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Seis dias entre São Luís, Barreirinhas, Atins, Santo Amaro e Alcântara


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Bom, visitei com um grupo de amigos algumas cidades do Maranhão no último feriado e, como elaboramos nosso roteiro com muita ajuda do pessoal daqui, nada mais justo que retribuir com um relato (com custos). Espero ser breve e prática. ::otemo::

 

Primeiro dia

06/06

 

Chegamos a São Luís no dia 06-06, às 11h30min e tomamos logo um táxi para o albergue Solar das Pedras, o mais conhecido, localizado no centro histórico. Pegamos o primeiro táxi que nos apareceu, meio eufóricos e muito angustiados com o calor. Imaginem vocês, somos de Pernambuco, mas o calor nos incomodou bastante por lá. Bom, pagamos R$45, o que saiu básico, já que éramos cinco (sim, cinco, por lá quase não há guardas de trânsito). Porém, recomendamos que peguem um táxi com taxímetro, pois na volta pagamos R$30, com o Sr. Francisco, um cearense gente fina.

 

Fizemos o check-in e saímos para almoçar. Estávamos atrás de um restaurante mediano (barato) e nos recomendaram o restaurante da Crioula, que não recomendamos. Self service a R$28 o kg e tempero mais pra menos que pra mais. Foi lá que provamos pela primeira vez o arroz de cuxá, que tava o ó.

 

Saímos para bater perna. Conhecemos alguns monumentos e ruas, lindos e históricos como em Olinda ou o Pelourinho, digamos apenas que menos preservado (infelizmente). Todos os pontos turísticos podem ser percorridos a pé tranquilamente. Visitamos o mercado e a feira (acho que em qualquer cidade são pontos chave) onde vimos o refrigerante Jesus, com gosto de tutti-fruti com canela, castanhas, ervas e plantinhas de todo o tipo, abricó, uma fruta gostosinha, e olhamos os artesanatos (caros). À tardinha fomos até Calhau, a parte litorânea vip. Em resumo, mar impróprio para banho e bebida e petiscos caros nos quiosques. Fomos de ônibus desde o Terminal Praia Grande. A viagem durou horrores!

 

À noite saímos para jantar na pizzaria “La Pizzeria” :D , que recomendamos. Demorou um pouco para sair, mas acho que pelo movimento do feriado prolongado. Pizza gostosa e preço bom. Depois, caminhada pelo centro histórico até encontrarmos numa rua apertadinha, perto do albergue, o Mestre Amaral conduzindo o mais genuíno Tambor de Crioula de São Luís! Que sorte a nossa! Linda a apresentação. Voltamos ao albergue a pé mesmo. À hora que voltamos não é aconselhável sair caminhando por lá, mas tinha bastante gente na rua e era pertinho.

 

Gastos

Táxi: R$9

Albergue Solar das Pedras: R$28

Almoço: R$20

Ônibus até Calhau (ida e volta): R$4,50

Jantar: R$17

 

Total: R$78,50

 

Segundo dia

07/06

 

No dia seguinte a BR Tur nos pegou no albergue ás 07h30min para nos levar até Barreirinhas. Super pontuais e profissionais. Chegamos a Barreirinhas às 12h30min e na própria Pousada do Porto (recomendada) agendamos o passeio para a Lagoa Bonita (São Paulo Ecoturismo), que sairia às 14h. Pena que excepcionalmente as lagoas não estavam cheias. Cheias só as dunas, de gente... :/ afe! Mas bem, uma trilha legal de Toyota, que nos pegou na pousada, nos levou ao primeiro contato com os lençóis. À noite, jantamos no primeiro restaurante que encontramos (estava chovendo), que não recomendamos, nem lembro o nome, na verdade. Mas depois vimos o Marina Tropical, na Avenida Beira Rio. Não chegamos a entrar, mas tinha um super astral e a galera toda fala bem. Fomos dormir, ainda tinha muita coisa pela frente.

 

Gastos

Translado de São Luís a Barreirinhas: R$40

Pousada do Porto: R$40

Almoço: R$17

Passeio à Lagoa Bonita: R$54,00 (R$50 + taxas não-sei-de-quê)

Jantar: R$20

 

Total R$171

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Terceiro dia

08-06

 

