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  1. http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/312/Morro-do-Pedroso O MORRO DO PEDROSO Nos idos dos anos 80, quem fosse pro Pque Natural do Pedroso, a apenas 26 minutos do cto de Santo André (SP), encantava-se com aquele teleférico q levava seus visitantes ao topo dum imponente morro forrado de Mata Atlântica. Coroado por uma bela estação e um deslumbrante belvedere, o Morro do Pedroso era até então roteiro habitual de quem morasse na região. Mas na década sgte o teleférico foi desativado e esquecido, o tempo passou e sua única via asfaltada de acesso foi engolida pela mata. Contudo, ainda existem poucos vestígios da mesma q, sob a forma duma precária trilha q demanda menos de hora pra ser vencida, ainda leva poucos andarilhos ao cume dum dos ptos mais altos do Grande ABC. A dica foi soprada pelo Nando na semana passada, entre uma conversa e outra. Pois é, ele fora um dos tantos visitantes mencionados logo na introdução acima q, na época com tenra idade, era levado pelo seu progenitor ao alto do morro via teleférico, fazendo deste o programa dominical obrigatório familiar. Seu comentário a respeito (pra lá de saudosista e nostálgico, diga-se de passagem) bastou pra reavivar meu interesse pela região do Grande ABC, setor q sempre fiz pouco caso por julgá-lo urbano demais. Coletei infos, algumas com o próprio Nando, e assim fui atrás da tal vereda remanescente aproveitando um domingo q dispunha de pouco tempo e não queria me deslocar p/ demasiado longe. Como não conheço lhufas da região em particular, aproveitei a deixa pra tomar vergonha na cara e começar, discretamente, a meter as caras nos arredores do quintal urbano da minha casa. Saindo mais tarde q de costume de casa, saltei as 7:30hrs na Estação Prefeito Celso Daniel - Sto André, da linha turquesa da CPTM. Bastou apenas atravessar a rua pra adentrar no Terminal Oeste de Sto André, e la me informar de coletivos em direção do Terminal Vila Luzita. No caso, são apenas duas linhas e q partem da plataforma B: o TR-101 e o TR-103. Mal cheguei e embarquei na segunda opção, e assim o busão rapidamente se pirulitou do centrão da cidade daquela manha de domingo acizentada. A breve viagem pela Av. Perimetral Dom Pedro I foi embalada na cacofonia brega-forrozeira-musical dum radio ligado no talo pela própria motorista, sinal q poluição sonora não diz muito por aqui. Mas o martírio aos tímpanos durou pouco, pois não deu nem 15min q já estavamos no Terminal Vila Luzita, situada na perifa sul da cidade. Como q coberto raramente do mato da boa sorte e da mesma forma anterior, bastou saltar do busão e adentrar na próxima condução ao meu destino, o Pq Natural Pedroso. Aqui as opções são ainda maiores pois são 6 as linhas q passam pela Estrada do Pedroso: AL 111, AL 112, AL 113, AL 114, AL 115 e AL 117. Nem lembro qual tomei, so sei q estava escrito meu destino na plaquinha dianteira e entrei no busão, aqui em integração com o outro terminal. A viagem desta vez foi tão breve qto a anterior, mas o mais interessante foi a rapidez com q os tons acizentados e horizontais da cidade deram lugar repentinamente aos contornos abaulados de serras e morros verdejantes, lembrando q aqui estamos bem próximos da Represa Billings. Dito e feito, saltei as 8hrs na Estrada do Pedroso antes do acesso á Estrada do Montanhão e depois da entrada ao Recreio Borda do Campo. Na verdade não tem muito erro onde descer pq o Pq Pedroso é extenso e ele estará sempre á sua direita. Não tem como passar desapercebido. O Parque Natural Pedroso é uma espécie de Pq Ibirapuera da galera de Sto André, com a diferença q aqui tem muito