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Peru e Bolívia - Janeiro/2014 - 14 dias + 1 (gastos e fotos)


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Fala galera mochileira!

 

Realizei meu sonho de fazer um mochilão pela América Latina em janeiro de 2014, depois de muito tempo economizando e planejando a viagem, e agora pretendo dividir a minha experiência com vocês, no intuito de contribuir para os roteiros futuros! Viajei com a Leandra, minha namorada, e tentamos documentar ao máximo a viagem, tirei muitas fotos e fiz muitos vídeos, que estão disponíveis no youtube. Ao londo relato vou indicando os links para quem quiser assistir. Ao trabalho:

 

MONTANDO O ROTEIRO

 

Tenho a vontade de conhecer Machu Picchu desde que comecei a compreender a história da América Latina, e sempre achei que a cultura Inca estava repleta de mistérios a serem desvendados! Por isso, meu objetivo principal era conhecer Machu Picchu e mais o que fosse possível. Pesquisando sobre o Peru, descobri que a cidade grande mais próxima de Machu Picchu é Cuzco, antiga capital do império Inca. Cuzco é uma cidade de médio porte, de 300 mil habitantes, onde está localizada a maioria das ruínas incas, por isso alguns passeios são indispensáveis. De Cuzco, os mochileiros partem para um vilarejo que fica no pé de Machu Picchu, chamado Aguas Calientes, ou Machu Picchu Pueblo. Esse é o trajeto de ônibus ou van, é possível também fazer a trilha inca, que dura vários dias, mas ai já não sei em detalhes rs. Tudo isso eu aprendi basicamente lendo relatos, por isso é muito importante ler o máximo de relatos possível, só os relatos podem trazer experiências concretas e mais detalhadas sobre as viagens :D

 

Depois disso, descobri também que Cuzco fica a 8 horas de ônibus de Puno, que é a cidade peruana no Lago Titicaca, e decidi fazer o meu roteiro passar por lá e por Copacabana, cidade boliviana no Lago Titicaca. La Paz não fica longe dalí, então colocamos também no roteiro. Para completar o roteiro, inclui três dias em Lima para conhecer a capital do Peru, e Arequipa que fica no meio do caminho, e ficou assim:

 

 

dia 24/01 - Saída 06:00 do Rio de Janeiro para Lima (TAM). Chegada 11:00 (horário de Lima, 3 horas a menos que no Brasil). Passeios em Lima

Dia 25/01 - Saída de manhã para Cuzco - chegada na hora do almoço. Passeio a pé pelo centro de Cuzco

Dia 26/01 - Passeio Vale Sagrado

Dia 27/01 - City tour

Dia 28/01 - Passeio em Cuzco e subida para Aguas Calientes

Dia 29/01 - Machu Picchu e ida para Bolívia a noite

Dia 30/01 - Chegada em Puno de manhã e viagem direto para La Paz

Dia 31/01 - Monte Chacaltaya

Dia 01/02 - Saída de La Paz e chegada em Copacanana

Dia 02/02 - Passeio Isla del Sol

Dia 03/02 - Saída de Copacabana e chegada em Arequipa, a noite

Dia 04/02 - Passeios em Arequipa e ida para Lima a noite

Dia 05/02 - Chegada em Lima de manhã e boate a noite

Dia 06/02 - Passeios em Lima e Circuito Mágico das Águas

Dia 07/02 - Saída de Lima para o Rio de Janeiro

 

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Nesse mapa, a única diferença é que o primeiro trajeto Lima-Cuzco foi feito de avião, mas o resto segue essa linha azul aí

 

Se vocês colocarem no mapa, verão que esse roteiro faz praticamente um círculo, indo por um caminho e voltando por outro, para ganhar tempo. Lima fica muito distante de Cuzco, mais um menos 24 horas de ônibus (porque corta a Cordilheira dos Andes), mas fica apenas uma hora de voo. Primeiro decidi que iria de avião, embora eu tivesse a vontade de cruzar a Bolívia no famoso trem da morte. O problema é que levaria um tempo muito grande, ir de ônibus até Corumbá, no Mato Grosso do Sul, depois chegar em Puerto Quijaro, pegar o Trem, subir 18 horas até Santa Cruz de La Sierra e isso ainda não é nem metade do caminho até Cuzco... ::essa:: Decidi comprar passagens ida e volta Rio-Lima e consegui um preço de R$ 980,00 incluindo taxas, pela TAM. Depois que compramos as passagens para Lima, o próximo desafio seria chegar em Cuzco rs, e foi aí que eu descobri as empresas aéreas locais: Peruvian e Star Peru. Eles vendem passagens sem alteração de preço, ou seja, o mesmo preço sempre, qualquer dia ou época do ano. Compramos as passagens de Lima para Cuzco por 70 dólares cada, por volta de 220 reais. Dica muito boa, porque são empresas de muita qualidade e baixo custo! Deixamos um dia em Lima no início e três no final caso houvesse qualquer problema ao longo da viagem e atrasássemos em algum local. Na hora da volta, é sempre bom prever a chegada alguns dias antes do voo na cidade, mas acabamos não tenho nenhum problema nesse sentido e seguimos o roteiro do início ao fim. O único ponto ruim é que o aeroporto de Lima fica bem distante dos bairros centrais (Miraflores, que é onde ficam os turistas, melhor bairro de Lima), tipo uns 45 minutos de táxi, por isso ficou um pouco cansativo chegar na cidade num dia e sair no outro, mas não foi grande problema não. No final, vocês entender o que significa "14 dias + 1" rs

 

Bom, agora que já demonstrei como montei o meu roteiro, vamos a algumas informações prévias:

