Ir para conteúdo

Viagem ao Deserto do Atacama 09/2011


Posts Recomendados

  • Membros de Honra

Fala galera, blz ?

 

Bom, sem o menor medo de errar, segue o link do MELHOR relato de viagem de moto ao Deserto do Atacama, falo sem a menor sombra de dúvidas:

 

http://americaem2rodas.wordpress.com/category/atacama-2011/relato_fernanda/page/3/

 

Segue um trecho:

 

"A poucos metros fica a aduana argentina, fomos lá pra legalizar a nossa saída. De “clientes”, só nós. A burocracia foi rápida, vesti todos os meus casacos, preparei-me pra passar a fronteira e a região que tinha muito gelo e sido alvo de muito trabalho conjunto de chilenos e argentinos pra tornarem a estrada transitável.

 

É, eu estava um tanto agoniada com o que se aproximava…

 

Saimos da aduana argentina, a fronteira estava perto. CHILE! Aí me bateu a noção do feito: estava no Chile, tinha ido até ali de moto. Estava na Cordilheira dos Andes. Vendo aquela imensidão tremenda, aquela beleza, os cumes nevados, o frio, um céu como nem o de Brasília se atreve a ser tão, tão sei-lá-o-que.

 

Logo começamos a ver os montes de gelo, espalhados aqui e ali dos lados da estrada. O frio aumentava com o cair do sol, o vento continuava presente, muito forte. O gps mostrava que a subida continuava e cada vez mais aparecia gelo, agora em ambos os lados da estrada, sobre o acostamento, MUUUUITO gelo. Não era uma faixa contínua de gelo, havia trechos sem ele, mas era uma presença muito forte, as imagens que eu tinha visto de quando estava tudo tomado pela neve me vieram à cabeça. Como que os caras conseguiram remover tudo aquilo pra tornar a estrada transitável? Durante muitas semanas ela só estava liberada em uma faixa e havia horários pra tráfego: no início da manhã seguia um comboio de caminhões no sentido argentino, todo mundo seguindo a máquina que limpava a estrada, à tarde invertiam o sentido. E por ali passam muitos caminhões, muitos mesmo.

 

Assustei-me também com a quantidade de guard-rails destruídos, retorcidos, o que mostrava que há muitos acidentes.

 

São 160 km da fronteira até San Pedro, mais de 100 acima dos 4000 metros. A região mais alta, o vale de las Pacanas, fica a quase 5000 metros. Segundo o que li, o maior problema com gelo na estrada era por ali, a uns 50 km da fronteira. O gelo estava dos dois lados da estrada, até dava pra encostar a mão nas paredes sem sair da moto – se alguém fosse maluco de tirar uma mão do guidon, agarrado com força pra manter a moto no caminho – esqueceu do vento? Pra aumentar a agonia eu não conseguia passar dos 100 km/h. Eu achava que a limitação nessa velocidade era por causa da ventania, depois soube que era por causa da altitude, nem carro consegue passar disso. Pra nossa “sorte”, pouco antes de passar esse trecho, o sol sumiu.

 

Eu estava à frente da galera, andava o mais rápido que podia e não parava pra fotografar. Tinha muito cuidado ao pegar locais com asfalto molhado ou com água acumulada do gelo derretido. Logo alcancei dois caminhões que estavam rápidos; nas curvas eles esbarravam as laterais nas paredes de gelo e este se despedaçava na estrada, o que me mantinha afastada deles. Até que surgiu uma reta mais comprida e pude ultrapassá-los.

 

Eu estava muito bem agasalhada, só sentia o frio me incomodar nas mãos. Se pudesse tirar as mãos do guidon e alterná-las junto ao motor, daria pra quebrar o galho… Aaahhh, mas depois que ficou escuro, o bicho pegou. As mãos ficaram realmente geladas, começaram a doer. Por causa do escuro e com receio de dar de cara com gelo na pista, diminuí a velocidade. Ficava de olho no retrovisor, pra ver se os caminhões ou alguém de moto me alcançava. Comecei a ficar muito agoniada, queria andar pra chegar logo mas também queria parar pra encostar as mãos no motor. Caceta, que encrenca! Eu também estava muito p da vida comigo mesma, na viagem em junho também tivera muito frio nas mãos, comprei um par de “luvas” pra botar no guidon, mas não trouxe pra esta viagem. Lembrei que as luvas do Fernando Lamas mantinham as mãos dele mais quentinhas que as minhas, me arrependi de não ter perguntado qual era o modelo delas… Foram uns 50 km nessa agonia, pior, confesso que começou a bater um desespero. E ninguém aparecia atrás de mim, estava incomodada por que não via mais os coleguinhas mas não tinha coragem de parar pra esperá-los, muito menos voltar pra encontrá-los.