mais verde e em mais duma ocasião pensei em estar transitando pela Estrada do Taquarussu, aquela bucólica via de Paranapiacaba. A semelhança tem fundamento pois alem do Pedroso se situar relativamente próximo da vila inglesa e guardar, naturalmente, algumas características geograficas em comum, o odor inebriante de damas-da-noite e lírios-do-brejo invadindo as narinas reforçava essa impressão. O Pq Natural Pedroso é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, tem uma superfície q equivale a 5 vezes a área do Pq do Ibirapuera, abriga importantes mananciais e detém um rico fragmento de Mata Atlântica. Ao largo do enorme lago q acompanha a Estrada do Pedroso é q se encontra td infra disponivel pro lazer dos visitantes, como campos de futebol, quadras poliesportivas, sanitários, churrasqueiras, ciclovia, playground e quiosques. Mal desembarquei do busão me impressionei com o tamanho do lugar, com o enorme lago refletindo o céu azul, e dos tons rosados das quaresmeiras destoando do verde predominante ao redor. Despertou-me a atenção ter meu primeiro contato com vestígios da outrora maior atração dali. Mal saltei do busao me deparei com a marquise decrépita q servia de base pro antigo e saudoso teleférico. Sim, aquele q embalou a infância do Nando. Com quase 200m de altura da marquise até a Terceira Torre (situada no topo do Morro do Pedroso) e um quilômetro e meio de extensão, o equipamento foi sucateado e não foi reformado, infelizmente. A troca do cabeamento e maquinário, depende de parcerias com a iniciativa privada. Até lá, a estrutura do q sobrou apenas contribui pro aspecto de abandono do parque. Pois bem, ao lado da portaria principal do parque há um acesso a um tal Jd Japonês, por sinal situado na base direita do Morro do Pedroso, q aqui se exibe elegantemente de oeste pra leste, na horizontal. Tomando a estradinha principal, evitamos seguir pro campo de futebol (oeste) e desviamos pra direita (norte), passando por 3 pequenos lagos e um pórtico. O Jd Japonês consiste numa pequena pracinha circular com motivos orientais, onde há varias placas celebrando o centenário da Imigração nipônica. Observando atentamente poderá ser vista uma picada mergulhando na mata pro norte. Existe até uma corrente enferrujada barrando a acesso, pois apenas pessoal autorizado pode adentrar por ali. A alegação é q a vegetação é densa e pessoas “normais” correm risco de se perder. Pois bem, essa era a antiga estrada q levava ao topo do Pedroso. Mergulhamos então no frescor da mata as 8:30hrs, dando inicio á pernada pela trilha propriamente dita. O comecinho dela, cascalhada e de pedras, pode ter alguma sujeirinha ou “praticas religiosas”, eufemismo sutil pra “macumbas” e q são proibidas no parque. Mas logo a picada se vê livre de td e qq interferência humana e segue, em nível (pro norte), ladeando o morro em questão. Neste trecho a movimentação de veiculos será bem audível uma vez q a picada basicamente corre paralela á estrada, la fora. Mas a medida q seguimos em frente o som de motores fica pra trás e dá lugar apenas ao marulhar dalgum pequeno córrego, a nossa direita. O inicio da pernada é tranqüilo, mas não tardam a surgir os primeiros obstáculos sob a forma de mata tombada. Arvores e voçorocas deslizando da encosta serão uma constante neste comecinho de pernada, mas nada assim do outro mundo facil de desviar. A profusão de lírios-do-brejo impressiona e em mais duma ocasião parecem cobrir a vereda, nos obrigando a afastar verdadeiras touceiras com as mãos. Pelo fato de ser logo de manhã a mata encontra-se úmida e dessa forma vamos enxugando td ela no caminho. Surgem duas saídas q ignoramos, a primeira a