 

INFORMAÇÕES PRÉVIAS:

 

Escolhendo a época do ano para viajar ao Peru: Todos me diziam que a melhor época para viajar é entre os meses de junho e setembro, que é inverno e tem poucas chuvas. A pior época para viajar é no verão, principalmente na época das chuvas, entre o final de janeiro e o início de fevereiro. Como vocês podem perceber, eu fui EXATAMENTE nesse período, porque não tinha como viajar em outra época do ano, devido às minhas férias. Depois de pensar muito, fui na cara e na coragem na época das chuvas mesmo e não me arrependo. Tudo bem, chove mais do que normalmente, mas nenhum passeio ficou prejudicado por causa da chuva. Fizemos tudo que estava programado. Além disso, o Monte Chacaltaya, na Bolívia, NÂO TEM NEVE NO INVERNO! Eu peguei muuuita neve lá, em janeiro, mas tive amigos que foram no meio do ano e só encontraram poças de água, rs. Outro passeio que também fica melhor na época das chuvas é o Salar de Uyuni, na Bolívia. Não pude inclui-lo no meu roteiro porque fica muito ao sul da Bolívia, e iria nos prejudicar muito, mas sem dúvida é um dos melhores passeios na Bolívia e fica melhor no verão do que no inverno. Por isso, vale a pena arriscar :)

 

Dinheiro: Sou péssimo em matemática, mas parei um dia inteiro para aprender um pouco de economia e fazer os cálculos para descobrir o que é mais vantajoso em termos de dinheiro. No Peru, a moeda é o Novo Sol, e na Bolívia é o Boliviano. trocando em dólares, um dólar valia 2,8 soles e 7 bolivianos, na época. Cheguei a conclusão que seria necessário comprar dólares aqui no Rio (comprei a uma taxa alta de 2,50) e depois trocar os dólares no Peru e na Bolívia. Só tem um banco aqui no Rio que trabalha com Novo Sol, o Banco Safra, mas a pela cotação eu ganharia mais lá com dólares do que aqui com reais. Eu mandei um e-mail para o hostel em que eu ia ficar perguntando a cotação do dólar lá, e isso me ajudou a decidir isso, mas pelo que eu vi, via de regra sempre vale mais a pena levar dólares, pq sempre estão valorizados. Em relação ao dinheiro em sim, eu preferi levar tudo em espécie. O IOF tinha acabo de subir de 0,30% pra 6,38%, ou seja, os saques no exterior teriam a mesma taxação que no crédito. Antes, valia a pena levar pouco dinheiro e sacar lá, agora já não vale tanto assim. Levei por volta de 600 só pra mim dólares em dinheiro vivo, usando SEMPRE a money belt! Eu quase nunca deixava dinheiro na mochila ou no hostel... não cheguei a ter motivos reais para me preocupar, mas perder todo o dinheiro significa o fim da viagem, então, todo cuidado é pouco. Cheguei a usar cartão de crédito no final da viagem principalmente para comer, já que os valores não eram muitos altos, o imposto é bem pequeno. Ainda no Brasil, montei o roteiro e tentei comprar antecipadamente, no cartão de crédito, a maioria das coisas. Diárias em hostels, passagens de ônibus, trem e avião, e mais algumas coisas. Paguei em real e antecipadamente, então acabou valendo muito a pena fazer isso.

 

Transportes: Como eu já disse, fui e voltei de avião, usei uma companhia aérea local e andei bastante de ônibus. A maior companhia local de ônibus é a Cruz del Sur, que é simplesmente sensacional. Todos os ônibus de muita qualidade, com refeição, garçom, filme, ar condicionado, internet, etc. Em viagens mais longas tem duas refeições, e as passagens são muuito baratas! Só pra ter uma ideia, a passagem Cuzco-Puno custava o equivalente a 55 reais. Uma viagem de oito horas, no Brasil custaria mais de 100 reais. Existem muuuitas empresas locais, que trabalham com ônibus bem precários e desconfortáveis, mas que fazem uma viagem dessa por 20 ou 25 reais. Comprei o máximo de passagens pela Cruz del Sur de forma antecipada, no total de 3 viagens, o restante eu usei as empresas locais mesmo, junto com os bolivianos e peruanos :D

 

Alimentação, Costumes e tradições: Regra básica de mochilão pelo Peru é sempre pechinchar MUITO, sempre e em todos os lugares literalmente. Os táxis não têm taxímetro, e o preço é combinado no início da viagem, sempre pechinchando. Preços em restaurantes, artesanatos e até mesmo as passagens de ônibus entre as cidades das empresas locais. Se você não pechinchar, vai pagar muito mais caro sempre, até mesmo o DOBRO! Faz parte da cultura! Outra coisa, eu não liguei muito pra isso, mas é muito legal estar nos lugares em dias de festas típicas. Na maioria das vezes, são festas religiosas, já que a religião é muito forte nesses países. Quando preparei minha viagem, via alguns relatos tratando desse ponto, mas não me preocupei muito com isso. Por sorte acabei caindo em Copacabana bem no dia da festa de Nossa Senhora de Copacabana, e foi incrível! Estar dentro de uma festa típica, com os locais vestidos com roupas especiais e tocando músicas e instrumentos, todos dançando e cantando, é uma sensação muito boa! Foi nesse dia que eu me senti realmente conhecendo a Bolívia e seus costumes, recomendo muito! Em relação a comida, experimente o que lhe fizer sentir mais confortável! Eu comi carne de lhama, tomei muito Inka Kola e Cusceña, mas não comi o Chuy (porquinho da índia assado) nem algumas outras coisas. Procurei sempre beber água potável e não tomar suco. Eu já ouvi falar que quando as pessoas vêm para o Brasil, também recebem o conselho de só consumir água mineral de garrafa, então acredito que seja mais uma precaução do que uma má qualidade da água, mas de qualquer forma, é melhor se precaver, pq o clima é muito diferente, altitude, comidas diferentes, muita coisa pode te deixar mal ou doente, então é melhor tomar cuidado. Li muitos relatos de pessoas que ficaram doentes no meio da viagem :|

