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Mochilão na Ásia: 132 dias, 8 países


Doug_Ju

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  • Membros de Honra

Dia 120 - 08/11: De Jaisalmer à Delhi - Parte 2

 

Dormimos muuuuuito e só acordamos às 9:00.

 

Desmontamos a cama e sentamos.

 

Nosso estômago já estava mal de tantas bolachas, chocolates e salgadinhos.

 

Por sorte, passou um funcionário do trem vendendo café da manhã.Perguntamos o que era e ele não entendeu.

 

Pedi para ver. Ele abriu o embrulho, pegou o pão com a mão e levantou para mostrar o omelete dentro. Eita...

 

Estava parecendo bom, então compramos.

 

Depois passou outro vendendo chai, o chá indiano.

 

O chai é uma mistura de ervas com leite quente. É muito bom. Tem um gosto único...

 

A chegada em Delhi foi chocante.

 

Uma enorme favela beira os trilhos do trem.

 

As pessoas vivem em condições precárias e usam os trilhos desativados como se fosse um quintal. Por meia hora, a paisagem na beira dos trilhos foi a mesma...

 

Chegamos na estação de Delhi às 17:00, 26 horas depois de termos chego na estação de Jaisalmer.

 

Compramos o bilhete pré-pago de autorickshaw e subimos no transporte até o Bloco B de Connaught Place.

 

Delhi é ainda mais poluída e bagunçada do que Calcutá. Incrível!

 

O motorista parou em um sinal e um policial entrou no autorickshaw.

 

Ele apontou para a bagagem e ficou falando em hindi.

 

Logo percebemos o que estava acontecendo. Falamos que não entendíamos hindi.

 

Ele falou em inglês 50 Rúpias e apontou para a bagagem.

 

Fizemos de conta que não sabíamos de nada e ficamos fazendo cara de perdidos...

 

O motorista parou. Perguntamos se alí era o bloco B e ele disse que sim.

 

Descemos e o policial ficou falando 50 Rúpias.

 

- É pré-pago, é pré-pago. Não vamos pagar nada a mais.

 

Entregamos o bilhete e fomos embora.

 

Sai pra lá, meu... Ninguém vai arrancar dinheiro da gente não...

 

Depois, descobrimos que não era ali o bloco B.

 

Pegamos outro transporte e fomos até lá.

 

Chegamos no hotel escolhido no guia, o H.K. Choudhary Guest House e perguntamos o preço e se tinha vaga.

 

O recepcionista telefonou para alguém e ficou conversando um pouco.

 

Enquanto isso perguntamos de novo para o outro recepcionista e ele disse para esperar.

 

Ué, esperar o quê? Não sabe se tem vaga?

 

A Jú falou:

 

- Xiii, aí tem coisa, vamos embora logo...

 

O cara passou o telefone para eu falar com o chefe. Recusei.

 

O que que eu tenho a ver com isso?

 

Perguntei de novo o preço e ele disse 1800 Rúpias.

 

Agradecemos dando risada e saímos.

 

- Qual é o problema?

 

- Está caro demais.

 

- Quanto você paga?

 

- Não sei, mas esse hotel não vale 1800. Então, muito obrigado.

 

Pegamos outro transporte e fomos até a área Paharganj, onde se concentram muitos hotéis.

 

Escolhemos o hotel Shelton. Quarto espaçoso, limpo e com chuveiro quente 24 horas por 500 Rúpias.

 

Jantamos no terraço do hotel, com uma incrível vista da...poluição de Delhi...

 

Tomamos banho e capotamos para descansar desse dia terrível.

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Dia 121 - 09/11: Dia de folga em Delhi

 

Acordamos na hora que deu vontade, sem despertador, sem compromisso. Já era quase hora do almoço.

 

Ficamos de bobeira no quarto e depois subimos para almoçar no terraço do hotel.

 

Pedimos o Dal Bhat Nepalês, que é parecido com o Thali, porém, bem menos apimentado.

 

Estava uma delícia! Temperado na medida exata para nosso paladar ocidental.

 

Passamos na internet para tirar o atraso do nosso diário e para dar sinal de vida...

 

A conexão aqui em Delhi é rápida e custa metade do preço: 20 Rúpias por hora.

 

Andamos pelas ruas da região para nos localizarmos.