esquerda e outra a direita, nos mantendo sempre na principal, q é facilmente discernível do resto. Se ate então enxugávamos a mata da cintura pra cima, qdo a vereda começa a desviar pra noroeste a trilha parece passar por uma baixada de capim bem umedecida, e o chapinhar num verdadeiro brejo dilui de vez nossa esperança em manter os pés secos. O pântano some qdo a picada ameaça subir suavemente pra oeste, mas ai o brejo é substituído por um pequeno correguinho q faz da trilha sua via natural. Ali é possivel visualizar resquícios do chão concretado, de pedras pequeninas dispostas de forma homogênea; enqto noutros ele some por completo dando lugar a terra ou chão erodido. Ate então agua não é problema pq tem sempre algum filete dagua circulando a nossa direita, no mato. Pois bem, após 20min nestas condições, desviando da mata caída, engolindo teias-de-aranha, chapinhando vez ou outra e afastando lírios-do-brejo da frente, é preciso prestar bem atenção. Surgirá uma bifurcação bem discreta a nossa esquerda, enqto a picada segue pra oeste. Essa saída á esquerda pode passar desapercebida pois há mta mata tombada sobre ela, mas pro olhar atento ela sera facilmente percebida. Aqui abandonamos a trilha pela qual vínhamos (q continua tocando pra oeste, menos nítida), em favor da tal saída a esquerda, q volta pra leste, fazendo um ziguezague na encosta dando inicio a subida propriamente dita. Uma vez nela não tem mais erro, pois embora haja bastante vegetação buscando obstruir o caminho a principio, ele é bem limpo e desimpedido a maior parte do resto do percurso. Sempre subindo forte e acompanhando a encosta lateral da montanha, a rota muda pro sul pra finalmente tocar pra leste, direção q mantem ate o final. Nalguns trechos a picada estreita e noutros alarga, cada vez com menos mata sujando o caminho. E é nestes trechos q podemos observar o corte lateral obvio da antiga estrada. O calçamento sumiu e deu lugar a chão largo, batido e eventualmente liso feito sabão, o q redobra nossa atenção. A subida termina e o resto da crista se dá num abaulado sobe-e-desce em meio a um simpático bosque. Uma claridade parece anunciar o quase cume, mas não sem antes uma ultima forte ascenção, onde a picada aparenta novamente ser engolida pela mata. Mas nada do outro mundo. E assim, as 9:30hrs emergimos no largo e enorme descampado forrado dum alto capinzal q caracteriza o topo do Pedroso. Não é nenhuma ruína pré-colombina nem tampouco vestígios duma pirâmide guatemalteca, mas me sinto igualmente o Indiana Jones ao sair da mata e tropeçar com resquícios de construções do século passado, abandonadas, coroando o alto daquele morrete. Dividindo uma ampla clareira, temos de um lado os escombros do antigo restaurante e do outro q restou da Terceira Estação; o primeiro se mantem quase q intacto, apenas apresentando uma parede derrubada, enqto do segundo sobra pouca coisa, embora fique a cargo da imaginação reviver mentalmente como deveria ter sido o apogeu daquele belo lugar a mais de duas décadas atrás. Algumas pixações e restos de fogueira completam o cenário local. O visual realmente faz jus ao empenho e satisfação em chegar ate ali por trilha e, pq não, a tds aqueles q no passado realizaram o mesmo trajeto, só q pelo teleférico. Não foi a tóa q um belo belvedere e um restaurante foram construídos ali, pois a paisagem é recompensadora, embora predominatemente urbana e parcialmente barrada por eucaliptos q cresceram desde então: a oeste temos td a geometria difusa e homogênea de São Bernardo do Campo; ao norte temos a Vila Joao Ramalho, Jd Nova Cidade e a favela Cata Preta; a nordeste a desroganização arquitetônica das favelas