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  1. Oi, sou de Manaus. No inicio desse ano, 2019, fui em Roraima, lá conheci lugares maravilhosos que me surpreenderam bastante. Tal lugar não é muito conhecido e não foi cara a viagem! Confere meu roteiro no site: https://aprazzivel.com.br E se surgir alguma dúvida pode entrar em contato no instagram que respondo mais rápido (@aprazzivel)
  2. Fui em Roraima em Março de 2019. E não imaginava quanta beleza iria encontrar. No link abaixo conto tudo sobre preços e os lugares. E garanto que vocês não irão se arrepender! https://aprazzivel.com.br/o-que-fazer-em-roraima/ Se precisarem de alguma informação extra ou se surgir alguma duvida, podem faze-la pelo instagram (@aprazzivel) lá responderemos mais rápido!
  3. Conhecemos 2 cidades de Roraima incríveis. Veja no link abaixo, vocês vão amar!!! https://aprazzivel.com.br/o-que-fazer-em-roraima/ Qualquer duvida, aconselhamos faze-las pelo instagram (@aprazzivel) respondemos mais rápido.
  4. Depois de muito tempo, finalmente surgiu a oportunidade de conhecer a sede do município de Uiramutã, a nordeste de Roraima, o mais setentrional do Estado e do Brasil. Conhecer o Uiramutã é reviver um pouco da história de Roraima e da era da colonização do Brasil, na região norte. O município de Uiramutã surgiu a partir de diversos núcleos formados em função do estabelecimento de garimpos de ouro e diamante na região, que ganharam força a partir da década de 1960. Os mais importantes destes núcleos foram Mutum, Água Fria e o próprio Uiramutã. Atualmente, boa parte do município é reserva indígena. O processo de demarcação e homologação da Terra Indígena Raposa - Serra do Sol foi palco de muitas polêmicas, o que não é minha intenção reavivá-las neste relato. Porém, acredito ser importante informar ao leitor que a área reservada no município já foi objeto de reação violenta e muitas pessoas índias e não-índias já perderam suas vidas nesse conflito. Em todo o Estado de Roraima, manifestações favoráveis e contrárias à demarcação se sucedem, com farta cobertura da imprensa. No calor do debate, algumas informações parecem ser descontextualizadas e números contraditórios proliferam, ficando difícil para o leitor, cidadão ou observador não especializado entender o que é o que. Hoje, acredita-se que com a saída dos fazendeiros, os índios podem ser capazes de retomar sua produção própria de alimentos e seus valores culturais. Uiramutã foi elevado à condição de município em 1995 e está localizado na fronteira com a Venezuela e a Guiana. O município possui belezas naturais exuberantes e quase intactas, o que torna a visita a região uma aventura única e cheia de descobertas. O município está a 840 metros de altitude, por isso boa parte do caminho é íngreme. Veículos altos são a melhor opção. A temperatura média no município é 26ºC. O clima do tipo tropical chuvoso é mais agradável durante a noite. O município inclui em seu território o Monte Caburaí, de 1.456 m de altitude, o ponto mais setentrional do país, e o Monte Roraima, um dos picos mais altos do Brasil, onde fica o ponto da tríplice fronteira Brasil-Guiana-Venezuela. Caracteriza-se pela população de índios das etnias macuxi, ingarikó e wapixana, que constituem a maioria da população da região. É o município com a maior proporção da população indígena no país. Segundo o IBGE (Censo 2010), 88,1% da população de Uiramutã, formada por 8.375 habitantes, se declarou indígena. Trata-se de uma região de paisagens únicas, marcadas pelos rios com corredeiras e grandes quedas d’água, pela paisagem serrana com grandes afloramentos rochosos, campos naturais e savanas. As cachoeiras atraem a maioria dos visitantes. Existem diversas quedas espalhadas pela região, mas as que são abertas aos turistas são a Cachoeira do Urucá e as Corredeiras do Paiuá. Ambas ficam distantes da sede de Uiramutã cerca de 8km e 6km, respectivamente. Além delas tem a Sete Quedas que fica entre as duas citadas e que se caminha por mais ou menos uns 2 km em linha reta. Assim, na companhia de três amigas, Sara, Érica e Eliane e do amigo Henrique (este foi comigo no