

 

Achamos que era o ônibus errado e começamos a nos preocupar. Não tínhamos a menor idéia de onde estávamos...

 

Para aumentar a preocupação, só tinha uma estrangeira além de nós. Se tivesse um monte de gringos, com certeza seria o ônibus certo...Felizmente, só fez um caminho diferente.

 

Fomos direto à estação de trem e compramos a passagem para Jaipur.

 

Jantamos no Joney's Place de novo.

 

Provei o Kath Roll, que é uma panqueca de batata e curry, levemente apimentada. Delícia!!!!

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  • Membros de Honra

Dia 103 - 22/10: Sadar Bazaar e o descobrimento do feijão.

 

Tiramos o dia para dar uma volta pelas lojas da cidade.

 

Pegamos um autorickshaw para Sadar Bazaar, mas não era nada do que estávamos imaginando.

 

Esperávamos um grande mercado público, que vendesse de tudo um pouco, mas na verdade é a área que se chama Sadar Bazaar e há só algumas lojas pelas ruas.

 

Andamos por algumas dessas lojas.

 

Logo veio um motorista de ciclorickshaw nos oferecer transporte para outras lojas.

 

Já sabíamos que ele ganharia comissão das lojas, mas não íamos comprar nada mesmo, por isso aceitamos.

 

Ele pedalou um pouco e parou em uma joalheria.

 

Olhamos e saímos.

 

Ele nos levou para uma grande loja de artesanato em mármore branco. Era uma loja típica para turistões europeus. Tudo muito caro!!!

 

Olhamos e saímos.

 

Depois, à outra joalheria.

 

Nesse espaço de tempo, muitos outros vendedores ficaram nos chamando para dentro das outras lojas.

 

Queríamos ver um mercado público, por isso a vontade de ver lojas acabou.

 

Pedimos para ele nos levar de volta ao ponto de partida e ele ainda insistiu em uma loja de instrumentos musicais e outra de artesanato.

 

Andamos pelas ruas "escondidas" do Sadar Bazaar, isto é, nas ruas visivelmente não destinadas aos turistas.

 

Vimos uma mulher sendo tatuada com henna, dos dedos até o cotovelo.

 

Os desenhos eram muito trabalhados, uma verdadeira obra de arte...

 

No Sadar Bazaar vimos que tinha uma lanchonete ocidental. Fomos para lá, mas tinha um aviso dizendo que a lanchonete tinha mudado para o TDI Mall.

 

Anotamos o endereço, pegamos um auto rickshaw e fomos para lá.

 

No caminho passamos por grandes hotéis luxuosos, ou pelo menos muuuuuuito melhores do que os que nós ficamos.

 

O TDI Mall é um Shopping Center bem ocidental. As pessoas que frequentam são aparentemente mais abastadas e a maioria se veste como no ocidente.

 

Percebemos uma enorme diferença entre esses indianos de classe social superior e os indianos que vimos até agora.

 

Na lanchonete, apesar de ser de rede ocidental, claro, não tinha carne bovina, só frango...

 

No Shopping Center ao lado do TDI Mall tinha um supermercado.

 

A Jú viu pacotes de feijão e foi correndo para descobrir como se chamava em hindi.

 

Chegamos a conclusão que se chama Kajma.

 

Voltamos ao hotel e depois fomos jantar no Joney's Place.

 

- Joney, você tem Kajma?

 

Ele fez uma cara de espanto, não sabemos se foi pelo pedido ou por saber o nome em hindi.

 

Ou talvez até ele nem imaginava que isso existia em outros países...sei lá...

 

- Não servimos...

 

- Ahhhhh

 

- Pode ser para amanhã?

 

- Pode sim.

 

O Joney falou para um menino ir buscar um pouco de cada tipo de feijão para nos mostrar.

 

Ele mostrou os grãos e nós três ao mesmo tempo apontamos para o carioquinha com um enorme sorriso no rosto!

 

- Esse!!!!!

 

- Quanto custa?

 

- Não se preocupem, não vai ser caro...

 

Como será o feijão no estilo indiano!?!?!?

 

Voltamos ao hotel para dormir cedo, pois amanhã é dia de Taj Mahal!!!!

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  • Membros de Honra

Dia 104 - 23/10: O Taj Mahal

 

Acordamos às 5:00 para ir cedinho ao Taj Mahal.

 

A entrada custa 750 Rúpias cada e eles não dão nem um folder...

 

Logo de manhãzinha já estava cheio.

