Membros Este é um post popular. marinacgmb Postado Agosto 18 Membros Este é um post popular. Postado Agosto 18 Boa tarde, pessoal! Estou voltando do Peru e apesar de não participar muito por aqui, sempre leio as dicas do fórum, então queria contribuir de alguma forma com algumas coisas que podem ajudar outras pessoas. Não vou falar muito de roteiro, queria mais contar algumas coisas práticas que demorei a descobrir, ou que só descobri lá mesmo e foram muito úteis. Dinheiro: Praticamente só usei Wise. O cartão passou na maioria das vezes, mas tem algumas máquinas que parece que não reconhecem. Algumas precisei inserir o cartão, em uma ocasião não passou Wise mas passou o cartão do banco, e umas 2 ou 3 vezes não passou nenhum e paguei com dinheiro. Para sacar, a dica é procurar o cajero MultiRed, que é o ATM do Banco de la Nación, o principal banco peruano, que é o único, até onde sei, que não cobra taxa. Os outros tem taxas absurdas, tipo 30 soles por cada saque. Passagem aérea: Fui de SP pra Lima com a Sky e fiz dois trechos internos, um com a JetSmart e outro com a Latam. Estava com medo das low cost por ter visto muita gente reclamando no trip advisor. Mas pelo menos na minha experiência foi bem tranquilo. Tudo estava dentro dos limites de tamanho no nosso caso, mas eu vi umas mochilas bem grandes que aparentemente estavam sendo aceitas como item pessoal. Nos trechos internacionais, tinha muita fila pra despachar a bagagem no balcão da Sky. Aliás, uma dica bem importante, as filas no aeroporto de Lima (segurança e imigração) estavam gigantes. A gente realmente ficou com medo de perder o voo de volta pra SP, sendo que chegamos 3h antes e não enrolamos nada. Comida: Não tem nem o que dizer, simplesmente maravilhosa, e ainda por cima saudável. Incrivelmente pra mim a truta normalmente era o item mais barato! Clima: Pegamos um clima de frio à noite e que chegava a ser calor de dia, pois era um sol bem forte. Recomendo protetor solar e chapéu! Comprei um lá bem estilo gringa e fiquei bem feliz. Se reparar, vai ver que tem muita gente local de chapéu, e que a estética não é a prioridade! Rsrs. Quanto à altitude, nos adaptamos bem, pois fomos primeiro para Arequipa (2mil e poucos metros) antes de ir para as cidades mais altas. Então nos aclimatamos aos poucos. Mas a dica é não pegar pesado no início, ir com calma pra não passar mal. E se hidratar muito. Ano passado, fomos para a Bolívia nesse período e de todas as questões climáticas a que mais me afetou foi a falta de umidade. Então dessa vez eu fui preparada. Fiquei muito feliz de ter levado o Bepantol Derma e o Maxidrate, para secura nasal. Recomendo demais e acho que essa pequena precaução pode evitar transtornos, pois na Bolívia meu nariz sangrou muito e minha boca ficou tão seca que dificultava dormir. Passeios contratados: Eu costumo viajar de forma bem independente, e normalmente evito qualquer tour organizado, mas dessa vez devido ao tempo achamos melhor contratar alguns tours. Aqui eu vou indicar os que fizemos, o que eu faria diferente e se daria pra fazer por conta própria. Vale/Cânion do Colca: A gente queria sair de Arequipa, dormir um dia no vale e depois seguir pra Puno. Pesquisamos demais. Os tours de 1 dia nós descartamos pois tinha que sair às 3h da manhã. Avaliamos seguir por conta própria mas não senti segurança e fiquei com medo de perder o horário e depois não conseguirmos ir pra Puno. Então fechamos com a empresa Giardino o tour de 2 dias e 1 noite. A gente fechou o hotel por conta própria achando que valeria mais a pena financeiramente mas depois percebi que poderíamos ter simplesmente pego o hotel mais barato incluído no tour padrão deles, que era bem