 

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Hospedagem: Eu preferi hostels internacionais, de modo que eu fiz as reservas aqui no Brasil mesmo. Os mais famosos são Che Lagarto, Loki Hostel e Wild Rover Hostel. Todos eles oferecem diárias em quartos compartilhados, com café da manhã, wi-fi, alguns computadores, sala de televisão e ótima localização, com tarifas por volta de 25 reais! isso mesmo, é um preço ótimo! Fiquei no Che Lagarto em Lima e Cuzco: é um hostel "mais família", calmo e silencioso, com funcionários sempre muito atenciosos! Na Bolívia fiquei no Loki Hostel, que é bem agitado: o restaurante que serve café da manhã vira um pub a noite, com muita música, bebida, povo jogando sinuca, etc, tem festas temáticas todos os dias. Ficamos no Wild Rover Hostel em Arequipa, e é mais ou menos o mesmo esquema que o Loki, com a diferença que ele oferece várias atividades para os hóspedes, corrida de kart, passeios etc. Existem diversos hostels locais que oferecem ótimos serviços, mas aí tem que correr o risco de chegar lá e não ter vaga. Na Bolívia, o Loki já estava vazio, e conheci uns brasileiros que tiveram que pagar mais caro que eu num hostel píor que não tinha café da manhã. Por isso vale a pena já sair do Brasil com tudo esquematizado :)

 

Vamos ao relato!!!

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1º Dia - 24/01

 

Nosso voo estava marcado para 06:00, por isso, tínhamos que estar o aeroporto por volta das 04:00. Juntando o fato de ter que acordar cedo com a ansiedade para realizar um sonho, acabei não dormindo nada no dia anterior. Preparei a mochila com duas calças jeans e mais camisas do que o normal. Levei também luvas e dois casacos, mas só usei o mais grosso quando fomos ao monte nevado. Fui com um par de tênis de couro no pé e um par de chinelos na mochila. É ruim viajar com só um par de sapatos, mas foi o jeito, não cabia mais nada rs. A mochila era uma cargueira normal que consegui emprestado, e não lavei roupas nenhum dia.

 

Bom, pegamos o voo no Rio de Janeiro até São Paulo. o voo para Lima atrasou mais de uma hora, mas quando entrei no avião, capotei de sono e só acordei no Peru, 5 horas que passaram sem nem eu perceber rs. Voamos num desconfortável Airbus A-320, com pouco espaço e cadeira com pouca reclinação, mas não importava, estávamos indo para Lima! Ao chegar, apresentamos apenas identidade, não nos pediram o comprovante internacional de vacinação contra febre amarela, como seria de praxe, mas de qualquer forma estávamos com ele na mochila. Para entrar no Peru, não é necessário passaporte, apenas uma identidade recente e em bom estado. Pegamos um taxi (pechinchando) e fomos direto para o Che Largarto, em Lima. Chegando lá, fomos muito bem atendidos, deixamos as malas e fomos almoçar. Estávamos morrendo de fome e com pouca paciência para descobrir (em espanhol), um lugar legal para comer, conclusão: fomos de KFC! rsrsrs Almoçamos um bom fast food regado a muito inka kola e depois fomos de sobremesa no StarBucks! Lima é uma cidade grande como outra qualquer, tem shoppings, grandes avenidas e muitos restaurantes fast food. No KFC, gastamos por volta de 15 soles para almoçar muito bem. Andamos muito pelas ruas da cidade e no fim da tarde pegamos um city tour pelo Mirabus. Custou 10 soles por pessoa, um passeio de uma hora e meia por um ônibus aberto pelos principais pontos da cidade, com guia. Vale muito a pena!

 

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À noite, fomos de mais fast food rs Comemos no Bembo's, uma rede peruana de fast food. Meu lanche deu por volta de 8 soles, muito barato!!! comi um cachorro quente, Inka kola e batatas fritas. Depois, dormir pq no dia seguinte tínhamos que acordar bem cedo para voar para Cuzco!

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2º Dia - 25/01

 

Bom, acordamos bem cedo e fizemos check-out no hostel, e pegamos o mesmo taxista nos trouxe do aeroporto. O Che Largarto tem um taxista credenciado que faz esse trajeto para o aeroporto, pq são poucos os taxistas que podem entrar lá, é um pouco mais caro mas vale a pena, pq na rua muitos não querem fazer essa corrida. Nós não precisamos pq o taxista do dia anterior combinou com a gente e foi nos pegar no horário acertado, até atrasamos 20 minutos mais ou menos, mas ele nos esperou mesmo assim :D

 