 

O sol da manhã proporcionou vários tons ao decorrer das horas.

 

Passamos o portão principal e foi surgindo aquela maravilha em mármore branco.

 

É IM-PRES-SI-O-NAN-TE!!!!

 

Realmente é uma das maravilhas do mundo!!!!

 

Isso é que é marido!

 

O Taj Mahal foi construído pelo Imperador Shah Jahan como um mausoléo para a sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, que ele chamava de Mumtaz Mahal, ou seja, a Jóia do Palácio.

 

A obra durou de 1630 a 1652 e contou com 22 mil trabalhadores.

 

Mumtaz Mahal morreu ao dar à luz ao 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.

 

Shah Jahan pretendia construir seu próprio túmulo, sendo uma réplica do Taj Mahal, na outra margem do rio, em mármore preto, mas foi deposto por seu próprio filho e aprisionado no Agra Fort.

 

O sol da manhã proporcionou vários tons ao decorrer das horas.

 

Ficamos sentados na sombra observando o movimento dos indianos.

 

Eles disfarçam, ou melhor, tentam disfarçar, para fotografar a Jú e eu fico tentando ficar na frente dela para escondê-la...

 

Outros ficam "desfilando" para serem fotografados pelos estrangeiros.

 

Algumas meninas estavam querendo pedir para tirar foto com a Jú, mas ficaram com vergonha. Deu para perceber algo assim:

 

- Pede lá.

 

- Não, vai você.

 

- Eu não...

 

No fim, ninguém pediu...

 

Só hoje descobrimos que os indianos são muito simpáticos.

 

Mirávamos a câmera disfarçadamente, eles percebiam e começavam a fazer pose naturalmente...

 

Povo simpático, fotogênico e colorido: a alegria dos fotógrafos...

 

Uma senhora veio com a mão estendida para mim. Não falou nada. Estendi para ela também, ela segurou e me levou até a família dela.

 

Todos se posicionaram para a foto. Foi uma briga para ficar do meu lado. Um senhor que estava longe saiu correndo para se juntar à família...

 

Foi uma grande festa...

 

Depois nos posicionamos na frente da escada de saída do Taj Mahal.

 

De novo foi muito divertido...As pessoas gostam de ser fotografadas.

 

Um grupo de senhores bem simples sorria muito e acenava para nós...

 

Fomos almoçar no Joney's e o nosso feijãozinho já estava pronto!

 

O feijão indiano é feito, lógico, com curry e muitos temperos...

 

Estava uma delícia!!!!

 

O Joney perguntou se estava bom, não pudemos responder, só balançamos a cabeça...Para que perder tempo respondendo?

 

Quando fomos pagar falamos que não pagaríamos porque não estava bom e ele deu risada, pois ele fala:

 

- No good, no money.

 

Voltamos para o hotel e eu não resisti ao sono...dormi umas 3 horas.

 

O Douglas e o Tico ficaram vendo as fotos. O Tico também não resitiu ao sono e foi dormir. E o Douglas disse que "só" cochilou...

 

Acordamos com uma festança na rua.

 

O povo passava acompanhando uma banda, dançando, estavam todos com o corpo e as roupas pintados de várias cores...

 

Subimos ao terraço do hotel para ver o último pôr-do-sol com vista ao Taj Mahal...

 

Jantamos novamente no Joney's Place.

 

Provei o Veg Paratha, que é uma massa de roti um pouco mais grossa com vegetais dentro.

 

Provei também o Panner Paratha, que é com um queijo branco típico da Índia, parecido com o queijo minas.

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  • Membros de Honra

Dia 105 - 24/10: Vida de mochileiro não é fácil

 

Acordamos cedo e fizemos check-out.

 

Nossas mochilas ficaram no quarto do Tico.

 

Andamos pela rua do portão sul do Taj Mahal em busca de artesanatos.

 

Nunca vimos vendedores tão desesperados para entrarmos nas lojas.

 

Todos ficavam a nossa volta dizendo onde é a loja e o que eles vendiam.

 

A expressão no rosto deles nos dizia que conseguiríamos bons preços...

 

Diziam os valores em Rúpias sem nem saber o que estávamos procurando...

 

Entramos em várias lojas em busca de artesanato de elefante.

 

Em uma delas não tinha nas prateleiras, mas o vendedor disse para esperar.

 

Um outro vendedor foi buscar em outra loja e voltou com vários elefantes.