trekking no Monte Roraima, no carnaval de 2014) partimos para Uiramutã no feriado da Páscoa de 2014, numa viagem que durou quatro dias. Reservamos dois dias para ida e volta e dois dias inteiros pra contemplar as belezas serras da região. Viajamos desde Boa Vista na empresa Uiramutã Transporte que faz linha para lá nos dias de terça, quinta e sábado. Atualmente o valor das passagens custam R$ 120,00 ida e volta, por passageiro. Os ônibus desta empresa sempre voltam para Boa Vista no dia seguinte ao da ida para Uiramutã. Assim, o retorno é sempre nos dias de quartas e sextas-feiras e domingo. A saída é da Rodoviária Internacional de Boa Vista, às 7h da manhã. O motorista pode pegar passageiros nas suas casas a partir das 5h da madrugada. Esse foi o nosso caso. Seu Batista é o proprietário dos veículos e o seu telefone para contato é 9117-6666. Muito simpático, ele nos buscou em seu próprio veiculo e nos levou até o ônibus. De Boa Vista até a sede do município de Uiramutã, são 310 km. Os primeiros 160 km são pela BR 174, sentido norte. Ao chegar à entrada da estrada do Surumú, dobra-se à direita da BR. É uma estrada não asfaltada, mas que está em boas condições de tráfego. Até a vila do Surumú são uns 35 km. Depois do Surumú, mais uns 35 km até o Contão. Após essa comunidade, chega-se a uma localidade conhecida como Placa, vira-se à esquerda que a estrada vai para Uiramutã, num percurso de mais 85 km. Ao todo seriam seis horas de Boa Vista à Uiramutã. Mas, transtornos podem acontecer durante a viagem. É bom estar preparado e não adianta se irritar!! . É preciso calma e paciência. Nossa viagem atrasou cerca de duas horas ou mais. Primeiro, foi logo após seu Batista nos deixar no ônibus, pois quando saímos da rodoviária, fomos encontrar uma van que estava à nossa espera na saída de Boa Vista. Quando chegamos, os passageiros desta van foram transferidos para o nosso ônibus, mas não havia mais vaga para todos eles. Assim, eles retornaram para a van. Mas, ainda ficamos esperando mais passageiros chegar para podermos partir. Quando todos chegaram, finalmente saímos com mais de uma hora e meia de atraso. Mas, cerca de cem quilômetros depois de nossa partida, a van começou a apresentar problemas, parando a cada 500m para os motoristas fazerem os reparos. Quando os homens perceberam que não havia mais jeito, transferiram os passageiros para o nosso ônibus. Com isso, o veiculo foi lotado com muitas pessoas em pé. Um absurdo! Porém, em cada localidade que o ônibus passava passageiros desembarcavam e assim o carro foi esvaziando. Transtornos à parte, o caminho é deslumbrante e maravilhoso. A vastidão de terras pode ser contemplada no decorrer da viagem. O Rio Cotingo, as serras, muitas serras, são de um visual estonteante de fazer brilhar os olhos. Nesse trecho a estrada é mais ou menos plana, mas, com muitas curvas pelas serras. No decorrer do percurso, a estrada vai ficando mais íngreme e a paisagem mais linda ainda. São curvas, serras, subidas e descidas espetaculares! Chegamos na cidade por volta das 16 horas da tarde e fomos direto para a pousada Uiramutã, do Seu Santilho. Entramos em contato com ele, ainda em Boa Vista, uma semana antes para fazer a reserva da área de camping. Após, montarmos as barracas, meus amigos foram passear pela cidade e aproveitar para comprar as passagens de retorno para Boa Vista, pois seu Batista nos orientou a comprar os bilhetes logo chegar, para garantir as vagas. Fiquei no acampamento para tomar banho e logo, em seguida, fui ao encontro deles num barzinho da cidade. Em seguida, Sara, Erica e Eliane foram a um restaurante para jantar e eu e Henrique voltamos para o acampamento para prepararmos nossa refeição, pois levamos fogareiro e alimentos. Em valores atuais, o valor das diárias de cada barraca é de R$ 20,00 e para quem prefere ficar nos quartos, o valor da diária é de R$ 100,00 o cômodo. No dia seguinte, contratamos seu Santilho para nos deixar na cachoeira do Urucá, logo de manhã cedo. Ele nos cobrou R$ 35,00 pela corrida. Valor que foi rateado entre nós cinco. No caminho, seu Santillho fez uma breve parada nas corredeiras