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Intercâmbio em Londres + Paris, Bruges, Bruxelas, Amsterdam, Praga, Cracóvia, Budapeste e Roma


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Último dia em Amsterdam

 

E o último dia em Amsterdam chegou. Depois da noite anterior ter sido frustrada, era o dia de embarcamos para mais uma cidade!

 

Mas como o nosso trem sairia somente às 19h tinhamos um dia todo ainda para aproveitar as últimas horas em Amsterdam.

Aproveitamos as primeiras horas da manhã para arrumarmos as nossas malas e colocar tudo de volta dentro dela. Eu não sei se isso acontece também com vocês, mas depois que você desarruma a sua mala, você nunca consegue colocar as coisas da mesma forma. Eu não sei o que acontece...ou a mala diminui de tamanho (o que é pouco provável...rs) ou a gente fica com tanta preguiça de arrumar a bendita que acaba socando tudo lá dentro de qualquer jeito (fico com essa opção...).

 

Acho que de todas as experiências de CouchSurffing que tivemos, o nosso host em Amsterdam foi o menos “amigável”...Parece que ele estava nos recebendo por obrigação, meio sem vontade...Não sei se foi o fato dele ter mudado os planos e só nos hospedar no sábado ou se no dia que a gente foi embora ele disse que precisaríamos sair às 15 porque ele tinha um compromisso...Bom, o plano era sair de casa pelo menos umas 17:30 já que o nosso trem só sairia às 19h. Mesmo a estação sendo relativamente perto da casa dele (15 min de busu), nós não queríamos arricas, até porquê, Murphy andava de mãos dadas com a gente...rsrs.

 

Como tínhamos menos tempo do que imaginávamos, resolvemos dar um último passeio pela cidade.

 

Passeio de Bike

 

Pensou em Amsterdam pensou em bicicleta. Uma cidade que tem pelo menos uns 400km de ciclovia não poderia deixar de ter a bicicleta como um dos meios de transporte mais utilizados.

 

Desde o primeiro dia eu tinha observado as pessoas pedalando nas ruas...Mulheres, homens, crianças, fazendo um trajeto curto ou indo trabalhar. Cheguei a ver mulheres de terninho e scarpan indo para o trabalho (achei o máximo...rs).

Como era o nosso último dia, resolvemos dar uma de “local” e andar de bicicleta pelas diversas ciclovias.

 

Nosso host nos deu o endereço de uma loja que alugava bicicletas (que agora esqueci o nome, mas tenho guardo nos meus papeis...volto aqui depois para postar) e partimos pra lá que era uma coisa mais certa. Fomos andando e achamos a tal loja.

Para alugar a bike é bem simples. Você precisa levar um cartão de identificação e o seu cartão de crédito. Ele faz o seu cadastro ali na hora, anota os dados do cartão, você efetua o pagamento (10 euros por 4 horas) e voulá...Você tem uma bike pra você desfrutar toda a cidade. O dono da loja nos deu a bike de acordo com as nossas alturas, ou seja, você não precisa se preocupar em abaixar ou levantar o banco, ele já faz isso pra você.

 

Depois das devidas orientações de segurança, como funcionavam as travas e tal era a nossa vez de pedalar.

 

VondelPark

 

Estávamos relativamente perto do maior parque de Amsterdam, o VondelPark. E como já estávamos com as nossas bikes, fomos pedalando até lá seguindo as orientações do dono da loja.

 

Não teve mistério, pegamos uma reta e fomos felizes.

 

Pedalar em Amsterdam é muito fácil e muito gostoso. Você anda na ciclovia, não tem carros competindo com você, te empurrando para a calçada...Você precisa sim, respeitar os sinais de trânsito para bikes. Semáforos cujas luzes em verde ou vermelho aparecem no formato de bicicletas estão sempre disponibilizados em cruzamento com alguma rua ou avenida. Não pense você que vai dar uma de ciclista do calçadão de copacana, onde ninguém sabe o que é mão e contra-mão...Não, não...Você vai ter que respeitar sim o fluxo que está sendo seguido e não adianta dar o jeitinho carioca de andar na contra-mão.

 

A chegada no parque foi bem fácil. E o parque? Ahhhh, é lindo...Quando eu vi um lago enorme na minha frente eu pensei: “Esse parque é mais bonito que o Hyde Park em Londres”. E como era...Pessoas andando de bicicleta, levando o cachorro pra passear, brincando com crianças e etc...Um lugar lindo, leve e super família.

 

Só uma dica: Não deixe para alugar a sua bike no parque, até porque nem tem esse tipo de serviço lá. Eu acho que estão perdendo dinheiro, porque às vezes a pessoa só quer dar uma volta dentro do parque mesmo e ir embora, principalmente os turistas...Alguém aí se arrisca nesse nicho de mercado?

 

Pedalamos, paramos para tirar algumas fotos, brincamos com o cachorro alheio, mas tivemos que voltar para devolver as bikes. Nem de longe tinha dado as 4 horas, mas tínhamos que estar na casa do nosso host cedo, devido ao compromisso dele (aff..rs).

 

É lógico que ficamos meio perdidas nas ruas cheias de consoantes de Amsterdam e pelo fato também do mapa estar na minha mão (gente, vou fazer um curso de leitura de mapas...rs), mas acabamos conseguindo voltar pra casa.

 

Mas e os Moinhos de Vento?

 

Você deve estar pensando: “Elas vão embora de Amsterdam sem ter visto um moinho de vento?” Claro que não né? Ok, ok não era uma coisa que podia dizer: “Nossa, que moinho”, mas era um moinho.

 

Enquanto voltávamos pra casa para pegarmos nossas malas vimos que tinha um moinho (bem perto da casa do nosso host) “dando sopa” e pedindo pra gente tirar uma foto! Nesse dia eu tinha saído de casa sem bolsa, sem nada...Somente com o meu VTM , Identificação e dinheiro no bolso do casaco...E não tinha levado os meus óculos escuros. Quando paramos para bater a foto, nossos olhos não conseguiam ficar abertos, porque o sol estava bem na nossa direção. Não tinha como mudar de posição...Era o sol no olho com moinho ao fundo ou a sombra sem moinho...Preferi a primeira opção e fiquei aqueles 15 segundos mais torturantes da minha vida...O olho lacrimejando, a testa enrrugando...Tudo por um moinho!!!!

 

Depois da sessão moinho, voltamos pra casa, nos despedimos do nosso host (ele me pareceu vagamente aliviado..rsrs) e seguimos rumo ao ponto de ônibus. E lá íamos nós mais uma vez com todas as malas em direção à estação de trem de Amsterdam.

