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12 dias incríveis no Peru (Lima, Huacachina, Paracas, Arequipa, Aguas Calientes, Cusco)


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Olá amigos mochileiros!!! Depois de tanto sugar informações do site, me senti na obrigação de dar minha contribuição, porém, essa obrigação está se tornando uma grande satisfação pois, nada melhor que reviver essa grande aventura que foi nossa viagem ao Peru, então vamos lá....

Durante um bom tempo eu e meu marido ficamos pesquisando e pensando para onde iríamos viajar, até que escolhemos conhecer o Peru, país maravilhoso, rico em belezas naturais, pessoas simpáticas e com um turismo muito bem organizado. Então nosso roteiro de viagem para 12 dias ficou assim:

27/08 – Itamonte – Rio de Janeiro – Lima

28/08 – Lima

29/08 – Ica (Huacachina)

30/08 – Ica – Paracas – Ica – Arequipa

31/08 – Arequipa

01/09 – Arequipa – Cusco

02/09 – Cusco – Águas Calientes

03/09 – Águas Calientes (Machu Picchu)

04/09 – Águas Calientes – Cusco

05/09 – Cusco

06/09 – Cusco (Vale Sagrado + City Tour)

07/09 – Cusco – Lima – Rio de Janeiro – Itamonte

 

27/08 – Na terça feira pela manha saímos de casa, eu, meu marido e nosso amigo Gerson, com nossas mochilas nas costas, ansiedade e felicidade no coração por estar realizando mais esse sonho. Partimos de nossa cidade, Itamonte - Minas Gerais, de ônibus e fomos para o Rio de Janeiro de onde sairia nosso vôo. Quando fomos comprar as passagens não entendemos muito bem a logística, mas o vôo com saída do Rio era bem mais barato que o vôo com saída de São Paulo, apesar do mesmo vôo obrigatoriamente fazer escala em São Paulo. Pagamos R$ 700,00 em cada passagem.

Como já havia lido em outros relatos que era melhor viajar com dólares, resolvemos seguir a dica e apesar de ter pagado caro nos dólares que compramos (R$ 2,4), percebemos que realmente valeu a pena. Chegamos em Lima já era quase 1 hora da manhã, trocamos uns dólares, só para não ficar sem soles, pois a cotação do aeroporto realmente era a mais cara (2,53) e pegamos um táxi para miraflores (R$ 50 soles), onde ficamos hospedados no Che Lagartos. Albergue limpo, banho quente, bem localizado e com um barzinho bem agradável para tomar uma cervejinha QUENTE, já que no Peru você não terá outra escolha. Preço da diária: 15 doláres por pessoa – quarto casal com banheiro privativo. Chegamos cansados, e preferimos não sair, só corremos ao supermercado compramos umas coisinhas para lanchar (22 soles para os três), banho e depois cama para descansar para o dia seguinte.

Obs: no supermercado fizemos nossa primeira descoberta interessante: eles têm moedas de centavos como as nossas, além de 1, 2 e 5 soles!!! Por isso cuidado com as moedinhas, elas podem valer mais que você pensa...

28/08- Acordamos e fizemos nosso desayuno mediterrâneo que nada mais é que: café ou chá, leite, pão, manteiga e geléia. Barriga cheia partimos para a rua e fomos passear pela orla de miraflores, lanchamos (12 soles cada um) e fomos fazer o city tour pelo Mirabus, por 10 soles, passeamos durante 1 hora por miraflores e conhecemos um pouco mais desse lindo bairro. Quando acabou nosso tour pegamos um táxi (15 soles) e fomos conhecer o fascinante centro histórico de lima. A Plaza de Armas de Lima foi a que mais gostei e o centro é realmente muito bacana. Estávamos doidos para tomar um chopp e encontramos uma chopperia chamada Estádio. Um barzinho com motivos de futebol, precinho um pouco caro, mas muito legal, realmente valeu a pena!!! De lá voltamos para o albergue, onde demos um tempinho no barzinho e depois saímos para comer nosso primeiro prato peruano, Lomo Saltado (30 soles por pessoa). Nesse dia não sei se a fome estava muito grande, se nós estamos um “pouquinho”alegres... rsrs ou se o restaurante realmente era muito bom, mas foi o único Lomo Saltado que comemos e gostamos. Aliás, nós tivemos um pouco de dificuldade com a comida peruana, não sei bem explicar o porque, mas achamos um pouco enjoativa, eu particularmente não gosto de coentro e parecia que em tudo em sentia o sabor dele. Depois de comer, fomos para o hotel, pois no outro dia às 7 da manhã pegaríamos o ônibus para Ica. As passagens custaram 45 soles cada pela Cruz Del Sour e compramos em uma agência de viagens em miraflores.