do Paiuá 1, que fica na beira da estrada. Muito bonita de águas rasas, claras e calmas que formam um piscinão convidativo para um mergulho. Mas, resolvermos deixar isso para a volta porque queríamos chegar na Urucá primeiro. Chegamos de carro bem perto da cachoeira do Urucá. Seu Santilho nos indicou o caminho e pediu que ligássemos para ele se fosse necessário e, depois, seguimos o percurso a pé, com trilha íngreme e cheia de cascalhos. É preciso ter disposição e uma boa resistência física para essa caminhada, alem de um bom tênis ou bota antiderrapante para evitar as quedas. Mas, meu amigo Henrique não teve problemas com isso, pois fez boa parte da trilha descalço. Ao final, o cansaço do trajeto é recompensado. Urucá é uma cachoeira de 50m de altura muito bonita com água azul esverdeada e gelada que forma uma piscina natural. O lugar é paradisíaco. Mesmo sem chuvas, a queda d'água é forte e requer atenção dos que se aventuram a mergulhar. A piscina não é rasa, para entrar é necessário saber nadar. Mas, é possível subir pelas paredes e sentir a queda d’água no corpo para aqueles que não sabem nadar. Chegamos por cima dela, precisamos descer um bom pedaço para sua base. Quanto mais nos aproximávamos, mais linda ela ficava. Após umas duas horas de contemplação, resolvemos ir para a as corredeiras do Paiuá 1, numa caminhada de 2 km pela estrada. No caminho encontramos uns amigos que estavam descendo a Urucá. Fizeram-nos um convite para visitarmos a comunidade indígena do Prododó, pela tarde. É claro que aceitamos! Assim, combinamos de nos encontrarmos no Paiuá às 14h para irmos para Uiramutã e de lá para a comunidade indígena. Logo após, demos continuidade à nossa caminhada para o Paiuá 1. No caminho, encontramos dois homens em duas motos que nos saudaram e disseram que a cachoeira das sete quedas estava próximo dali. Eles nos apontaram o caminho e resolvemos dar um pulo lá. Porém, depois de muito andar nos perdemos e ficamos na dúvida se deveríamos seguir ou voltar. E também não vimos mais os motoqueiros para nos ajudar. Após quarenta minutos de caminhada, resolvemos voltar para a estrada do Paiuá e no dia seguinte procurar as sete quedas com mais calma. Ao chegarmos às corredeiras do Paiuá, descansamos um pouco e fomos preparar nosso almoço: paçoca de carne seca com farinha (típico de Roraima), macarrão com atum, arroz com carne seca (famoso Maria Isabel). Após o almoço, a turma que encontramos na saída da Urucá chegou. E após, o mergulho, voltamos para Uiramutã. Seu Zé nos levou para sua casa e ofereceu um almoço, mas recusamos porque já tínhamos almoçado no Paiuá. Após o almoço, partimos para a comunidade indígena do Prododó, nas margens das corredeiras do Uialã, que fica na Reserva Raposa Serra do Sol. Antes de adentramos na comunidade, seu Zé nos alertou que talvez os indígenas não nos deixassem entrar e que guardássemos as câmeras fotográficas, pois eles não permitem que tirem fotografias. Mas, a entrada na reserva foi tranqüila. A estrada é boa e seguia sempre paralela ao rio Uailan. Paramos num trecho desse rio para tirarmos umas fotos. Claro, num local longe das vistas dos indígenas! Risos. Chegamos à comunidade do Prododó e fomos muito bem recebidos pelo tuxaua. Ele se mostrou receptivo e permitiu que mergulhássemos no rio e tirássemos fotografias também. É outro lugar muito bonito. O rio é caudaloso com correnteza forte e também é necessário saber nadar para entrar em alguns pontos. Nossa estada nessa comunidade e principalmente durante o mergulho no rio, foi uma atração para a criançada, que nos olhavam curiosos. E como nadavam! Terminamos o dia tomando caxiri com nossos amigos macuxis. Em seguida, voltamos para Uiramutã e agradecemos seu Zé pela oportunidade e pela acolhida. Chegamos às nossas barracas com uma sensação de êxtase. Após, o banho, fizemos uma refeição leve com café, pão e biscoitos. Henrique chegou com uns amigos que fez e foram beber e papear. Eu e Eliane fomos dormir, pois estávamos cansadas. No dia seguinte, Seu Dedel, irmão de uma amiga de Boa Vista, foi nos buscar para nos levar até a cachoeira das sete quedas. Ele