 

Como ainda estava muito cedo e não tínhamos comido nada, resolvemos entrar num restaurante pra comer alguma coisa e matar um pouco o tempo.

 

Achamos um restaurante italiano perto da estação de trem. Estava super vazio, nenhuma alma viva, mas resolvemos arriscar assim mesmo.

 

Fomos super bem recebidas pelo garçom (talvez porque éramos as únicas clientes? Rs) e quando ele perguntou de onde éramos e falamos Brasil...pronto...atendimento VIP..rs. Ele conversou conosco, disse que era da Itália e que tinha muita vontade de vir ao Brasil...Eu tô falando pra vocês, os Europeus são doidos por isso aqui!

 

Pedimos uma porção de Calamari (lulas empanadas) que estavam deliciosas e depois pedimos o prato principal. Pedi uma lasanha com massa verde e a Paula foi de Spaghetti à Carbonara. Acertamos em cheio. Minha lasanha veio super, quente e se manteve quente até o último pedaço. E pela cara de satisfação que a Paula fazia enquanto comia, o Carbonara dela também tinha sido uma ótima escolha.

 

Nosso Primeiro Trem Noturno

 

Depois de bem alimentadas, nos direcionamos para a estação de trem, achamos a nossa plataforma e esperamos.

Ainda estávamos um pouco ansiosas com o fato de pegarmos o trem noturno, não tínhamos ideia de como seria essa viagem que tinha duração de umas 10 horas. A única coisa que sabíamos é que a nossa cabine tinha 6 camas (2 triliches) e só!

 

Algumas dicas constavam no nosso ticket, como: número do carro, número da cabine e ao lado do número as seguintes descrições: Middle – Low. Hummmm...Como era uma cabine com 6 camas pensei que uma de nós duas ficaria na cama do meio e a outra na cama de baixo...Bingooo..Num é que acertei? Era a lógica né? Rs

 

Para a nossa alegria e sorte (mais sorte do que alegria), nós fomos as primeiras a entrar na cabine. Gente, eu pensei que as nossas malas não iam caber ali não. A gente tinha tanta tralha e o espaço era tão pequeno que precisamos de algum tempo para organizar tudo por ali.

 

Enquanto estávamos no processo de arrumação de mala na cabine (suas malas não podem ficar no corredor) eis que ouvimos a seguinte frase: “É....vocês tem muita mala hein...” . Na hora paramos de arrumar as coisas, olhamos pra pessoa que soltou essa frase e abrimos o sorrisão: “Você é Brasileiro?”. Que alegria era poder conversar com mais alguém que fale a sua língua e é do seu país..rs.

 

E partir daí nossa ida para Praga ficava muito mais divertida, porque conhecemos o Victor. Um brasileiro de Vitória – ES, com cara de gringo que estava viajando pela Europa por 100 dias somente com o CouchSurffing. Virei fã dele, não só pelo projeto arrojado, mas porque ele andava com uma mala do tamanho de um carrinho de feira...Cara, eram 100 dias...Como ele conseguia? Rsrs. Eu e Paula sofrendo com reles 35 dias com as nossas malas de 32kg e ele com aquela malinha? Inveja Branca...rsrs

 

O mais engraçado é que antes de entrarmos no trem, dissemos uma para outra que íamos apagar e só acordar em Praga...Quem disso que conseguimos fazer isso? Ficamos conversando por um bom tempo com o Victor, até que nós nos entregamos nos braços de Morpheu no nosso cubículo de 6 camas.

E a viagem continua!

 

Fotos disponíveis no post do meu blog: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/01/amsterdam-ultimo-dia.html

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Praga - Coroas Tchecas e Goulash...

 

A viagem no primeiro trem noturno foi bem tranquila. Apesar de ficarmos meio espremidinhas na nossa caminha (você viu a foto da cabine no post anterior...rs), a viagem correu sem transtorno.

 

Nós colocamos o celular pra despertar mais ou menos uns 30 minutos antes do término da viagem. Sabe como é né? Pra não acordarmos no susto e dar aquela lavada na cara...rs. Quando acordamos percebemos que algumas camas haviam sido ocupadas, mas estávamos num sono tão pesado que nem vimos as pessoas entrando na cabine durante a noite. Você pode pensar em trancar a cabine, mas corre o risco de ser perturbado altas horas da madrugada para abrir a cabine pra alguém, até porque você não sabe se a sua cabine está lotada ou não.

 

Quando acordamos ainda faltava um tempinho até chegarmos em Praga e foi anunciado no sistema de áudio do trem que tinha o serviço de café da manhã. Lá fomos nós né? Estávamos com fome mesmo. Chegamos no vagão e pedimos um chocolate quente...Não pense você que é gratuito, não, não querido...Pelo que me lembro acho que paguei uns 2 euros pelo chocolate quente e para a minha tristeza era aquele chocolate quente feito com água e pó de chocolate (Por que eles fazem isso gente? Alguém me explica?? Rs). Peguei o bendito chocolate e voltei pra cabine. Eis que o Victor encontrou com a gente e ficamos conversando.

A nossa primeira questão era: “Aqui não aceita Euro, onde vamos trocar dinheiro?”. E é em Praga que começamos a nos ambientar com outra moeda que não fosse nem a libra nem o Euro. E que sofrimento...rsrs. Pra vocês terem uma ideia, 1 euro era equivalente a mais ou menos umas 25.000 coroas tchecas (sim, esse é o nome da moeda da República Tcheca). Enquanto o manuseio do dinheiro estava na casa das dezenas e centenas tudo eram flores (mesma lógica utilizada aqui no Brasil). Quando o negócio começou a passar pra casa dos milhares aí é que deu ruim...rs. Era muito complicado fazer conversões.

 

Bom, fizemos uma conta rápida de quanto precisaríamos para os 2 dias que ficaríamos em Praga e saquei uma parte no caixa eletrônico do banco tcheco direto com o meu Visa Travel Money e aproveitei pra trocar uns 20 euros que tinha guardado. O mais engraçado é que quando você troca o dinheiro, você recebe um monte de dinheiro e se acha como? Fiquei Rico...kkkkkkk.

 

Depois de termos adquirido nossas coroas tchecas, eis que veio a segunda questão: “Como chegaremos no hostel?” . Nós até pensamos em pegar um táxi, mas o Victor viu a nossa situação com todas aquelas malas e nos ofereceu para ir conosco até o hostel. Além do mais, o host dele só estaria em casa mais tarde, então ele não ia ter pra onde ir mesmo...A Paula tinha impresso o papel do hostel com as devidas instruções e vimos que não seria tão complicado, nós basicamente pegaríamos o metrô e só!

