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Viagem a Ilha de Santana.


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Sempre que começo uma viagem penso no relato,mais me falta coragem,essa em particular foi especial por que na ida ficamos perdidos na madrugada,mais como sempre estou me antecipando aos fatos,então vamos lá.

Uma segunda feira comum,dessas em que nada parece acontecer ou tudo acontece,cheguei em S.J.de Ribamar a tarde já sabendo que tinha barco e o horario pra ele sair em direção a Ilha de Santana,como o barco dependia da maré,fiquei por lá jogando conversa fora com os tripulantes e já tentando descobrir alguem do lugar pra uma possivel estadia,sim pois eu sabia que não tinha pousada ou qualquer outra forma de hospedagem.Como viajante estava preparado pra ficar em qualquer lugar.

O barco saiu as 20:15,chegada prevista para as 05 da manhã,e com agua caindo no balde como se fiz por aqui quando a chuva está forte seguimos viagem,céu sem nuvens,chuva cerrada e um capitão com cara de ressaca anunciava uma noite que seria bem longa.Saindo de Ribamar se pega a baia e se viaja 04 horas em alto mar,logo depois pega-se aréa de mangue com passagens as vezes estreitas e as vezes com margens distantes,pois bem,entrando em aréa de mangue ainda com chuva cerrada começou o POBREMA,como uma disse uma senhora depois,o mestre pensando que conhecia tudo e mais um pouco esqueceu de verificar GPS,BUSSOLA(desconfio que ele não saiba usar)perdeu-se,e após 04 horas de andar em direção a lugar nenhum ele anunciou debaixo de uma tempestade que estavamos no meio do nada e não tinha a menor noção de onde seria esse nada,pra nossa tranquilidade foi logo antecipando que estavamos proximo a margem e já ancorados,que melhor seria dormimos e dia seguinte seguir viagem,como todos fiquei acordado por mais um tempo e depois dormir embalado pelo mar e com uma brisa me ajudando a lembrar que poderia ter sido pior.Dia amanheceu e logo ele avisou que o café quente estava sendo preparado,e que sabia onde estavamos e por volta de meio dia no maximo estariamos em terra firme,e a viagem continuou sem maiores POBREMAS.

Chegamos por volta de 11:00 horas e com muito foguete nos anunciando,isso porque a essa altura estavamos mais pra desaparecidos que outra coisa,a ilha é exclusivamente de pescadores e eles tem forte ligação com santos,e promessas ttinha sido feita na madrugada por parentes e amigos dos tripulantes.Com toda essa confusão já cheguei na ilha conhecendo metade da população,sabendo o nome da outra metade que não conhecia pessoalmente e com um lugar garantido pra ficar até o dia que quisesse me disse o Pedro Cheque,foram oito dias de uma convivência tranquila e um aprendizado fora do comum,isso porque eu passava o dia todo ou pescando com amigos,ou ouvindo os causos dos pesacadores enquanto faziam o reparo das redes,sair dessa ilha foi mais dificil que a noite passada no meio do nada com lugar algum a espera de um milagre como dizia o Senhor João,morador da ilha com 56 anos de muita história pra contar e um jeito de quem acha que a vida é mais simples que o dia de ontem.

Sei que pode ter sido só uma viagem,mais me sinto um felizardo não pelo os momentos de reflexão na praia linda que eles tem a perder de vista,pela bela vista do farol ou pelo saboros peixe,camarão e caranguejo que eles tem em fartura, mais pelo o jeito simples de encarar a vida desse povo e eu com certeza acredito mais nessa maneira de viver e cada dia mais vivo assim,é isso.

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  • 8 anos depois...

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