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TRANSSIB-2011: crônicas, impressões e lições


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Bem, terminamos esta viagem com sucesso, foi muito positivo em geral.

Correu basicamente conforme planos já discutidos aqui:

transsib-eriana-roteiro-economico-t56664.html

transiberiana-t39688-15.html#p549231

 

Honestamente tentamos viajar de modo mais mochileiro possível, sempre imaginando como seria encarado tudo isto, caso não tivéssemos vantagens de domínio perfeito do idioma e de bom conhecimento de condições locais. Apesar de contamos com apoio até maior do que esperamos quase em todas as paradas: amigos, parentes, parentes de amigos, amigos de parentes... cuidaram de facilitar e otimizar nossos avanços pela rota.

 

Portanto, teremos boas dicas para quem queira fazer algo semelhante. Naturalmente serão justificadas por este longo e bem ilustrado relato. Mas a sua elaboração levará tempo, portanto adianto algumas teses:

- podemos, sim, recomendar algo parecido para todos os aventureiros interessados, sem grande domínio de idioma russo;

- aconselhamos fugir de pico de temporada de verão (julho e agosto), maio-junho seria bem melhor, setembro também serve;

- junte uma equipe de 4 pessoas e aproveite bem as vantagens de uma cabine privativa em vagões de 2ª classe de trens, bem como na contratação de táxis (baratos em geral);

- gaste um pouco mais, preferindo trens mais rápidos, onde vagões da mesma classe normalmente são mais confortáveis (mais provável encontrar novinhos – “NG”);

- não esquente cabeça com compra muito antecipada, compre todas as passagens pré-escolhidas logo ao chegar na Rússia em qq. terminal ferroviário e não em agencias que cobram sobretaxas.

 

P.S. Estou postando este relato na seção “Europa”, já que a Rússia está enquadrada na subseção desta (“Leste europeu”). Embora, andamos mais pela sua parte asiática.

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Obs: apesar de temporada de verão e muitos trens adicionais, contamos com perfeita pontualidade em todos os trechos, e reparamos que houve pouquíssimos atrasos de outros trens passando por mesmas estações.

 

0. Aquela “operação pára-quedista”, vôo MOSCOU (SVO) – VLADIVOSTOK com AEROFLOT SU-719. No plano anunciado seria de 6,5 mil km, cortando uma parte da China, mas acabamos contornando a fronteira, quase 7 mil km em 8,5 horas. Aeronave A-330, quase 0km, com telas individuais (não existentes em similares A-340 da IBERIA, que encontramos nos trechos GRU-MAD e MAD-GRU). Custo (sempre para dois): quase 10 mil rublos de passagens aéreas, (mais 600 de trem expresso para aeroporto e 54 de metrô).

 

1. VLADIVOSTOK (ВЛАДИВОСТОК) – KHABAROVSK (ХАБАРОВСК), 767 км em 12:39h (uma noite), trem 207Э. Vagão de 3ª classe, sem ar cond. Piores lugares, superior e inferior juntos. Custo: 2322 rublos, com roupa de cama incluída (neste e nos 4 próximos trechos pagamos uma sobretaxa entre 10 e 15 % por comprar na agência terceirizada, o que deixou mais tempo para encontros com amigos em Moscou).

 

2. KHABAROVSK (ХАБАРОВСК) – TCHITA (ЧИТА), 2327 км em 42:02h (tarde, noite, dia inteiro, noite), trem 239Э. Vagão de 3ª classe, sem ar cond. Piores lugares, superior e inferior juntos. Custo: 5264 rublos, com roupa de cama incluída.

 

3. TCHITA (ЧИТА) – IRKUTSK (ИРКУТСК), 1013 км em 18:19h (uma noite "expandida"), trem 011У. Vagão de 3ª classe, sem ar cond. Lugares laterais, quase piores, superior e inferior juntos. Custo: 2858 rublos, com roupa de cama incluída.

 

4. IRKUTSK (ИРКУТСК) – OMSK (ОМСК), 2477 км em 39:57h (noite, dia inteiro, noite), trem 063Б de operadora bielorussa (seguia até MINSK). Vagão de 2ª classe, com ar cond. Lugares, superior e inferior, em cabines diferentes. Custo: 9128 rublos, com roupa de cama incluída.

 

5. OMSK (ОМСК) - ORSK (ОPСК), 1328 км em 21:10h (tarde, noite, manhã), trem 249Н. Vagão de 2ª classe, sem ar cond. 2 lugares superiores na mesma cabine. Custo: 7994 rublos, com roupa de cama incluída.

 

6. ORSK (ОPСК) – SOROCHINSK (СОРОЧИНСК), 500 км em 08:50 h (uma noite), trem 509H. Vagão de 3ª classe, sem ar cond.Lugares bons, superior e inferior juntos. Custo: 1567 rublos (agora sem sobretaxas), com roupa de cama incluída.

