Argentina, Chile, Bolívia e Peru - 31 dias - Setembro 2011 (EM CONSTRUÇÃO)

[LEO_THC]

[align=justify]CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

A trip foi do caralho! Se você quiser parar de ler e dar como entendido a mensagem pode confiar em mim, mas caso queira saber mais, ver mais, da um saque nesse roteiro que ora arranco da minha mente. O mochileiros.com como sempre contribuindo diretamente nas trips da moçada, e na minha não foi diferente. Seis meses sem sair de cima! Troca de ideais, leituras, pesquisas, mais leitura, mais perguntas e saiu o roteiro.

 

Originalmente o plano era sair de Salvador no dia 31 de agosto de 2011 direto para Mendoza, só que as passagens subiram absurdamente de uma hora pra outra deixando inviável a chegada por lá. Portanto comprar o quanto antes sempre é bom vindo. Em princípio compraria minhas passagens no decolar.com que estava custando R$ 1350 ida e volta, mas devido a alta dos preços preferi buscar uma daquelas pessoas que negociam milhagens. Esperava os tradicionais R$ 900 ida e volta, mas por conta de uma mudança na política de pontos da TAM que passaria a cobrar 15.000 pontos num trecho pra América do Sul acabei pagando R$ 1250 em cada trecho, Salvador/Santiago e Cusco/Salvador.

 

Respondendo a pergunta que a maioria do viajante busca de forma direta que é quanto eu gastei no roteiro de 31 dias, 4 países e 16 cidades, vai aí:

 

ROTEIRO: Santiago, Mendoza, Salta, Cafayate, Purmamarca, Humaruaca, Tilcara, San Pedro de Atacama, Uyuni, Potosí, Sucre, La Paz, Copacabana, Cuzco, Machu Picchu Pueblo. Passando pelo "cream de la cream" das atrações na américa do sul como a Ruta 7 nevado, Alta Montanha também com bem neve, Noroeste da Argentina, trecho pouco explorado e descrito no fórum, Atacama, Salar de Uyuni, Downhill em Coroico, Lago Titicaca via Bolívia, Vale Sagrado e Machu Picchu.

 

 

Total: R$ 5.680,00

 

Passagem Aérea: R$ 1250,00

Livre em dólares: US 2000,00 (Comprei na época a R$ 1,69, saiu R$ 3380,00)

Cartão de crédito: US 538,00 (Paguei R$ 1,95 por dólar gasto por conta da crise que me pegou lá no meio da trip, saindo mais R$ 1.050).

 

Obs.: Pelos meus cálculos poderia ter feito a mesma viagem gastando uns R$ 4.200,00 com passagem, mas preferi ficar em hostels melhores e comer em restaurantes melhores por garantia já que estava com minha esposa, a Milena Brasil, que nunca tinha enfrentado tal “jornada”. O valor gasto com cartão foi justamente as extravagancias, você pode sacar esse valor e ainda sim terá uma viagem muito boa.

 

START

 

Saí de Salvador dia 30 de agosto de 2011 no voo a São Paulo de 19h40 e lá fiquei em Guarulhos, de 22h40 até 08h20 do dia seguinte quanto peguei o avião pra Santiago. Infelizmente essa é uma crítica aos aeroportos do Brasil. Guarulhos certamente é o mais importante do país, mas com uma estrutura péssima, desconfortável, extremamente caro e com funcionários pouco cordiais, ou de repente é aquele problema particular com nordestinos. O fato é que fora comprar uma revista e ler até de manhã, nada de importante você vai poder fazer por lá. Internet cara, lojas fracas, alimentação ruim e cara. Mas deixemos esses detalhes comuns em todos os aeroportos do país...

 

 

SANTIAGO

 

Água 500 ml – CL 1.000

Café com leite médio – CL 760

Ligação para o Brasil – CL 300 (min)

Almoço – 2500

Metrô CL 600

Passagem para Mendoza – CL 13.500

 

A tempos quando tinha comentado com LeoRj sobre a possibilidade de ir a santiago recebi o convite para pousar em seus aposentos e de cara aceitei, Leo é um dos usuários mais úteis do mochileiros.com e um grande amigo, que juntamente com sua senhora Isabela Salino, também usuária do fórum nos acolheu muito bem em seu maravilhoso “AP” em providência, um luxo!

 

Santiago no inverno é algo acolhedor demais, é verdade que já pegamos o fim do inverno, mas o clima estava diferente, as arvores, o tempo, as pessoas, nada lembrava a Santiago de fotos que eu vi pouco tempo depois de estar lá pela segunda vez, no fatídico terremoto que rolou por lá. Depois de ir nos buscar no aeroporto, LeoRj e Isabela nos levaram para o melhor restaurante pra mochileiros das redondezas, um chinês que saiu a CL 2.500 cada prato, com fartura de frango e carne, mais um refrigerante de um litro.

 

 

Passamos na Tur Bus pra comprar as passagens para Mendoza, no primeiro bus do dia seguinte. Pagamos CL 13.500 cada passagem, com serviço de almoço e lanche, em ônibus semi-leito. Como Milena precisava de um toalha, demos uma passadinha também na Tatoo que pelo fim do inverno estava com preços tentadores e equipamentos de primeira.