Quando chegamos no aeroporto, uma pequena confusão. Minha passagem estava ok e fiz o check in, mas a passagem da Leandra deu problema. O cara do check in não conseguia encontrar o nome dela na lista de passageiros de jeito nenhum, e falou que não tinha passagem comprada nenhuma, imagina o desespero! :cry: O cara fez a gente voltar lá no balcão de passagens pra desenrolar, e nós falamos espanhol mal e porcamente... foi mega tenso explicar tudo isso pro cara e ficar insistindo pra ele olhar no sistema etc. O cara das passagens achou o nome dela, mas falou que a passagem dela havia sido emitida para o dia 11 de Janeiro, e não para o dia 25! Nós brigamos com o cara até o fim, subimos no segundo andar, pegamos o wi-fi do starbucks e olhamos o cartão de confirmação que enviaram para o e-mail dela. Infelizmente, o cartão de confirmação estava dia 11 e nós não vimos :( a única reserva que nós não conferimos. Enfim, conseguimos remarcar pagando uma multa, mas não dava para ir no mesmo voo que o meu, das 10 hrs, pq o check in já estava fechado. Ela teria que ir no voo das 12:30! Nesse momento, o meu voo já estava para sair então falei "pega o voo que eu vou estar te esperando lá, vou correr pra não perder o avião" e sai correndo pelo aeroporto para pegar o meu avião! Consegui, a viagem é linda, sobrevoando a cordilheira dos andes! Cheguei em Cuzco e esperei, esperei, esperei... comprei um jornal peruano, fui nas lojinhas que tinham em frente ao aeroporto e fui pro portão de desembarque quando o próximo voo estava para chegar. Para nossa sorte, nada deu errado e Leandra desembarcou nesse voo... ufa! Se tivesse dado algum problema, não sei como iríamos nos comunicar, pq nem todos os lugares tem wi fi, não dá pra ligar e não dava pra usar o 3g... mas deu tudo certo! :)

 

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Saímos do Aeroporto e pegamos um taxi na rua, 10 soles até o Che Lagarto de Cuzco! Nesse momento, começamos a sentir um pouquinho do efeito da altitude, mas quase nada, só iríamos sentir mesmo na Bolívia. Além da altitude, senti também uma energia incrível! Estava pisando na antiga capital de um dos maiores e mais prósperos império da história da humanidade. Império esse envolto em lendas e mistérios, incluindo seres místicos e extra terrestres. Eu estava ali, diante de uma arquitetura e uma engenharia extremamente avançadas para sua época, além da religiosidade e dos costumes locais, aquele lugar é simplesmente incrível! Após fazer o check in no Che Lagarto, fomos caminhando para a Plaza de Armas, 10 minutos andando. Lá tirei fotos incríveis, conversei com vendedores e jantamos no MC Donalds! Dica do Andre Figueiredo, em outro tópico aqui! A refeição lá custa 12 soles, arroz, batata frita, frango frito e refrigerante, é muuuuito barato!!! Vale a pena! Depois disso, fomos ao prédio da prefeitura e compramos nosso Boleto Turístico. Esse boleto funciona da seguinte forma, você compra esse boleto turístico que te dá o direito de entrar em 16 pontos turísticos da cidade. Você pegar um taxi ou um ônibus e conhecer alguns desses lugares, mas o que costuma ser feito é comprar os pacotes que as agências oferecem. Essas agências dividem esses pontos turísticos em 4 passeios, que devem ser feitos cada um em um dia, e vendem esses pacotes. É assim que a maioria faz e dá muito certo, pq os preços são muito bons, considerando que agência fornece transporte e guia para os passeios. o preço total desse boleto é 130 soles, estudantes pagam meia: 70 soles. O negócio da meia entrada é o seguinte, rola aquela carteira de estudante internacional, da STB. É só entrar no site e encomendar pela internet ou ir em alguma loja. Custa 40 reais, mas os descontos que se consegue no Peru já compensa esse investimento. Eu ouvi falar que alguns conseguiram descontos com outras carteirinhas, mas não é a boa arriscar, até porque a entrada de Machu Picchu também é cara, então uma meia entrada é sempre bem vinda rs.

 

Caminhamos pelas ruas, encontramos a pedra que tem 12 lados, procuramos agências de turismo e tiramos muitas fotos. Vejam só, no hotel, me ofereceram o passeio do Vale Sagrado por 10 dólares (por volta de 28 soles). Fui a uma agência e o preço era 20 soles. Na agência do lado, 18, e na outra já encontrei por 15 soles! Estão vendo, pechinchar é sempre necessário. Na Plaza de armas, são muitas agências, uma do lado da outra, meio a lojinhas e casas de câmbio (muitas delas são as três coisas em uma só). Eu até cheguei a guardar o folder dessa agência, mas praticamente todas as agências oferecem um bom serviço. No Peru, o turismo é muito rentável, por isso a fiscalização é forte nesse sentido. Pois bem, compramos o pacote do Vale Sagrado para o dia seguinte (já com o boleto turístico em mãos), e voltamos para o Hostel, para dormir e acordo cedo no outro dia!

 

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Plaza de Armas de Cuzco!

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3º Dia - Cuzco - Passeio do Vale Sagrado

 

Bom, Como já disse, havíamos comprado o passeio do Vale Sagrado no dia anterior por 15 soles cada um. Entre os passeios que são oferecidos pelas agências, Vale Sagrado e City Tour são praticamente obrigatórios! Nesses dois passeios se conhece as principais ruínas Incas. Embora Machu Picchu seja a mais famosa, por ser a mais conservada, não era um dos lugares mais importantes do império.

 

Acordamos bem cedo, tomamos um bom café da manhã no Che Lagarto e partimos em direção à agência. Dormimos muito bem num quarto com 6 camas, mas não tinham apenas quatro no quarto. O Banheiro esteve sempre limpo e não tivemos qualquer problema. Ao chegar na agência, o guia já estava lá na porta e nos levou junto com um grupo para o ônibus que iríamos usar. Esse ônibus levava turistas de diversas outras agências. O passeio começa na feira de artesanato de Pisaq (altamente recomendada)! ::otemo:: Não comprem nada no centro de Cuzco, tudo que é vendido lá, também é vendido em Pisaq, mas por um preço muuuito mais baixo!

