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Relato de Viagem — San Andrés, Colômbia

Este será meu primeiro relato de viagem. Confesso que, inicialmente, a ideia era tirar o visto americano, pegar um voo e curtir as praias de Miami e, depois, os parques de Orlando. Mas, por questões de logística das férias, acabamos optando por San Andrés de última hora.

Antes da viagem, assistimos a muitos vídeos, pesquisamos bastante e, ao mesmo tempo que ficávamos animados, bateu uma certa preocupação. Afinal, estaríamos em uma ilha no meio do oceano, no território colombiano, mas mais próxima da Nicarágua e de Miami do que da própria Colômbia. Já começamos com essa curiosidade: abre o mapa aí, San Andrés é muito longe da Colômbia, chega a ser estranho a ilha fazer parte dela.

Mas sem mais enrolação, vamos ao relato!

Contexto

Para vocês entenderem a situação, sou funcionário público e minha esposa trabalha numa empresa a 270 km da capital de São Paulo. Nossa dificuldade sempre foi conciliar férias — tanto que, no ano passado, adiamos a viagem para San Andrés e acabamos indo para Santiago, no Chile (mas isso fica para outro relato).


Dia 1 — 02/07/2024

Minha esposa trabalhou até as 22h do dia 01/07 (um dia antes do voo). Deixamos tudo pronto, ela saiu do serviço, nos arrumamos e pegamos a estrada — 270 km tranquilos de Araraquara a Guarulhos. Já tinha reservado uma vaga no estacionamento Stop, que cobrou R$ 99 do dia 2 ao dia 6, com direito a ida e volta de van para o aeroporto. Para mim, valeu muito a pena, mas acho que das próximas vezes vou de ônibus pra dormir mais durante a viagem (risos).

Saímos de Araraquara às 23h30, e às 4h30 já estávamos no Terminal 3 internacional de Guarulhos. A saída do Brasil foi tranquila, exceto por um detalhe: nossa bagagem foi retirada no raio-x porque minha esposa tinha um protetor solar de 120ml — e o limite permitido é 100ml na bagagem de mão. Fica o aviso para quem vai viajar: essa regra existe por segurança, para evitar líquidos explosivos. Foi um perrengue, tivemos que jogar fora o protetor novo, mas tudo bem.

Depois disso, tudo correu bem. Chegamos com três horas de antecedência, check-in feito online, aguardamos o embarque e seguimos para Bogotá. O voo foi tranquilo, a Latam ofereceu um serviço de bordo ok: refrigerantes, sucos, café, leite, água, bolo, pão com presunto e queijo, frutas e batata chips.

Chegamos em Bogotá para fazer a conexão. Saímos da área internacional porque o voo para San Andrés sai do setor nacional. O aeroporto de Bogotá é gigante, mas muito bem sinalizado, então não tivemos problemas para localizar o portão.

No portão, tivemos outro pequeno perrengue: precisávamos comprar a tarjeta de turista, uma taxa de 116.800 pesos colombianos (cerca de R$ 140,00). Eu já tinha separado uma quantia no aeroporto de Guarulhos para isso, porque em vários relatos falaram que nem todos os lugares na ilha aceitam cartão. Comprei as duas fichas e aí começou um breve problema: precisávamos de uma caneta para preencher as fichas. Com muito custo, conseguimos uma emprestada no aeroporto.

Finalmente embarcamos no voo de aproximadamente duas horas até San Andrés. Confesso que fiquei apreensivo durante toda a viagem, pois em São Paulo estava muito frio, em Bogotá estava ainda mais frio... já estava querendo chorar e pensei: “Pô, justamente agora que ia fazer calor, fica frio assim?”

Desembarcamos em San Andrés às 18h30. Tudo tranquilo, exceto pelo calor infernal que fazia!