 

Na estação de trem de Praga já tinha uma estação de metrô. Nós nos informamos sobre os tickets de metrô e compramos para 2 dias. Antes de passarmos na roleta, passamos o ticket pra validar e começamos a observar que o pessoal passava na cara dura. Não validavam ticket nem nada...Mas ok, queríamos ser certinhos né? Murphy está sempre a solta por aí esperando a próxima vítima...rsrsrs.

 

O parto para chegar na plataforma do metrô foi digna de uma comédia pastelão. Victor levando nossas malas e eu ajudando a Paula com a mochila ultra mega enorme dela. Sobe escada, desce escada, para um pouquinho pra respirar...Tira o casavo porque começavávamos a sentir calor, põe o casaco porque começávamos a sentir frio...Meu Deus!!!

 

Enfim, depois de uma mudança de linha, chegamos à nossa estação de destino e começa tudo de novo: Sobe escada, desce escada, tira e põe casaco...rsrs. Saímos da estação, nos situamos e perguntamos onde seria a rua do Albergue. Depois das devidas orientações, conseguimos chegar...Podíamos considerar praticamente um LAR DOCE LAR...rsrs.

 

O Albergue

 

Praga foi o único lugar que ficamos em albergue. Nós escolhemos o Albergue Old Prague Hostel (http://www.oldpraguehostel.com/) e fizemos a reserva aqui no Brasil mesmo pelo site www.hostelworld.com . Nós pagamos 40 euros para nós duas por 2 noites com café da manhã em um quarto para 4 pessoas. 20 euros para cada uma...Super tranquilo!

 

Chegamos no hostel e fomos super bem recebidos pela recepcionista do hotel. Ela confirmou as nossas reservas e pagamos a diferença que estava faltando. Ela nos informou que o nosso quarto ainda não estava pronto, mas que poderíamos deixar as malas em um local seguro e conhecer um pouco a cidade.

O albergue disponibilizava vários mapas da cidade e informações de diversas atrações. Ficamos nós 3 ali na recepção sugando todas as informações que podíamos da recepcionista. Ela por sua vez, foi super legal e circulou no mapa todos os locais que gostaríamos de visitar. Ela ainda circulou alguns pubs que seriam legais de ir tb.

 

Bom, devidamente informadas e munidas do nosso humilde mapinha, deixamos as nossas malas no locker e fomos procurar um lugar para comer, porque estávamos famintos.

 

O Goulash

 

Era por volta de 12:00 e a fome era negra. A nossa super prestativa recepcionista havia nos indicado um lugar bom para comer que era bem pertinho do hotel. Pra variar não lembro o nome do restaurante (preciso melhorar isso nas minhas próximas viagens e anotar com mais frequência as coisas..rs).

Chegamos no restaurante e para a nossa alegria o local tinha Wiffi. Esse era o momento mais precioso pra gente. Era a hora que conseguíamos nos comunicar com os nossos amigos e familiares que estavam no Brasil e dizer que estávamos vivas. Santo Wiffi...rsrs.

 

Nos sentamos, pedimos o cardápio e...O_o...Tcheco??? Nenhum de nós 3 sabíamos falar tcheco. Olhávamos pro cardápio, olhavámos um pra cara do outro e olhávamos para o cardápio de novo...Desespero!!! “E agora?”. Eis que chamos o garçom e perguntamos em inglês se ele teria um cardápio em inglês. Ele fez aquele cara de: “Não entendi nada do que vocês disseram” e chamou uma menina que sabia falar inglês. Para a nossa sorte o local tinha um cardápio em inglês, o que facilitou alguma coisa. Eu disse alguma coisa...Porque alguns pratos eles simplesmente não traduziam. Eu sabia que um dos pratos mais famosos do país era o Goulash, mas eu não sabia ao certo de que era feito e a descrição do cardápio não estava ajudando muito e o garçom também não. Pergutamos para ele o que era Goulash e ele simplesmente respondeu num inglês muito do ruim...”Goulash é...Goulash”...Nossa, super esclarecedor!!!!

 

E eis que utilizamos o Wiffi a nosso favor. Jogamos no google imagens: Goulash e vimos o que era. Pela foto parecia bom (arroz, uma carne e um negócio que parecia batata). Pedi isso mesmo pra ver o que ia acontecer né?

 

Quando o prato chegou, tive uma bela surpresa. O tal do Goulash estava muito bom. Uma delícia...Valeu a pena o esforço pra saber o que era o bendito do prato!!!

 

Depois de já alimentadas, voltamos para o hostel para tomarmos um banho e renovarmos as energias. Combinamos com o Victor de nos encontrarmos mais tarde para conhecer a cidade. E pra variar, naquela noite Murphy (sempre ele) andou de braços dados conosco...

 

To Be Continued...

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Oi pessoal!

Muito legal essa viagem pela Europa!

Atualmente eu moro em Cracóvia . Já faz 2 anos estudando aqui e realmente é uma cidade muito legal.

Principalmente tem muitas discotecas que gente pode entrar de graça.Melhor! na rua sempre estão pessoas com discontos pros esses lugares assim você recebe bebida mais barato ainda! ::otemo::

Realmente Auschwitz tem mas fica fora da Cracóvia em Oswiecim.

Sobre comida, adoro pierogi e barszcz ahhhh já bateu fominha :P

Daqui é fácil ir pras montanhas de Tatry. E simplizmente muito fácil ir pra Eslovakia

Vale a pena passar pela Polônia!

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http://vendaempresas.com.br/

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Praga - Charles Bridge e Relógio Astronômico

 

Continuando o primeiro dia em Praga...

 

Como era a primeira vez que eu ficava hospedada em um albergue em um quarto compartilhado, confesso que estava meio receosa na hora do banho, pois o banheiro também era compartilhado. Hoje em dia muitos albergues tem opções de quarto com banheiro privativo, mas como queríamos dar uma economizada, optamos pelo quarto e banheiro compartilhados mesmo.

 

Para a minha surpresa, o banheiro era super tranquilo. Por mais que fosse compartilhado, o local tinha várias cabines com chuveiro e um banquinho do lado de fora pra vc colocar suas roupas e produtos de banho. Então, ninguém via nada. Ah! o banheiro estava super limpo em todas as vezes que tomei banho. Ponto muito positivo para o albergue.