 

Passamos nas ruínas de Pisaq, depois almoçamos num bom restaurante no vilarejo de Urubamba, que também dá nome o rio que corta a região. Depois passamos pelo ponto alto do passeio, Ollantaytambo! Tenho vontade de descrever tudo que nos foi mostrado nesse lugar, mas vou deixar para vocês mesmo descobrirem! O que posso adiantar é que são ruínas extremamente místicas, com mistérios naturais envolvendo a engenharia inca, as montanhas em volta e os solstícios de inverno e verão! No topo das ruínas de Ollantaytambo ficava o antigo Templo do Sol, muito importante para o povo Inca.

 

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Ruínas de Ollantaytambo.

 

Algumas pessoas da excursão desceram em Ollanta e pegaram o trem em direção a Aguas Calientes, para no outro dia subir a Machu Picchu. Para quem decidi ir de trem para Machu Picchu, vale a pena fazer o passeio do Vale Sagrado e descer em Ollanta, pq a última parada seria Chinchero, que é interessante mas não tem nada de mais (tudo é interessante quando se está em outro país). Essas pessoas fizeram o passeio em Ollanta e o ônbus as deixou perto do trem, e dali seguiram para Aguas Calientes (com passagem previamente comprada, óbvio). Eu optei por não fazer isso, mas vejo que valei a pena, recomendo!

 

Fazer esse passeio com a agência, na minha opinião, é a melhor opção. Alguns amigos me disseram que não gostam de excursões pq não se tem muita liberdade, tem que seguir o guia e não tem muito tempo pra tirar foto, etc. Concordo com isso, mas acredito que o guia é indispensável! Eles sabem muito sobre aquelas ruínas, e sem as explicações deles, só veríamos pedras e mais pedras. Em cada lugar que parávamos, os guias nos davam 30 minutos para andar e tirar fotos. É pouco pra ver tudo, mas a essa altura, o guia já explicado tudo sobre o lugar, realmente os guias são muito válidos!

 

No fim do dia, passamos em Chinchero, tem uma igreja e uma pequena feira de artesanato, legal mas nada demais. Esses lugares são distante do centro de Cuzco, tipo o lugar mais longe fica a 2 horas de ônibus, então deu pra tirar um cochilo na volta. Quando chegamos, paramos em uma mercearia e compramos miojo para cozinha na copa do hostel. Fizemos isso e não nos arrependemos, conhecemos a maioria das pessoas nas cozinhas dos hostels kkkk

 

E rumo ao 4º dia!

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  • 4 semanas depois...
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27/01 - 4º Dia

 

No dia anterior, à noite, passamos rapidamente na agência em que contratamos o pacote do Vale Sagrado e contratamos o City Tour para o dia seguinte (hoje, no caso). Eu e Leandra chegamos a conclusão que esses dois passeios são os mais importantes, não existe ir a Cuzco e não fazer esses dois. As agências vendem outros dois pacotes, um de museus e outro que vai para umas salineiras. Não tínhamos tempo para fazer tudo, mas acreditamos que o Vale Sagrado e o City Tour são os mais imperdíveis.

 

O City Tour sai de cusco às 13 horas, então aproveitamos para dormir um pouco mais e almoçar num lugar legal. Fomos a um restaurante mais "refinado", na Plaza de Armas. Não pagamos mais do que 25 soles por pessoa, mas era um restaurante muito bonito, bem decorado, diria até "fino", nos padrões brasileiros. No Peru é muito comum os restaurantes vendem o "Menu". Um ´preço fixo em que vc tem uma entrada, um prato principal, uma sobremesa e uma bebida. Nesse restaurante, eu comi um salpicão, e a Le tomou uma sopa de tomate, de entrada. No prato principal pedimos carne de lhamas com fritas, e uma bela torta de chocolate como sobremesa. Em todos os lugares encontramos esse Menu, sempre com um preço em conta.

 

Pegamos o ônibus no mesmo lugar do dia anterior, e o passeio foi simplesmente FANTÁSTICO. O nome City Tour não tem NADA a ver com o passeio. Os lugares visitados são dentro e perto da cidade, mas são as ruínas mais espetaculares de Cuzco e mais importantes para a civilização inca. Primeiro, paramos em Qorikancha, onde hoje funciona o Museu de Santo Domingo. É uma igreja muito grande que fica no meio da cidade, e o templo mais importante da cultura inca. O tempo que passamos lá dentro ouvindo o guia explicar cada detalhe foi uma verdadeira viagem à América pré-colombiana. Essa igreja foi construída em cima de um templo Inca, os espanhóis faziam isso para tentar apagar os vestígios da cultura inca. O mais legal é ver que, após alguns terremotos, as paredes da igreja caíram e deixaram a mostra a engenharia inca. Numa mesma sala, é possível ver uma parede europeia e uma parede inca, que resistiu de forma muito mais eficaz aos terremotos. É simplesmente encantador, misterioso, místico... só indo lá pra ver!

 

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Depois, a City Tour vai a saqsaywaman, o segundo templo mais importante para os Incas, nos arredores da cidade. Nesse lugar, vimos uma pedra que pesa 180 toneladas, que foi carregada de forma inexplicável por 4 kilômetros até aquela localidade. Novamente, a história contada pelo guia é capaz de encantar corações e nos permite imaginara como era aquele lugar alguns séculos atrás. De lá, é possível ter uma visão panorâmica da cidade e tirar belas fotos ::Ksimno::

 

Em qualquer passeio, o que eu mais gostava de fazer era caminhar pelos corredores das ruínas e imaginar que uma grande civilização já passou por alí. Ficava pensando que tudo aquilo foi resultado de um processo místico de um povo que estava muito a frente de seu tempo. Em toda a minha viagem priorizei a reflexão histórica, e voltei completamente maravilhado com o Peru e a cultura Inca.