bonitinho (fomos lá no almoço). O tour em si foi ótimo. Guia muito bom, boas paradas, boa comida. Tudo muito bem organizado. Quanto a ir por conta própria, percebemos que teríamos aproveitado bem menos, pois seria um simples transporte até Chivay, sem paradas, e também não sei se existem empresas que você contrata em Chivay pra ir até o mirador e ver os condores. Chivay - Puno: Contratamos esse trecho pela empresa Nativa Express, pois tinha boas recomendações e fazia o trecho com um ônibus, e não uma van. Custou 50 dólares e foi uma viagem bem próxima de um simples transporte. Apesar de ter 3 paradas, são curtas, só para banheiro e esticar a perna. Achei que foi bem tranquila. Recomendo ter algo à mão que possa ser colocado no encosto da poltrona (um casaco ou algo assim), pois apesar de ser bem cuidada e até de couro, tinha uma ergonomia bem estranha! Puno - Uros e Taquile: Esse foi o dia que menos planejamos. Vimos muito pouca informação sobre ir por conta própria conhecer essas ilhas, sempre de pessoas que tinham ido ficar uma noite na ilha Taquile, o que não faríamos. Falava que a saída era às 7h30 e volta da ilha Taquile às 14h, que precisaríamos esperar o barco encher e que tinha uma parada obrigatória nas Uros, de 1h. No fim, decidimos contratar um passeio no hotel pois já estava tarde e achamos que podia não dar tempo de fazer por conta própria nessa janela O passeio foi bem naquele estilo de turismo de massa. Chegamos no porto e tinha inúmeros barcos esperando turistas pra fazer a mesma coisa que a gente (alguns só até Uros). Ficamos com a impressão de que os barqueiros são meio que independentes e que são subcontratados das agências, e que todo mundo faz exatamente a mesma coisa, pois todos faziam tudo no mesmo horário. Ou seja, todos os turistas que querem visitar as ilhas vão exatamente na mesma hora ao invés de espalhar ao longo do dia. Achei muito mal pensado isso. A impressão que tive é que se a gente fosse de forma independente o passeio seria igualzinho, mas que poderia ser difícil achar lugar no barco. Só vimos um casal fazendo de forma independente, e isso porque eles dormiram nas ilhas Uros. Nas ilhas Uros, é aquela coisa super turística que já imaginávamos, com muita venda de artesanatos e um certo constrangimento, pois cada grupo vai em uma pequena ilha (são centenas) e só tem uma família por ilha. O guia que peguei ainda era meio desrespeitoso, falando no celular o tempo todo. Apesar disso, não dá pra negar que é algo único e fiquei feliz de ter ido, mesmo sabendo que já não é algo tão autêntico. Vi comentários online falando que era tudo uma farsa, que ninguém morava lá e etc. Mas acho que não é bem por aí, tanto que tem escolas e até uma igreja evangélica. Mas acho que realmente tem ilhas pequenas que não são habitadas e que as famílias vão apenas para receber os turistas. Talvez eles morem em ilhas maiores, não sei. Quando chegamos nas ilhas Taquile, estava tendo uma festa local e decidimos que não íamos querer participar do almoço que era parte do passeio. Preferimos ficar vendo a festa, o que foi uma ótima decisão, pois todos os turistas sumiram por 1h e ficamos lá vendo a festa local, cheia de danças e claramente algo de grande importância pra ilha. Puno - Cusco: Reservamos esse trecho 2 meses antes, com a empresa Inka Express. Custou 50 dólares. É uma viagem turística, que dura umas 10h, pois para umas 4 vezes. Algumas paradas são para visitar locais com entrada paga. Pra ver tudo, é preciso gastar 53 soles. Mas recomendo muito, foi uma surpresa muito positiva. Inclusive tem uma parada numa igreja a qual o guia se referiu como "capela sistina das américas" e eu não estava esperando grandes coisas, mas