 

Durante o almoço já tínhamos combinado com o Victor de nos encontrarmos na Charles Bridge para passearmos e conhecermos a cidade. O albergue era super bem localizado e bem perto de todas as principais atrações turísticas. Enquanto estávamos andando em direção à ponte passamos por um grupo que estava se apresentando no meio da praça. Eles tocavam uma mistura de música celta com rock. A música deles era boa, mas a Paula se empolgou tanto que comprou o CD dos caras...rsrs. Não lembro o nome da banda agora, mas se a Paula estiver lendo esse post e se lembrar...põe aí nos comentários pra galera procurar no youtube depois!

 

A praça principal de Praga é como a praça de principal de Bruxelas e Bruges. É como eu já disse, fica aquela sensação de: “Eu já vi isso antes...” . Tiramos algumas fotos e fomos à procura do relógio astronômico. Na minha humilde imaginação, a torre seria grandiosa e linda, mas tal qual o quadro da Monalisa...decepção...Era uma torre normal, nada demais. Como ainda estava longe de dar a hora cheia para vermos o relógio “em ação”, resolvemos voltar mais tarde.

 

Charles Bridge

Depois de uma caminhadinha, chegamos a Charles Bridge, a ponte mais famosa de Praga.

Só como curisiosidade... a construção da ponte foi iniciada em 1357 e foi concluída no início de 1500, também pudera né. A ponte tem mais de 6km de extensão e liga o Castelo de Praga à Cidade Velha. Ao longo da ponte há em torno de 30 estátuas decorando o trajeto e deixando o cenário bem mais bonito. O passeio ao longo da ponte é uma delícia. Artistas de ruas, vendedores de fotos e quadros que tinham o cenário da ponte como inspiração e vendenores de artesanato. Cada um no seu quadrado, ninguém invadia o espaço do outro não.

 

Nós estávamos tão encantadas com a ponte que fomos andando, andando e esquecemos que tínhamos marcado com o Victor no início da ponte...rsrs. Estávamos no meio do caminho quando nos tocamos e resolvemos voltar pra ver se ele já havia chegado. Eis que enquanto voltávamos esbarramos nele. Concluímos o passeio pela ponte e chegamos do lado que dava acesso ao Castelo de Praga. Como já estava escuro, não resolvemos ir até o castelo e demos uma volta por ali pra ver o que tinha de bom...Enquanto andávamos sentimos um cheirinho bom...mistura de chocolate com açúcar e canela...Parecíamos 3 cachorrinhos farejando comida. Seguimos nossos “instintos” e resolvemos fazer um lanchinho. Pensamos que um crepe com chocolate quente cairia muito bem e assim fizemos.

 

Achamos uma creperia pequena e que não tinha ninguém (nós éramos craques em entrar em lugares vazios..rs), Paula e Victor pediram um crepe e eu fui de torta de maçã com chocolate quente. Estava ótimo!!! O lanchinho deu em torno de 10 euros (convertendo). Não foi dos mais baratinhos, mas era Praga né gente?? Rsrsrs

 

Relógio Astronômico

Resolvemos voltar para a cidade velha. Atravessamos a ponte e vimos que já ia dar umas 19 horas e o relógio astronômico entraria em ação. Então lá fomos nós pra frente do relógio. A gente e a torcida do flamengo né? Rs

 

Deu 19h e você começa a ouvir umas cornetas lááá no alto da torre do relógio. Era um carinha tocando tipo um trompete. E o relógio parece aqueles cucos de desenho animado, sabe? Com bonequinhos andando e tal...Eu olhei pra aquilo ali e pensei: “É isso???”. Gente, eu fiquei impressionada em como as pessoas super estimam as coisas só porque é na Europa. Se for assim vou começar a falar pra turistada que eles não podem perder as 12 badaladas da torre do sino da igreja da Candelária...hahuahuahuahuahua. Alguns podem achar que eu sou insenssível e tal, mas não sou...chorei no musical do Rei Leão e no Royal Albert em Londres... Foram coisas lindas e que realmente me emocianaram, mas um relógio no meio da praça? Desculpe, mas não foi o suficiente para cair uma lágrima não..rsrs.

 

Tentativa de Night

 

Depois desse “espetáculo”, voltamos par a o albergue, pois o Victor disse que iria para um barzinho com o host dele e ele nos convidou. Claro que voltamos para o albergue para trocarmos de roupa pq estávamos com aquela roupa de turista né?? Colocamos uma coisa mais arrumadinha e fomos com ele. O host dele morava a uns 30 minutos de Praga (de ônibus). Encontramos com ele e fomos para o tal barzinho.

 

Gente, aquilo num era um barzinho era um...bar. Nada muito bonitinho não. O host dele tinha uns amigos meio...como posso descrevê-los?? Meio....alternativos. Sim, essa é a palavra...alternativo..rsrs. Tinha até um casal de brasileiros no meio. Eles estavam estudando em Praga. Eu estava morrendo de fome e pedi um queijo frito com batata frita pra comer (amei queijo frito..rs). A cerveja no local era muito barata, tipo 2 euros um copo de 500ml.

Ficamos ali por um tempo com o pessoal, até que a conversa era animada, mas aí eu, Paula e Victor resolvemos explorar mais de Praga. O host do Victor estava meio cansado e não estava muito afim de sair, então fomos só nós 3 mesmo. Depois de uma aula de como voltar para o centro da cidade e de quais os pubs seriam interessantes de conhecer, pegamos nossas coisas e fomos embora.

 

Chegamos no centro de Praga novamente, pegamos o nosso mapinha e fomos em busca de um dos pubs que a nossa super-simpática-recepcionista tinha circulado pra gente. A gente lia o mapa, olhava a placa na rua, meia hora pra gravarmos o que estava na placa e olhávamos no mapa novamente. O tcheco também é uma daquelas línguas que as palavras tem mais consoante que vogal...Aí já viu né? Decorar o nome da rua era um sacrifício sobrenatural.

Achamos um pub, entramos...e achamos meio caído...passamos.

 

Achamos outro pub onde tinha tipo uma pista de dança, mas tinha que pagar pra deixar o casaco (tão de sacanagem né? A gente já ia consumir e ainda tínhamos que pagar? Pelo amor né?), andamos mais um pouco e achamos outro pub. Tava meio caído também, mas já tínhamos andado tanto, mas tanto que ficamos por ali mesmo. Pedimos uma bebida e ficamos de papo por ali mesmo.

A hora foi passando, o cansaço da viagem foi aparecendo e resolvemos ir embora por volta de 02 da manhã. Victor, nos deixou no hostel e seguiu de volta para a casa do host dele.