Missionario e Toledano; a sudoeste vislumbramos principalmente uma parte do maciço do Pico Bonilha e, atrás, os recortes do Pq Selecta e, principalmente, td Ferrazópolis; a sudeste temos o Bairro Represa, o Jd Miami e o Recreio Borda do Campo; e ao sul finalmente temos o pouco de verde exuberante q destoa da horizontalidade cinza deste setor, ou seja, o contorno esmeralda e abaulado dos morros q integram o restante do Pq Pedroso. Contudo, com mto mais atenção podemos observar nitidamente os restos da Segunda Estação do teleférico encimadas na clareira no alto dum morrote menor, ao sul. Um urubu se assusta com minha presença e plana pra longe dali, ao me ver perambulando pelo lugar, a 910m de altitude. Sim, é altura tímida pros chamados “padrões montanhisticos”, mas ainda assim não deixa de ser um programa urbanóide diferenciado vencer os menos de 200m de desnível q separam a rodovia do cume. Algo quase similar ao Morro do Nhangussú (Guarulhos), Ovo da Pata (Juquery), Morro do Saboó (São Roque) ou até o Pico do Jaraguá (SP), com o plus de se ter uma velha estação de teleférico desativada no cume, ao invés duma torre ou antena de retransmissão. E imerso em pensamentos q divagam sobre qq coisa num silencio quase sepulcral, belisco uma fruta enqto minha goela sorve td água q o cantil carrega. Retorno pelo mesmo caminho, sem pressa, e estou de volta ao Jd Japonês em menos tempo q na ida, as 11hrs. Como ainda era cedo, me ocupo em bisbilhotar superficialmente mais algumas picadas “não oficiais” e deduzo q preciso la retornar noutra ocasião pra meter as caras no promissor (e pouco conhecido) setor noroeste do parque e, quem sabe, bolar uma travessia ate o maciço do Bonilha, o pto culminate de td ABC. Este setor é ignorado pela maioria e tem vias de acesso relativamente bem pisadas, sendo questão de tempo e determinação mais explorações. Isto pq em virtude do tamanho do lugar existem varias rotas de caçadores, alem de 9 trilhas mapeadas fora do alcance do gde publico, segundo o Semasa, órgão q cuida do parque. Parto dali por volta das 13hrs refazendo o mesmo trajeto de bus ate a cidade, claro. Um farto almoço e alguns compromissos me aguardava em casa, mas não sem antes dar uma parada num boteco perto da estação e mandar uma gelada goela abaixo. Aliás, duas. Afinal, precisava comemorar minha primeira visita ao Pq Natural Pedroso, uma grata surpresa nas proximidades de Sampa. Uma mancha verde-escura quase na horizontal, encravada nas divisas entre São Bernardo do Campo, Mauá e Sto André, q funciona como barreira natureba q protege o frágil verde-claro - com tons azuis, salpicado pelo tom rosado das quaresmeiras – do cinza opaco do avanço urbano. Uma jóia rara com varias possibilidades de caminhadas naturebas em pleno ABC, onde o Morro do Pedroso desponta apenas como uma delas, um programa curto que pode ser emendado com qq outro na região.
  2. http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/314/314 O MORRO DA SEGUNDA ESTAÇÃO “Segunda Estação” é o nome recorrente pelo qual são conhecidas as atuais ruínas do posto intermediário do extinto teleférico q rasgava o Pque do Pedroso, diagonalmente, de norte a sul. Assim como a Terceira Estação, cujos restos coroam o Morro do Pedroso, esta aqui reina soberana do alto dum modesto morrote com belíssima vista do ABC, apenas 40m menor q seu ilustre vizinho e sem nome algum q a torne digno de menção. Entretanto, este topo é passível de visitação mediante trilha tranqüila e desimpedida, ou vara-mato nervoso pelas encostas ocidentais do parque. Ou então as duas coisas juntas, q foi o q fizemos num breve e sossegado circuito em formato de “U” invertido, em menos de