 

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Depois fomos a Qenqo, uma ruína menor que mostra um local de oferenda para os deus incas. É válido dar uma lida sobre a cultura inca antes de ir viajar, pq a quantidade de informação é muito grande, é óbvio que não vou falar nada aqui pra não estragar a surpresa... Depois de Qenqo ainda passamos em Tambomachay, um lugar lindo, com várias árvores e fontes de água. Lá, o guia fala um pouco sobre a estrutura e o encanamento dos incas, que pra varias, já era extremamente moderna. E assim termina o City Tour.

 

A noite em Cuzco é linda, a Plaza de Armas inspira e exala um sentimento inexplicável. Dá vontade de ficar sentado no banco da Plaza olhando pro lado, pras duas igrejas, para as pessoas... enfim, vale a pena passar um tempo por ali por algum tempo. Depois, dormir para o 5º dia!

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  • 2 semanas depois...
  • 2 semanas depois...
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::Ksimno:: Desculpa a demora, galera! tive uns probleminhas mas já estou de volta!

 

5º dia!

 

Nesse dia fomos caminhando até a sede do Ministério da Cultura do Peru, para comprar nossas entradas para Machu Picchu! O lugar era um pouco mais longe do que achávamos, rs, mas fomos lá e compramos tudo certinho. Pagamos meia porque tínhamos a carteira de estudante internacional, como já falei. Ao comprar as entradas, existiam algumas modalidades, a nossa entrada foi a simples. O ticket que permitia a subida Huayna Picchu (aquela maior montanha no fundo da foto clássica de Machu Picchu) obviamente já estava esgotada. Se você for viajar no meio do ano, tem que comprar essa entrada com pelo menos três meses de antecedência, e não poderá pagar meia pela internet. Eu não tinha muito interesse em fazer essa trilha, embora todo mundo fale MUITO bem dela, por isso não me preocupei em comprar. Me ofereceram um ticket que permitia subir na "Montanha Machu Picchu", uma tilha que fica atrás das ruínas, no lado oposto a Uaayna Picchu, mas também não me interesse muito não.

 

Para voltar, pegamos um táxi e fomos direto para o Mercado de San Pedro. O que tenho a dizer sobre o Mercado de San Pedro? Não deixe de ir lá! É um mercado turístico, mas também muito popular. Vende-se de tudo, de comida a artesanatos. É lá que se pode almoçar por três soles! Mas eu não arrisquei! rs O artesanato lá é MUITO barato! comprei várias camisas lá!

 

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Depois voltamos e pegamos informações sobre os meios para chegar até Machu Picchu Pueblo, ou Aguas Calientes. Nós já estávamos com as passagens de trem compradas, saindo de Ollantaytambo, mas precisávamos chegar em Ollanta. As agências de viagem disponibilizavam ônibus por 20 soles por pessoa, foi o melhor preço que ofereceram. Mas descobrimos que poderíamos pegar "transporte público", em determinado local da cidade. Agora eu não me lembro o nome, mas é só perguntar pelo lugar que se pega van para fora de Cuzco. Pagamos 8 soles cada um, e fomos de van para Ollanta. Lá, almoçamos e pegamos o trem para Aguas Calientes. O Trem é simplesmente fantástico, é um investimento caro na viagem, mas é muito confortável e seguro. Na ida, surigo comprar passagens no lado esquerdo do trem, pois ele vai margeando o rio Urubamba durante todo o percurso, é um cenário muito bonito. A medida que ia chegando mais perto, eu ia sentindo cada vez mais forte uma ansiedade, saber que estava cada vez mais perto de Machu Picchu ::hahaha::

 

Chegamos a noite em Aguas Calientes e fomos direto para o hotel que havíamos reservado: Sol de Oro. O hotel é muito bom, estava vazio e o atendimento foi excelente. A cidade é muito bonita, cortada por um rio, e vive em função de Machu Picchu. O clima é fantástico, todos ali foram ou estão indo para Machu Picchu. Passei a noite praticamente em claro, preocupado com a chuva que caía...

 

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Editado por Visitante
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  • 4 semanas depois...
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29/04 - 6º dia!

 

Finalmente, chegava o dia mais esperado! Como disse a vocês, escolhi viajar na época das chuvas e tive muito receio que tivesse alguns problemas com isso. Meu maior medo era que estivesse chovendo muito no dia que iríamos a Machu Picchu, e isso atrapalhasse o passeio, as fotos, e tudo mais. Pois bem, no dia que chegamos Águas Calientes, por volta das 21 horas, começou a cair não uma chuva, mas uma TEMPESTADE!!! Eu fiquei pensando "imagina se eu não consigo tirar a foto tradicional de Machu Picchu por causa da neblina?" Enfim, fiquei bastante preocupado, mas lembrei de um outro relato que li aqui no fórum, o amigo relatou que chovia muito no dia em que ele subiu pra MP, mas o tempo depois melhorou e as fotos ficaram boas.

 

Pois bem, fui dormir com chuva e acordei às 4 horas da manhã, ainda chovendo. Tomamos o café de manhã e rumamos para o centro de Aguas Calientes. Alí, você tem duas opções, subir até MP de ônibus, pagando por volta de 20 dólares ida e volta, ou subir através de uma trilha. A Chuva já estava bem fina, e eu queria muito subir essa trilha, e assim o fiz.

