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  1. Aqui no mochileiros.com tem bastante informação sobre o Vale do Catimbau. Vi vários relatos sobre os atrativos, como localização, onde ficar, etc. Porém não vi muito sobre alguns atrativos específicos que existem no vale, especialmente, a "Grande Muralha". Tomei conhecimento deste lugar através de uma reportagem da Rede Globo Nordeste, feita pelo repórter Francisco José. Aqui no site, há um relato de 2011, que mostra algumas fotos do lugar e dá algumas dicas de como chegar. Sigam o link abaixo: Sou de Recife e já fiz excelentes trilhas aqui no Brasil e America do Sul. Contudo, me dei conta que trilhei muito pouco aqui na minha terra. Escolhi o a Trilha da Grande Muralha no Vale do Catimbau para me redimir, rsrss. Resolvi então pesquisar mais a respeito. Tudo o que achei foi o relato que citei acima. Como é antigo, tentei o contato com as agências e guias que achei no Google. As respostas que tive é que atualmente não seria possível visitar a Muralha, devido ao fato de que o local está dentro de uma reserva indígena. Não satisfeito, entrei no site do ICMBio. Como o vale é um PARNA, com certeza saberiam informar. E foi o que aconteceu. Através dos contatos informados no site do ICMBio, fui atendido e encaminhado ao Ronaldo, uma das lideranças do território Kapinawá (nome da reserva indígena onde se localiza a Grande Muralha). O Ronaldo é um dos professores da escola municipal que funciona dentro da reserva. E também é um guia qualificado que conhece bem a região. Durante o nosso contato, ele confirmou que de fato somente com o acompanhamento do pessoal da aldeia é permitido visitar a Muralha. Agendamos o serviço e no último dia 22/09 fui então finalmente ao Catimbau para fazer a trilha. Marcamos às 8:00 na entrada da vila do Catimbau. Lá o Ronaldo nos aguardava em sua moto e daí o seguimos até o mirante da Grande Muralha. Acertamos os detalhes finais e partimos. Saindo da vila do Catimbau, passando pela entrada da aldeia Kapinawá até o ponto onde começa a trilha, dirigimos em estradas de barro por volta de uma hora. Notem que a paisagem é bem seca, principalmente esta época do ano. Marcamos o encontro às 8:00, por que no mesmo dia saímos de Recife às 4:30. Não foi uma decisão muito sábia, uma vez que atrasamos um pouco e só começamos a trilha passando das 10:00. Para quem vem de Recife, o percurso dura em média 04 horas. Logo, devíamos ter saído após o café da manhã para chegar na hora do almoço, deixando a trilha mais para a parte da tarde, quando o sol já estivesse mais baixo. Fica a dica. Deixamos o carro na melhor sombra que achamos e fomos até o mirante da tão esperada Grande Muralha. O nosso guia Ronaldo nos explicou que a "Grande Muralha" na verdade se chama Serra do Barreiro. Faço questão de ressaltar isso, pois esse é o nome dado a muralha pelos nativos Kapinawás e é assim que a devemos chamar. Essa muralha da Serra do Barreiro é um extenso paredão de pedra que desponta do solo em formato de serrote. Na parte mais baixa do paredão, existem vários sítios arqueológicos ainda bem conservados. O lugar tem um aspecto selvagem e segundo o nosso guia Ronaldo, fomos um dos primeiros a conhecer a região como pessoas comuns. Apenas pesquisadores e antropólogos frequentam o local. A parte de baixo do paredão é cheia de pinturas rupestres. O mato alto da caatinga esconde as gravuras nas cavernas que se formam na base. Nosso guia ia desbravando com um facão o caminho fechado pela vegetação do sertão. Confesso que tenho uma grande satisfação em ter feito esta trilha, pois o aspecto do lugar indica que somente os nativos caminham por lá, dando a sensação de estar num local ainda não descoberto. Gosto de fazer caminhadas autônomas, mas a trilha guiada pelo Ronaldo e seu ajudante Almeida foi realmente bastante enriquecedora. As explicações sobre as pinturas rupestres foi sensacional. Algumas datam de até 4000 anos, segundo relato dos pesquisadores que já estiveram por lá. Pelo fato de serem descendentes dos povos que habitavam esta região a séculos, os guias tentam o tempo todo explicar nos mínimos detalhes todas as tradições e modo de vida dos seus antepassados. Realmente foi uma experiência única. A trilha não se resume a parte de baixo. Seguindo o paredão, após um ganho de elevação de aproximadamente 30 metros, que é a altura da muralha, é possível chegar ao topo. A vista é de tirar o fôlego. A imensidão da caatinga é uma imagem realmente bonita de se ver. Dá para ver bem toda a extensão da "Serra do Barreiro". Tive a certeza que escolhi bem essa trilha. Sem palavras. Para mim, foi de fato um grande privilégio ir a um dos lugares mais inacessíveis do vale. A trilha percorre paisagens belíssimas, tanto na parte de baixo quanto na parte de cima. Fiquei sem entender o porquê dos órgãos governamentais não estarem cuidando e divulgando este lugar. Algumas pinturas estão