 

Alguns indianos vieram nos oferecer drogas. Eles chegam tentando disfarçar e dizem que tem chocolates para estrangeiros...

 

Chocolates?! Sei, sei...Resmungamos em português e ele foi embora...

 

Na hora da janta chegamos a conclusão de que o restaurante é realmente bom.

 

A Jú pediu minestrone soup. Eu e o Tico pedimos strognoff.

 

Não comia carne desde o Vietnã.

 

No começo não comia pois estava esperando meu organismo se acostumar.

 

Depois, vimos um "açougue" em Agra e decidimos não comer nada de carne.

 

A Jú ainda não vai comer, mas eu e o Tico resolvemos testar nosso organismo aqui em Delhi, pois o restaurante parece ser limpo...

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  • Membros de Honra

Dia 122 - 10/11: Mahatma Gandhi, o Grande Alma.

 

Acordamos na hora do almoço, comemos e saímos para visitar o Gandhi Memorial Museum.

 

Demorou quase meia hora até conseguirmos um transporte para lá.

 

Quando os motoristas não entendem para onde queremos ir, eles aceleram e vão embora.

 

Os que entendem cobram um absurdo.

 

Ninguém entendia a palavra Gandhi. Poxa, será que a pronúncia estava tão errada assim?!?!

 

No Brasil, mesmo se um gringo erra a pronúncia de um ponto turístico, acredito que todos, ou pelo menos a maioria das pessoas entendem.

 

- Gandhi. Você já ouviu falar? Mahatma Gandhi, o Grande Alma, museu...

 

- Não sei...

 

Depois de um tempão, resolvemos pedir para o Raj Ghat, onde Ghandi foi cremado.

 

Quando um motorista parava o Tico ia perguntar.

 

Vários pararam e foram embora.

 

Tico: - Pô, ninguém conhece o Taj Ghat...Que coisa de doido...

 

Douglas: - Que Taj Ghat? É Raj Ghat.

 

Tico: - AHH, por isso que ninguém conhece...

 

Ghandi nasceu em 02 de outubro de 1869, na cidade de Porbandar, no estado de Gujarat. Estudou direito em Londres e também morou na África do Sul.

 

Em setembro de 1906 iniciou o Movimento de Resistência Pacífica, pelo qual ficou conhecido mundialmente anos depois.

 

De março de 1922 à março de 1924, Gandhi foi aprisionado devido ao seu ativismo pró-independência.

 

Ele criou ainda o Movimento de Não-cooperação e de Desobediência Civil. Foi novamente preso em 1931, em 1933 e em 1942.

 

Em 1947 a Índia foi dividida em 2 partes, tornando-se uma delas o Paquistão.

 

Gandhi era a favor da Índia unida, mas os dois grupos principais, hindus e muçulmanos tinham interesses diferentes.

 

Onde a maioria era muçulmana, o território passou a ser do Paquistão. Coube então ao Paquistão, territórios à leste e à oeste da Índia.

 

Gandhi foi assassinado em 30 de janeiro de 1948, às 17:17 a caminho do Birla House, onde rezava todas as tardes.

 

O território paquistanes do leste tornou-se depois Bangladesh.

 

Quando chegamos no Raj Ghat começou a chover e não pudemos visitá-lo direito.

 

Depois visitamos uma réplica do Satyagraha Ashram, onde Gandhi viveu com sua esposa Kasturba.

 

Vimos o memorial ao Dandi March, que começou em 12 de março de 1930.

 

Com 78 seguidores, Gandhi partiu do Satyagraha Ashram e marchou por 24 dias até Dandi, na costa indiana, para quebrar uma lei, na qual os britânicos proibiam a produção de sal.

 

Dandi March foi um exemplo perfeito de resistência pacífica às imposições do império britânico.

 

Visitamos também o museu que contém muitas fotos da trajetória do "Grande Alma" e também muitos objetos pessoais, como os óculos redondos, os chinelos "chapal" e as roupas simples que ele fazia questão de usar.

 

Voltamos ao hotel, descansamos um pouco, passamos na internet e jantamos.

 

Fomos dormir pensando nas lições de Mahatma Gandhi...

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Dia 123 - 11/11: Diwali Festival.