 

São todos bonitos, mas uma olhada atenciosa revela muitas imperfeições do material e até defeitos grotescos do artesão.

 

Encontramos um realmente bonito e perguntamos o preço.

 

O valor pedido foi um absurdo!

 

Agradecemos, saímos da loja e entramos na loja vizinha...

 

O vendedor da loja anterior entrou nessa que estávamos para devolver os artesanatos que ele tinha pego para nos mostrar...

 

Perguntamos o preço do mesmo elefante que nos mostraram na loja anterior e o vendedor pediu um terço do valor...

 

Ainda assim estava muito caro.

 

O vendedor disse preço fixo, sem barganha. Agradecemos e saímos.

 

Chegamos a conclusão de que o desespero não é para vender os produtos e sim para explorar os turistas.

 

Preferem manter o produto por muito tempo ao invés de ganhar pouco em cada e vender bastante...

 

Voltamos ao hotel, pegamos a bagagem e fomos à estação de trem Agra Fort.

 

Às 18:20 pegamos o trem com destino a Jaipur, no Rajastão. De novo pegamos a classe 3AC.

 

Na cabine tinha mais 3 indianos.

 

Conversamos um pouco e dormimos, ou melhor, tentamos dormir.

 

Dois indianos da nossa cabine fizeram todos os tipos de ruídos possíveis. Foi nojento...

 

Além disso, na cabine vizinha, os caras conversavam alto e davam risada.

 

Não dormimos nada.

 

Às 23:00 o trem chegou a Jaipur.

 

Passamos no posto de informações turísticas, mas o atendimento foi péssimo.

 

- Gostaríamos de informações sobre a cidade.

 

- O que vocês querem saber?

 

- Informações sobre a cidade...

 

Ele fez uma cara de "tô nem aí".

 

- Para onde vocês estão indo?

 

- Hotel Pearl Palace.

 

- É só ir essa rua reto...

 

Falou e virou-se para atender outro turista...

 

- Quanto custa o autorickshaw até lá?

 

- Entre 10 e 40 Rúpias...

 

Pensamos: que resposta é essa!?!?! Não ajudou nada...

 

- Você tem um mapa grátis?

 

- Não, acabou.

 

Ele pegou um panfleto sobre tours pela cidade de uma agência e nos deu...

 

A Jú pegou o papel, foi virar para ver atrás e ele falou "aqui, aqui", mostrando os pacotes turísticos...

 

O cara está lá para informar ou vender tours?!?!

 

Saímos da estação e juntou um monte de motoristas.

 

Todos cobraram um absurdo.

 

Quem não queria nos levar ainda ficava atrapalhando quando alguém queria negociar o preço...

 

O hotel estava bem pertinho, mas preferimos não andar de noite nessa cidade ainda desconhecida.

 

Resolvemos dormir essa noite em um dos quartos do hotel da estação de trem.

 

Até que não era tão sujo...

 

A Jú passou mal do estômago na hora de dormir...Acho que foi do stress de hoje...

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  • Membros de Honra

Dia 106 - 25/10: Primeiro dia em Jaipur

 

Acordamos com um indiano batendo na porta para oferecer chá.

 

Ninguém merece...

 

A Jú acordou bem...

 

Arrumamos as coisas e seguimos a pé até o hotel.

 

Vimos alguns e escolhemos o hotel Sangam, que é limpo e barato. Só não tem água quente.

 

Sentimos o cheiro de pizza e fomos seguindo nosso faro...

 

Encontramos o lugar, pedimos a pizza, devoramos rapidinho e saímos.

 

Matar a vontade de comer pizza saiu caro, principalmente pelo valor extra dos impostos e serviços...

 

Pegamos um autorickshaw para o New Gate, um dos portões do Old City.

 

Atravessamos o portão a pé e logo chegamos no Bapu Bazaar.

 

Andamos pelas muitas lojinhas dessa área.

 

O bazar é legal para observar os costumes do povo...

 

Alguns costumes não são tão legais assim de se observar. Bom, nem vamos falar disso...

 

Nessa área estão localizadas muuuuuuuitas lojas de roupas, sapatos, tecidos, bijouterias e muito mais...

 

Ficamos a tarde toda por lá, mas não deu bons negócios...

 

Voltamos a pé para a região do hotel e comemos no Kanji Restaurant.

 

Pedimos o Kanji Special Thali, que, por 90 Rúpias, vem com arroz, dal, legumes com curry, paneer com molho apimentado, nam, roti, lassi, água mineral e sobremesa...Tempero forte, mas delicioso...