quase apagadas pela ação do tempo. Um lugar especial como este merece cuidados também especiais. Espero que de alguma forma a luta dos índios ganhe amparo do governo, e que as esferas competentes recebam os incentivos necessários para manter a região bem conservada. O Ronaldo nos contou que planeja montar um site para divulgar passeios na região da reserva e agendar com os turistas. Quem for ao Vale do Catimbau, não pode deixar de visitar a reserva Kapinawá na companhia dos guias indígenas, que inclusive são credenciados para acompanhar visitantes em todas as trilhas do Catimbau. Sobre a trilha, gravei o trajeto que fizemos no Wikiloc. Apesar de não ser uma trilha muito extensa, classifico que o percurso tem grau de dificuldade moderado, pois há vários trechos de areia fofa e plantas espinhosas por toda parte. Além disso, o calor é muito intenso. Logo, um mínimo de preparo físico e bons equipamentos são necessários (bota, calça de trilha, roupas anti-UV e proteções para cabeça e nuca contra o sol). também é importante estar bem alimentado e hidratado. Segue o tracklog: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/serra-do-barreiro-grande-muralha-catimbau-28897405 Encerrando a trilha, fomos para a pousada descansar. Ainda era dia, mas depois do sol forte o sono foi mais forte. À noite, fomos até o posto BR na entrada de Buíque às margens da BR-232 e jantamos. Na manhã seguinte, encontramos novamente o Ronaldo e fomos ver as opções das trilhas convencionais do vale. Aceitamos a sugestão dele e escolhemos a trilha do Cânion. Maravilhosa! Trilha curta, com poucos desníveis, e assim como a trilha do dia anterior, paisagens incríveis! Apesar de estarmos numa estação mais seca, ainda é possível ver muito verde. E essas formações rochosas? Só tem lá! O destaque foi a vista do primeiro mirante do Cânion: E no final da trilha, mais um sítio arqueológico impressionante: Para um bate e volta de final de semana, foi bastante proveitoso. A trilha do Cânion no domingo acabou super cedo. Ainda deu tempo de passar na pousada e tomar uma ducha para pegar a estrada de volta para Recife (com direito à parada para almoço regional nas churrascarias de Encruzilhada São João e compra do famoso queijo coalho da terra do queijo, Sanharó). Energias renovadas para início da semana. Para finalizar este relato, vamos às indicações: POUSADA: recomendo a pousada Santos. Serviço ótimo e barato, com excelente café da manhã. Diária por pessoa na faixa de R$ 75,00. Existem diversas pousadas também em Buíque, que é a cidade de entrada para o Vale do Catimbau, inclusive na própria vila do Catimbau tem pousadas domiciliares. Peça indicação aos guias (existe uma associação de condutores do vale, a ACONTURC). Para os interessados em camping, também há opções, porém sugiro recorrer ao Google e os guias locais. O nosso guia informou que pretende em breve organizar campings e pousadas domiciliares na reserva Kapinawá. Com certeza será uma ótima opção no futuro. COMIDA: Existem alguns restaurantes com boas avaliações no Tripadvisor em Buíque, porém não utilizei. Apesar de ser cidade pequena, dá para se alimentar legal. CONTATOS DE GUIAS: segue os contatos que tenho, utilizei e recomendo: - Para trilhas tradicionais do vale: ACONTURC - (87) 3816-3052 - turismocatimbau@gmail.com - Trilhas na reserva indígena: Ronaldo Kapinawá - (87) 98139-3015 - ronaldosique2014@gmail.com (aqui apenas com autorização dele ou demais responsáveis pelas aldeias) GASTOS: - Combustível: entre R$ 250,00 e 300,00 para viagem de Recife até o vale e deslocamento entre os pontos de trilha. Rodamos aproximadamente 700 Km. - Alimentação: comi muito bem na pousada e restaurantes da região, gastando no máximo R$ 30,00 por refeição. - Serviços de guias: varia entre R$ 100,00 a 150,00 a diária, dependendo da trilha e quantidade de pessoas. Ideal é acertar diretamente com os profissionais. - Estadia: gastei R$ 75,00 numa das pousadas mais estruturadas de Buíque, logo, devem ter outras até mais em conta. - Resumo da brincadeira de final de semana: em torno de R$ 350,00 por pessoa. Não tive tempo de pesquisar outras opções, então, creio que dá para ser bem mais econômico que isto. Espero que tenham gostado deste relato. Tentei ser o mais informativo possível, para ajudar a divulgar esta região, que ao meu ver, apesar do enorme potencial, ainda é muito pouco visitada. Dedico também este texto em forma de agradecimento ao Professor Ronaldo, que além de nos ter dado uma aula sobre a cultura indígena ao vivo, usando os cenários da Catimbau como sala de aula, me presenteou com esta belíssima lança feita artesanalmente conforme as suas tradições: É isso ai pessoal. Visitem o Vale do Catimbau, um verdadeiro paraíso no sertão Pernambucano. Quem gosta de trilha, não pode deixar de conhecer. Eu, com certeza irei novamente. Abraço e boas trilhas!!
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