 

Nós haviamos combinado de nos encontrarmos na estação de trem central em Praga por volta de 09:00 da manhã, pois queríamos ir à Kutna Hora. Cidade que fica a mais ou menos 1 hora de Praga. O que tem lá naquela cidade? Descubra no próximo post..rsrs.

 

Fotos disponíveis no meu blog: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/02/praga-charles-bridge-e-relogio.html

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  • 2 semanas depois...
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Praga – Kutná Hora

 

Era nosso penúltimo dia em Praga e como ainda tínhamos um tempo relativamente bom na cidade, resolvemos conhecer a cidade de Kutná Hora.

Bom, vocês já devem ter reparado que eu sou meio viciada em planejar viagens e pesquisar lugares interessantes para conhecer né? Então, eis que vendo um Fantástico da vida (sim, nem só de tv a cabo vive o homem...rs) me deparei com uma série especial sobre Praga e falaram sobre Kutná Hora. Uma cidade que fica a mais ou menos 1 hora de Praga e que tem uma igreja feita de ossos. Na hora me interessei e decidi unir o útil ao agradável...Já estava em Praga mesmo, então porque não visitar a cidade?

No dia anterior marcamos com o Victor de nos encontrarmos na estação central de trem e já sabiamos que o trem para a cidade partia às 10:00. Chegamos por volta de 09:30 na estação e nada do Victor. Deixei a Paula esperando ali onde havíamos combinado e resolvi dar uma olhada onde comprava as passagens e o preço. Devidamente informada, voltei onde a Paula estava e nada do Victor. Não queríamos esperar até o próximo trem, que só sairia por volta de 11:30...Íamos voltar muito tarde pra Praga e neste dia queríamos fazer o Pub Crawl. Mandamos um sms pro Victor dizendo qual era o trem que ele deveria pegar e o horário e dissemos que poderíamos encontrá-lo na cidade depois.

 

Bom, compramos as passagens, que deu em torno de 12 euros (ida e volta) e fomos para o trem que já estava na estação.

A viagem foi super tranquila, pra variar não vimos a paisagem porque o sono falou mais alto...rs.

 

Quando descemos na estação, olhamos a nossa volta e...Cri, cri, cri...As únicas almas vivas eram aquelas que tinham descido do trem. Sério, só faltava aquelas bolas de feno rolando pela estação. Pra completar o cenário, a estação estava em obras...O que dava um ar mais sinistro ao local.

Bom, na estação tinha um lugar de informações turísticas, compramos um mapinha da cidade e lá fomos nós né.

 

Igreja de Ossos

 

Nossa primeira parada era a Igreja de Ossos. Afinal, estavámos ali por causa dela né? Você deve achar que eu sou meio mórbida, indo a lugares como cemitérios (em Buenos Aires) ou uma igreja feita de ossos...Mas não é. O que acontece é que eu acho que tudo vale a pena em uma viagem, até mesmo lugares exóticos...rsrs.

Depois de uma caminhada básica (em torno de uns 40min) chegamos à Igreja. Gente, eu juro que esperava muito mais daquele lugar. Sabe aquela sensação de: “Parecia tão maior...” Pois é, esse tipo de frustração parece ser normal na Europa (A Monalisa, A Capela Sistina, A Igreja de Ossos...Todos eles pareciam ser maiores na TV ou no cinema).

 

Mas já que estávamos ali, entramos na tal igreja. Pagamos um ingresso que dava o direito de conhecer também a igreja de Santa Bárbara, que pelas fotos do nosso mapinha, era bem bonita e valia a pena conhecer.

 

Sim, a igreja é bem mórbida...Lustres feitos de ossos, candelabros feitos de crânio, até o brasão da igreja era feito de osso.

De acordo com a história “na Idade Média, Kutná Hora foi alvo de várias disputas sangrentas e os soldados mortos eram enterrados ao redor da capela. Com o crescimento da cidade, o tamanho do cemitério, que chegou a ser maior que dez campos de futebol, encolheu. Os esqueletos acabaram sendo transferidos para o interior do templo. Os ossos humanos começaram a ser usados na decoração da capela em 1.511, ideia dos próprios monges do Mosteiro de Kutná Hora, que pretendiam apenas dar uma arrumada no ambiente. Só 200 anos mais tarde, no século XVIII, durante as obras de restauração da capela é que surgiu um projeto arquitetônico e os esqueletos viraram oficialmente arte. A obra do arquiteto simboliza a igualdade de todos os seres humanos perante Deus no dia do juízo final.” (Site Fantástico)

 

A igreja não assusta ninguém e além da decepção do tamanho, acho que vale a visita. Já imaginou o povo ficando doido ao ver as suas fotos numa igreja toda feita de ossos? Rsrs.

 

Saímos da igreja e continuamos a seguir o nosso mapinha em busca da igreja de Santa Bárbara. Gente, nós andamos quase 1 hora...Eu não sei o que realmente acontece com a gente. Nós olhávamos o mapa e falávamos: “Ahh dá pra ir a pé...pertinho”. Mas no mapa, tudo é perto né? Rsrs. Mas depois de ter andando feito loucas em Paris, qualquer trajeto pra gente era pinto..rs.

 

E lá fomos nós...Entra rua, sai rua...Sobe ladeira, desce ladeira....Vimos um grupo de estudantes, mas nada de turistas...Gente...cidade fantasma total. O povo que via a gente andando com mapa na rua num devia estar entendendo nada. “O que essas garotas tão fazendo aqui gente?? Vai pra Praga...rs”

 

Igreja Santa Bárbara

 

Depois de muito andar, chegamos à Igreja e de fato era linda.

 

Pelo que pesquisei, a Igreja foi uma homenagem à Padroeira dos Mineiros (Santa Bárbara) e levou em torno de 500 anos para ficar completamente pronta. De fato, ao visitar o interior da igreja nos deparamos com várias pinturas que remetem ao passado dos mineiros.

Você ainda pode acessar o último andar da igreja, passando por uma escada em formato caracol e apertadinha. Quem tem claustrofobia vai ser tenso, mas tem umas janelas aqui e ali que passam a luz do dia.

 

O lado bom de visitar cidades pacatas é que as atrações não ficam cheias. Você pode andar, apreciar o lugar, a arquitetura, sem ninguém te empurrar...Muito diferente de Notre Dame, por exemplo.

 

Quando a fome apertou em Kutná Hora

 

Saímos da igreja e resolvemos comer alguma coisa, já eram mais ou menos 13h da tarde e o estômago estava começando a gritar. Na rua atrás da igreja tinha um restaurantezinho que parecia ser bem baratinho...Mas antes de entrarmos, resolvemos dar uma olhada ao redor pra ver se tinham outros...Até tinham, mas estavam todos fechados...Eis que voltamos para a primeira opção...rs.