 

A Jú falou:

 

- Tico, o cara da mesa de trás não pára de te olhar comendo...

 

- Ah é? Então diz para ele ver isso...

 

O Tico pegou o roti, molhou no curry, virou de perfil para o cara com a cabeça para cima e devagarinho colocou o roti na boca...

 

Eu e a Jú começamos a rir...

 

O filho do cara perguntou se falávamos inglês e disse que o Tico estava comendo do jeito errado...

 

O pai dele veio ensinar o Tico...

 

Ficamos rindo de tudo.

 

O certo é cortar um pedaço do roti, dobrar, colocar o molho por dentro, sujando as mãos e aí sim colocar na boca.

 

Eles comem sujando as mãos mesmo, com vontade, enquanto que nós pegamos um pedaço de roti e já limpamos a mão no guardanapo...

 

A filha do cara só dava risada!!!

 

Depois da janta, voltamos ao hotel e dormimos cedo...

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  • Membros de Honra

Dia 107 - 26/10: Agora, faça-me feliz!

 

Pela primeira vez na viagem tomamos café da manhã servido no nosso quarto...

 

Muuuuito bom acordar e minutos depois já ter uma torradinha no ponto.

 

Pegamos um autorickshaw para o Hawa Mahal (Palácio dos ventos), mas quando chegamos tivemos uma decepção.

 

A fachada principal do Hawa Mahal estava em reforma e só apareciam os bambus que foram colocados para o serviço dos restauradores...

 

O Hawa Mahal foi construído em 1799 pelo Maharaja Sawai Pratap Singh para permitir que as mulheres da realeza pudessem observar o cotidiano das ruas sem serem vistas.

 

A fachada principal do Palácio dos Ventos tem 953 pequenas janelas...

 

Seguimos a pé ao City Palace.

 

Esse palácio foi construído por Sawai Jai Singh, governante de Amber no começo do século 18.

 

Almoçamos no restaurante Steam.

 

Comemos arroz frito com vegetais e tomamos refrigerante.

 

Pedimos a conta e o Douglas deu o dinheiro.

 

O garçon trouxe o troco, peguei e passei para o Douglas guardar.

 

Ele ficou parado e logo sacamos que estava esperando uma gorjeta.

 

O Douglas nem olhou para ele e foi guardando o troco na mochila.

 

O garçon disse:

 

- Agora, faça-me feliz.

 

Isso mesmo...que cara de pau...primeiro, gorjeta não se pede, recebe-se por um serviço bem prestado e, segundo, pedir desse jeito?!!?

 

Ninguém merece!

 

Falei para ele:

 

- Como?

 

- Agora faça-me feliz.

 

- Hã?!?

 

- Vocês não entendem?

 

- Não!

 

- Desculpe...

 

Ele virou-se e foi embora.Fala sério!!!!

 

Caminhamos até o Jantar Mantar, que foi construído pelo Maharaja Jai Singh II, entre 1727 e 1733, como uma coleção arquitetônica de instrumentos astronômicos.

 

Pegamos o autorickshaw para a estação de trem e compramos as passagens para Jodhpur.

 

Não tinha para a classe 3AC, só para o sleeper, que é inferior, e a 2AC que é superior ao 3AC.

 

Vimos a classe sleeper pela janela nas outras viagens e decidimos só usá-la em último caso.

 

Vamos ver como será então a classe 2AC...

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  • Membros de Honra

Dia 108 - 27/10: Amber Fort.

 

Acordamos cedo e caminhamos até o terminal de ônibus.

 

Chegando lá vimos que tínhamos que usar o ônibus urbano ao invés do ônibus de viagem...

 

Entramos no temido ônibus urbano indiano, que já tínhamos visto em Calcutá...

 

Como pegamos no ponto inicial, estava vazio e tinha lugar para sentar.

 

Pagamos 5 Rúpias cada pelo transporte.

 

Perto da saída do Old City o cobrador disse para descermos e pegar outro ônibus, que faria o restante do percurso.

 

Esse segundo ônibus já estava cheio, mas não sabemos como, o cobrador arrumou espaço para nós três entre os indianos que já estavam apertados nos bancos...

 

A Índia é um choque cultural, mas pegar um ônibus urbano indiano é um "soco no estômago"...

 

Ficamos reparando nas condições do povo e como eles são tratados por eles mesmos como bichos.