é realmente incrível, com uma mistura de arquiteturas, e super antiga. A poltrona era a mesma do outro ônibus que pegamos, então talvez seja um padrão peruano! Colocando um casaco nas costas melhorou muito. Passeios independentes: Catedral de Cusco: se você for na missa, não precisa pagar entrada, que é caríssima, 40 soles. Não esqueça de comprar o boleto turístico para os sítios arqueológicos. Fomos em diversos sítios arqueológicos por conta própria e inclusive sem guia, do que me orgulho bastante! rs. Claro que se você não curte ficar pesquisando muito, recomendo contratar guia, caso contrário você não vai entender nada. Os sítios não tem quase placa nenhuma e quando tem é só com um nome inca, sem explicação. Mas se você gosta de pesquisar e tem paciência, dá pra economizar muito dessa forma. Queria deixar aqui, pra ajudar quem for como eu, algum sites e fontes que foram excelentes pra mim: Sacsayhuaman: Esse sítio é acessível a pé a partir do centro de cusco. https://www.ticketmachupicchu.com/fortress-sacsayhuaman/ Pisac: Fomos e voltamos de van, pegando na Calle Puputi, acessível do centro histórico. 6 soles por pessoa o trecho. Cerca de 1h de viagem. https://www.nickkembel.com/pisac-ruins/ Esse guia é bem legal. Ele tomou o cuidado de indicar as mudanças de caminho ao longo dos anos, mas pra mim teria bastado a indicação do post original dele. Observe que ele fez um percurso que não segue a direção mais comumente utilizada, então você pode optar por seguir o caminho mais intuitivo e indicado pelas setas do parque. Não esqueça de tirar foto do mapa na entrada, que parece ser sempre atualizado. https://misapuntesvadillo.blogspot.com/p/feliz-navidad-2010.html?m=1 Esse post traz muitas informações que o guia do Nick não indica. Importante: o caminho até a Intihuatana não é moleza! Do ponto de vista técnico pode até ser fácil, mas é muito cansativo, ainda mais considerando a altitude. No meio do caminho, tem um túnel curto, mas muito estreito. É bem pitoresco, mas pra algumas pessoas pode ser complicado de atravessar ou até impossível. (Coloquei uma foto que tirei pra dar uma ideia) Ollantaytambo: Fomos de van, pegando na Calle Pavitos, acessível do centro histórico. Acho que foi 10 soles por pessoa. Cerca de 1h30 de viagem. Se for diretamente pra Ollantaytambo, prefira essa van pois parece que o caminho é menor (via Chinchero). Acredito que seja o sítio arqueológico do Valle sagrado mais fácil de visitar. Seguimos outro guia do Nick, que tinha informações básicas, não tão aprofundadas. Mas deu uma ótima noção de orientação sobre os caminhos e permitiu um passeio muito agradável. https://www.nickkembel.com/ollantaytambo-ruins/ Machu Picchu: Primeira coisa, compre seu ingresso com muita antecedência. Eu comprei 2 meses antes e mesmo assim não achei ingresso para o circuito que eu queria. Explico um pouco sobre os circuitos (válido em julho de 2025, mas pode mudar): O 2 é o mais balanceado deles. Permite uma vista de um ponto alto da cidade, bem como percorre os pontos mais tradicionais. Esse é o que eu queria, mas não achei. Porém, observando melhor o mapa, acredito que esse circuito não entra no Templo do sol nem no setor do Rei, apenas vê de fora. Então penso que é algo bem relevante que deve ser considerado. O circuito 3 é um percurso pela cidade, mas que vai apenas na parte de baixo. Permite entrar no templo do sol e setor do Rei, mas não passa pela praça dos 3 templos e nem pela Intihuatana (se bem que hoje ninguém pode entrar na pirâmide da Intihuatana, pelo que entendi). Para ver a rocha sagrada/pedra réplica, oficialmente é preciso ter um ticket que vá para algum dos percursos extras (ex: montanha Huayna Picchu). Mas