 

O restaurante era bem simples, mas bem aconhegante. Com toalhinas quadriculadas na mesa e tudo...Bem interior..rsrs.

Nos sentamos, a moça nos entregou o cardápio e...Tcheco...Uiiiiiiiiiii, aí deu ruim...Mais uma vez caímos no impasse língua..rsrsrs e dessa vez não tinha Wii-fi para nos salvar com um Google tradutor. Bom, tivemos que perguntar mesmo: “Hello...Can you help us? “ ...Silêncio e cara de paisagem...Ela não falava inglês...Olhamos uma pra cara da outra e pensamos: “É hoje..rs”. Mas a moça que nos atendeu foi tão simpática, que ela automaticamente fez um sinal de espera um pouquinho com a mão e pegou o celular...Ela começou a ligar e falar com alguém em tcheco...Não estávamos entendendo lhufas, mas continuávamos ali com aquela cara de tacho...Eis que ela passa o telefone para a Paula e ela começa a falar em inglês com a pessoa ao telefone. Não só falando mas estava fazendo o pedido com a pessoa que estava do outro lado da linha. Paula desligou o telefone, a moça anotou o pedido e foi embora. Perguntei pra Paula e ela me explicou: A moça que não sabia falar inglês ligou para a filha dela para ajudá-la a fazer os nossos pedidos. Cara, achei aquilo o máximo...Cidade do interior né gente? Tem dessas fofuras. Eu pedi um peixe frito com salada de batatas e limonada de raspberry e estava delicioso. Mais delicioso ainda era o preço: 85 Coroas Tchecas, dava mais ou menos uns 5 euros. Ah! Se vocês resolverem ir à Kutná Hora recomendo esse restaurante: Kozel. Além da comida ser muito boa, o preço é excelente e o atendimento uma fofura :-)

 

O anjo da carona

 

Antes de almoçarmos resolvemos pedir orientação numa lojinha que tinha ao lado da igreja de Santa Bábara. Precisávamos saber qual o horário de volta dos trens e como fazíamos para chegar lá (sem ser andando...rs). Fomos orientadas que passava um ônibus ali perto de hora em hora. A lojinha ainda nos deu um papel com os horários dos trens.

 

Decidimos que pegar o trem de volta para Praga às 15:30 seria o ideal. Fomos para o tal ponto de ônibus e esperamos...Já tinha dado o horário de passar o busu e nada...Esperamos mais um pouco e eis que passa um carinha com o filho...Paramos ele, meio que desesperadas e perguntamos em inglês se era ali mesmo que pegava o ônibus para a estação de trem. E mais uma vez veio aquela cara de: “Não entendi nada do que você falou”...Ai meu Deus...Ia ser difícil. Tentamos gestos, e até chegamos a desenhar no carro que estava estacionado e estava meio sujo por fora...Desenhei um ônibus, uma seta e um trem...Ele até que era bonzinho e estava realmente tentando nos explicar como fazíamos para chegar lá, mas não adiantava nem a língua dos sinais ia funcionar ali.

 

Eis que ele meio que desistiu e fez um sinal para entrarmos no carro. Olhei pra cara da Paula, ficamos meio sem entender...Até que ele insistiu...Sim, ele queria nos dar uma carona para a estação de trem. Como ele estava com o filho, que devia ter uns 5 anos, achamos que não teria problema. Entramos no carro, cruzamos os dedos e fomos. Gente, ele foi um fofo...Tentava conversar com a gente do jeito dele...E o fiilho dele? Que coisa mais fofa. Eu e Paula ficamos super constrangidas de não ter nada pra dar de presente pra ele. Só tínhamos um kinder meio amassadinho...resolvemos dar isso mesmo pro menino, como forma de agradecimento.

Ele nos deixou na estação de trem bem há tempo de pegarmos o trem. Agradecemos do nosso jeito e quando estávamos saindo do carro o menininho me solta um “Grazie”...Obrigado em Italiano? Huahuahuah, acho que era o mais próximo de português que ele sabia. Fofo demais.

 

Depois da ajuda divina (porque aquele anjo só podia ter sido enviado por Deus...rs),esperamos o nosso trem chegar e voltamos para Praga.

Kutná Hora podia ser uma cidade pacata, mas tinha habitantes mais do que especiais, super gentis e atenciososos...Cidades pequenas tem disso né? Então se estiver em Praga e tiver um tempinho a mais...vá à Kutná Hora...A cidade pode ser meio fantasma, mas vele a visita :-)

 

Fotos disponíveis no meu blog: http://gabypelomundo.blogspot.com.br/2013/02/praga-kutna-hora.html

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Praga - Último Dia (Castelo de Praga)

 

Depois de ter feito o Pub Crawl na cidade (que por sinal é bem legal e o pessoal buscou a gente no Hostel J) nós nos demos ao luxo de acordarmos mais tarde naquele dia, até porque o nosso trem para a Cracóvia só sairia por volta de 19h, então tínhamos tempo suficiente.

 

Ah! No post anterior não tinha falado como era o café da manhã do albergue. Bom, tendo em vista que a diária do hostel era bem barata e estava super bem localizado, não esperava muito pelo café não...Sabe como é né? Sempre tem os pontos positivos e negativos, nunca é perfeito.

 

O café funcionava assim: Na área coletiva tinha uma pia, talheres e copos à disposição da galera. Tinham também jarras com leite e suco de laranja. Além disso tinha um pote com cereais (no estilo nescau ball). Mas aí eu olhei e pensei: “Onde é que está o pão?”. Pois é, o pão (que na verdade era um sanduíche de queijo, alface e presunto) tinha que ser pego na recepção do hotel...Achei isso engraçado, talvez porque eles quisessem controlar a quantidade. Como tinha um microondas também à disposição da galera ali, esquentei o sanduíche, peguei o meu pãozinho e tomei meu singelo café da manhã. O hostel tava meio vazio (talvez porque Outubro seja baixa temporada), então não deu pra socializar com ninguém L.

 

Devidamente alimentada, voltei pro quarto, arrumei as minhas coisas e esperei a Paula arrumar as dela pra poder fazer o check-out que estava previsto para o 12:00. Deixamos as malas em um local seguro e fomos dar a última volta na cidade.

 

Castelo de Praga

 

Decidimos visitar o Castelo de Praga, creio que seja a principal atração turística, depois da Charlie’s Bridge. Como estávamos do outro lado da ponte (próximo ao relógio atronômico), atravessamos mais uma vez a ponte (aproveitei para admirá-la uma última vez) e seguimos em busca do castelo.

