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Autoclásica 2014, a terra de Fangio e Froilán González e o reestabelecimento da ordem natural das coisas


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Até o início do ano de 2014 eu nunca tinha saído do Brasil. E eu sempre tive na cabeça que a melhor forma de começar a explorar o mundo seria começando pela América do Sul, pelo fato de ter menos problemas com a língua, por ser mais próximo, passagens mais baratas etc...

 

Mas aí surgiu a loucura de ir para as 24 horas de Le Mans, depois apareceu a oportunidade de ir para a Alemanha numa loucura maior ainda. Isso tudo sem falar Francês e menos ainda Alemão. Somente UM POUCO de Inglês. Fui, deu tudo INACREDITAVELMENTE certo e acabou que a América do Sul ficou para depois.

 

Mas tinha a Autoclásica, exposição de automóveis antigos que acontece anualmente no Hipódromo de San Isidro (San Isidro que é uma cidade ao norte/noroeste da cidade de Buenos Aires), que eu queria muito conhecer. Decidi ir, apesar de que essa decisão vai complicar a minha ida em alguns outros lugares em que eu pretendia ir ainda esse ano. Mas paciência. Além de tudo com a ida à Argentina eu completo o terceiro país diferente esse ano (Quem visita três países diferentes no mesmo ano também pede música no Fantástico? kkk).

 

Sobre a Argentina, vejo que às vezes, sei lá, parece que há um pouco de lenda em algumas informações que são passadas sobre o país. Não sei se entendi errado, mas muita gente falou que costuma aceitar doláres em todos os lugares por lá.

 

NÃO É BEM ASSIM.

 

Cheguei na Argentina pelo aeroporto de Ezeiza. Pesquisei anteriormente e decidi escolher como transporte entre o aeroporto e a cidade de Buenos Aires propriamente, o ônibus da Manuel Tienda Leon. Antes de sair da área de desembarque tem uma loja quiosque, sei lá, um lugar onde vendem as passagens. Comprei e segui a indicação que eles me deram de onde o ônibus para. É fácil achar. Principalmente porque quando você chega no lugar (já na área externa do aeroporto) tem um quiosque, na beira da calçada, da empresa (Manuel Tienda Leon). O õnibus é razoavelmente barato e é para quem é de São Paulo, que nem o Airport Bus Service, e para quem é de Belo Horizonte, igual ao Conexão Aeroporto.

 

Mais ou menos uma hora de viagem, chego ao terminal da empresa, próximo à estação Retiro. Fiquei meio perdido nessa chegada! Não percebi que já estava no terminal onde eu tinha que descer! Só quando um funcionário da empresa veio pedir os bilhetes que ele avisou que eu já estava onde eu deveria descer.

 

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Depois de me achar, fui para a estação Retiro e aí os problemas de câmbio começaram. Meu hotel era em Vicente López sendo assim eu PRECISAVA pegar o trem do ramal Mitre para chegar lá. Ok. Tentei comprar a passagem e eles disseram que não aceitavam dólares. Fui procurar alguma Casa de Câmbio. NÃO ACHEI. Depois de andar muito nos arredores da estação resolvi partir para a opção desesperada. Troquei o dinheiro com um taxista que estava próximo ao hotel Sheraton (que fica em frente à estação). Provavelmente ele levou alguma vantagem nesse câmbio, além de eu ter corrido o risco de pegar notas falsas. Mas troquei pouco dinheiro, logo, se desse merda não seria um problema tão grande, e acabou que deu quase para todo o período em que eu estive por lá (no fim da viagem faltou um pouco, mas aí eu já estava indo para o aeroporto e lá eles aceitam dólares).

 

Voltei para a estação e... Os trens estavam com um problema técnico e não tinham previsão para voltar a funcionar. Esperei um tempo, mas eu não sou o tipo de cara que fica esperando uma coisa que nem se sabe que hora vai acontecer. Resolvi tomar outras providências.

 

Tinha impresso um mapa do metrô de Buenos Aires. Olhei no mapa qual linha ia para a região que eu precisava ir. Peguei a linha C até a estação Diagonal Norte onde mudei para a linha D e fui até a estação Palermo. De lá achei a Avenida del Libertador e andei até o hotel. Andei, e andei pra c*****o! Foi ficando tarde, anoiteceu, fiquei com medo de não achar o hotel... Mas acabou que deu tudo certo. Achei o hotel, desfrutei do merecido descanso e no outro dia acordei cedo para, na parte da manhã andar por Buenos Aires e mais à tarde ir para San Isidro para a Autoclásica.

 

Sexta feira, acordei cedo, para pegar o trem na estação Rivadavia, e ir até a estação Retiro. Só que esqueceram de avisar os Argentinos que o ilustre "Zé Ninguém" aqui estava passeando por Buenos Aires numa Sexta-feira. Logo, o trem estava lotado, mal dava para entrar! Me espremi, na estação Belgrano, que é uma região que no dia anterior, andando, eu vi que era mais de comercio, bancos etc, esvaziou um pouco, e segui até Retiro. De lá fui na linha C do metro até a estação Avenida de Mayo.

 

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Após o passeio por Buenos Aires voltei à estação Retiro para pegar o trem com direção a San Isidro. Sem problemas dessa vez!

 

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Da estação San Isidro até o Hipódromo é pertinho...

 

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A cultura automobilística argentina é fantástica, sendo que o esporte chega a ser quase tão popular quanto o futebol.

 

A categoria Turismo Carretera, acontece desde 1937, sendo que Juan Manuel Fangio, que mais tarde seria cinco vezes campeão mundial de Formula 1 foi campeão dessa categoria nos anos de 1940 e 1941. A categoria é também a mais antiga competição automotiva ainda ativa.

 

Fangio e seu compatriota José Froilán González, também competiram nas 24 Horas de Le Mans, inclusive dividindo o mesmo carro no ano de 1950, sendo que em 1954 González venceu a corrida francesa dividindo o volante de uma Ferrari com o francês Maurice Trintignant.

 

Esses fatos ajudam a explicar a paixão dos argentinos pelo automobilismo, paixão esta que pode ser percebida através da qualidade e diversidade dos carros presentes em uma exposição como a Autoclásica.

 

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