Obs: quando saímos do Brasil resolvemos habilitar um celular para ligações internacionais, para que tivéssemos um meio de contato por aqui. Porém, quando chegamos percebemos que com 1 ou 2 soles poderíamos fazer ligações, preço que sairia bem mais em conta que os 30 reais por dia de uso que a Tim nos cobraria. Por isso abortamos a idéia de usar o celular e ligávamos para casa todos os dias das cabines telefônicas.

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29/08 – Acordamos cedo e fomos para o terrapuerto (10 soles o táxi), pegar nosso ônibus, serviram café da manhã no ônibus e 5 horas depois estávamos em Ica. Quando chegamos já vieram nos abordar para oferecer passeios, hospedagem, alimentação, etc...Como já havia dito o turismo peruano é muito bem organizado e eles fazem de tudo para não perder o cliente. Pegamos um táxi e com o próprio taxista já negociamos hospedagem em Huacachina (quarto para nós três com banheiro privativo) + passeio de bugre por 70 soles/pessoa e passeio para Islas Balestas + Reserva Nacional de Paracas + Transporte por 90 soles/pessoa. Chegamos, nos hospedamos, fomos almoçar à beira da laguna de Huacachina (20 soles/pessoa) e depois fomos ao passeio de bugre.

Aqui vale ressaltar que o passeio é ótimo e a vista do deserto é indescritível, porém é bom avisar que pessoas com problemas cardíacos não deveriam se aventurar nesse passeio, já que ele é acompanhado de muuuuita emoção!!!

Voltamos, banho, cervejinha e depois uma pizza para fechar o dia (20 soles/pessoa).

Obs: quando estava montando o roteiro de viagem por várias vezes Huacachina quase ficou de fora, pois havia lido relatos de pessoas que não haviam gostado muito, porém não nos arrependemos nem um pouco de ter ido, lugar lindo, rodeado de pessoas do mundo inteiro e com um astral muito bacana!!! Não é necessário muitos dias, 1 ou 2 no máximo já é suficiente para curtir esse cantinho e suas Dunas, mas se tiver oportunidade de conhecer não perca!!!

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30/08 –Cedinho já pulamos da cama, álias nesse dia mais cedo que o necessário... no Peru o fuso horário é de 2 horas a menos que no Brasil, eu não tinha acertado o horário do meu celular e quando coloquei para despertar me esqueci desse detalhe, assim ao invés de acordarmos 5 e meia, acordamos 3 e meia da manhã, trocamos de roupa, arrumamos a mochila, até que percebemos que algo estava errado... kkk meu marido marido queria me matar...  sem ter o que fazer voltamos a dormir e ai sim acordamos na hora certa para encontrarmos o taxista às 6 da manhã! No horário ele estava lá para levar nós três e mais um turista espanhol. Uma hora de viagem e chegamos à Paracas. Paradinha para o café da manhã (5 soles – café, pão c/ queijo) e depois fomos para a fila das lanchas. Nosso taxista, esperto, já nos avisou que deveríamos sentar do lado esquerdo para ter melhor visão. Entramos na lancha e a primeira parada foi no candelabro. Trabalho fantástico, realizado na areia, que não se sabe bem quem fez, mas que souberam escolher tão bem o lugar que o vento não consegue atrapalhar o resultado. Mais meia hora e chegamos nas Islas Balestas, ambiente rico em flora. Muito legal ver de tão perto animais como pingüins, leões marinhos, aves diversas, ou seja a natureza marinha realmente ao vivo. Voltando das Islas fomos à Reserva Nacional de Paracas, deserto à beira mar, paisagem totalmente diferente de tudo que estávamos acostumados à ver. Lindo!!! Uma hora depois e estavamos de volta à Ica. Vale dizer aqui que para o passeio à Paracas você deve se agasalhar bem, meu marido foi de bermuda e sentiu muito frio, o problema é que venta muito, então vale pena se preparar. A diferença de temperatura é gritante entre Ica e Paracas, quando chegamos em Ica o calor estava escaldante.