duas horas. Um vapt-vupt natureba ideal pruma manhã qualquer, bem pertinho da Metrópole. “Ahh...filé, filé, filé, filé!”, tocava o celular dum moleque sentado ao meu lado, no vagão duma composição qq da linha turquesa, da CPTM. Havia esquecido o quão penoso era tomar transporte publico durante dia útil, como a maioria dos brasileiros. Não bastasse ter de me espremer na multidão, distribuir cotoveladas apenas pra conseguir entrar no vagão e, tendo a sorte de sentar, ainda era obrigado a aturar a cacofonia daquele maledito funk – de tamanha sutileza e complexidade de letra, diga-se de passagem - tocando feito chaleira no meu ouvido. Mas acredite ou não, o empenho valia a pena. O Pque Municipal do Pedroso despertara lombrigas em mim, tanto q mal pisei por aquelas bandas duas semanas atrás e la tava indo novamente. Inumeros fatores favoreceram meu pronto retorno: facilimo e rápido acesso, diversidade de roteiros curtos alternativos, belas paisagens naturebas e programa ideal pra quem não dispõe do dia inteiro, q era meu caso. Conseguira uma folga matinal em plena quarta-feira e não pensei duas vezes em me pirulitar praquela jóia rara do ABC. Como decidira de ultima hora este bate-volta e dificilmente conseguiria cia em pleno dia de batente, a única q topou me acompanhar foi a Lu q, assim como eu, tb tinha disponibilidade pra empreitada. Finalmente, após muita ralação, as vantagens de ser profissional autônomo estavam sendo reconhecidas. Dessa forma, encontrei a Lu em frente a Estação Sto André da CPTM bem antes das 8hrs e prontamente embarcamos, no Terminal Oeste, numa das varias linhas q tomam rumo o Terminal Vila Luzita. Mal deu pra colocar a fofoca em dia q nos vimos saltando no referido terminal, onde imediatamente embarcamos numa das trocentas linhas q passam pela Estrada do Pedroso, nosso destino final. Eis outro motivo da minha decisão em vir pra estas bandas: os ônibus são rápidos e bem regulares, tanto q as baldeações são quase q imediatas e sem espera alguma, otimizando de fato o dia. Neste quesito parabenizo a prefeitura de Sto André, a diferença da de Paranapiacaba e Mogi das Cruzes, cujo transporte público deixa muito a desejar. Saltamos então em frente da portaria do Pq Pedroso por volta das 8:20hrs daquela manhã de nebulosidade clara, mas q a previsão alertava com pancadas de chuva a partir da tarde. Avancamos pela passarela principal tranquilamente, bordejando o simpático laguinho q separa o parque da rodovia. Ladeamos por baixo a inconfundível Capela Sta Cruz, tb conhecida de Igreja dos Carvoeiros, pois ali se reuniam antigamente os lenhadores e trabalhadores rurais aos domingos e dias festivos. Aqui a via principal se divide em duas, uma de asfalto e outra de terra, sendo q nos mantemos nesta segunda, bem do lado do morro. Indo em frente logo damos numa área mais ampla, de ginástica e playground. Mas eu e a Luzita nos embrenhamos numa via q sai da principal e toca pro norte, passando por uma área coberta de eventos e quadras poliesportivas. Na verdade estamos buscando algum vestígio de picada q suba a morraria dali, mas visivelmente as encostas são íngremes demais. Decididamente o acesso oficial a Segunda Torre não era por ali. Ou se era, nos passou desapercebidos. Resumindo: teríamos de varar mato, e agora a questão era onde teríamos q começar a fazer isso. Retrocedemos então pelo mesmo caminho ate um certo ponto onde julguei as encostas mais suaves, de modo a possibilitar uma ascenção desimpedida morro acima. E este trecho foi encontrado a meio termo entre a Capela Sta Cruz e o setor das quadras. Ali, num barranquinho visível a esquerda com sinais de degraus pisados na terra, diante