 

Acordamos tarde, na hora do almoço, e não saímos para passear pois hoje foi o terceiro e último dia do Diwali Festival.

 

E já que é feriado, resolvemos ficar de folga de novo...

 

O Diwali e um festival hindu que celebra a vitória do bem contra o mal.

 

Conhecido também como festival das luzes, acontece uma vez por ano e as pessoas soltam fogos de artifício...

 

O pessoal do restaurante estava decorando tudo com flores para celebrar o Diwali.

 

Ficamos andando pelas ruas do Paharganj, vendo as lojinhas.

 

Fomos comprar camisetas. Depois de um tempão negociando o preço, começamos a escolher os modelos.

 

Separei algumas e comecei a ver se tinha defeito.

 

A primeira estava boa, mas a segunda estava com a costura da gola torta.

 

Pedi para trocar e o vendedor disse que não tinha problema.

 

- Não está boa...

 

- Isso não é problema.

 

- Para nós é problema sim.

 

- Camiseta é camiseta. Para que verificar?

 

- Para nós é problema...

 

- Não tenho tempo para ficar trocando as que você não quer.

 

- Por quê?

 

- Tenho muitos clientes.

 

- Então tá...

 

Largamos tudo e saímos...O cara perdeu de vender muitas coisas.

 

Já tínhamos separado uns vestidos e blusas e o Tico também ia comprar algumas camisetas...

 

Além disso, não tinha mais ninguém na loja além de nós 3...

 

Voltamos ao hotel e fomos jantar no terraço.

 

Estava a maior festança na cidade. Fogos de artifício iluminavam e coloriam o céu de Delhi.

 

Voltamos ao quarto e ficamos descansando.

 

Era mais de 22 horas quando o Tico nos chamou para subir ao terraço de novo para ver os fogos.

 

A quantidade de fogos era bem maior do que na hora da janta e não daria para dormir com tanto barulho. Resolvemos subir então.

 

Pedimos suco e ficamos observando a festança.

 

A cidade já é poluída, com a fumaça dos fogos de artifício então...

 

Já era mais de meia noite quando descemos para o quarto e ainda demoramos para dormir.

 

Quero ver quem vai conseguir acordar cedo amanhã para passear...

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Dia 124 - 12/11: Humayun's Tomb

 

Não conseguimos acordar antes do meio dia.

 

Almoçamos e logo saímos para passear.

 

Hoje, para facilitar, escrevemos bem grande o nome do lugar para que os motoristas entendessem: HUMAYUN'S TOMB.

 

Alguns ainda não entenderam. Achamos que eles não entendem nosso alfabeto...

 

Enfim, fechamos por 100 Rúpias até lá.

 

O Humayun's Tomb é um complexo de construções em arquitetura Mugal que começou a ser construído em 1562.

 

O Prédio principal, construído no mesmo estilo do Taj Mahal, é o túmulo do imperador Humayun.

 

Na volta, um motorista cobrou 150 Rúpias:

 

- Tá caro. 100 Rúpias.

 

- 100 só se for com parada em uma loja. Não precisa comprar nada, só entrar e olhar um pouco.

 

Aceitamos.

 

O motorista nos levou em uma loja de artesanato e roupas absurdamente cara.

 

O Tico ficou sentado na calçada e nós olhamos por uns 5 minutos e depois saímos.

 

- Gostaram dessa loja?

 

- Muito caro.

 

- Querem outra mais barata?

 

- Só se você der desconto no transporte...

 

- Hum...

 

- 50 Rúpias?

 

- 40 de desconto, mas todos tem que entrar na loja.

 

- OK.

 

Pensamos, então, que ele ganhava por cada pessoa que levasse na loja...

 

Ele nos levou para outra loja, de jóias.

 

Quando entramos, os vendedores fizeram aquela cara de felicidade, de quem ia ganhar muito dinheiro.

 

Pensamos: Se deram mal. Vão pagar a comissão do motorista à toa...

 

Olhamos e logo saímos.

 

O motorista nos trouxe de volta e perguntamos quanto ele ganha de comissão:

 

50 Rúpias por vez e 5% do que gastarmos na loja...

 

Ah, por isso ele disse que todos tinham que entrar na loja. Mais chance de algum de nós comprar...

 

Passamos na internet rapidinho e jantamos no terraço do hotel.