Acordamos cedinho, tomamos o café-da-manhã e pegamos a voadeira no quintal da pousada. ‘No quintal’ porque o Rio Preguiças passa por trás da pousada. O passeio também foi feito com a São Paulo Ecoturismo. Saímos às 08h30min e passamos pelos povoados de Vassouras, que não tinha nada demais, além dos macacos-prego, que são uma graça. Lá tem um ponto de apoio para o pessoal se refrescar e comer algo, sempre com preços acima da média, quando se está no meio do nada. Depois fomos até Mandacaru, povoado onde existe um farol com 160 degraus para subir! De lá de cima dá para ter uma bela vista do Rio Preguiças, as fotos ficam deslumbrantes. Na volta à voadeira, não deixem de passar pelas lojas de artesanato, que é mais barato que em São Luís, pode pedir desconto que eles dão, e de tomar sorvete de buruti (delícia!). Por fim, a parada final do nosso passeio: Caburé. Caburé é uma ponta de terra interessante. Do lado de cá, o rio Preguiças e do de lá, o oceano Atlântico. Nos restaurantes principais, pouca comida e preços altíssimos. O piloto da voadeira disse que antes faríamos o pedido, pois duraria algo ao redor de 40min. Enquanto isso, poderíamos tomar banho de mar. Mas há uns restaurantes mais simples e mais baratos no lado de lá (da praia) e que só nos demos conta deles quando já havíamos feito nosso pedido, o que nos cheirou a máfia, :/ Bom, depois do almoço, a voadeira volta a Barreirinhas, parece que a volta dura 50min. A ida até Caburé durou umas 2h30min, por causa das paradas. De Caburé fomos até Atins. Todos estavam cobrando caro, mas tinha visto aqui um post de alguém que tinha feito a travessia por R$10. Então começamos a perguntar aos barqueiros independentes lá por Caburé mesmo e encontramos um que nos levou pelos R$10. Chegamos a Atins, distrito de Barreirinhas, e nos deparamos com um lugar super rústico. Amei! O barqueiro nos levou até a Pousada do Irmão, que estava a uns 500m da praia. Numa caminhada de 20min sobre areia fofíssima, chegamos à pousada. Linda! O povo super atencioso e serviço de primeira. Aqui abro um parênteses para o atendimento que tivemos aqui. Tanto o dono, Irmão, a esposa dele, Gilvana, ou a secretária deles, Cecé, nos trataram muito bem. Lá mesmo tem restaurante, comida gostosa, por sinal, o que nos deixou arrependidos por termos almoçado em Caburé.Provem o suco de bacuri! Se forem vir direto para Atins depois de Caburé, deixem para almoçar em Atins, na pousada do Irmão. :D Descansamos e no fim da tarde fomos ver o sol se por. Gente, lindo!! Só nós, uns nativos e mais uns gringos na praia. Super fotos, super momentos. Passamos a noite curtindo o céu e tomando uma cervejinha. Provamos também a Tiquira, aguardente de mandioca, que achamos suave, sei lá... ::lol4:: rss Desejamos que faltasse energia, já pensou! Mas não, foi tranquilo assim mesmo.

 

Gastos

Passeio de voadeira até Caburé: R$50

Almoço: R$32

Passagem de barco para Atins: R$10

Pousada do Irmão: R$35

Jantar: R$12

 

Total R$139

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Quarto dia

09-06

 

Irmão mesmo nos levou para conhecer a Lagoa Verde. Saímos às 07h30min. Aqui nós pudemos moldar o horário do passeio, pois tínhamos outras coisas a fazer. A Lagoa Verde é LINDA! Isso ficou mais intenso porque quase não vimos água no passeio de Barreirinhas. Amamos! (mesmo com a caminhada de 30min até ela) E como chegamos cedinho, era só nossa. Irmão havia dito que o pessoal só começaria a chegar por lá a partir das 10h, dito e feito. Às 11h Irmão nos buscou lá e nos levou no restaurante de Antônio, no Canto de Atins. Peçam camarão grelhado, por favor! Maravilha!! Satisfeitos, voltamos rapidinho à pousada, pois Irmão conseguiu cinco vagas na Toyota de linha que regressava a Barreirinhas. Pagamos somente R$15 cada.