quando pedi, me deixaram ver! Porém não é garantido. O circuito 1 é apenas panorâmico e não entra na cidade! Ele oferece alguns percursos extras (Puente Inka e montanha Machu Picchu, por exemplo), e permite ver muito bem, de cima, a cidade. O que eu fiz: como eu queria muito entrar na cidade e o circuito 2 estava esgotado, peguei o 3. Porém, percebi que ele não permitia uma vista bem do alto, o que impediria de fazer a tal "foto clássica". Com medo de me arrepender, comprei também o circuito 1 com puente inka, só pra tirar a foto. Mas chegando lá percebi que essa compra dupla foi muito propícia! O circuito 1 permite vistas maravilhosas, e como eu tinha estudado muito, fui identificando os setores do alto, inclusive os que eu não visitaria no circuito 3, então me ajudou a ter uma noção do todo da cidade. O acréscimo da puente inka foi super legal, uma caminhada nos caminhos incas, em meio à natureza, e bem tranquilo do ponto de vista do esforço físico. A ponte em si é bem simples visualmente, mas é legal pensar no contexto dela. Já o circuito 3, realmente não permite ver bem a parte superior da cidade. Se eu não tivesse visto do alto, não entenderia alguns pontos importantes. Mas em relação à "foto clássica" confesso que não achei tanta diferença. O ângulo pode até mudar um pouco, mas dá pra tirar uma linda foto, digna de porta retrato, com a cidade ao fundo e a pessoa super bem enquadrada em primeiro plano. Outra coisa legal foi que a gente ficou muito tempo em Machu Picchu por ter 2 circuitos, o que foi uma experiência bem mágica e excedeu as minhas expectativas. Outra dica importante: chegue na fila do ônibus cedo! Estava gigante e chegamos depois da hora do ingresso no parque mesmo chegando na fila 1h antes. Dá pra comprar pela internet, e não esgota. Os links que usei: https://pt.scribd.com/document/588400391/Guia-de-Machu-Picchu-ANTONIO-ZAPATA-VELASCO Esse guia é maravilhoso. É um livro já antigo, mas que fala dos mesmo pontos que vemos hoje em dia. A diferença é que agora os circuitos estão todos divididos, então não é tão simples se localizar. O ideal é usar dois mapas - um do circuito escolhido e outro do parque todo - e ir procurando os locais no guia. Dê uma olhada nesse site: https://andyroscoe.com/peru/composite/MachuPicchu.html Na Wikipédia de Machu Picchu também tem algumas coisas que ajudam. Alguns pontos importantes que me recordo: a Casa do Guardião, o Templo do Sol, o Setor do Rei/Casa do Imperador, o Setor das Três Portadas, a Rocha sagrada/Pedra Réplica,o Acllahuasi, o Templo do Condor, a Praça dos Três Templos, a Intihuatana, o caos granítico e os andenes. Leia antes sobre eles que isso vai ajudar muito! Também adorei ler sobre o imperador Pachacutec e a construção de Machu Picchu. Saber essas coisas deixa a visita muito mais rica. Maras, Moray e Chinchero: Após conhecer Machu Picchu, pegamos o trem de volta a Ollantaytambo, onde chegamos umas 11h. Para voltar a Cusco, passamos por esses três sitios bem legais. Maras: https://pt.wikipedia.org/wiki/Salinas_de_Maras#:~:text=As salinas de Maras são,na encosta da montanha Qaqawiñay. Moray: https://www.peru.travel/pt/masperu/descubra-moray-um-antigo-centro-de-pesquisa-agricola Chinchero: https://www.ingressomachupicchu.com/chinchero-guia-viagem/ Chinchero é uma cidade que possui um sítio arqueológico bem interessante, pois tem os restos de um palácio inca, numa praça que é usada normalmente pela população, e junto dessas ruínas foi construída uma igreja no século xiv. Essa igreja é belíssima por dentro, mas está em mau estado de conservação. É isso! Espero que essas informações sejam úteis! 6 2 Citar
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