 

Dormimos cedo para tentar acordar cedo amanhã.

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  • Membros de Honra

Dia 125 - 13/11: Red Fort

 

Conseguimos acordar cedo, tomamos café e logo saímos.

 

Pagamos 50 Rúpias pelo transporte até o Red Fort.

 

A entrada do forte custa US$ 2,00 ou 100 Rúpias.

 

Pagamos em dólares pois sai mais barato.

 

Passamos pelo detector de metal, fomos revistados e a mochila passou pelo raio-X guardas ficam de prontidão, com as armas na mão...

 

O Red Fort foi construído no século XVII por Shah Jahan, o construtor do Taj Mahal.

 

Após a morte da esposa, o rei decidiu transferir de lugar a capital do reino, até então sediada em Agra.

 

O forte ainda estava vazio quando chegamos, mas logo começou a encher.

 

Pena que não tinha pessoas tão diferentes e fotogênicas como aquelas que encontramos no Taj Mahal.

 

De lá, fomos a pé até o Jama Masjid, mas chegamos depois do 12:30 e a mesquita estava fechada.

 

Só abriria de novo às 13:30, por isso, resolvemos almoçar e voltar depois.

 

Mas como não encontramos um restaurante confiável, resolvemos deixar o Jama Masjid para outro dia e fomos até Connaught Place atrás de livrarias.

 

Almoçamos em uma lanchonete, dencansamos e fomos procurar livros.

 

Depois, fomos ao Palika Bazaar, mas não encontramos nada para nós.

 

As lojas são voltadas para os indianos e vendem muitas roupas ocidentais...

 

Voltamos a pé até o hotel e depois ficamos andando pelas lojas do Main Bazaar.

 

Jantamos no hotel e ficamos conversando...

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  • Membros de Honra

Dia 126 - 14/11: Em clima de despedida da Índia

 

Acordei gripada e com dor de garganta.

 

Tomamos café da manhã e ficamos andando pelas ruas do Paharganj.

 

Compramos algumas roupas, um livro sobre o Rio Ganges e um guia Lonely Planet Brazil, 4ª edição, de 1998.

 

Ontem encontramos o Lonely Planet Brazil 2ª edição, de 1992. Resolvemos colecionar guias sobre o nosso país...

 

Compramos saquinhos de masala chai, o chá indiano, para tomar no Brasil quando der saudades.

 

Já estamos em clima de despedida da Índia...

 

Ficamos conversando com o Tico sobre a Índia, sobre o que aprendemos e o que mudou com essa trip.

 

Quando estávamos planejando a viagem, ouvimos dizer que viajar pela Índia muda nossa vida.

 

Com certeza mudou!!!!Percebemos que estamos mais tolerantes com muuuuuitas coisas.

 

Quem continuaria comendo depois de ver uns ratinhos andando pelo restaurante?

 

Quem simplesmente dormiria com as luzes acesas para que as baratas do quarto não saissem para passear de noite?

 

Quem continuaria comendo depois de encontrar um fio de cabelo no prato?

 

Mas fazer o quê? Desistir de conhecer o país? Se não nos adaptássemos teríamos que ir embora.

 

A Índia é maravilhosa. Mas para conhecer no estilo mochileiro, é preciso tolerar muitas coisas.

 

Quem é espiritual e procura a Índia mística, vai saber onde a encontrar: em algum ashram. Não foi o nosso caso.

 

Talvez viajar com pacote turístico, com tudo contratado, transporte com ar condicionado, hotel bom, restaurante bom, com padrão que satisfaz a expectativa de um turista seja mais apropriado para se conhecer a Índia.

 

Mas a Índia real é essa que nós conhecemos...

 

Tivemos momentos memoráveis, inesquecíveis. Mas tivemos também muitos momentos estressantes e indesejados...

 

Essa foi nossa experiência, cada um terá a sua e talvez seja bem diferente...

 

Não deixem de visitar a Índia! Não mesmo! Mas saibam que a realidade é outra...

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  • Membros de Honra

Dia 127 - 15/11: Saindo da Índia

 

Acordamos cedo e fomos ao Jama Masjid, a maior mesquita da Índia.

 

Chegando lá, vimos que tínhamos que pagar 200 Rúpias por cada máquina fotográfica e filmadora...