Logo que saímos do aeroporto, segunda dica: San Andrés é uma ilha relativamente grande, então escolham bem o hotel para não ficarem longe de tudo. Lembrando que não tem Uber na ilha. Fomos andando do aeroporto até o hotel, cerca de 10 minutos de caminhada.

A melhor parte da ilha é a Playa de Spratt Bight, onde fica o hotel Molino del Viento, que escolhemos. O preço foi muito bom, bem próximo aos principais comércios, e o hotel fica na beira da praia. Nosso quarto não tinha sacada com vista para o mar, mas isso até foi bom porque o barulho da orla à noite é bem alto.

Chegamos já à noite, e mesmo assim o mar nos encantou — as cores vivas e vibrantes formavam uma cena inesquecível.

Planejamos chegar e tomar uma ducha (gelada, pois o hotel não dispõe de água quente — risos), e depois ir ao restaurante La Regatta. Mas estávamos cansados, então fomos ao Café Café, que era mais próximo, já que sabíamos que no La Regatta teria uma fila enorme.

Ainda vale avisar: tentei reservar uma mesa no La Regatta com um mês de antecedência, mas já estava lotado — pensa num lugar concorrido!

No Café Café, tivemos nosso primeiro contato com a tão sonhada limonada de coco. Cara, pensa numa coisa boa! A do Café Café, em especial, achamos a melhor de todas. Tomamos todos os dias e eu até pedi a receita (risos).

Comemos uma pizza e tomamos duas limonadas de coco, gastando cerca de R$ 170,00 — e ainda sobrou metade da pizza para o café da manhã do dia seguinte.

Voltamos para o hotel e fomos direto dormir, pois no dia seguinte, cedo, tínhamos passeio marcado para a Ilha Aquário e para Ilha Johnny Cay.


Dia 2 — 03/07/2024

Acordamos cedo, às 7h, nos arrumamos, colocamos as sapatilhas indispensáveis (por causa dos corais, ouriços e pedras) e fomos para o pier de onde saem os passeios. Demos menos de 10 minutos de caminhada e chegamos com uma hora de antecedência.

Para nossa surpresa, estava acontecendo um culto religioso lá — não sei qual a religião, mas umas duas mulheres pregavam e abençoavam todos os presentes.

Confesso que estava com muito medo desse passeio. Não por causa do barco ou da ilha, mas porque estava vendo o passeio com uma agência que indicaram em alguns vídeos no YouTube, e o preço para casal era R$ 1.650 o dia todo. Inicialmente, não suspeitei de nada, mas ao abrir o site Decolar, onde comprei a passagem aérea e hospedagem, vi que tinha o mesmo passeio por R$ 65! ( alguem ia ganhar 1600 em 1 passeio kkkk)

Então comprei por lá, emiti o voucher, mas fui com medo, pensando: “Só falta chegar lá e não ter nada...”

No fim das contas, embarcamos no barco Morgans e fomos direto para a Ilha de Aquário. O barco balançava um pouco, entrava água em alguns momentos, então uma bolsa impermeável e capas à prova d’água para celular foram essenciais.

Chegamos no Aquário, lugar tranquilo, muito bonito. Os peixes nadam bem próximos, dá para tirar fotos, vídeos e até andar até outra ilha, pois a água não passa da barriga — tudo muito legal, só faltou ter algo para comer lá.

Depois das fotos e descanso, fomos para a tão sonhada Johnny Cay. O mar ficou mais agitado, mas as paisagens melhores, com as famosas sete cores do mar, que mudam conforme o barco avança.

A ilha não tem estrutura luxuosa, mas tudo é funcional. Os pratos são tabelados: 50 mil pesos cada um. Pedimos dois filés de peixe, arroz de coco, duas bananas fritas e salada. Eu estava com tanta fome que achei a comida deliciosa. Nem percebi quando um lagarto gigante se aproximou querendo tirar uma “fina” do meu prato (risos).

