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Foz do Iguaçu e Puerto Iguazu: roteiro de 2.1/2 dias (com preços e câmbio)


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Sempre quis conhecer a região das cataratas, mas sempre adiava em detrimento de outras viagens. Porém com uma oportunidade de passagens a 70 reais CGH/IGU/CGH não teve como pular dessa vez! Pena que o tempo disponível era escasso, então só fiquei 2 dias e meio. Este relato é menos um guia de viagem sobre Foz e região, pois informações sobre transportes, deslocamentos etc abundam na internet. Nas minhas pesquisas antes de viajar era difícil encontrar informações sobre câmbio e preços em Puerto Iguazu (a Argentina está cara? Barata? Quanto vale o real?), pois o esfacelamento do Real e a liberação cambial do presidente Macri bagunçaram todo o coreto, então vou focar mais nesse aspecto de preços e valores. Update: o câmbio se alterou muito nesses últimos meses, e a nosso favor! Em fev/2016, 1 real estava valendo no câmbio oficial por volta de 3,85. Hoje, fev/2017 está batendo na casa dos 5,20 pesos para cada real.

 

1° dia – Quinta-feira, 25/02

 

Saí de CGH às 11:25, com pouso em Foz do Iguaçu às 12:45 e quinze minutos depois já estava pegando o ônibus 120 em direção ao TTU (o terminal de ônibus urbano da cidade). Como o voo foi em horário ingrato, só haveria um jeito de salvar a quinta-feira: ir direto para o Templo Budista, e em seguida na Mesquita Muçulmana antes mesmo de passar no hostel. Chegando ao TTU esperei um bocado pelo ônibus, o 103, que vai até o Templo, pois o intervalo dele é de 40 minutos. Depois de 35 minutos rodando, cheguei ao Templo Budista. Impressiona a quantidade de estátuas. Existe uma seqüência de estátuas todas iguais, mais de 120 segundo o site do Templo. Além dessas, várias outras, algumas delas gigantes e muito bonitas. Conheci o interior do templo e o significado das estátuas dentro dele. Deixei uma doação na caixinha e saí (não são permitidas fotografias na parte interna do templo). Rodei mais um tempo ali, passei na lojinha e no banheiro pra jogar uma água na cabeça, afinal o calor estava de matar!

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Voltando ao ponto de ônibus, deveria pegar o mesmo ônibus 103 para voltar em direção ao centro de Foz, outra vez um chá de cadeira até o busão chegar. Queria ir à Mesquita Muçulmana, então desci na Avenida Juscelino Kubitschek, esquina com a Avenida José Maria de Brito, esta última o caminho que se deve seguir para chegar na mesquita. Na esquina dessas duas avenidas tem um Posto Ipiranga, fui lá para comprar uma breja e usar o banheiro e acabei descobrindo que lá também tem uma agência de viagens Frontur. Como eu já sabia previamente que eles faziam câmbio fui trocar uns reais. Pagaram a cotação oficial do Banco Central, que no dia era de 3,82 pesos para cada real. Uma ótima cotação, troquei 150 reais e depois me arrependi de não ter trocado mais. Andei mais uns 10 minutos e cheguei à mesquita.

 

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Por fora uma bela e imponente estrutura, mas parece que é menor por dentro :P

Um senhor que trabalhava (?) lá explicou várias coisas sobre o Islã aos turistas e distribuiu gratuitamente alguns livros sobre este tema. Na verdade é um passeio bem rápido. Em frente à Mesquita tem uma doceria especializada em quitutes árabes, e vou te dizer: o negócio é muito bom! Chama-se Almanara o local, comi um de cada (seis unidades) e tinha de pistache, nozes, amendoim, amêndoas... A conta deu 11 reais. Vale muito a pena frente à excelência da fabricação dos doces.

 

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Devidamente alimentado, era hora de ir para o hotel. Como gosto de andar para conhecer bem o local que estou visitando, fui a pé. Quarenta minutos entre a Mesquita e o hotel Normandie Iguassu Falls. Fiz o check in e a grata surpresa: achei que era um hostel (pois a reserva no Booking mencionava quarto coletivo), mas os quartos lá são individuais. Por mais que o local seja simples, o valor pago de 31 reais, valeu demais a pena. Tomei um banho e dei um cochilo, quando era umas 21:00 fui procurar um lugar para comer. Foz do Iguaçu tem muitos imigrantes do Oriente Médio, e os restaurantes árabes pipocam por toda a parte. Só na avenida perto do hotel tinha uns cinco ou seis. Fui num restaurante chamado Beirut, comi shawarna, kibe e esfiha fechada, e tomei uma coca-cola de 600 ml, por R$ 21. Uma pechincha. Com a fome saciada, hora de dormir.