 

Nossos equipamentos estavam guardados na mochila.

 

Tiramos os calçados e fomos entrando.

 

Um cara veio dizer que tinha que pagar pela câmera, entrou na minha frente e não me deixou entrar...Foi muito ignorante...

 

Estávamos procurando a bilheteria para pagar o uso das câmeras.

 

Disse que só ia olhar, mas mesmo assim ele não deixou entrar.

 

Perguntei se ele sabia se eu tinha câmera e ele disse para sair repetidamente.

 

Nem tem bilheteria na entrada para pagar pela câmera, o cara fica andando pela portão sem nem mesmo usar um uniforme e ainda age de forma grosseira.

 

Os muçulmanos que estavam passando ficaram indignados com o cara. Até disseram para tentarmos entrar pelo outro portão...

 

Desistimos de entrar para ver essa importante mesquita.

 

A intensão era visitar a mesquita, conhecer um pouco da religião islâmica para refletir sobre os conflitos religiosos e repassar as informações para outras pessoas.

 

Infelizmente, ficaremos só na teoria por causa disso...

 

Voltamos ao hotel, passamos no correio e arrumamos a bagagem para viajarmos à Dubai.

 

Ontem contratamos o transporte até o aeroporto.

 

Andamos do hotel até a van, seguindo um indiano que veio nos buscar.

 

Entramos na van, que não tem nenhum tipo de identificação de empresa de transporte.

 

Ficamos preocupados.

 

Nosso vôo é às 4:15 de amanhã, mas fomos juntos com o Tico por segurança.

 

Se tívessemos que pegar um transporte sinistro assim de madrugada seria perigoso demais.

 

O motorista se perdeu e perdemos um bom tempo.

 

Quando começamos a ver placas indicando a direção do aeroporto, ficamos mais tranquilos.

 

Douglas: - Já deve estar chegando.

 

Jú: - Mas... ainda não chegamos...

 

Douglas: - Ah, é. Ainda pode acontecer alguma coisa...

 

Faltando uns 5km para chegar, acabou a gasolina da van.

 

Ninguém acreditou. Eita indianos...

 

O motorista falou para esperarmos que ele já iria resolver.

 

A Jú falou para ele arranjar um táxi logo.

 

Ele não queria, mas o fizemos pagar o taxista.

 

Entramos no táxi e logo o motorista disse o preço da corrida.

 

- O cara já pagou!Ta doido, todo mundo quer nosso dinheiro...

 

O Tico fechou a cara, estava muito irritado.

 

Nunca vimos ele estressado, realmente a Índia muda a vida das pessoas...

 

Chegamos no aeroporto, o Tico entrou rápido pois já estava em cima da hora do voo dele de volta ao Japão.

 

Eu e o Douglas fomos jantar.

 

Depois fomos descansar na sala de espera e quem sabe até dormir.

 

Incrível! No aeroporto internacional de Delhi somos obrigados a pagar para usar a sala de espera...

 

Não conseguimos dormir nada...

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  • Membros de Honra

Dia 128 - 16/11: Chegada a Dubai

 

À 1:00 da madrugada, saímos da sala de espera e fomos ao prédio do embarque.

 

A desorganização dos indianos é impressionante.Fila para quê? Ser ágil para quê?

 

Demoramos um tempão para fazer o check-in.

 

Depois, demoramos mais um tempão para passar a bagagem de mão pelo raio-x e para passarmos pelo detector de metais.

 

Chegamos no portão de embarque às 3:30.

 

O avião da Emirates é muuuuuito bom. Poltronas confortáveis e uma tela para cada com filmes, jogos e informações sobre Dubai...

 

A decolagem foi macia demais. Nem parecia um avião decolando...

 

Logo depois dormimos um pouco, mas a Jú acordou com o cheirinho da comida...

 

Comemos e dormimos de novo.

 

Chegamos no aeroporto de Dubai e descobrimos que a mulher da Emirates, lá do escritório de Nagoya, não nos informou direito sobre o visto.

 

Teríamos que ter reserva em um hotel para que o próprio hotel pedisse o visto para nós.

 

No nosso caso, ficaríamos na casa de um amigo, ele mesmo poderia providenciar o visto, mas com 3 dias de antecedência.