Tudo muito legal até aí, todos muito atenciosos, exceto pelo nosso guia, que sumiu com 6 mil pesos de troco e só devolveu no final, quando o encontrei sentado contando dinheiro. Em Johnny Cay não aceitam cartão, então leve dinheiro físico.

Neste passeio, conhecemos uma colombiana super gente boa,que se tornou nossa guia durante todo o dia, ela é moradora de Bogotá e estava em San Andrés pela décima vez.

Foi um dia ótimo, sem grandes perrengues, só a quase perda do troco mesmo.

Às 16h, voltamos para San Andrés, tomamos banho, nos arrumamos e às 18h estávamos na frente do restaurante La Regatta, na fila para entrar.

Às 18h30, abriram o portão. Depois das pessoas com reserva entrarem, esperamos mais 15 minutos e conseguimos uma mesa. Não pegamos um lugar muito bom, mas foi uma experiência legal. A comida foi simples: pedimos uma entrada (bolinho de carne), um macarrão e duas limonadas de coco. Nota 8 para a comida! Gastamos R$ 200,00 e fomos embora felizes e mortos de cansaço (risos).

Dia 04/07/2025 – Dia de dar a volta na ilha de mule (aquele carrinho de golf da Kawasaki)

Acordamos às 8h00 e fomos andando até perto do Café Café, onde vários caras ficam oferecendo aluguel de carrinhos. No começo, pediram uns 200 reais, aí comecei a choramingar (quem nunca, né?) e conseguimos fechar por 150. O cara do aluguel foi gente boa, nos levou até um escritório, passou o cartão, mostrei só a CNH e, em menos de 5 minutos, já estávamos com a nossa “mula” – que é o carrinho de golf. Fiz até um vídeo dando uma volta completa nele antes de sair, pra garantir que não ia ter história depois tipo “olha o arranhão que você fez, hein”. Guarda vídeo, salva vida!

Partimos pra dar a volta na ilha. O trânsito? Tranquilíssimo! O povo da ilha tá acostumado com turistas meio perdidos pilotando esses carrinhos, e a polícia até dava umas voltinhas acompanhando a galera, meio que garantindo que ninguém se perdesse (ou que ninguém batesse de verdade).

Não paramos na Caverna de Morgan, mas fizemos uma parada no Royo Soprador. Lá nos cobraram 30 mil pesos para entrar (tipo uma taxa “soprada” mesmo), e nos obrigaram a consumir uma bebida – o famoso “Coco Loco”. Sério, essa bebida não serve pra nada: é forte demais, parece até que tem uma bomba dentro de tão ruim que é. Não consegui tomar nem um gole sem fazer uma careta. E, pra piorar, o tal do Royo não tava soprando nada! Saímos de lá com 30 mil pesos a menos e zero vento na cara. #Fail

Seguimos a volta pela ilha, e as paisagens? Meu amigo, de tirar o fôlego! Paramos em vários pontos para aproveitar e tirar umas fotos. Por volta do meio-dia, já tínhamos dado a volta completa e voltamos pro Café Café para aquela limonada de coco sagrada e um almoço.

Depois do almoço, caiu uma chuvinha rápida, uns 6 minutinhos, mas nada que atrapalhasse. Aproveitamos e demos outra volta pela ilha, visitando os lugares que mais gostamos. Achamos um resort bacana, estacionamos o carrinho lá e ficamos curtindo a tarde.

Até que, na hora de ir embora... cadê o carrinho? Sumiu! Entramos em modo desespero total. Procurei, perguntei pra todo mundo, e nada do nosso carrinho aparecer. Quando já estava quase entrando em pânico, vejo o carrinho estacionado dentro de um estacionamento pago.

Resumo da ópera: o dono do estacionamento, oportunista nível 1000, puxou nosso carrinho pra dentro do estacionamento dizendo que iam prender ele se ficasse na rua. Aí ele tentou cobrar 10 mil pesos pra liberar o carro! Aí não teve jeito, liguei o “modo Brasil”, entrei no carrinho, dei uns xingamentos básicos e saí acelerando sem nem olhar no retrovisor. Tem que ter sangue frio, né?!