 

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Depois de meia hora de caminhada e uma hora subindo escadas, alcançamos o topo! Nesse momento já batia a ansiedade, o nervosismo e o frio na barriga! Não via a hora de chegar a observar aquela paisagem que até então eu só via nos livros. Ao chegar em Machu Picchu você encontra um restaurante em que é tudo MUITO caro, papo de um hamburguer 20 soles. Em frente ao portão ficam os guias recrutando turistas para fazer o passeio guiado. Esse passeio dura uma hora e meia e pagamos 20 soles cada um. Eu achei que valeu muito a pena, pq a guia nos levou era muito preparada, sabia a historia de cada pedra e cada lugar de Machu Picchu. Se você for andar aleatoriamente pelas ruínas, vai achar muito bonito, sem dúvida, mas com esse passeio tivemos a acesso a informações que não teríamos de outro modo, o valor e o significado de cada canto da cidade perdida.

 

Bom, entramos em MP por volta das 7:30 hrs da manhã, ainda tinha chuva e MUITA neblina. Nessa hora me bateu uma depressão, pq logo no início do parque você tem aquela visão tradicional de MP, e olha como estavam as nuvens : ::ahhhh::

 

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Começamos o passeio e eu só conseguia pensar se aquelas nuvens iriam ceder ou iriam arruinar minha viagem. Novamente, como eu disse, vale muito a pena fazer o passeio guiado, e durante o passeio nossa guia falou "por volta das 10 hrs todas as nuvens já terão saído e vocês não precisam se preocupar". Bom, me prendi a isso e não perdi a fé rsrsrsrs. Depois de terminar o passeio, andamos por Machu Picchu e aproveitei para tirar muitas fotos e fazer vários vídeos. Andar por aquelas vielas, entrar e sair das casas, e imaginar que a civilização inca fazia isso séculos atrás é simplesmente fascinante. Enquanto andávamos, comecei a perceber que fazia sol, estava calor, foi quando fiquei mais tranquilo quanto às nuvens.

 

Depois, subimos até o ponto de onde poderíamos tirar as melhores fotos, e então alcancei o clímax do mochilão. Subimos e lá estava: Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas. As ruínas, as montanhas ao fundo, o ambiente místico, tudo nessa hora parece valer a pena. Eu olhava em volta encarando os abismos e as outras montanhas, e depois olhava pra frente de novo e não conseguia acreditar que estava alí, realizando um sonho de criança! É simplesmente mágico sentar e ficar apenas admirando a vista, respirando o ar de Machu Picchu. Foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida, e aconselho todos e todas a não deixar de conhecer esse lugar incrível!

 

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Depois, descemos de volta até Aguas Calientes e almoçamos por 20 soles cada um e pegamos nosso trem para Ollantaytamtbo por volta de 15 horas. Chegando em Ollanta, ficam vários motoristas oferecendo para levara s pessoas até Cuzco, fechamos o carro por 60 soles, ou seja, 15 para cara um para um trajeto de uma hora e meia, MUITO BARATO!

 

Chegando em Cuzco, fomos até o Che Lagarto e pegamos nossa mochila cargueira (levamos apenas mochilas pequenas para MP). De lá, pegamos um taxi até a rodoviária e pegamos um onibus para Puno. Essa passagem já estava comprada pela internet desde o Brasil, pagamos 55 soles para um para uma viagem de 8 horas pela Cruz del Sur, melhor empresa de ônibus do Peru. Passamos a noite viajando e chegamos em Puno.

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  • 1 mês depois...
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30/01 - 7º dia!

 

Passamos a noite viajando de ônibus pela Cruz del Sur e chegamos pela manhã em Puno, a cidade peruana que fica às margens do Lago Titicaca. Nossa ideia inicial era deixar nossas malas em alguma agência de viagem (é possível pedir para guardarem) e fazer um passeio de dia inteiro pelas ilhas Uros. Antes de viajar, li muitos relatos e quase todos envolviam um passeio por essas ilhas, onde vive uma população de mesmo nome. Li relatos positivos e negativos, alguns diziam interessante o passeio, outros diziam que não havia muito o que se ver. Pois bem, em virtude do pouco tempo que tínhamos decidimos flexibilizar nosso roteiro e ir direto para La Paz, na Bolívia, deixando para conhecer o Lago Titicaca na volta, quando passassemos por Copacabana. Eu já tinha lido que os passeios em Copacabana são muito melhores que os de Puno, então tomamos essa decisão sem problemas.

 

Ao chegar na rodoviária de Puno, encontramos várias pessoas oferecendo passagens para diversos lugares, e pasmem, até mesmo as passagens de ônibus são pechinchadas! Estavam oferecendo o preço de 30 soles até La Paz, mas pechinchando chegamos a 20. O rapaz que nos abordou nos levou até o guichê da agência, e do nosso lado tinha um casal comprando passagens para o mesmo trecho e pagando 25 soles ::ahhhh::

 

O ônibus é muito simples, não são confortáveis, mas são baratos e é ali que o povo peruano e boliviano viaja. Vale a pena conhecer a realidade da cultura de um povo, já que nessas viagens acabamos conhecendo muito da parte turística das cidades, e pouco da realidade do povo.