 

Aí vi uma pickup da polícia (Carabineros), lanternas acesas, parada à esquerda da estrada. Não sei por que isso me trouxe alguma tranquilidade, e comecei a sentir menos frio… Começou uma descida, muitas placas também indicavam saídas de emergência para quem perdesse freio. Com a descida, o frio foi diminuindo, assim como o vento, agora já era possível encostar as mãos no motor. Descendo, descendo, descendo… Vi luzes lá embaixo, tipo de cidade, bem pequena. San Pedro! Foram uns 20 ou 30 minutos de descida, até aparecerem as placas indicando que estava chegando em San Pedro. Uma das placas indicava a aduana, à direita. E agora, esperava a galera no trevo ou ia pra aduana? Resolvi ir pra ela.

 

Agora já não sentia frio. Parei na aduana, tinha um ônibus e outros carros. O lugar é bem tosquinho, rua de terra, as construções em adobe. A iluminação da rua era fraquinha… A calçada em frente à aduana estava cheia de gente, logo achei o fim da fila e fiquei por ali. Não passaram 10 minutos e Emilson, Lu, Tommasi e Kátia também chegaram. B&B demoraram um pouco – eles pararam pra tirar fotos enquanto estava claro.

 

Ficamos mais de uma hora até resolver tudo – a demora era por causa do tanto de gente que chegara antes. Demos entrada na imigração num guichê e, em outro demos entrada nas motos. As nossas malas foram “vistoriadas” – por um funcionário que é brasileiro – coincidência. Ele queria saber se trazíamos algum alimento in natura. Bastou abrir uma tampa da mala e ele se deu por satisfeito.

 

Tudo resolvido, fomos pro hotel, pelas ruas empoeiradas da cidade. O hotel escolhido é grande, só com piso térreo, mas espalhado pelo terreno. O Tommasi e a Kátia ficaram num quarto no prédio da recepção e pra mim , B&B um quarto num prédio bem afastado, looooonge… Aí dei uma chorada e nos colocaram num outro mais perto, o mesmo do Emilson e Lu. Logo apelidamos o prédio da recepção como casa grande e o nosso de senzala… Wi-fi e salão de jantar/café da manhã só na casa grande.

 

Esse hotel tem um funcionário brasileiro como “gerente” da parte de comidas. O cara, logo ao chegarmos, perguntou se jantaríamos, por que a cozinha fecha às 10 da noite e já era quase isso. A não ser o Brizio, todo mundo resolveu jantar, então nem trocamos de roupa ou tomamos banho, já jantamos logo, comida muito boa.

 

Depois do jantar, arrumamos as bagagens, tomamos banho e todo mundo dormiu…"

 

Daqui a pouco posto umas fotos.

 

Grande abraço,

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros de Honra

img_5266.jpg?w=800

 

Ah, essas curvas......

 

img_8849.jpg?w=800

 

Salinas Grandes.... só quem atravessa a cordilheira por terra, conhece..... heheheheeheheheheheheheh

 

img_5040.jpg?w=800

 

Pôr do Sol no Pacífico...... Uhuuuuuu!!!

 

img_4818.jpg?w=800

 

Salar de Tara

 

img_4682.jpg?w=800

 

Mirante Valle de La Luna

 

img_4709.jpg?w=800

 

dscn1131.jpg?w=800

 

 

img_4860.jpg?w=800

 

img_1183.jpg?w=800

 

Será que nevou ?

 

img_7428.jpg?w=800

 

Gente acha que já está bom de foto, não ??? heheheheheheheheehehehh

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros de Honra
Fala, Chinaf !!! Você é do M@D?

 

Sou o cara da FZ6 aí nas fotos, junto com a Fernanda !

 

A viagem ao Atacama, realmente, é coisa de louco.

 

Abraço!

 

::otemo::

 

Fala Brizzo, blz ?

 

Cara, eu fui do M@D, hoje não participo mais de fóruns de motos.

 

Eu lembro dos seus postos no tópico do M@D-DF, puxa que viagem a de vcs não ? Realmente as fotos falam por si só, FANTÁSTICO!

 

Enfim, depois se vc tiver vontade, cola o relato aqui também, pode ter certeza vai ajudar muuuuuuuita gente, só não vai ter muito feed back.... hehehehehehehehehehe

 

Grande abraço,

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Membros
só não vai ter muito feed back....

 

Mas estamos de oooooooooooolho hehehe

 

 

Beleza, LiCo.

 

Chinaf, eu também não participo mais não. Prefiro viajar por aí .. ::otemo::

 

Quanto a colar o relato, a gente colocou tudo no blog. Acho que se colar aqui fica grande demais. A não ser em trechos como você fez.

 

De qualquer forma, tá tudo aqui: http://americaem2rodas.wordpress.com/

 

É isso aí!!!

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • 2 meses depois...
  • 3 meses depois...

Participe da conversa

Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.

Visitante
Responder

×   Você colou conteúdo com formatação.   Remover formatação

  Apenas 75 emojis são permitidos.

×   Seu link foi automaticamente incorporado.   Mostrar como link

×   Seu conteúdo anterior foi restaurado.   Limpar o editor

×   Não é possível colar imagens diretamente. Carregar ou inserir imagens do URL.

×
×
  • Criar Novo...