Fora esse mini susto e o Coco Loco assassino, o dia foi tranquilo, de boa, e muito paz. A ilha tem uma população bem simples, e fica claro que eles tentam tirar dinheiro dos turistas a todo custo. Até porque, quando a gente pedia a conta e falava pra não colocar a propina (gorjeta), o atendimento mudava rapidinho – parecia até que tínhamos pedido a conta com sotaque de rico. continua....

Editado por GustavoOliveira222
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6 minutos atrás, GustavoOliveira222 disse:

Relato de Viagem — San Andrés, Colômbia

Este será meu primeiro relato de viagem. Confesso que, inicialmente, a ideia era tirar o visto americano, pegar um voo e curtir as praias de Miami e, depois, os parques de Orlando. Mas, por questões de logística das férias, acabamos optando por San Andrés de última hora.

Antes da viagem, assistimos a muitos vídeos, pesquisamos bastante e, ao mesmo tempo que ficávamos animados, bateu uma certa preocupação. Afinal, estaríamos em uma ilha no meio do oceano, no território colombiano, mas mais próxima da Nicarágua e de Miami do que da própria Colômbia. Já começamos com essa curiosidade: abre o mapa aí, San Andrés é muito longe da Colômbia, chega a ser estranho a ilha fazer parte dela.

Mas sem mais enrolação, vamos ao relato!

Contexto

Para vocês entenderem a situação, sou funcionário público e minha esposa trabalha numa empresa a 270 km da capital de São Paulo. Nossa dificuldade sempre foi conciliar férias — tanto que, no ano passado, adiamos a viagem para San Andrés e acabamos indo para Santiago, no Chile (mas isso fica para outro relato).


Dia 1 — 02/07/2024

Minha esposa trabalhou até as 22h do dia 01/07 (um dia antes do voo). Deixamos tudo pronto, ela saiu do serviço, nos arrumamos e pegamos a estrada — 270 km tranquilos de Araraquara a Guarulhos. Já tinha reservado uma vaga no estacionamento Stop, que cobrou R$ 99 do dia 2 ao dia 6, com direito a ida e volta de van para o aeroporto. Para mim, valeu muito a pena, mas acho que das próximas vezes vou de ônibus pra dormir mais durante a viagem (risos).

Saímos de Araraquara às 23h30, e às 4h30 já estávamos no Terminal 3 internacional de Guarulhos. A saída do Brasil foi tranquila, exceto por um detalhe: nossa bagagem foi retirada no raio-x porque minha esposa tinha um protetor solar de 120ml — e o limite permitido é 100ml na bagagem de mão. Fica o aviso para quem vai viajar: essa regra existe por segurança, para evitar líquidos explosivos. Foi um perrengue, tivemos que jogar fora o protetor novo, mas tudo bem.

Depois disso, tudo correu bem. Chegamos com três horas de antecedência, check-in feito online, aguardamos o embarque e seguimos para Bogotá. O voo foi tranquilo, a Latam ofereceu um serviço de bordo ok: refrigerantes, sucos, café, leite, água, bolo, pão com presunto e queijo, frutas e batata chips.

Chegamos em Bogotá para fazer a conexão. Saímos da área internacional porque o voo para San Andrés sai do setor nacional. O aeroporto de Bogotá é gigante, mas muito bem sinalizado, então não tivemos problemas para localizar o portão.

No portão, tivemos outro pequeno perrengue: precisávamos comprar a tarjeta de turista, uma taxa de 116.800 pesos colombianos (cerca de R$ 140,00). Eu já tinha separado uma quantia no aeroporto de Guarulhos para isso, porque em vários relatos falaram que nem todos os lugares na ilha aceitam cartão. Comprei as duas fichas e aí começou um breve problema: precisávamos de uma caneta para preencher as fichas. Com muito custo, conseguimos uma emprestada no aeroporto.