 

Intrigante e deprimente...Intrigante como chegou a esse ponto e deprimente perceber que (provavelmente) não mudará tão cedo...

 

Chegamos no Amber Fort, que se localiza, imponentemente, no topo de uma colina.

 

Elefantes servem de transporte até a entrada do forte. Subimos a pé mesmo.

 

Assim como na Indonésia, Tailândia, Camboja e Vietnã, vimos mulheres trabalhando duro na construção civil.

 

Elas carregavam pedras ou água dentro de grandes vasilhas, equilibrando na cabeça, para a reforma do forte...

 

O Forte Amber se localiza a 11 km de Jaipur. Foi construído no século 16 por Raja Man Singh. Mistura a arquitetura hindu e muçulmana.

 

Voltamos para Jaipur de ônibus urbano e, de novo, foi um grande choque.

 

Difícil nos acostumarmos com a realidade indiana.

 

Passamos nas lojas do Old Town para renovar o "guarda-roupas".

 

Saem as camisetas e entram as camisas de manga longa para encarar o clima árido das próximas cidades do Rajastão...

 

Foram muitas horas de procura, pesquisa de preço e negociações...

 

Está difícil de conseguir bons preços aqui na Índia.

 

Voltamos ao hotel Sangam e ficamos descansando.

 

Presenteamos o porteiro do hotel com uma das nossas camisetas do Brasil.

 

Entragamos meio escondido para ninguém ver, mas ele ficou tão feliz que mostrou para todos os outros funcionários que estavam na recepção...

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  • Membros de Honra

Dia 109 - 28/10: "Negócio da China", ou melhor, da Índia...

 

Arrumamos a bagagem e saímos para dar uma voltinha rápida antes do check-out.

 

Estávamos esperando as lojas abrirem e um motorista veio conversar.

 

Nem demos muita bola.

 

O Tico ficou conversando com ele.

 

Um grupo de turistas indianos veio conversar depois que o motorista foi embora.

 

Nos divertimos muito na hora da fotos com o pessoal.

 

Depois o motorista de autorickshaw voltou, conversou mais e veio com um papo estranho:

 

- Se você tivesse a oportunidade de ganhar 10 mil dólares na Índia, o que você faria?

 

- Nada.

 

- Muitos estudantes europeus fazem esse negócio...

 

- Não queremos esse negócio, só queremos viajar pelo país.

 

- Não quer ganhar muito dinheiro revendendo diamantes?

 

- Não.

 

- Por quê?

 

- Porque se é bom demais para ser verdade nós não acreditamos.

 

- Você já ouviu falar sobre esse negócio?

 

- Claro. Isso é golpe!!!

 

- Não é golpe...

 

Pegamos nossas coisas e fomos embora...

 

Fizemos o check-out, almoçamos e fomos para a estação de trem.

 

Ficamos conversando e nada do trem chegar.

 

A Jú comentou que não dava para entender nada que era falado nos auto-falantes da estação. Eram muito ruins.

 

Depois de 20 minutos de atraso resolvemos perguntar sobre o trem.

 

Esperamos o trem na plataforma 3, como dizia na tabela de horário, mas o trem saiu da plataforma 2 e nós o perdemos.

 

Pedimos para trocar o bilhete para pegarmos outro trem.

 

O supervisor da estação simplesmente ficou falando que foi dado o aviso e que tinha que comprar outra passagem.

 

Mas um guardinha da estação e o pessoal do posto de informações turísticas foram bem atenciosos e nos ajudaram.

 

Depois de mais de meia hora resolvendo o problema, fomos re-embolsados em 50% e compramos um bilhete comum para o trem das 17:40.

 

Tá doido, logo hoje que íamos andar na classe 2AC...

 

A classe comum é a mais barata dos trens indianos, custou só 90 Rúpias para um trecho de 5 horas, enquanto que a 2AC custou 612 Rúpias.

 

Nós estávamos muito preocupados em ter que viajar nessa classe pois já tínhamos visto essa cabine dos outros trens...Seria uma viagem inesquecível com certeza...

 

É possível fazer a troca de classe pagando a diferença de preço. Por sorte tinha 3 vagas e trocamos para a classe sleeper.

 

A classe sleeper tem lugar para 8 pessoas, assim como na 3AC, mas é sem ar condicionado e é um pouco mais mal conservado.

 

A Jú deitou e logo começou a espirrar porque a cama estava empoeirada.

 

Não conseguimos dormir pois um passageiro quis dividir com todos os outros o som do seu rádio...Eita...

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