 

Depois da Tatoo nos despedimos de LeoRj e Isabela, pois não cometeríamos tamanha crueldade de fazer eles circularem novamente pelo centro de Santiago. Fiz porque me encanta, mais ainda no inverno. Contudo só tinamos aquela tarde e não daria pra ver muito, visite o museu lá da casa de La Moneda, bastante lúdico e interessante e voltamos pra descansar.

 

 

Após uma noite tranquila e de renovação, acordamos bem cedo e tomamos um café reforçado preparado pelo casal na noite anterior, deixamos um bilhete e seguimos ainda de madrugada ainda pelas ruas de Providência pra tomar o metrô para o Terminal de Buses. Muita gente já de pé prestes a começar o seu dia de trabalho e nós ainda tínhamos 30 dias de trip pela frente! O terminal de ônibus que saímos foi o Alameda.

 

Devo dizer que a TurBus é uma das melhores companhias rodoviárias da América do Sul, tem um bom serviço, bons ônibus e preço compatível. Partimos as 9h do dia 01 de setembro numa travessia que valeu a pena, a Ruta 7, pelo Paso Nido de Condores foi uma das pistas mais lindas que vi até hoje. Neve por todo lado, no dia anterior estava bloqueada para que os tratores sacassem mais neve da pista que se torna muito perigosa. Deu pra avistar um pedaço do Aconcágua, estações de esquie e uma infinidade de coisas, pois o motorista ora falava ao microfone por onde passaríamos.

 

 

 

Chegando no posto de imigração Chile/Argentina começamos a presenciar algo curioso e absurdo. No nosso ônibus tinha um grupo formado por três mulheres e um homem, que inicialmente não pareciam estar juntos, mas no decorrer dos acontecidos chegamos a conclusão que algo muito estranho acontecia. Levei uma filmadora e ao chegar em Nido de Condores, descemos para carimbar os passaportes formando a habitual fila, comecei a gravar aos redores e esse grupo em especial ficou impaciente e logo fui advertido por uma das mulheres.

 

Não é permitido filmar aqui!

 

Como não vi nenhuma informação fiquei meio encucado mas desliguei assim mesmo. Após carimbar os passaporte o procedimento é levar as bagagens de mão para uma outra esteira onde os policiais aduaneiros checariam superficialmente uma por uma. Esperei Milena terminar a sua migração e seguimos em direção a esteira quando fomos surpreendidos pelo motorista que meio desconfiado e nervosos nos pede pra que sigamos direto para o bus. Fiquei em dúvida e com medo de ser advertido pelos policiais, mas a coisa me parecia tão improvável que pensei que se o motorista estava pedindo pra subir estávamos liberados. Ainda ressabiados e olhando pra trás fomos em direção ao bus e ele pede mais uma vez que sigamos.

O ônibus já estava parado do lado de fora e não resistimos em brincar com a neve, coisa que algumas outras pessoas do bus estava fazendo enquanto o motorista não tirava todos os passageiros da imigração.

 

O primeiro episódio da saga “jack ass” enfiar a mão na neve sem luva e ficar brincando. Isso me custou um bom susto porque minha mão simplesmente congelou!!! Nunca senti sensação pior. Após constatada a merda fui com Milena rapidamente para dentro do busão e depois de enrolar toda coloquei-a entre a virilha, por sugestão de Milena que tinha visto a dica de uma médica de montanha. Depois de uns 2 minutos sem resposta, a mão começou a latejar e a doer forte, como um tentáculo de uma caravela do mar, quem já foi pego sabe. Vinte minutos depois já estava pronto pra outra e ouvindo insulto de Milena.

 

Continuando o “causo” esquisito do ônibus... depois que subiram todos no ônibus, seguimos viagem, e o então motorista trocou o volante com o outro funcionário que trabalhava como uma espécie de comissário de bordo. Este até então motorista veio ao fundo do ônibus, onde eu e Milena estávamos sentado, na ante penúltima cadeira do lado esquerdo, e ficou conversando com um grupo de argentinos lá atrás, eram 3 mulheres e um cara com o cabelo a la Neimar.

 

Falavam baixo, rindo sempre e aquilo levantou suspeitas do ônibus que começou a se entreolhar, pelo fato de um funcionário que deveria manter uma postura, estava tão íntimo. Como num passe de mágica tudo mudou pra eles, o ônibus foi parado pela polícia argentina. Um alvoroço muito grande começou a consumir aquele grupinho do fundo e os presentes cada vez mais curiosos. O motorista vai até o fundo e pede ao “Neimar” pra descer com eles. Muitas perguntas são feitas ao carinha, os policiais pedem a ele que tire a bagagem do maleiro, tudo é feito sem grandes alvoroços por parte da polícia, nem do “Neimar”, tão pouco do “motorista” que acompanha tudo de perto e demonstrando nervosismo.

 

Enquanto isso as mulheres acima debatem acirradamente um tópico que não consigo entender pela rapidez que fala. Um policial sobe no bus e vai até onde o cara estava, olha, revista e sai. O policial despede-se do motorista com um aperto de mão e o ônibus segue caminho sem o “Neimar”. Dez minutos depois o ônibus para e o “Neimar” sobre no bus, voltando pro seu lugar como se nada tivesse acontecido. Já está perto da rodoviária de Mendoza e eles ainda confabulam algo que não ficamos sabendo, e nem saberemos. Uma senhora perguntou na cara dura ao “motorista” o que tinha ocorrido e ele apenas brincou com um gesto tapando a boca. Mistério...[/align]

 

CONTINUA