Finalmente embarcamos no voo de aproximadamente duas horas até San Andrés. Confesso que fiquei apreensivo durante toda a viagem, pois em São Paulo estava muito frio, em Bogotá estava ainda mais frio... já estava querendo chorar e pensei: “Pô, justamente agora que ia fazer calor, fica frio assim?”

Desembarcamos em San Andrés às 18h30. Tudo tranquilo, exceto pelo calor infernal que fazia!

Logo que saímos do aeroporto, segunda dica: San Andrés é uma ilha relativamente grande, então escolham bem o hotel para não ficarem longe de tudo. Lembrando que não tem Uber na ilha. Fomos andando do aeroporto até o hotel, cerca de 10 minutos de caminhada.

A melhor parte da ilha é a Playa de Spratt Bight, onde fica o hotel Molino del Viento, que escolhemos. O preço foi muito bom, bem próximo aos principais comércios, e o hotel fica na beira da praia. Nosso quarto não tinha sacada com vista para o mar, mas isso até foi bom porque o barulho da orla à noite é bem alto.

Chegamos já à noite, e mesmo assim o mar nos encantou — as cores vivas e vibrantes formavam uma cena inesquecível.

Planejamos chegar e tomar uma ducha (gelada, pois o hotel não dispõe de água quente — risos), e depois ir ao restaurante La Regatta. Mas estávamos cansados, então fomos ao Café Café, que era mais próximo, já que sabíamos que no La Regatta teria uma fila enorme.

Ainda vale avisar: tentei reservar uma mesa no La Regatta com um mês de antecedência, mas já estava lotado — pensa num lugar concorrido!

No Café Café, tivemos nosso primeiro contato com a tão sonhada limonada de coco. Cara, pensa numa coisa boa! A do Café Café, em especial, achamos a melhor de todas. Tomamos todos os dias e eu até pedi a receita (risos).

Comemos uma pizza e tomamos duas limonadas de coco, gastando cerca de R$ 170,00 — e ainda sobrou metade da pizza para o café da manhã do dia seguinte.

Voltamos para o hotel e fomos direto dormir, pois no dia seguinte, cedo, tínhamos passeio marcado para o Aquário de Johnny Cay.


Dia 2 — 03/07/2024

Acordamos cedo, às 7h, nos arrumamos, colocamos as sapatilhas indispensáveis (por causa dos corais, ouriços e pedras) e fomos para o pier de onde saem os passeios. Demos menos de 10 minutos de caminhada e chegamos com uma hora de antecedência.

Para nossa surpresa, estava acontecendo um culto religioso lá — não sei qual a religião, mas umas duas mulheres pregavam e abençoavam todos os presentes.

Confesso que estava com muito medo desse passeio. Não por causa do barco ou da ilha, mas porque fechei o passeio com uma agência que indicaram em alguns vídeos no YouTube, e o preço para casal era R$ 1.650 o dia todo. Inicialmente, não suspeitei de nada, mas ao abrir o site Decolar, onde comprei a passagem aérea e hospedagem, vi que tinha o mesmo passeio por R$ 65!

Então comprei por lá, emiti o voucher, mas fui com medo, pensando: “Só falta chegar lá e não ter nada...”

No fim das contas, embarcamos no barco Morgans e fomos direto para a Ilha de Aquário. O barco balançava um pouco, entrava água em alguns momentos, então uma bolsa impermeável e capas à prova d’água para celular foram essenciais.

Chegamos no Aquário, lugar tranquilo, muito bonito. Os peixes nadam bem próximos, dá para tirar fotos, vídeos e até andar até outra ilha, pois a água não passa da barriga — tudo muito legal, só faltou ter algo para comer lá.