Passamos para pegar as malas, que havíamos deixado na pousada do Porto, e partimos para Santo Amaro. Essa parte foi desconfortável, porque não tínhamos organizado a ida pra lá. E às 15h, quando chegamos à praça com nossas malas, não havia aparentemente chance para chegarmos a Santo Amaro naquela tarde. Ninguém nos dava uma informação que prestasse. Os toyoteiros nos cobraram horrores para nos levar lá, pois havia um pedaço da estrada que era só aventura, areia fofa e riachos pelo caminho. Só passam carros com tração. Nos cobraram R$600, R$500, até baixou para R$350, mas não queríamos gastar essa dinheirama nesse trajeto, nem tínhamos contado com tanto assim. Até que um moto-taxista nos falou que poderíamos pegar um táxi até Sangue (que tá no meio do caminho) e de lá pegar uma Toyota até Santo Amaro. E fomos. Detalhe, pegamos um táxi da cooperativa, mais barato. Chegamos a Sangue às 17h20min e 10min depois passava, por sorte, uma Toyota com quatro lugares. Fomos, claro. Atenção, é comum as pessoas fazerem esse trajeto assim, a metade até Sangue e a outra metade de Toyota, se aventurando. Quanto mais cedo, mais fácil. Depois de muito 'catabio' e solavanco, chegamos a Santo Amaro. Ficamos na Pousada Paraíso. Santo Amaro é um município e, apesar do difícil acesso, tem banco, restaurantes e lanchonetes (poucos, mas tem) e as ruas principais são calçadas. As duas melhores pousadas da cidade são a que ficamos e a Pousada Cajueiro, que não respondeu ao nosso contato. Bom, o Rio Alegre está no quintal da Cajueiro e parece ser arrumadinha, mas o dono da Pousada Paraíso, Sr. Heitor, fez toda a diferença na nossa estadia em Santo Amaro. Saímos para jantar e fomos até o restaurante Pontual, o único que tava funcionando. Comemos o famoso camarão da Malásia, que não é da Malásia, é criado ali perto, em umas das lagoas. Bom, o camarão é grande e impressiona, mas o sabor não é lá essas coisas, nem o preço agrada. Na dúvida, não coma. Saciem sua vontade de camarão lá no Canto do Atins, os grelhados, lembram? ::hãã2::

 

Gastos

Passeio Lagoa Verde: R$40

Almoço o canto do Atins: R$27

Passagem de volta a Barreirinhas: R$15

Passagem de Barreirinhas a Santo Amaro: R$36

Pousada Paraíso: R$45

Jantar: R$24

 

Total R$187

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Quinto dia

10-06

 

Santo Amaro é a cidade que fica mais perto dos lençóis. Aliás, ela está dentro do Parque. Assim, daria para ir a pé até as dunas. Porém, a Lagoa das Gaivotas, a mais próxima, estava seca também por causa da estiagem e não desfrutaríamos de muita coisa se o Sr. Heitor não nos oferecesse um passeio super barato em sua Land Rover, hehe. Além do passeio, recebemos uma aula dele. Gente fina mesmo!! Acabamos cancelando a volta a São Luís pela BRTur, prevista para as 14h para voltar às 17h com Sr. Heitor, que vive em São Luís. Pagamos a ele o que pagaríamos à agência. Ele nos deixou no albergue, deixamos as coisas lá e saímos para jantar. Já passavam das 22h quando chegamos ao arraial da Maria Aragão. As comemorações de São João já começaram e depois de jantarmos, ficamos por lá vendo as apresentações. Uma coisa linda!! Voltamos ao albergue à 01h. Fomos e voltamos de táxi, com aquele taxista que comentei no início, Sr. Francisco, recomendadíssimo.

 

Gastos

Passeio c/ Sr. Heitor: R$12

Almoço: R$20

Translado p/ São Luís (c/ Sr. Heitor): R$50

Albergue Solar das Pedras: R$28

Táxi p/ arraial (ida e volta): R$4

Jantar: R$15

 

Total R$129

 

Sexto dia

11-06

 

Acordamos cedíssimo para consultar as saídas para Alcântara, já que não sabíamos se poderíamos ir e voltar cedo, devido à maré. Chegamos ao cais, que fica pertinho do Terminal Beira Mar, e dá para ter acesso a pé passando pelo Palácio dos Leões, às 07h. Compramos saídas para as 8h, num barco que saiu às 08h45min, esperando a maré subir. Bom, estávamos no lucro, pois haveria horário de volta que cabia no nosso relógio. Depois de algum enjoo, chegamos à Alcântara. Depois de negar as ofertas dos guias, começamos a caminhada pela cidade bucólica, cheia de ruínas do século XVII. Já havia lido aqui que os guias são dispensáveis, já que tudo é pertinho. A não ser que queiram ficar super informados sobre a história da cidade e não tenha acesso ao Google... rs :P Não deixem de provar e levar pra casa as bandejinhas do doce de espécie. Achei super curioso o nome, mas é gostoso, e típico de Alcântara. Vi no Google depois que é herança da cozinha açoriana. Vimos também as mesmas bandejas vendidas lá por R$7 sendo vendidas em São Luís por R$12. De volta, passamos mais uma vez pelo mercado, no centro histórico, antes de voltar ao albergue. Compramos para trazer para casa a Tiquira, a aguardente de mandioca, umas tantas garrafinhas da Jesus, umas unidades de abricó, doce de buriti. Queria trazer castanha-do-pará, mas achei caro (R$39 o kg).

Nos arrumamos e chamamos o Sr. Francisco e nos despedimos dessa terra linda e intensa, que apesar de ser nordestina, tá mais pro Norte que pra nós.

 

Gastos

Passagem para Alcântara (ida e volta): R$30

Almoço: R$15

Táxi p/ o aeroporto: R$6

 

Total R$51

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