duma lixeira azul, q decidi começar nossa subida no peito. Nos firmando no mato, fincando bem os pés na terra e alguns tocos, escalaminhamos o tal barranco ate ganhar o primeiro ombro serrano, agora suave e forrado de vegetação baixa. Daqui em diante é so tocar pra cima, não tem erro. Inicialmente parece haver uma picada, mas esta esperança logo se dilui qdo nos vemos no meio do mato, sem caminho algum. Aqui a boa e velha bussola veio a calhar, pois nossa rota sempre deve tocar pra noroeste, sem desvio algum. Na duvida, é so se manter na larga crista, pq é visivelmente perceptível o mato caindo de ambos lados. E la vamos nos, subindo suave e lentamente, sem gde dificuldade, desviando dos matinhos mais espessos. Claro q eu vou na dianteira, abrindo passagem pra incansável e pau-pra-td-obra Lu! Mas a medida q vamos ganhando altitude, não demora pra mato ficar mais denso, principalmente com vegetação tombada ou ressequida q, aos montes, cai da copa das arvores. Voçorocas de capim seco, cipozinhos espinhentos, enormes bromélias pontiagudas, touceiras de bambuzinhos ou simplesmente enormes galhos tombados são os obstáculos dos quais desviamos ou encaramos na raça, abrindo caminho com as mãos e pés, o q resultou em alguns ralados neste q vos fala. Dessa maneira nossa subida transcorreu um bom tempo, porem com ritmo e compasso regular. Em meio as frestas da vegetação tínhamos breves vislumbres da paisagem e do qto havíamos subido, e isso já nos confortava. Alem do mais, no caminho cruzamos com vestígios duma antiga e decrepita cerca, assim como com tocos de madeira ou tabuas fincados na terra por algum motivo. Após um breve trecho mais íngreme percebemos então q não havia mais o q subir, sinal q estavamos no alto. Agora o q deviamos fazer era desviar lentamente pra esquerda, sentido oeste/sudoeste, acompanhando a crista principal. E assim foi, percorremos ora terreno nivelado ora com alguns breves trechos suavemente ondulados, nas mesmas condicções q do inicio, ou seja, desviando sempre do mato obstruindo o caminho. Logicamente q fomos memorizando nossa rota de subida, alem de deixar bem pisada nossa passagem, pois em tese retornaríamos pelo mesmo caminho. Foi ai q, de relance, pude observar algo parecido com uma estrututura de concreto por entre as frestas da mata, bem proximos. “Chegamos! Falta pouco!”, falei pra Lu. Dito e feito. Após rasgar no peito um ultimo trecho de samambaial e desviar dum medonho formigueiro, as 9:30hrs emergimos no descampado q serve de base pras ruínas da Segunda Estação. A estrutura possui dois “andares”, unidos por uma escadinha, onde o setor inferior recebia o teleférico da Primeira Estação, situada as margens do asfalto da Estrada do Pedroso; enqto o “andar” superior enviava a composição pra ultima parada, no cume do Morro do Pedroso, a noroeste. No interior há sinais de fogueira e algumas pixações, embora a sinalização original ainda se mantenha preservada. Fora dela há ainda outra estrutura q parece ter sido algum quiosque e outra q, em formato redondo, visivelmente era um pequeno palco (mas q a Lu insistiu ser “pista de pouso de Ets”), sinal q nos tempos áureos o teleferico era lugar catalizador de cultura. O lugar é amplo, bem mais aberto e com muito mais visual q a Terceira Estação. Sem a interferência de eucaliptos ou qq espécie de arvoredo ao redor, a paisagem é privilegiada por estar situada no miolo do Pq Pedroso: a leste temos a morraria verdejante do Bairro Borda do Campo, o espelho dágua dum dos braços da Represa Billings e um rabicho cinza do Rodoanel Mario Covas (BR-21); ao norte e sul vislumbramos a ondulação da morraria do entorno do parque; e a oeste descortinamos