Depois das fotos e descanso, fomos para a tão sonhada Johnny Cay. O mar ficou mais agitado, mas as paisagens melhores, com as famosas sete cores do mar, que mudam conforme o barco avança.

A ilha não tem estrutura luxuosa, mas tudo é funcional. Os pratos são tabelados: 50 mil pesos cada um. Pedimos dois filés de peixe, arroz de coco, duas bananas fritas e salada. Eu estava com tanta fome que achei a comida deliciosa. Nem percebi quando um lagarto gigante se aproximou querendo tirar uma “fina” do meu prato (risos).

Tudo muito legal até aí, todos muito atenciosos, exceto pelo nosso guia, que sumiu com 6 mil pesos de troco e só devolveu no final, quando o encontrei sentado contando dinheiro. Em Johnny Cay não aceitam cartão, então leve dinheiro físico.

Neste passeio, conhecemos uma colombiana super gente boa, nossa guia durante todo o dia, que mora em Bogotá e estava em San Andrés pela décima vez.

Foi um dia ótimo, sem grandes perrengues, só a quase perda do troco mesmo.

Às 16h, voltamos para San Andrés, tomamos banho, nos arrumamos e às 18h estávamos na frente do restaurante La Regatta, na fila para entrar.

Às 18h30, abriram o portão. Depois das pessoas com reserva entrarem, esperamos mais 15 minutos e conseguimos uma mesa. Não pegamos um lugar muito bom, mas foi uma experiência legal. A comida foi simples: pedimos uma entrada (bolinho de carne), um macarrão e duas limonadas de coco. Nota 8 para a comida! Gastamos R$ 200,00 e fomos embora felizes e mortos de cansaço (risos).

Dia 04/07/2025 – Dia de dar a volta na ilha de mule (aquele carrinho de golf da Kawasaki)

Acordamos às 8h00 e fomos andando até perto do Café Café, onde vários caras ficam oferecendo aluguel de carrinhos. No começo, pediram uns 200 reais, aí comecei a choramingar (quem nunca, né?) e conseguimos fechar por 150. O cara do aluguel foi gente boa, nos levou até um escritório, passou o cartão, mostrei só a CNH e, em menos de 5 minutos, já estávamos com a nossa “mula” – que é o carrinho de golf. Fiz até um vídeo dando uma volta completa nele antes de sair, pra garantir que não ia ter história depois tipo “olha o arranhão que você fez, hein”. Guarda vídeo, salva vida!

Partimos pra dar a volta na ilha. O trânsito? Tranquilíssimo! O povo da ilha tá acostumado com turistas meio perdidos pilotando esses carrinhos, e a polícia até dava umas voltinhas acompanhando a galera, meio que garantindo que ninguém se perdesse (ou que ninguém batesse de verdade).

Não paramos na Caverna de Morgan, mas fizemos uma parada no Royo Soprador. Lá nos cobraram 30 mil pesos para entrar (tipo uma taxa “soprada” mesmo), e nos obrigaram a consumir uma bebida – o famoso “Coco Loco”. Sério, essa bebida não serve pra nada: é forte demais, parece até que tem uma bomba dentro de tão ruim que é. Não consegui tomar nem um gole sem fazer uma careta. E, pra piorar, o tal do Royo não tava soprando nada! Saímos de lá com 30 mil pesos a menos e zero vento na cara. #Fail

Seguimos a volta pela ilha, e as paisagens? Meu amigo, de tirar o fôlego! Paramos em vários pontos para aproveitar e tirar umas fotos. Por volta do meio-dia, já tínhamos dado a volta completa e voltamos pro Café Café para aquela limonada de coco sagrada e um almoço.

Depois do almoço, caiu uma chuvinha rápida, uns 6 minutinhos, mas nada que atrapalhasse. Aproveitamos e demos outra volta pela ilha, visitando os lugares que mais gostamos. Achamos um resort bacana, estacionamos o carrinho lá e ficamos curtindo a tarde.

