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De volta à Alemanha. Depois da nossa ótima experiência em Hamburgo nada mais justo do que cumprirmos nosso roteiro inicial. Chegamos em Berlim de ônibus num sábado à tarde. A viagem foi mais longa do que imaginávamos, estávamos com fome, mas muita fome! Fomos direto para uma região de restaurantes. Em Berlim a moda agora são os restaurantes indianos e tailandeses, mas é claro que provamos um prato local. Escolhemos um restaurante de comida típica alemã na Rua Oranerburguer. Uma delícia!



http://www.212dias.blogspot.com

 

É impossível falar de Berlim sem falar do muro que dividiu a cidade (e o mundo) por quase trinta anos, de 1961 a 1989. Hoje, o pouco que sobrou dele se tornou uma galeria com pinturas e grafites de artistas do mundo inteiro. Os desenhos falam de paz mundial, respeito e igualdade entre os povos relembram esse período da história alemã. A East Side Gallery que fica do lado oriental do muro é a mais interessante.

Durante as quase três décadas de Guerra Fria, pelo menos 80 pessoas morreram e 100 mil foram presas durante a tentativa de pular o muro de Berlim do lado oriental (controlado pela URSS) para o ocidental (lado dos Estados Unidos). Famílias inteiras foram divididas após a construção dessa barreira física que foi derrubada a marteladas por milhares de pessoas no fim da década de 80.

Nós caminhamos pela parte que sobrou do muro (1,3 km) , observamos os trabalhos e seguimos de bicicleta em direção ao observatório da cidade , que é uma antena de TV enorme, de 203 metros de altura. É muito interessante, mas nós não subimos porque o dia estava meio cinza. Depois de alguns minutos chegamos numa grande praça onde fica a catedral da cidade e um complexo de vários museus.

 

Escolhemos o Pergamon, um dos principais museus de arqueologia do mundo. O impressionante Portal de Ishtar da Babilônia, de cerca de seis mil anos, foi remontado como um quebra-cabeça pelos arqueólogos alemães que o encontraram no começo do século passado, numa região onde hoje é o Iraque. O estado de conservação da parte que sobrou da cidade é excelente e muito bonita!

O nome do museu é Pergamon por causa da cidade que hoje pertence à Turquia, mas já pertenceu aos romanos. O altar do principal templo da cidade milenar foi trazido (peça por peça) para Berlim. O trabalho minucioso dos arqueólogos remonta o tamanho original da varanda do templo e da sala onde animais e homens eram sacrificados para os deuses. Outra obra-prima levada ao Pergamon é o Portal do Mercado de Mileto, é muito bonito e suntuoso. O setor de arte Islâmica é bem grande e tem obras de valor incalculável. Foi emocionante! Nós passamos quase cinco horas dentro do museu e nem sentimos o tempo passar...impressionante! Nesse dia fomos jantar com uma amiga alemã que nos falou bastante sobre a cultura local. Foi uma noite ótima!

 

A Alemanha parece fazer esforço para contar os erros cometidos por seus governantes no passado. A história do nazismo fica evidente e até escancarada para quem quiser saber. Principalmente em Berlim. Dezenas de museus e monumentos narram e preservam as histórias de terror do período nazista. Tivemos a sensação da preocupação da atual geração para que os erros do passado não sejam repetidos.

Conhecemos o Memorial do Holocausto que ocupa um quarteirão inteiro no centro da cidade. São aproximadamente 2.700 lápides simbólicas de concreto cinza, de vários tamanhos.

 

Elas lembram os judeus mortos durante o nazismo. No subsolo do memorial, há um museu gratuito onde estão expostas as histórias de muitas vítimas e de como eram suas vidas antes, durante e após a ascensão nazista. Seguimos de bike para o famoso Portal de Brandemburgo, que é um belo monumento, onde o povo alemão comemorou e ainda comemora suas conquistas políticas e esportivas.

 

É impressionante a facilidade para alugar uma bicicleta em Berlim. A estrutura para os ciclistas é muito boa. Quase todas as ruas têm ciclovias. O trânsito da cidade é intenso, mas com um pouco de atenção dá para pedalar numa boa sem problemas.

 

Com as bikes alugadas, seguimos para o Berliner Zoo. Famoso mundialmente, o zoológico de Berlim possui a mais completa coleção de espécies no mundo! São mais de 15 mil animais. Eles ficam muito próximos às pessoas, nós pudemos interagir e conhecê-los.

O tempo ajudou, nós passamos o dia no zoo. Aliás, nossa semana em Berlim foi excelente, muito ensolarada! Nós nem usamos mais nosso guarda-chuva!

 

Um lugar muito visitado e que sempre está cheio em Berlim é o cruzamento que representou a fronteira entre a Berlim oriental e ocidental, o Checkpoint Charlie. Russos e americanos mantinham nesse ponto a única passagem oficial de um lado para o outro. Claro que o processo não era fácil. Havia uma grande burocracia que hoje é simbólica. De lá, além das fotos, os turistas podem levar como lembrança o passaporte original carimbado por um oficial, é claro que se trata de um homem fantasiado de militar americano. O posto de fiscalização que restou tornou-se meramente turístico. No local, há um museu que conta a história da Guerra Fria e da disputa entre as grandes potências mundiais da época. É um ponto muito interessante da cidade.

 

Berlim é cheia de surpresas. A cultura de rua é muito forte entre os jovens. Andando nós encontramos gente de todo tipo e estilos.

 

Dedicamos mais um dia inteiro ao Jewish Museum, famosa atração turística da cidade. É um museu enorme e extremamente moderno, bem interativo e didático. A história da religião e dos judeus alemães é contada desde os primórdios, incluindo costumes e tradições, até a ascensão nazista. Como estrangeiros, o museu nos pareceu uma maneira da Alemanha se retratar e homenagear os judeus. Observamos várias excursões escolares, com crianças e adolescentes aprendendo sobre a história do país e a religião judaica.

Fazer turismo e conhecer Berlim foi fascinante para nós. É uma cidade muito cultural, referência em moda e design. Possui grande estrutura para o turismo e oferece opções para todas as idades. Foi um de nossos melhores momentos da viagem, um destino que gostamos muito e nos identificamos demais!

 

BERLIM - ALEMANHA

Hospedagem: (50 euros/dia - quarto duplo) - muito bom - Hostel Meiniger

Transporte: a pé, bike e metrô - excelente

Culinária (10 euros por prato em média): muito bom

Hospitalidade do povo local: muiot bom

Pontos Turísticos: excelente

Preços: medianos

Clima Local (média 19 graus): maio/12

Fuso Horário: 05 horas a mais em relação ao Brasil

Distância Percorrida desde o último destino: 435 km

Distância Percorrida desde o ponto de Partida (Lisboa): 5.238 km

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