 

Esse trajeto é um tanto quando especial porque ele envolve atravessas a fronteira entre esses dois países magníficos. É importante prestar bastante atenção nas informações que serão passadas no início da viagem, mas no geral não tem problema não, a pessoa explica direitinho o que é preciso fazer ao chegar à alfândega, não tem erro. Quando chegamos na fronteira, todos descem do ônibus e nos deparamos com uma estação da polícia, uma da alfândega e algumas lojinhas. Dentro de uma dessas lojinhas tem uma xerox, já que a alfandega pede uma cópia do documento que você recebe na hora que entra no Peru. Ai é moleza, se dirigir à polícia, à alfândega e trocar um pouco de dinheiro. Quando cheguei à Bolívia, a cotação estava 1 dólar para 7 bolivianos. É nesse momento que a viagem fica mais barata ainda ::otemo:: O dinheiro rende MUITO na bolívia!

 

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Essa fronteira é bem perto de Puno, talvez uma meia hora de ônibus. Depois disso, o ônibus vai andar por volta de 2:30h até Copacabana. Prestem atenção, li em vários lugares que esse trajeto era rápido, inclusive em relatos, mas ele chega a demorar 3 horas! Depois de passar por Copacabana, ainda leva pelo menos 4 horas para chegar em La Paz.

 

Esse trajeto demora bastante porque é necessário fazer a travessia do Lago Titicaca em um ponto específico. Agora é preciso tomar cuidado, pq nada disso é conversado ou explicado. Em determinado momento da viagem, lá pela metade do trajeto entre Puno e Copacabana, o ônibus parou e todos começaram a descer. Eu e Leandra, assim como outros brasileiros, fomos imitando os nativos e descemos do onibus também. Nisso, nos deparamos com uma extensa faixa de água do Lago, e com uma espécia de "porto" onde umas balsas faziam o trajeto dos ônibus. Ia apenas o motorista dentro do ônibus, dirigia até a balsa e fazia a travessia. Enquanto esperávamos compramos algumas coisas para comer e sentamos para esperar algo acontecer, junto com esses outros brasileiros. Passou bastante tempo e... nada. Começamos a ficar preocupados, nos levantamos e olhamos para o lago. Nosso ônibus estava andando, lá do outro lado do Lago!!! Ficamos desesperados, percebemos que ninguém que estava conosco no ônibus estava ali perto de nós, e descobrimos que todos já haviam feito a travessia!! Descobrimos que os pedestres devem se dirigir ao lado das balsas, pagar 2 bolivianos e fazer a travessia num pequeno barco a motor! Foi um grande susto, mas o ônibus estava esperando a gente, e o motorista disse que não deixaria nenhum passageiro para trás!

 

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Bom, depois de tudo resolvido, voltamos ao ônibus e seguimos viagem para La Paz! Eu estava muito ansioso para conhecer La Paz, rainha da altitude, sede de tantas histórias e tanta cultura latino-americana. Existe uma curiosidade: A Bolívia tem duas capitais, segundo a Constituição boliviana, Sucre é a capital do país e La Paz é a sede do governo. Antes de chegar a La Paz, passamos por El Alto, uma outra cidade vizinha à La Paz, mas acaba parecendo uma coisa só. Alí o trânsito já começa a ficar insuportável! Demoramos muito para andar pelas ruas da cidade e chegar na rodoviária. Nesse momento, é preciso uma boa dose de paciência e um bom Ipod com reaggaeton!

 

Chegando à rodoviária, já tínhamos reserva feita no Loki Hostel, um dos melhores da cidade. Ao descer do ônibus comecei a sentir uma forte dor de cabeça e mal estar... finalmente eu estava sentindo os efeitos do mal de altitude! Vale lembrar que La Paz está a 4000 metros do mar. Pegamos um táxi no mesmo estilo peruano, sem taxímetro e perchinchando. Pagamos 15 bolivianos no trajeto, que pode ser feito até por 10. Chegando ao hostel, nos instalamos num quarto com 5 camas e um banheiro, e a dor de cabeça apertava... Por todo o hostel existem garrafas térmicas com água quente e sachês com chá de coca. Todas as pessoas do hostel ficam tomando o dia inteiro... não sei se ajuda, mas tomei bastante tbm! rs

 

Já estava no fim da tarde, por isso decidimos jantar no restaurante do hostel (dentro do hostel tem uma Pub, de manhã é servido o café da manha e a noite rolam as festas), mas antes disso precisávamos resolver o dia seguinte. Decidimos fazer o passeio para o Monte Nevado - Chacaltaya! Pela primeira vez veria neve! Dentro do hostel havia uma agência de turismo, que me ofereceu um passeio de dia inteiro, passando pelo Monte Nevado e pelo Vale de la Luna, por 60 bolivianos cada um. Era por volta de 17:30 e a agência já estava fechando, eu precisava trocar dinheiro para adquirir os pacotes. Perguntei se a moça da agência trocava dinheiro, ela disse que não. Fui para a rua mas não encontrei NENHUMA casa de câmbio aberta, nem agência de viagem. É bem diferente de Cuzco, onde encontra-se tudo aberto até 21 hhrs... alí não tínhamos nada. Fiquei bastante preocupado, pq não sabia se conseguiria resolver no dia seguinte para fazermos o passeio, e definitivamente não queria perder um dia inteiro em La Paz. Voltei para o Hostel e a Leandra deu a ideia de perguntar para a pessoa da agência se ela aceitava o pagamento em dólares. Eu pensei que era óbvio que ela não aceitva, se aceitasse ela teria dito quando eu perguntei se ela trocava dinheiro. Bom, fui lá e perguntei, e a resposta foi SIM! hahahahaha era muito mais fácil se ela tivesse dito desde o início, mas enfim... o turismo na Bolívia é BEEEEM diferente do turismo no Peru. Pagamos os pacotes e fomos comer. Depois demos umas voltas pelas ruas de La Paz e fomos dormir!

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