Até que, na hora de ir embora... cadê o carrinho? Sumiu! Entramos em modo desespero total. Procurei, perguntei pra todo mundo, e nada do nosso carrinho aparecer. Quando já estava quase entrando em pânico, vejo o carrinho estacionado dentro de um estacionamento pago.

Resumo da ópera: o dono do estacionamento, oportunista nível 1000, puxou nosso carrinho pra dentro do estacionamento dizendo que iam prender ele se ficasse na rua. Aí ele tentou cobrar 10 mil pesos pra liberar o carro! Aí não teve jeito, liguei o “modo Brasil”, entrei no carrinho, dei uns xingamentos básicos e saí acelerando sem nem olhar no retrovisor. Tem que ter sangue frio, né?!

Fora esse mini susto e o Coco Loco assassino, o dia foi tranquilo, de boa, e muito paz. A ilha tem uma população bem simples, e fica claro que eles tentam tirar dinheiro dos turistas a todo custo. Até porque, quando a gente pedia a conta e falava pra não colocar a propina (gorjeta), o atendimento mudava rapidinho – parecia até que tínhamos pedido a conta com sotaque de rico. continua....

Bom, o dia terminou tranquilo. Naquele momento, já estávamos começando a entender melhor os valores em San Andrés — e aqui vai a dica de ouro: San Andrés cabe em todos os bolsos. Dá pra comer bem gastando R$ 40 numa refeição, mas também dá pra estourar R$ 400 num prato, fácil fácil. Tudo depende do seu estilo de viagem e do quanto seu bolso aguenta.

No nosso caso, como eu e minha esposa tínhamos poucos dias de férias e não queríamos perder tempo procurando lugar pra comer, nos demos o luxo (ou a loucura) de gastar cerca de R$ 300 por refeição. Mas olha, com um pouco de paciência e disposição pra andar, dava pra comer de boa gastando bem menos.

Outra coisa: tudo na ilha é na base da pechincha! É tipo mercado de pulgas com vista pro Caribe. Quase nada tem preço fixo, especialmente nas barracas de rua. Os vendedores basicamente olham pra sua cara e soltam um valor aleatório. Se você tiver cara de turista perdido, já sabe... vai pagar até o vento que passar por ali. 😂

A regra é clara: se não pechinchar, paga o dobro! Então já vai treinando aquela cara de “tô só olhando” e manda ver na negociação!

Dia 05/07/2025 – O Grande Final (e o cansaço também)

Nosso último dia na ilha chegou. Confesso: já estávamos no bagaço. Exaustos, moídos, já tínhamos explorado San Andrés de cabo a rabo, de chinelo gasto e sorriso no rosto. A vontade de sair do hotel era quase zero, mas ainda havia uma missão a cumprir: visitar o famoso centro comercial.

San Andrés é uma zona livre de impostos, o que na teoria significa perfumes importados baratinhos, eletrônicos em conta e aquele brilho nos olhos de quem acha que vai voltar com um iPhone novo e um Chanel no bolso. Spoiler: não é bem assim.

A real é que a gente nem foi pra ilha pensando em compras. Até porque, alguns meses antes, já tínhamos passado pela tríplice fronteira (Paraguai, Argentina e Brasil), onde gastamos alguns “lulicoins” com emoção. Mas, né... já que estávamos ali, fomos conferir.

Andamos pelo centro, compramos alguns souvenirs (os clássicos “lembrancinha de San Andrés”), pegamos umas moedinhas pra coleção, e, claro, compramos umas bebidas diferentonas pra experimentar depois — porque viajar também é isso: provar coisa estranha e torcer pra gostar.

O resto do dia foi dedicado ao ócio de qualidade: praia de Spratt Bight, aquela água azul hipnotizante, sombra, mar e preguiça. Depois, voltamos pro hotel e nos organizamos porque o voo era cedinho: 5h da manhã. Isso mesmo. Saimos do apê andando no escuro, com as malas e cara de quem ainda não sabia se tava voltando pra casa ou fugindo da ilha.