 

 

2° dia – Sexta-feira, 26/02

 

Acordei cedo para ir ao Parque Nacional do Iguaçu. Tomei café no hotel, que estava incluso na diária. Café simples, com pão francês, apresuntado, queijo minas, um pão esquisito e gostoso feito com salsicha na massa, bolo doce, café, leite e suco de pozinho. Antes de ir para o parque fui trocar mais dinheiro na outra Frontur que fica na Avenida Brasil, mas me ferrei aqui: estavam cambiando a 3,57 pesos para cada real. Lembrando que no dia anterior cambiei a 3,82 em outra unidade deles. Fui para o ponto e peguei o bus 120 para o parque (ele também passa no aeroporto e Parque das Aves). Entrada no Parna do Iguaçu: 35 reais para brasileiros. Pensei em deixar a mochila no guarda-volumes, mas o valor de 30 reais por um locker me fez desistir da idéia. Logo depois da bilheteria já é o ponto de saída dos ônibus que percorrem o parque. Ônibus double-decker e com boa disponibilidade, sai um atrás do outro. Ao contrário do parque argentino, aqui não se perde muito tempo com deslocamentos.

Descemos no ponto final e já iniciamos a trilha, que não é muito comprida. Alguns degraus aqui e acolá, e vários pontos onde se podem avistar algumas quedas. No começo fiquei meio decepcionado, com um sentimento de “é só isso aí?”

 

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Mas o gran finale chegaria logo: na última plataforma, chega-se bem perto das quedas e aí não tem jeito: deslumbramento total com a força da natureza e um belo banho devido o spray gerado pela água jorrando. Um espetáculo indescritível ver as cataratas praticamente em primeira pessoa.

 

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Ainda tem outras plataformas superiores, já no caminho para voltar, que dá a impressão de que você está quase dentro das cataratas. Um dos melhores passeios que já fiz no Brasil, com certeza. Trilha pra voltar, passei na lojinha e comprei só um imã de geladeira relativo ao parque, pois gosto de colecionar esses imãs. O passeio dificilmente passa de duas horas, caso não vá fazer nenhum opcional. O que me interessava era o Macuco Safari (R$ 200), mas no lado argentino o mesmo passeio custa menos da metade do preço, 350 pesos ou R$ 91,62 pela cotação da primeira Frontur que cambiei.

 

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Dica: No lado brasileiro, como a trilha não é muito extensa, se puder vá de chinelo. Fui de tênis e me ferrei, pois se molha muito, aí o tênis não secou e no dia seguinte molhou de novo. Devido ao cheiro insuportável, tive que jogá-lo fora no terminal de ônibus de Puerto Iguazu ::tchann::

 

Saí do parque e peguei o já familiar bus 120, desci uns dois pontos antes do TTU pois queria comer de novo shawarna em um dos restaurantes árabes da Avenida Juscelino Kubitschek. Dessa vez escolhi o restaurante Istambul, onde pedi uma shawarna mista (R$ 12). Estava gostosa, e seria perfeito se tivesse uma cerveja bem gelada pra acompanhar... seria, mas os restaurantes árabes não vendem cerveja.

Saciado, a missão era chegar em Puerto Iguazú. Peguei um busão da empresa Itaipu caindo aos pedaços, a tarifa é de 4 reais. Rapidamente chegamos à aduana argentina, onde fiz uma cagada: eu queria ir no Duty Free ver o preço de perfumes e acabei fazendo a imigração. Caso você queira ir ao free shop, não faça a imigração! Senão vai ter que fazer como eu, que tive de atravessar todo o posto de aduana e ir em outro guichê pra dar saída da Argentina, ir no free shop e depois dar entrada de novo na imigração ::putz:: . Pelo menos para mim não valeu a pena o esforço, os perfumes estavam caríssimos. Não sei se estava compensando para outros itens. Dica: peça ao motorista um ticket para reembarque no próximo ônibus caso vá no free shop, assim não precisará pagar outro. Poucos metros à frente da imigração fica o cassino, que acabei não indo, apesar de ter ganhado um vale de 10 reais no free shop para jogar lá.