estava com pouco tempo, mas, arrumou um pra pelo menos nos levar até a entrada das sete quedas. De lá, seguimos por um percurso de vinte minutos até a parte de cima da referida cachoeira. Precisamos descer um pouco para chegar a sua base. O caminho é muito íngreme com bastante cascalho. É preciso freio nas canelas! . O acesso é um pouco difícil e a beleza do lugar vale qualquer sacrifício. É uma cachoeira alta que forma várias piscinas grandes em cada degrau. Tanto é que não conseguimos visualizar todas as sete quedas. O rio que forma essa cachoeira é o mesmo da cachoeira do Urucá, de água clara e verde. Resolvermos ficar ali por mais tempo. Após o mergulho preparamos nosso almoço e depois decidimos ir para as corredeiras do Paiuá 2. Na volta ao platô da cachoeira, encontramos um grupo que estava na segunda piscina. Logo em seguida, encontramos seu Dedel com a caminhonete lotada de gente. . Segundo ele tinha dezenove pessoas com ele. Como já estávamos indo para a Paiuá 2, combinamos de ele ir nos buscar nessa corredeira às cinco horas da tarde. E assim, seguimos por mais de 1 km pela estrada até as corredeiras do Paiuá 2, que por sinal é muito linda. E parece não ser tão movimentada quanto a Paiuá 1. Talvez por esta ser na beira da estrada, com acesso mais fácil. A Paiuá 2 segue mais em cima, por uma estradinha que não é acessada por carros. Tem que fazer o percurso a pé para chegar até ela. A distância entre elas deve ser em torno de 500 m. Diferentemente da Paiuá 1, as águas da Paiuá 2 são mais quentes nas piscinas da parte de cima dela. A água é transparente e límpida. Porém, uma chuva acabou com nossa alegria! E que chuva! Tivemos que voltar para a Paiuá 1, pois lá tem um taipiri que podia nos abrigar da chuva. Ao chegarmos nela, havia várias pessoas, logo fizemos amizades que nos ofereceram carona para Uiramutã. Quando seu Dedel chegou dispensamos ele, pois sua pick up estava lotada. Ao chegamos no camping, encontramos nossas barracas um pouco molhadas, pois a chuva foi muito forte. Após, enxugarmos as barracas, sentimos o cansaço e as pernas doloridas, mas ao mesmo tempo extasiadas com as belezas que desfrutamos. Deitamos na grama, comemos chocolates e conversamos sobre nossas impressões do lugar. SOBRE O TURISMO EM TERRAS INDÍGENAS Com a demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, a maior parte da área que integra o município ficou sob gestão das comunidades indígenas com acesso restrito. Porém, segundo reclamação dos líderes indígenas, algumas empresas decidem os pacotes turísticos por conta própria, sem qualquer participação das comunidades. Além disso, eles consideram a decisão como justa, uma vez que as belezas naturais dos pacotes que são vendidos estão localizadas nas terras indígenas. Eles destacam, ainda, que as pessoas que se dirigem aos pontos turísticos do Uiramutã, lamentavelmente, degradam o local. Dessa forma, desde o início de abril de 2017, as agências de turismo de Roraima foram proibidas pela Funai de realizar passeios nas cachoeiras que ficam dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no município de Uiramutã, em especial. Para entrar na região, as agências precisam se adequar à Instrução Normativa 3/2015. A Instrução Normativa número 3/2015 foi elaborada a partir de uma demanda das comunidades indígenas, esclarecida no Decreto 7747/2012 da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI). Segundo o decreto, um dos objetivos do uso sustentável de recursos naturais e iniciativas produtivas indígenas é “apoiar iniciativas indígenas sustentáveis de etnoturismo e de ecoturismo, respeitada a decisão da comunidade e a diversidade dos povos indígenas, promovendo-se, quando couber, estudos prévios, diagnósticos de impactos socioambientais e a capacitação das comunidades indígenas para a gestão dessas atividades. Então, galera, a visitação ao Uiramutã para fins turísticos está proibida até que as empresas apresentem um plano de visitação com a participação dos indígenas. Eu, particularmente, apoio a decisão. A visita deve ser guiada. A natureza agradece.
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