Detalhe importante: tudo muito tranquilo. Em todos os dias e lugares por onde andamos, nunca sentimos nenhum tipo de insegurança. A ilha é, de verdade, muito segura. Um paraíso caribenho que entrega paz, cor e alegria.

Agora, vamos ser sinceros: vi algumas pessoas reclamando de mau cheiro em certos pontos da ilha — e sim, em alguns lugares o nariz sofre um pouco, cheiro de lixo, esgoto, aquela mistura clássica de lugar turístico com fluxo intenso de gente. Mas olha... se você já sobreviveu a Ubatuba no Réveillon ou ao centro de Guarujá em pleno verão, San Andrés vai parecer um spa aromático.

Ah, e a previsão do tempo na ilha? Esquece. Não existe. Todo dia dizia que ia chover e... nada. Sol rachando, céu azul. O clima lá parece tirar sarro da meteorologia. Então vai sem neura: leve protetor solar, uma capa de chuva só pra desencargo, e fé no sol caribenho.

San Andrés vale muito a pena. Mesmo com as surpresas, os cheiros, e a “lotação”, é um lugar que entrega mais do que promete. Um pedacinho do paraíso onde dá pra descansar, rir, gastar (ou não), e guardar boas histórias pra contar.

A Volta e Considerações Finais – Porque tudo que é bom, um dia acaba (com atraso, claro)

A volta foi tranquila... quer dizer, tirando um atraso de 2 horas no voo Bogotá–San Andrés. Nada absurdo, mas também nada que a gente estivesse preparado pra enfrentar. Fica a lição: sempre viaje com uma margem de segurança no tempo, porque atrasos aéreos são mais frequentes que fila no pão francês.

Considerações sobre San Andrés

Comida:
Nota 10 com louvor! A variedade gastronômica da ilha surpreende: tem de tudo! Desde pratos caribenhos com frutos do mar fresquíssimos, até culinária peruana e italiana. A gente esperava peixe e arroz... mas saiu com ceviche, lasanha e mais um tanto de coisa boa.

Infraestrutura:
Achei bem legal, simples e funcional. Um detalhe importante: a maioria dos hotéis não tem água quente. Mas como o clima é bem tropical, isso acaba não sendo um problema (só um choque no primeiro banho 😂).

Água:
Todos os dias tomamos a água Manantial, que é envasada pela Coca-Cola. Nunca tivemos nenhum problema. Recomendo usar essa mesma água pra escovar os dentes e — muito importante — evite tomar a água do banho sem querer. A última coisa que você quer é uma desinteria no paraíso, né? Imagina correndo pra um banheiro no meio do Caribe... não dá.

Dinheiro:
Levamos o cartão Wise, que funcionou super bem. Conseguimos sacar sem dificuldade no banco Davivienda, que fica pertinho do Café Café (ótimo ponto de referência, aliás). Simples, prático e seguro.


E a pergunta final: você voltaria a San Andrés?

Sem a menor dúvida. Voltaria fácil, talvez até com a família toda a tiracolo. O lugar é surreal, daqueles que a gente quer que o tempo pare. Tem cor, tem energia boa, tem cara de férias perfeitas.


Pra finalizar: queria deixar aqui meu muito obrigado a todo mundo que leu até o fim. Já perdi as contas de quantas vezes li relatos aqui mesmo neste site, sonhando com uma viagem assim — e olha só, um dia ela aconteceu. Se você também sonha, acredite: dá certo.

Fiquem à vontade pra mandar perguntas! Vou ter o maior prazer em responder uma por uma. Dúvidas, sugestões, críticas — tudo é bem-vindo. A gente aprende junto.

Forte abraço... e até o próximo relato! ✈️🌴

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