No caminho comentei com o taxista que gostaria de comer o famoso ceviche e então ele nos levou para almoçar em uma Cevicheria. Pedimos Ceviche com Chicharon e uma porção de arroz (35 Sol/pessoa). O ceviche é peixe cru, feito apenas no limão, mas não tem nada a ver com comida japonesa e o chicharon é tipo iscas de vários peixes à milanesa, mais um tipo diferente de milho. Como eu já havia falado tivemos problemas com a comida, nada contra, mas não dá para comer ceviche todo dia, inicialmente ele é gostoso, mas vem um big prato e logo a gente já não queria mais vê-lo...kkk. Voltamos ao albergue, onde havíamos guardado nossas bagagens em uma sala reservado durante o dia, nos deram um quarto apenas para tomarmos um banho, nos arrumamos e fomos para o terrapuerto pegar nosso ônibus (110 sol/pessoa) para Arequipa. Estávamos aguardando anciosos chegar em Arequipa porque lá íamos encontrar meu cunhado (Ique) e a sua namorada, minha amiga (Dani). Entramos no ônibus e depois de mais de 12 horas de viagem chegamos à Cidade Branca. Para mim e o Nando foi tranqüila a viagem, mas nosso amigo sofreu um pouco, afinal não é fácil ter 1,9m de altura e ficar sentado em um banco estreito durante todo esse tempo. Depois chegamos à conclusão que teria sido melhor para ele ter se sentado no banco do corredor, pelo menos teria mais liberdade de ir e vir... :/

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31/08 – Assim que chegamos em Arequipa pegamos um táxi e fomos para o Albergue encontrar com eles, que já estavam nos esperando. Nos hospedamos no Albergue Casa de Arena, lugarzinho limpo, tranqüilo e bem arrumado, porém mais carinho, pagamos 60 sol a diária por pessoa e mais 20 soles por pessoa para podermos apenas tomar um banho no outro dia, já que iríamos viajar novamente durante a noite. Enquanto não podíamos fazer nosso check in deixamos as coisas guardadas e fomos dar uma volta para conhecer a Plaza de Armas e o Centro de Arequipa, resolvemos fazer o city tour em ônibus aberto, assim como em Lima. Fechamos com o albergue por 35 soles/ pessoa, depois acabamos encontrando na rua por 20 soles, mas ai já não deva mais... Check in feito, banho tomado, coisinhas para beliscar compradas, fomos ao city tour. Arequipa é uma cidade muito charmosa, mas confesso que esperava mais depois de tudo que já havia lido sobre ela. A idéia era fazer o tour do Cânion del Colca de 1 dia no próximo dia, mas como todos estávamos cansados de ficar dentro de carro e já haviam nos avisado que o tour de 1 dia é muito cansativo, resolvemos desistir e deixar o próximo dia para descansar um pouco e conhecer mais de Arequipa. A noite jantamos Lomo Saltado em um restarante na parte superior da Plaza e tomamos umas Cusqueñas. Foi nesse momento que tivemos a brilhante idéia: não agüentávamos mais tomar cerveja quente e a cusqueña é uma cerveja muito gostosa e um pouco mais encorpada, por que não colocar gelo nela? Não é que deu certo! A partir daí começamos a tomar cerveja somente com gelo. Pode parecer estranho, mas é muito melhor que tomar cerveja quente.... Todo mundo cansado, logo fomos para o albergue dormir, na caminha confortável e gostosa que nos esperava.

Obs: A Dani e o Ique pegaram o vôo saindo do Rio de Janeiro com destino à Arequipa, porém fizeram uma escala de 6 horas em Lima. Para aproveitarem um pouco o tempo e não ficarem fritando no aeroporto, resolveram pegar um táxi do aeroporto mesmo (era mais caro, porém acharam mais seguro, pois já era de madrugada) para dar uma volta e conhecer a cidade, pararam em um barzinho e fizeram uma horinha até o embarque para o vôo, ou seja, aproveitaram esse tempo que seria perdido para conhecer um pouquinho de Lima...

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01/09 – Acordamos um pouco mais tarde, tomei um café da manhã bem caprichado no hotel, onde descobri um pão que eles usam, delicioso! e que para eles é como se fosse o nosso pão francês.