 

Durante o trajeto vimos alguns dos nossos conhecidos, como o Mc Donald’s. É impressionante que em todos os lugares do mundo tem um...Ok, eu ainda não conheço todos os lugares do mundo, mas acredito que assim seja...rs. Subimos e descemos algumas ladeiras e nos deparamos uma escadaria enorme. E a placa estava apontando pra onde? Pra escada, lógico. Ou você acha que o caminho seria molezinha? Rsrs.

 

Até que a subida não foi das piores. Eram escadas meio largas, onde praticamente você tinha que dar dois passos para subir um degrau. Acho que aquelas escadas onde os degraus são juntinhos, são piores!

 

Enquanto subíamos conseguimos contemplar um pouco mais a paisagem e ver Praga de cima. Uma visão muito bonita, mesmo o tempo não estando lá essas coisas.

 

Chegamos inteiras ao último degrau. Apreciamos um pouco mais a paisagem e começamos a andar pelo complexo do castelo. Sim, o castelo não é apenas 1, mas sim um conjunto de prédios que abrigavam a antiga monarquia da República Tcheca.

 

Quando nós chegamos, observamos que tinha uma montoeira de pessoas em frente ao castelo principal e concluimos que ia acontecer alguma coisa ali. Daqui a pouco começamos a ouvir uma música vinda de uns instrumentos de sopro (trompetes, creio eu) e aí descobrimos: Era uma troca de guarda. Ok, ok, não tão pomposa quanto a troca da guarda em Londres, mas era uma troca de guarda. Ficamos um pouquinho, até porque de troca da guarda, a gente já estava legal né? Rsrs.

 

Deixamos a muvucada para trás e fomos andando pelos arredores do complexo do castelo. Ali era bem bonito, não vou negar, muitos turistas (brasileiros em tudo quanto é quanto, acredite!), mas eu não sei...Ainda faltava aquele encantamento, aquele Ohhhh que fazemos quando algo é realmente espetacular. Talvez fosse por conta do cansaço ou até mesmo da saudade que estava batendo forte dos amigos, da família e do arroz com feijão.

 

Um parênteses: Nesta parte da viagem já estávamos bem cansadas de arrumar e desarrumar as malas, subir e descer de trem e da individualidade europeia. Começamos a sentir saudade do Brasil, do povo, da família, da comida. Como tínhamos apenas uma a outra para desabafar, tinha uma hora que começávamos a ficar cansadas também da companhia uma da outra. Não adianta...Convivência 24 horas por dia nunca ia ser 100% perfeito...rsrs. Eu e Paula sempre contamos para as pessoas que nós tiramos férias juntas e depois tiramos férias uma da outra...hahahahahaha.

 

Depois que saímos do castelo, resolvemos dar mais uma andada pela cidade.

 

Visitamos uma igreja que fica bem em frente à ponte. Era bonita, mas já tinha visto tanta igreja na viagem, que as coisas começavam a parecer iguais pra mim...rsrs.

 

Vimos no nosso mapinha que tinha um bairro judeu, onde poderiam ser vistos museus e informações sobre o holocausto. Nós até achamos que valia a pena, mas o preço para visitar o complexo judeu não era dos mais amigáveis. Como já íamos em Aushwitz, na Cracóvia, achamos melhor guardar o dim dim.

 

Voltamos para perto do hostel e almoçamos no mesmo restaurante do primeiro dia. Aproveitamos para utilizar o wii-fi e dar as últimas notícias para amigos e familiares.

 

Voltamos para o hostel e ainda estava relativamente cedo. Eu não estava cansada e resolvi aproveitar o wii-fi do hostel para atualizar as fotos no facebook. Eu não me aguentava, não ia esperar chegar ao Brasil para postar as fotos..rs. A Paula meio que se entregou aos braços de Morpheu e deu aquela cochilada no sofá.

 

Enquanto estávamos lá esperando a hora passar, pedimos para a recepcionista do hostel solicitar um táxi. Até encararíamos pegar o metrô para irmos à estação de trem, mas como estávamos sem o Victor, resolvemos não arriscar...rs. E pedir o táxi em Tcheco estava fora de cogitação...rs.

 

O táxi chegou no horário combinado e nos deixou na estação conforme pedimos. Nós mal sabíamos que aquele trem nos daria a maior das dores de cabeça em toda a viagem.

 

Trem Praga x Cracóvia

 

Gente, esse trajeto foi um dos mais marcantes pra mim.

 

Já começa pelo nosso ticket (upper – upper) ou seja, as duas ficariam na última cama em cima do triliche. E nenhuma das duas tinha viajado ali antes...O meio e a parte de baixo, ok...mas a última cama? Ia ser tenso.

 

O nosso trem chegou e pensamos: Cara, temos que ser as primeiras a entrar para colocarmos as nossas malas (que não eram poucas né? ). Mas eis que quando íamos entrar um grupo de brasileiros de mais ou menos umas 15 pessoas se enfiaram na nossa frente e não deixaram a gente passar. Disseram em alto e bom tom que não ia nos deixar passar porque tínhamos muita bagagem. Só que eles não sabiam que estávamos entedendo tudo...Não quisemos arranjar confusão e ficamos na nossa.

 

É lógico que ser uma das últimas a entrar na cabine não ia resultar em coisa boa né? Quando chegamos na nossa cabine, vimos que todos já estavam lá. E o espaço do meio?? Não tinha, praticamente. Olhamos uma pra cara da outra: “E agora?”. A cara de assombro das pessoas que estavam na nossa cabine era a melhor. Deviam estar pensando: “Essas meninas estão de mudança para a Cracóvia?” . Pensamos em como poderíamos acomodar as nossas malas dentro de uma cabine que tinham 2 triliches...Pensamos em deixar no banheiro, no corredor, mas não podia (é claro..rs). Até que pedimos ajuda ao mocinho que trabalhava no trem.

 

Chegamos na maior educação, fazendo cara de gatinho do shrek e tudo.

 

Nós: Oi, nós estamos tentando colocar as nossas malas dentro da cabine, mas não estamos conseguindo. Você poderia nos ajudar?

Ele: Não

Nós: Momento

de silêncio absorvendo o não que foi dado de forma seca e direta. Por favor, não sabemos qual seria o melhor jeito de colocar na cabine.

Ele: Não posso fazer nada por vocês.

Nós: Podemos deixar aqui na sua cabine? (Nós tínhamos olhado pra dentro da cabine dele e notamos que só tinha uma cama e o maior espação livre)

Ele: Não, as malas precisam estar dentro da cabine de vocês.