Peguei o próximo ônibus da empresa Itaipu (outras empresas também fazem o trajeto, mas o meu ticket de reembarque tinha que ser usado nos ônibus da mesma empresa).Desci no terminal de ônibus de Puerto Iguazú e me dirigi ao hostel, que fica super perto, uns dois ou três minutos de caminhada. Chama-se Iguazú Falls Hostel e pertence à rede HI. Reservei a diária no Booking a 10 dólares+21% de algum imposto argentino, o equivalente a 170 pesos argentinos. Fui pagar em real, o hostel fez a cotação de 3,46 pesos para cada real, então o preço final em nossa moeda ficou em 49 reais. Estava um calor infernal, mas o ar condicionado só é ligado depois das 19:00. Achei bizarro, nunca tinha visto isso. Não tinha condição de ficar no quarto com aquele calor.

Nota: existem muitas opções de hostel em Puerto Iguazú, para os mais econômicos anotei duas pechinchas: Hostel Natura Iguazu por 100 pesos a diária (fica na Av Missiones) e Hostel Noelia por 60 pesos a diária. Este último eu não sei onde fica, vi um cartaz dele pregado na rodoviária de Puerto Iguazu com o preço.

Tomei um banho e fui dar uma volta em Puerto Iguazu. Parei num posto de gasolina quase em frente ao terminal de ônibus pra tomar a primeira gelada em terras argentinas. Alguns preços: cerveja Brahma de 500 ml por 21 pesos (considerando os dois câmbios que havia feito em Foz a cerveja custou entre R$ 5,49 a R$ 5,88. Daí tem-se a importância de fazer um bom câmbio). Água mineral 500 ml estava 13 pesos. Saindo do posto, queria ir à famosa Feirinha. Fácil de chegar: basta seguir na Av Missiones e virar suavemente à direita quando cruzar com a Av Brasil.

Antes de chegar na Feirinha passei por uma sorveteria Grido e me lembrei dela ter sido bem recomendada na internet. Creio que aqui é o local certo se você quer tomar um ótimo sorvete de dulce de leche sem ser extorquido no Freddo (no TripAdvisor vi relatos de uma bola de sorvete custar 22 reais lá!). No Grido, tomei um Cucurucho Gigante, que é o nome deles para sorvete de duas bolas na casquinha ::lol4:: . Sendo o doce de leite a maior especialidade das sorveterias argentinas decidi não fugir do tradicional. Eram uns seis sabores somente dessa iguaria, então pedi uma bola de doce de leite tradicional e outra de doce de leite com brownie. O sabor é espetacular! Se fosse em São Paulo, um sorvete desse nível custaria uns 20 reais nessas sorveterias gourmet. Já o preço lá é uma pechincha: 18 pesos! Porém a cotação deles ao aceitarem reais é ridícula: 3 pesos para cada real. Compensa mais pagar com pesos previamente trocados.

Logo em seguida, a Feirinha. Ela ocupa um dos lados da Av Brasil em seu derradeiro quarteirão, e é um amontoado de restaurantes e bares e também lojinhas vendendo aquilo que os turistas querem comprar: pêssego em calda, alfajores, doce de leite, azeite, azeitonas recheadas, vinhos, salame, queijos... Algumas churrasqueiras na calçada fazem as parrillas no horário do almoço e ao anoitecer. Andei até o final da Feirinha na Av Brasil e atravessei a rua Felix Azara. Uma lojinha escondida, um tiozinho simpático e o melhor preço de alfajor de Puerto Iguazu. Comprei uma caixa de Recoleta Premium, e achei melhor do que os de marca que se vendem a três reais por lá, como o Milka ou o Oreo. A caixa com doze unidades custou 18 reais, então cada um saiu por R$ 1,50. Ótimo custo-benefício. E por falar em bom negócio, foram dois na seqüência: saindo da lojinha e adentrando na Feirinha parei na Parrilla El Arbol onde um atendente muito gente fina me convenceu a petiscar por lá com uma cotação de 4 pesos para cada real ::otemo:: . Tomei duas da ótima cerveja premium Patagônia (R$ 10 cada) e ele fez uma porção de salame, queijo e azeitonas recheadas por R$ 10. Uma porção dessa em São Paulo custaria pelo menos o dobro.