Decidimos que no período da tarde faríamos o Rafting pelo rio que corta Arequipa, procuramos e choramos até conseguir o preço de 60 soles/ pessoa, que depois com as fotos acabou saindo por 70 soles. Quando saímos do albergue já estava um pouco em cima da hora e ainda tínhamos que comprar as passagens para Cusco para aquela noite, resolvemos então nos dividir. Que vergonha, todo mundo na Van esperando só a gente... kkk. O passeio do Rafting foi delicioso, rimos muito, principalmente do nosso segurança que seguia em um caiaque para ajuda em caso de queda, porem, acho que ele ainda não tinha muita experiência e quem acabou tendo que ser resgatado foi o próprio... Estávamos com um pouco de medo da água mais que fria vinda das geleiras, porém com a roupa própria, junto com a adrenalina do momento, nem lembramos desse detalhe. De volta ao albergue, tomamos um banho e fomos almoçar para depois seguirmos para a maravilhosa cidade de Cusco. Como estávamos em 5 pessoas, combinamos com a própria moça que nos levou de Van ao rafting para fazer nosso transporte até o terrapuerto (20 soles). Entramos no ônibus, novamente Cruz del Sour que custou 100 soles/pessoa semi-leito e 130 soles leito, nosso amigo Gerson preferiu ir de leito para ter mais conforto na viagem. Essa viagem durou 10 horas, e até foi tranqüila, tirando que no meio do caminho o mal da altitude me pegou de jeito, sentia que minha pressão estava baixíssima e muita vontade de vomitar. Pedi à comissária um pouco de chá de coca e foi tiro e queda, logo, logo já consegui dormir novamente.

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02/09 – Inicialmente a idéia era ficar esse dia em Cusco, porém decidimos que iríamos logo para Águas Calientes conhecer o Machu Picchu e depois retornaríamos para curtir Cusco. E aqui vale uma observação: ir ao Machu Picchu, não é barato! Somente o trem de Cusco para Águas Calientes fica em 200 doláres ida e volta, porém existem opções mais baratas e nós escolhemos a mais barata! Ir de Van,5 horas de viagem, em uma estrada linda, porém bem perigosa, até a hidroelétrica, de lá pegar o trem 45 min até Águas Calientes. Nosso pacote incluía a Van ida e volta no dia seguinte, 1 almoço, 1 jantar e café da manhã, uma diária em albergue simples, entrada do Machu Picchu e trem de volta até Hidroeletrica por 135 doláres por pessoa. Chegamos em Cusco às 7 e meia da manhã, já negociamos com o próprio taxista que encontramos no terrapuerto, entramos na Van e depois de 10 horas viajando de ônibus, encaramos mais 5 horas viajando em uma Van. A ida até foi divertida: estávamos anciosos para conhecer o Machu Picchu, fomos conversando em uma Van poliglota com: brasileiros, japonês, finlandês, francês, espanhol, neozelandês e sueco, além de passarmos pela neve, que para nós brasileiros foi uma festa. Chegamos à hidroelétrica e tivemos que comprar nossa passagem de trem de ida para Águas Calientes (15 dólares), essa passagem não está incluída no pacote, porque a maioria das pessoas que chega à hidroelétrica escolhe ir a pé até Águas Calientes, 1 hora e meia de caminhada. Opção que estava fora de cogitação para o nosso corpo cansado, principalmente por causa das nossas mochilas pesadas. Chegamos à Águas Calientes e fomos nos hospedar, albergue simples, com cheirinho de mofo, mas até que foi tranqüila a estadia. Quando chegamos decidimos que iríamos ficar mais um dia em Águas Calientes e fomos negociar para ver se poderíamos trocar a volta. Tivemos que pagar mais 35 soles por pessoa pelo transporte e as outras despesas por nossa conta, mas ainda assim aceitamos, pois não queríamos ter que conhecer o Machu Picchu correndo e logo depois encarar mais 5 horas de van.

Depois de negociar saímos para o jantar que já estava incluído no nosso pacote, como não estávamos mais a fim de comer comida peruana, resolvemos negociar com o dono do restaurante a troca do jantar por pizzas, ele cobrou 8 soles/pessoa pela troca. Certamente o negócio foi mais vantajoso para ele, mas só queríamos comer e dormir, por isso resolvemos aceitar. Soninho com despertador programado para 5 horas da manhã para finalmente conhecermos a ultima cidade perdida dos Incas.

