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Há alguns anos, perto dos anos 70 e 80 tive a felicidade de morar uns 6 anos na cidade de Quito/Equador por conta do trabalho da minha mãe, a qual foi á serviço trabalhar na Embaixada do Brasil no Equador. O embaixador na oportunidade era o escritor e poeta JOÃO CABRAL DE MELO NETO. Pessoa notável e dotado de uma inteligência bem acima da média, mas vamos o que interessa. Acabei por me formar naquele país em Licenciatura Plena, o que me dava direito a lecionar no Brasil. Deixei muita amizade naquele país, especialmente em Quito. Estudei no Colégio Francês de Quito e em seguida na Universidad Central Católica de Quito. Trinta e cinco anos se passaram e sempre sonhei em voltar e ver como estavam áquelas pessoas maravilhosas que deixei para trás. Na época não tinha internet e as cartas eram quase impossíveis de chegarem nas mãos certas. Na rede social Facebook encontrei algumas dessas pessoas e logo começou a chover amigos de todos os cantos do país e de outros, como, Argentina, Chile e Venezuela. Estudei num colégio que tinha muitos filhos de diplomatas e por essa razão fomos separados. No mês de junho desde ano comprei as passagens pela CVC e pela internet. O preço foi meio salgado, cerca de R$ 1.980,00 reais, mas dividi em seis suáveis prestações. Soube, que o país havia mudado de moeda. Do sucre, a moeda da época, o país havia dolarizado a moeda. Então, tudo era em dólar. Um mês antes de chegar a Quito, minhas colegas de classe juntamente com alguns ex-alunos do colégio fizeram uma reunião para organizar uma festa, reunindo todos os ex-alunos. Infelizmente ::grr:: não deu certo. Peguei um avião de Brasília a Guarulhos, onde peguei outra companhia para pousar no Peru, onde troquei de voo. No aeroporto minha bagagem foi revistada por policiais peruanos, mas sem muita confusão, pois não levei nada que me pudesse comprometer a viagem. Após algumas horas esperando outro voo, embarquei rumo a Quito. Na chegada, novamente fui revistado, mas não molestado. Foram bem gentis. Lá fora, no saguão do Aeroporto Internacional Marechal Sucre estavam alguns amigos e amigas que não via desde meus 14 anos de idade, mas nunca esqueci a fisionomia de cada um deles e nem seus nomes. Foi realmente uma emoção muito grande. Me senti nos céus ao lado daquelas pessoas que foram importante na minha formação. De imediato traçaram um roteiro turístico, pois cheguei por volta das 12h30min de uma segunda-feira. Me levaram para conhecer os pontos turísticos que no passado eram bem familiares. Quito mudou por completo. A cidade cheia de prédios altos, hotéis de luxo, carrões que aqui no Brasil seria quase impossível adquiri-los aos preços exorbitante do Brasil. Para vocês terem uma idéia, minha amiga tinha um Land Rover defender, que aqui no Brasil custaria uns R$ 180.000,00. Lá custou a bagatela de U$D 45.000 dólares americanos. Mas isso é papo para outro momento. A cidade de Quito está super preparada para receber qualquer tipo de turista, do rico e médio, a o aventureiro. Tudo é em dólar, mas não é exorbitante como no Brasil. A começar da gasolina, que lá é vendida a galão, o que dá exatamente 3,78 litros e custa nada mais e nada menos que U$D 1,90. A octanagem é 90%, ou seja, é uma gasolina pura, sem adicionamento de álcool como a nossa. Os carros de seis cilindros chegam a fazer 20 km/l e os de 4 cerca de 28 km/l. Impressionante! Até o cheiro da gasolina, que lá se chama Nafta é diferente. Quito é rodeada de grandes cordilheiras, inclusive um vulcão chamado pechincha. O frio é sempre eminente, cerca de 5 a 10ºC pela manhã e pela noite chega a 1 a 3ºC. Durante a tarde o tempo é como Brasília nos meses de junho e julho, mas tem que sempre andar com um agasalho nas mãos. Na Estação Chimbacalle de trem fui com uma amiga conhecer o vulcão Cotopaxi. Passamos por cidades lindas e com gente sempre disposta a ajudar. Gente simples, mas com uma alma bondosa. O Taxi não é caro. Uma corrida de longa distância me custava algo como 4 a 5 dólares. Então, rodar de taxi era mais interessante, que de bus ou de carro alugado, apesar dos ônibus serem bons. Uma atração super interessante é a METAD DEL MUNDO,onde a linha do equador separa a terra em norte e sul. Existe uma experiência super bacana de se colocar frente aos olhos. Aqui no Brasil, quando a água escorre nos ralos, ela vai da direita para a esquerda. Ultrapassando a linha que separa norte e sul, a água corre ao contrário. A comida é como a nossa. A base de carne de porco, pão, peixe e algumas iguarias deliciosas. Realmente, Quito está preparada para o turismo. Eu aconselho a qualquer um se encantar. É verdade, onde tem dinheiro e turista sempre tem gente experta, mas basta você ser amoroso e humilde, que Deus sempre coloca gente maravilhosa na sua vida. Fiquei hospedado no Hotel Vieja Cuba, localizado no bairro Mariscal, na calle Niña com Almagro. Eu gosto de viajar e de certa forma de um pouco de conforto, mas o HOTEL VIEJA CUBA é algo sensacional. Simples, posto que era uma casa com diversos quartos, mas com um conforto e muitos funcionários atencioso e prestativos para entender você e a grande gama de turista que vai naquela cidade. No hotel que fiquei, havia uma família de Russos e de Americanos, que simplesmente, sem se conhecerem uns aos outros juntaram no café para se conhecerem, assim como eu, o unico brasileiro no hotel. De pronto fiz amizade com uma moça que servia todos os dia o café da manhã. Gentil e amorosa. Voltei a provar das iguarias que aquele país tem a oferecer. Uma delas, o Chevite, um prato com diversos frutos do mar, com bastante camarão com um caldo sensacional. Alé disso as empanadas de pollo (frango) são maravilhas. Eu falo e escrevo perfeitamente o espanhol, mas para quem não tem intimidade com a língua, não se preocupe, eles são tão atenciosos, que você se sente em casa. As igrejas, as basílicas e os monumentos são tão bem cuidados, que dá inveja. O nosso Brasil precisa mudar muito para chegar até Quito. Acreditem, fiquei mais de 9 dias no hotel e paguei cerca de U$D 425,00 dólares. Eu me sentia em família com tanta atenção. Peguei uns quatro dias de puro frio ::Cold:: . Daqueles que tinha que ligar o aquecedor do quarto, mas nada que três mantas e lençóis macios não façam a diferença. Fiz o passeio de trem mais perigoso da américa latina, o trem que vai até a garganta do diabo. É coisa de doido. Precipício de um lado e o coração na mão. Mas tudo correu bem. Paguei U$S 35,00 dólares por um passeio de 4 horas. Vale a pena! ::hahaha:: Bom, para quem esteja querendo uma viagem boa e barata, Quito é uma pedida. Ahhhh! Se estiver um final de semana sem ter planos, compre uma passagem para Miami por U$D 400,00 dólares e vá as compras. Não fui a Guayaquil para conhecer as Ilhas Galápagos, mas vai ter outra oportunidade.

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