 

7. SOROCHINSK (СОРОЧИНСК) – SAMARA (CAMAPA). Pela ferrovia seria 249 km em 4,5-5 h, o que colocarei na conta final. Mas neste trecho visitamos vários parentes e andamos de carro com eles, aproximadamente dobro disso.

 

8. SAMARA (CAMAPA) – MOSCOU (MOCKBA), 1044 км em 14:35h (uma noite), trem 009Й. Neste trecho retomamos o caminho clássico da TRANSSIB, do qual desviamos em TCHELYABINSK, no meio do trecho 5. Vagão de 2ª classe novíssimo, com ar cond. e sanitários de tipo aeronáutico (porém, mais espaçosos). Bons lugares, superior e inferior, na mesma cabine. Custo: 8017 rublos (sem sobretaxas, nesta vez até com desconto 30% para lugar superior), com roupa de cama incluída.

 

No total: 9705 km em 163 horas, distribuídas basicamente em 9 noites, 2 dias inteiros e 2 tardes. Pagando 37,15 mil rublos (2,2 mil reais, conforme taxa de câmbio 1 por 17).

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  • Membros de Honra
Boa! ::lol4::::putz::

Na verdade disse isso,porque eu só fiz o trecho da transmongoliana. ::hãã2::

 

Agora entendi ::otemo::

Na verdade, é uma ramal, desviando em Tchita (se seguir de Moscou para leste).

Vou ler o seu relato para não repetir mesmas coisas sobre mesmos trechos ::cool:::'>

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  • Membros de Honra

Não se preocupe se vai repetir ou não.O importante é que vc coloque seu ponto de vista e opinião, além das experiencias que passou. Cada pessoa reage e sente diferente. E além disse se vc ler meu relato é muiiito resumido, pois é só uma compilação de pontos de vista que eu tive durante minha viagem. ::cool:::'>

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  • Membros de Honra

Vladivostok (russia-diretorio-de-links-t49060.html#p592029) é uma cidade beneficiada por vários fatores geográficos e políticos, considerada um dos destaques da ferrovia TRANSSIB (além de ser o seu ponto final). Mas atualmente está na faze de total reconstrução, na véspera de um grande evento internacional – reunião de líderes de governos dos países APEC (http://vladivostok2012.com/). Com pesados investimentos federais, várias obras de infraestrutura andam simultaneamente: novos terminais de aeroporto, rodovia de acesso ao mesmo, duas pontes gigantes, melhorias de saneamento... Pior, várias ruas e praças, incluindo o próprio Calçadão, estão em reforma, com troca de pavimentação em todo lugar de vez. Houve muita poeira e dificuldades de caminhar, mas alguns pedaços já ficaram prontos e indicaram como bom deverá ficar depois de 2012. O terreno acidentado, cercado de amplas baías oceânicas e cortado por baías estreitas, continua presente (http://wikimapia.org/#lat=43.1871551&lon=132.0144653&z=10&l=9&m=b), o tempo colaborou, e em geral deu para curtir bastante em 1 dia e meio que dedicamos a esta cidade.

 

Nosso roteiro em Vladivostok foi seguinte. Chegamos ao aeroporto ao meio dia de sexta-feira (1º dia de viagem), recebidos pelos amigos. Eles nós levaram pelo lado da monumental obra de rodovia no veículo off-road (precisava mesmo), acomodaram em casa (apartamento quase no centro) e explicaram passos seguintes. Logo já subimos de bonde para um mirante espetacular e apreciamos vistas inesquecíveis. Até a noite andamos pelo centro, com maior atenção à orla de «mar interno», estreita БУХТА ЗОЛОТОЙ РОГ [bUHTA ZOLOTOY ROG], traduzindo, Baía de Corno Dourado. Visitamos museu-submarino, porto, terminal ferroviário (precisávamos imprimir passagens eletrônicas para dia seguinte e para outros 4 trechos). A noite caímos sem pernas e dormimos no apartamento de nossos amigos ainda antes que eles voltaram de uma festa de formatura (1ª noite).

 

No sábado (2º dia) visitamos museu «Fortaleza Vladivostok» http://www.vlad-fort.ru/english/index.php, andamos pela orla oceânica (Baía Amurskiy), passeamos de barco até a Ilha Russa, ОСТРОВ РУССКИЙ [OSTROV RUSSKIY]. O tempo de novo estava ótimo, céu aberto, vento moderado, temperaturas entre +17C de manha e +25C a tarde. À noite pegamos carona com jipe de nossos amigos até o terminal ferroviário e embarcamos de trem para Khabarovsk.

 

Achamos este início de viagem bem interessante e bastante exótico até para nós. Detalhe: quase todos os carros por lá tem origem japonesa, com volante à direita. Até os da polícia rodoviária federal, que inibe uso de tais veículos na parte europeia do país.

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