Obs: Sai do Brasil com a intenção de subir o Huayna Picchu, porém quando chegamos à Cusco descobri que só havia vaga para daí à 10 dias  que triste. Boa desculpa para voltar um dia ao Machu Picchu, comprando antecipadamente a entrada para o Huayna Picchu... 

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03/09 – Acordamos, nos arrumamos e fomos pegar o ônibus para subir o Machu Picchu (26 soles/ pessoa só para subir), o restante do pessoal da Van subiu a pé, até pensamos nessa opção, porém já tinha lido que a subida é muito cansativa e quando se chega ao Machu Picchu sua disposição para caminhar por lá já está acabada... E realmente ao subir de ônibus percebemos que a subida a pé não deve ser nada fácil... Chegamos ao alvo inicial da nossa viagem!!! Que o Machu Picchu é lindo e mágico acredito que todos já tenham lido, mas não dá para não repetir... Simplesmente fantástico, a cerejinha do bolo!!! As construções são inacreditáveis e um belo exemplo de engenharia inteligente, onde usaram cada detalhe em prol do seu desenvolvimento. Mas o que mais me encantou, foi o vale que eles escolheram para a construção do seu abrigo, incrível, energia pura!!!! Depois de escutarmos as explicações do guia, caminharmos bastante e tirarmos todas as fotos que podíamos, escolhemos um lugarzinho para fazer nosso lanche e meditar um pouquinho. Energias renovadas mais uma voltinha e cada vez vendo mais coisas que até então os olhos ainda não tinham enxergado, resolvemos descer. A descida, encaramos a pé, foi tranqüila, mas quem tem problemas com o joelho deve ser mais cauteloso... Chegamos à Águas Calientes e fomos tomar uma Cusqueña com gelo (rsrs) para comemorar, curtimos o restante da tarde e a noite nesse charmoso povoado e novamente comemos pizza no jantar. A essa altura do campeonato havíamos descido que não queríamos mais comer comida peruana... kkk.

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04/09 – Ás 8 e meia da manhã acordamos e arrumamos as coisas para fazer o check out que seria às nove. Depois aproveitamos o restante da manhã para dar mais uma volta pelo povoado e sua feirinha, além de ir conhecer as águas termais. É cobrada uma taxa de 10 soles para a entrada nas águas, porém conversei com o segurança e disse à ele que queríamos somente “sacar” umas fotos e ele permitiu nossa entrada. Já havia lido isso por aqui e vi que realmente é corajoso quem entra naquela aquela água, que posso dizer que no mínimo é estranha... kkk. Descemos das águas termais, almoçamos um delicioso macarrão e fomos então encarar a parte mais tensa da nossa viagem: a volta pela hidroelétrica!!! Depois do trem, chegamos ao ponto onde pegaríamos a van, nesse momento depois de muita confusão, nos colocaram em uma van onde um existia um lugar adaptado, que ocupava metade do outro lugar e ainda não tinha encosto direito... Somente duas pessoas magrinhas caberiam ali e ai sobrou para mim e para o meu cunhado, viemos revezando o lugar nada agradável que nos coube... kkk. Como já havia dito, a ida até foi divertida, mas a volta foi tensa o tempo todo. Tirando a história do lugar na van, a estrada é muuuito sinuosa e perigosa, além disso, não tínhamos segurança nenhuma no motorista. O maluco ficava parando no meio da curva na pista durante o trajeto... e como se já não bastasse a tensão, a chuva ameaçava cair, piorando a situação e molhando nossas mochilas que estavam na parte de cima da van. Cobramos uma solução do motorista, o doido queria colocá-las dentro do carro, onde não cabia mais nem uma mosca!!! Batemos o pé dizendo que não, ai ele parou em uma cidadezinha no caminho arrumou um saco e colocou as mochilas dentro para protegê-las. Depois de 6 longas horas de viagem chegamos à Cusco cansados e aliviados por ter terminado aquele trajeto... Como não tínhamos reserva em Cusco, chegamos às 23 horas e ai que fomos procurar um lugar para ficar, depois de andar um pouco até achamos um hotel legalzinho, simples, com bom banho, cama e preço (35 soles por pessoa), o nome: Hotel Calicanto, tomamos um banho, saímos para comer alguma coisa e cama.