 

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Barriga estrumbada de comer e beber, resolvi voltar ao hostel. Passando pela Av Missiones vi uma lojinha de artesanato e resolvi comprar mais uma imã de geladeira pra coleção. Custou 10 reais (caro!). Perguntei à vendedora se ela conhecia um lugar para cambiar e ela me indicou um senhor de cabelos brancos que ficava na calçada ao lado da loja de souvenires, na entrada do hostel Irupé. O tiozinho fez uma ótima cotação para cambiar: 3,90 macris para cada dilma. Mas vi que eu estava sem dinheiro e comentei ao senhor que voltaria depois (nota: voltei somente no dia seguinte de manhã e o senhorzinho não estava. Estava um outro sujeito na entrada do hostel, mas ele não fazia câmbio. Então acho que o senhor do câmbio só fica à tarde e noite).

Voltei ao hostel. Fiquei assistindo um jogo qualquer do campeonato argentino na recepção até dar a hora de ligar o ar condicionado.Chegando 19:00, finalmente consegui deitar um pouco. Considerando que Puerto Iguazú é uma cidade que sua principal atração turística basicamente consiste em comer e beber (fora o parque), voltei à Feirinha lá pras 21:00 e comi uma parrilla (de picanha) e tomei um Quilmes de 1 litro, num sujeito que estava com uma churrasqueira na calçada, ao lado do famoso bar do Sebastião. Ele fez uma cotação de 4 por 1, então a cerveja de um litro custou 40 pesos ou 10 reais (pechincha!) e a porção de picanha acompanhada de pão saiu por 22 reais. Fiquei ali comendo, bebendo e assistindo um show inusitado que rolava no já citado Bar do Sebastião: um cantor portenho entoava sucessos brasileiros em portunhol (Cidade Negra, Paralamas, sertanejo universitário...). Voltei ao hostel e dormi.

 

3° dia – Sábado, 27/02

 

Dia perdido. Essa era a impressão logo quando acordei às 07:30 com a intenção de ir no parque argentino. Caía uma chuva torrencial, daquelas dignas de São Paulo no fim de tarde no verão, só que muito pior. Como aquela chuva parecia que não ia parar tão cedo, nem me troquei pra ir ao parque naquela hora, resolvi ir tomar café. Me senti no exército ou na hora da merenda quando estudava no primeiro grau: todos se dirigiam a uma salinha onde uma funcionária do hostel entregava um pratinho com uma medialuna, um pão de leite (duro), uma daquelas embalagens individuais de manteiga e de geléia de pêssego. E só. “À vontade” somente café, leite e suco de pozinho. Definitivamente não gostei desse hostel. Além disso, ao final da tarde eles trancam o acesso ao quintal de trás onde fica o varal. Resultado: na noite anterior não consegui pegar minha toalha que ficou no varal, e com a chuva que caiu durante a noite, preferi nem levar ela embora toda encharcada. Ficou lá para alguém.

A chuva só foi diminuir às 10 horas, coincidentemente a mesma hora de check-out do hostel. Fui ao terminal de bus e procurei o guarda-volume. Uma tiazinha simpática me informou que custava 25 pesos para deixar a mochila lá até a noite. Também fazia uma cotação de 3,60 pesos por real, o que deu 7 reais arredondados. Paguei em dilmas e fui ao guichê da empresa Rio Uruguay para comprar as passagens para as cataratas. Custa 100 pesos ida e volta, ou 30 reais, o que dá uma cotação de 3,34 pesos por real. Novamente compensa pagar com pesos trocados previamente. Os ônibus saem a cada vinte minutos, e dá mais ou menos meia hora de trajeto até o parque. O ingresso custa 200 pesos para cidadãos do Mercosul (deve-se mostrar o RG), e não se aceita reais para pagar a entrada. Ao contrário do parque brasileiro, que ao sair da bilheteria você praticamente já pega o ônibus, no lado argentino tem que se andar um bocadinho até chegar à estação central do parque. São três estações, a Central, que é na entrada, a estação intermediária é a Cataratas, onde pode-se fazer as trilhas dos Circuitos Superior e Inferior e a estação final é a Garganta do Diabo, que é a maior atração do parque. O deslocamento entre as áreas internas de Iguazú é feita por pequenos trens com freqüência no mínimo irritante. São 30 minutos de intervalo entre os trens. A maioria das pessoas prefere ir direto pra Garganta do Diabo, mas os trens não vão direto pra lá, na maioria das vezes. Peguei o trem, e tive que descer na estação Cataratas, para esperar mais uns 15 minutos e pegar outro trem que ia para a Garganta. Sem contar a velocidade máxima de 5 km/h, parece que tudo no parque argentino é cuidadosamente planejado para que você perca o maior tempo possível! Desci na estação da Garganta do Diabo e segui para a trilha. Outro problema: estava chovendo e a trilha do parque argentino é feita em plataformas de metal que são muito escorregadias em suas junções. Um perigo, quase escorreguei por algumas vezes. A trilha é estreita, então se segue o povo praticamente em fila indiana andando devagarinho por medo de escorregar (sabe aquele papo de tudo ser planejado para você perder tempo? Então...). Juntando a morosidade do trem com o passo de pingüim na trilha, demorou mais de uma hora desde a entrada do parque até a sua primeira atração. Mas o perrengue compensa, a Garganta do Diabo impressiona! A maioria das pessoas fica ali só para tirar umas fotos e ir embora. Fiquei um tempão admirando aquela força da natureza. Voltei à estação e peguei o trenzinho para a estação das Cataratas.