 

Mas poderíamos comprar um pacote, lá no aeroporto mesmo, com hotel e transporte para conseguir o visto, tudo por US$ 520,00.US$ 520,00?!?!?

 

Não viemos preparados para isso...

 

O dinheiro estava contado...

 

Ficamos pensando...Será que teríamos que mudar o dia da passagem de saída de Dubai?

 

Já que viemos até aqui, resolvemos gastar o que não temos e usamos o cartão de crédito para pagar o hotel oferecido...Eita...

 

Dívida de US$ 520,00...

 

Chegamos no saguão e o Evandro estava nos esperando.

 

Ele nos levou até o hotel e foi mostrando a cidade no caminho.

 

Chegamos no hotel Highland e levamos um (bom) susto.

 

O nosso hotel é chique demais!

 

O melhor de toda a viagem!!!!

 

Tem piscina, sauna, sala de ginástica, internet wi-fi no quarto, 1 bar e 3 restaurantes.

 

O doido...Quem diria, depois de dormir com baratas, viemos parar aqui...

 

Tomamos banho e dormimos a tarde toda.

 

Pedimos uma sopa e já era noite quando saímos para dar uma volta.

 

Passamos no super mercado e compramos umas marmitas para a janta...

 

A comida no hotel é muito cara!!!!

 

Dormimos cedo para aproveitar bem o dia pela amanhã.

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  • Membros de Honra

Dia 129 - 17/11: Dubai e o Rally no deserto árabe

 

Acordamos cedo e fomos a pé até o Dubai Creek.

 

Pagamos 1 Dirham cada pelo barco para atravessar o rio e ir ao bairro Deira.

 

Andamos pelo Gold Souq, que significa mercado do ouro. É um calçadão coberto com muitas joalherias.

 

Nunca vimos tantas joalherias juntas. E não eram fracas não! Só jóias maravilhosas!

 

Pedimos para fotografar a vitrine e o vendedor nos disse para tirarmos quantas fotos quiséssemos...

 

A Jú foi perguntar o preço de um anel só por curiosidade. US$2.000!!! Mas o vendedor nos deu um desconto de 50%.

 

Agora sim ficou barato...mas não para nós!!!

 

O Douglas foi expulso de uma loja só porque ofereceu 10 Dirhans por uma camiseta que o vendedor pediu 70 Dirhans.

 

Até pensei que tinha oferecido muito baixo. Sei lá, em Dubai tudo é caro, mas depois compramos em outra loja por 10 Dirhans, a mesma camiseta.

 

Passamos também pelo Spice Souq, mas não há tantas lojas de temperos.

 

Aqui também nos deixaram fotografar a vontade.

 

Voltamos de barco ao bairro Bur Dubai.

 

Passamos no Carrefour e compramos marmitas para o almoço. Ainda bem que tem o Carrefour por perto...

 

Voltamos ao hotel e descansamos até a hora do passeio no deserto, afinal, ir até o Oriente Médio e não ver o deserto não dá...

 

Subimos em uma Toyota 4X4 e nos dirigimos para a fronteira com Oman.

 

Vimos de longe o Burj Dubai, que agora é o prédio mais alto do mundo, com 155 andares. Os prédios em volta parecem caixinhas de fósforo...

 

Depois de um bom tempo de estrada, já bem dentro do deserto, o motorista saiu da rodovia e começamos a nos divertir com as derrapadas na areia.

 

Ele ia acelerando, fazendo zig-zag nas dunas e nós íamos pulando no banco de trás.

 

Muito doido!!!!

 

A cada derrapada, subia muita areia, que o vento fazia a areia bater no vidro do carro...

 

Paramos para ver o sol se pôr.

 

Incrível! Muito lindo!!!

 

Mas aqui também o sol sumiu antes de chegar na linha do horizonte. Será uma característica do deserto.

 

Logo depois continuamos pelas dunas até o acampamento.

 

Lá pudemos beber e comer a vontade: bebidas não-alcólicas e comida árabe.

 

Entre as atividades, nos vestimos como árabes, a Jú fez a massa do pão e colocou no forno de barro, ganhou tatuagem de henna e assitimos a dança do ventre.

 

Sim, foi bem turístico. Mas muito bem feito, caprichado e com a clara intensão de satisfazer a expectativa dos turistas ao invés apenas de ganhar dólares.

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