Obs: Dicas: 1 - caso um dia eu volte ao Machu Picchu irei com dinheiro para ir de trem, não encararia mais aquela estrada! 2 - Caso você queria economizar um pouco pense em ir de van e voltar de trem, acredito que já seja uma boa opção de economia. 3- Não feche seu pacote na correria como nós fizemos, muitas coisas ficaram mal explicadas e mal entendidas, causando alguns estresses nesse momento. 4- Se for fechar o pacote dessa maneira, talvez valha a pena fechar sem a alimentação, já que a comida que eles oferecem não é lá aquelas coisas...

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05/09- Depois de um dia tão tenso quanto o anterior merecíamos um dia mais tranqüilo... Acordamos, e saímos para tomar um bom café da manhã em uma cafeteria e depois caminhar por Cusco para decidir como faríamos o passeio pelo Vale Sagrado. Os meninos estavam doidos para alugar um carro, o qual teria que ser de 6 lugares, 5 para nós e mais um para o guia, porém depois de verem que queriam cobrar 4 mil soles para qualquer probleminha que acontecesse com o carro e levando em consideração o transito maluco Peruano eles resolveram desistir. Foi ai que tivemos a melhor idéia da viagem: alugar por uma agência de viagens um carro já com motorista e guia só pra gente. Na primeira agencia que fomos queriam nos cobrar 140 soles por pessoa, depois acabamos conhecendo um guia que nos cobrou 84 soles por pessoa para o Tour do Vale Sagrado, Salineiras de Maras e City Tour, com Van só pra gente, mais ele como guia. Esse passeio feito em dois dias em Van Coletiva sairia por 45 soles por pessoa. Compramos nosso Boleto Turístico (130 soles/ pessoa), fechamos com o guia para o dia seguinte e aproveitamos a tarde para fazer nossas compras de lembrancinhas.

Obs: A altitude de Cusco mexeu bastante comigo, principalmente com relação à digestão, meu estômago ficava o tempo todo inchado e tinha a impressão que nada que comia fazia digestão. Nesse momento o chá de coca foi meu melhor aliado, sempre que estava meio estranha, era ele que me salvava.

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06/09 – Era nosso ultimo dia, estávamos cansados, mas queríamos aproveitar cada minuto. Por isso, marcamos com o guia 6 e meia da manhã para iniciarmos nosso Tour pelo Vale Sagrado. Combinamos com ele que como passaríamos em muitos lugares não ficaríamos parando em feirinhas e nossa passagem pelos lugares seria bem rápida. Nosso tour seguiu o seguinte roteiro: Chincheiro, Moray, Salinas de Maras, Ollantaytambo, almoço em Urubamba, buffet por 40 soles, caro, mas pelo menos a comida estava boa, Pisac, Tambomachay, Puka Pukara, Q’enqo, Saqsaywaman e Templo do Sol. Deu para conhecer bem os lugares, somente Saqsaywaman e Templo do Sol que faltou um pouco de tempo para explorar. Foi um dia muito agradável que aproveitamos bastante e demos muita risada do nosso guia Luiz. Finalizamos nossa ultima noite em um barzinho que nos dava uma visão bem legal de Cusco, tomando nossa ultima Cusqueña com gelo e comendo uma pizza que não estava deliciosa, mas já tinha sabor de saudade...

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Coisas que faria diferente:

1- Iria à Arequipa apenas se fosse ter tempo para realizar o passeio pelo Cânion del Colca. Não que a cidade não mereça, mas na escolha das cidades para ficar mais dias certamente Cusco tem coisas mais interessantes a serem exploradas.

2- Escolheria uma maneira menos sacrificante de chegar ao Machu Picchu.

3- Deixaria de ir à Salineiras de Maras para ter mais tempo para aproveitar Saqsaywaman.

Coisas que faria examente igual:

1- Iria para o Peru

2- Iria à Huacachina.

3- Passaria dois dias em Águas Calientes.

4- Alugaria um carro para ficar à nossa disposição.

5- Viajaria com amigos!!!!

 

Por fim, posso dizer que essa viagem teve um valor indescritível pra mim, já que com ela eu aprendi e conheci muitas coisas novas, além de ter tido a oportunidade de viajar com grandes amigos e com o meu amor. Trouxe dela uma bagagem indescritível e a única coisa que tenho a dizer é: Conheçam o Peru!

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