 

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Comprei duas empanadas (20 pesos cada. Aceitam reais, mas com cotação ruim: 3,20 para 1), mas só comi uma: os quatis roubaram a outra! Vacilo meu, tem placas em todo lugar avisando sobre as traquinagens dos quatis. Nem tentei “defender” a empanada para eles não pegarem: esses bichos possuem unhas poderosas e há relatos de cortes em visitantes causados por eles.

 

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Fiz a trilha do Circuito Inferior, com 2,5 km, que possui paisagens deslumbrantes, e uma visão diferenciada das quedas. Não é tão cheia, por ser extensa e possuir muitas subidas e descidas. Ideal para apreciar a vista sem a muvuca dos selfeiros. Devido ao horário e ao cansaço que sentia decidi não fazer o Aventura Náutica, o equivalente ao Macuco Safari dos hermanos, que custa 350 pesos (fica para a próxima!). Fim de passeio.

Nota: ao contrário da maioria dos relatos que encontrei na internet, eu gostei mais do lado brasileiro. Além da estrutura do parque BR ser incomparável, no nosso lado podemos ficar praticamente embaixo das quedas no final do circuito. Tomar um banho de cachoeira é bom, mas de cataratas é foda! Sair molhado e lavar a alma não têm preço. No lado argentino têm-se melhores visões das cataratas, mas se não chover você volta para casa sequinho da silva.

 

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Voltei para Puerto Iguazu, peguei minha mochila no terminal e fui fazer uma última refeição na Argentina. Parei no Bar do Sebastião na Feirinha e pedi duas empanadas (15 pesos cada) e uma taça de vinho (40 pesos). Que vinho maravilhoso, por um momento pensei ter encontrado o Malbec perfeito! Como queria torrar meus últimos pesos nem perguntei quanto seria em reais o valor. Dei meus últimos resquícios de pesos para umas crianças paraguaias (bolivianas?) que vendiam artesanato e pediam trocados por ali. Passei novamente na Grido e mais um sorvete de duas variedades de doce de leite que não havia provado da outra vez.

Peguei o busão para Foz, dessa da empresa Crucero Del Norte, daqueles de viagem com ar condicionado (o da ida foi um convencional da empresa Itaipu todo velho). Desci pertinho do hostel Tetris (R$ 45), na Avenida das Cataratas. Um hostel feito de contêineres e com visual descolado. Cool, só gringos no pedaço. Novamente ar-condicionado ligado só depois das 19:00, então fui pra beira da piscina tomar umas brejas. Dei uma enrolada e fui direto para a Itaipu, pois tinha comprado o passeio Iluminação da Barragem (R$ 16). O ônibus double-decker dá uma volta por dentro da usina, um guia vai dando explicações e tal até chegarmos na beira da barragem. Tudo escuro. A barragem vai se iluminando aos poucos. Bacana, mas esperava mais, achava que ia ter alguma pirotecnia envolvida. Terminado o passeio, voltei ao hostel. A viagem estava terminando. No dia seguinte acordei cedo, peguei o busão para o aeroporto (tem que se atentar aos horários, pois a freqüência diminui bastante aos domingos). Double-check no aeroporto, pois primeiro você passa no raio X da Receita Federal antes do check-in e depois no da Polícia Federal antes da sala de embarque. Atraso de 20 minutos na Gol, vôo direto pra CGH. Fim de viagem.

Editado por Visitante
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Up!

Valeu pelo relato, brother!

Espero poder dar essa sorte nos cambios por lá, hehehe...

 

Tem alguma indicação de casa de cambio lá em foz mesmo, ou voce indica fazer o cambio na Argentina?

 

Estou indo pra lá no dia 01/3 e o seu relato foi legal por ter detalhado bastante coisa no lado argentino!

Valeu!

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