a trinca de picos q separam os tons verdes do parque da acizentada São Bernardo do Campo, o Morro do Pedroso (e a Terceira Estação, mocada no cume), o Morro da Torre e o maciço do Bonilha. Como q premeditado, mal chegamos no topo do morro q o tempo se encobriu de nuvens escuras e mandou agua abaixo. Por pouco o aguaceiro não nos surpreende no meio da mata! Nos refugiamos então nas estruturas da velha Estação, jogamos conversa fora e beliscamos alguma coisa enqto aguardávamos a chuva dar uma trégua, alem de remover os trocentos carrapichos e matinhos q trazíamos grudados no corpo. Emoldurada pela enorme entrada do lugar, era possivel avistar tanto pro leste como oeste uma paisagem predominatemente verdejante, salpicada pelos tons rosados das inconfundíveis quaresmeiras. Pois bem, qdo a chuva deu trégua, coisa de 10 minutos depois, íamos nos preparar pra voltar pelo mesmo caminho, qdo a Lu sugeriu bisbilhotar um rabicho de trilha q tocava pra sudeste, alem do tal palco de concreto. E não é q ali havia mesmo uma, larga, obvia e evidente vereda q tocava pra baixo??? Ambos caímos na risada pq se soubéssemos da dita cuja, certamente teríamos evitado aquele vara-mato da subida. Mas em compensação não teríamos tido a breve aventurinha (com emoção) de navegar e se virar no meio da floresta q cobre o morro, diga-se de passagem. Noutras, realizamos um circuito involuntariamente. Tocamos então pela trilha oficial morro abaixo, mas com cautela pois a mesma tava besuntada de limo esverdeado e lisa feito sabão.E la fomos nos, perdendo altitude rapidamente, ora bordejando o morro ou em curtos ziguezagues, sem dificuldade alguma. Foi qdo começamos a ouvir o som de veículos próximos q percebemos estar quase no final. Numa curva fechada, a picada subitamente vira pra esquerda e desce quase q em linha reta, bem ingreme. Se antes a descida se dava palmilhando um chão de terra, agora a coisa era feita atraves do q sobrara duma estrada asfaltada. Detonada totalmente devido a erosão, da via agora so sobravam mesmo as partes reservadas aos pneus dos veículos q um dia já circularam por ai. Num piscar de olhos aquela precária “estradinha” desembocou numa maior, já ao pé do morro. Proxima duma guarita e uma cancela, esta via maior tem uma corrente obstruindo passagem, sinal q não deve ser permitido adentrar ali. Como estavamos simplesmente saindo, fizemos cara de paisagem e deixamos o lugar, pra surpresa dos guardinhas q nos viram assim, saindo do nada. So daí vimos q esta entrada oficial da trilha pra Segunda Estação tava bem próxima do setor das quadras polisportivas pelo qual havíamos passado no inicio da manha. Resumindo ela esta próxima dos sanitários a oeste, logo depois duma guarita e uma cancela. Basta atentar pruma corrente fechando passagem. É ali. Como o tempo tava novamente fechando, nossa incursão estava concluída e o estômago já começava a reivindicar um saboroso e farto almoço no centro de Sto André, deixamos o parque por volta das 11hrs. Mas prometemos breve retorno pra mais explorações do seu setor sul e sudeste. Afinal, a meio caminho de Paranapiacaba e mto mais próximo q Mogi das Cruzes - porem com quase as mesmas características – o Pq Pedroso sempre será programa perfeito pruma manhã com perrenguinhos diferenciados, curtos e sussas, como o Morro da Segunda Estação. Mas dispondo dum dia inteiro, nada impede de emendar outros programas dos arredores de uma vez só, como esticar até a Terceira Estação, no Morro do Pedroso. Ou até o Morro da Torre, a leste, já na divisa com São Bernardo do Campo. Aí é cada um que decide como ou quanto quer se divertir.
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