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Ainda rola viajar estilo "Beatnick"????


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  • 2 meses depois...
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O cenário mudou, os representantes daquela geração morreram(quase todos), as possibilidades também mudaram porém a idéia é eterna.

Não ligo para aqueles que não percebem a ideologia por trás de pessoas como Jack Kerouac, ele acreditava num cândido gozo da vida, muito além da falsidade em que muitos viviam na época e vivem hoje

 

Ele sabia que sonho que se sonha junto é realidade, e dividiu tudo isso, para que as pessoas nunca desistam de sonhar

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  • 4 meses depois...
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"o tempora! o mores!" diria cícero no senado romano...

 

a discussão em torno do movimento beatnik tomou bons rumos, apesar de ter amainado um pouco.

 

bom, o movimento teve sua época. não deixava de ser uma reação à própria situação então reinante. era alimentado tb por um certo hedonismo egoísta, justificável para uma geração que anos antes teve que arriscar suas vidas em campos de batalha.

 

curtir a vida... torná-la útil... coisas conflitantes ou não, dependendo do que se faz para viver. quem vive cotidianamente numa jaula chamada vida comum, se sente preso nela, vai ver a liberdade como bem maior, uma liberdade não ligada a responsabilidades diárias. quem odeia trampar em escritório e passa onze meses esperando pelas férias, sonha com vidas como a que teve o kerouac.

 

mas há outros meios de se viver. precisa-se de mais coragem ainda do que simplesmente viver pegando carona, matrapilho, dando pequenos golpes pra arranjar uma garrafa de bebida. há quem prefira dar à sua própria vida outros rumos, como a turma que é médico e vai ser voluntário numa áfrica ou ásia ou mesmo aqui na américa do sul, tendo acesso e vendo coisas que os turistas nunca verão, passando por experiências fantásticas.

 

é só procurar. é só ter capacidade para tanto. há quem combine a vida lucrativa com atividade "outdoor" e ainda por cima "social".

 

o fato é que temos que dar um sentido à propria existência. ou ainda, tentar se revoltar contra um sentido que tentaram dar às nossas existências, contra nossa vontade.

 

ao que já é livre, dar um sentido à liberdade, ao que é escravo, a liberdade de não cumprir o sentido dado pelo seu amo.

 

alguém citou verger... sim, rico que mandou às favas a fortuna da família, um talvez homossexual que saiu de sua terra em busca de liberdade sexual, fotógrafo, etc. mas num dado momento tudo isso se torna apenas idiossincrasias de um etnólogo que dá um sentido diferente à sua própria vida: refazer a ponte áfrica-brasil, dignificar as crenças afro-brasileiras, estabelecer um plano de igualdade entre as crenças dos antigos escravos às crenças dos antigos senhores. é quanto pierre édouard leopold verger vira pierre fatumbi verger. quando o rapaz que abandonara a escola ainda no liceu vira doutor por sorbonne e professor universitário.

 

[]s

 

p.s. curtir a vida é bom. desde que não seja um puro ato de hedonismo egoísta. o planeta não tem mais condições de permitir isso.

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  • 2 anos depois...
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