 

O sangue começou a subir, mas eu não queria argumentar. Até porque brigar em inglês é difícil pra mim..rsrs. As palavras somem da minha boca, de tão nervosa que eu fico.

 

Voltamos para a nossa cabine e uma moça se compadeceu da nossa situação. Parecia que estávamos brincando de Tetris...tentando encaixar as malas em qualquer cantinho..rsrs. O pior de tudo era ver que tinha um homem na nossa cabine e o ser humano não foi capaz de mexer uma palha para nos ajudar. O que acontece com esse povo gente? Alguém me explica?

 

Malas devidamente acomodadas, 3 casacos tirados, eis que subo para o meu cantinho...A cama mais alta. O que era aquilo? A visão? O teto. A cama? Tinha tipo um ferro no meio que incomodava horrores. Travesseiro? Eu tinha que dobrar pra ficar uma coisa decente para apoiar a cabeça.

 

Enfim, foi uma viagem tensa.

Eu acabei dormindo, de tão cansada que eu estava e de tão estressada que fiquei com a situação.

 

Mas isso ia melhorar...Mal sabíamos que íamos chegar à Cracóvia e nos encontrar com o nosso host. O anjo Mike!!!

 

E Praga ficou para trás...Mais um lugarzinho do mapa onde marquei um X. rsrs.

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Polônia - Um Lugar Chamado Cracóvia

 

E saímos da República Tcheca e chegamos à Polônia, mais especificamente na Cracóvia.

Já escrevi aqui um post falando sobre esse lugar que muita gente não conhece (Clique aqui para ler o post). Eu achava super engraçado quando as pessoas me perguntavam quais os lugares que eu iria conhecer nesse “mochilão” e aí eu começava a listar os lugares badalados como Londres, Paris, Amsterdam até que chegava na Cracóvia. A cara que a pessoa fazia, primeiro por não saber onde exatamente ficava a Cracóvia no mapa e segundo por querer saber o que tinha de tão especial naquele lugar para eu “gastar” um dia de viagem lá. Cheguei até a ouvir a seguinte frase: "Ahhh Cracóvia, eu sei...É aquele lugar que aparece no filme que o Tom Hanks fica preso no aerorporto né?"...Ok, ok, o nome do país é bem parecido mesmo (Krakozhia), mas não era isso..rsrs. Ah! Para aqueles que não sabem, o nome do filme é O Terminal e o filme vale a pena.

 

Bom, já expliquei os meus motivos pra vocês no post e não vou ser redundante, mas essa era uma das cidades que eu estava mais ansiosa de conhecer.

 

Chegando na Cracóvia

 

No dia anterior à nossa chegada enviei uma mensagem para o facebook do nosso host. O Mike. E ele havia nos informado que nos pegaria na estação de trem independente do horário (gente, chegamos por volta de 07 da manhã...madrugada pra mim...rsrsrs). Tô falando que ele era um anjo?

 

Saímos da estação de trem e não avistei o Mike. Deixei a Paula tomando conta das malas no Mc Donald's e fui ver se tinha outra entrada na estação. Não consegui identificar nenhuma outra entrada não, então voltei para o Mc Donald’s, vi que tinha sinal wii-fi grátis e rápido e mandei uma mensagem para ele pelo facebook. Uma hora ele ia ver não é? Quem fica sem acessar o facebook um dia inteiro? Não conheço uma alma viva...rsrs.

 

Depois de enviada a mensagem, esperei e eis que vejo um carinha alto e todo simpático. Era ele...O anjo Mike. Um polonês que, graças ao bom Deus, tinha estudado por 1 ano em Portugal e sabia falar português muito bem. Era tudo o que precisávamos, um polonês que sabia falar português.

 

Ele foi nos buscar de carro, nos ajudou com as nossas malas e fomos rumando para a casa dele. Fomos conversando sobre a Cracóvia, nossos motivos de estarmos ali e ele todo empolgado querendo saber mais sobre o Brasil.

Enquanto estávamos no carro, falamos que queríamos ir à Aushwitz naquele dia, já que iríamos para Budapeste no dia seguinte a noite, então não podíamos perder muito tempo.

 

Ele disse que poderíamos chegar em casa com calma, tomar um banho e comer alguma coisa e que depois ele nos levaria até a rodoviária para pegar o ônibus que nos levaria à Aushwitz.

 

A Hospitalidade Polonesa

 

O Mike morava com os pais, era filho único e tinha um cachorro fofo. Eu ainda não sabia qual seria a reação dos pais dele ao nos conhecer, vai que não fossem com a nossa cara?

 

Primeiro conhecemos a mãe dele. Uma fofa. Ela não falava muito inglês, mas tentava se comunicar com a gente. Ela havia preparado uma mesa linda de café da manhã. Com direito a chás, pães e queijos da região. Tudo muito bem arrumado na mesa. Achei aquilo tão bonitinho!!

 

Depois de tomar o banho revigorante, nós pegamos os presentinhos que levamos para eles e fomos entregar.

 

Parênteses: Nós levamos lembrancinhas para todos os nossos hosts, como forma de agradecimento por abrir as suas casas pra nós. Para Camille e Antoine, em Paris, levamos uma garrafa de guaraná natural (eles amavam, vai entender? Rs). Para a Annabelle na Bélgica, levamos um par de havaianas. Para o host de Amsterdam, levamos uma caneca do Rio e para o Mike e os pais dele levamos uma camisa com a Praia de Ipanema e um CD de Bossa Nova. Fica a dica caso você fique hospedado na casa de alguém que não conhece e quiser causar uma boa primeira impressão.

 

O Mike simplesmente amou a camisa e a mãe dele amou o CD. Acertamos em cheio nos presentes. E ficamos lá tomando café da manhã e ouvindo Tom Jobim, na Cracóvia. Adoro a Globalização...rsrsrs.

Combinamos com o Mike o que faríamos naqueles dois dias que tínhamos e ele prontamente se ofereceu para nos levar onde fosse necessário. Achamos melhor conhecer Aushwitz naquele dia mesmo e no dia seguinte conhecer um pouco mais da Cracóvia.

Não vou relatar a experiência de conhecer Aushwitz neste post. É um lugar tão marcante que merece um post único.

 

Cracóvia’s Night

 

Depois que voltamos de Aushwitz o Mike se prontificou a nos levar para conhecer o que a Cracóvia tinha de bom a noite.

E lá fomos nós debaixo de um frio de 3°C. Gente, foi a noite mais fria de toda a viagem. Eu entrava no carro e não queria sair mais. Pra completar a cena ainda estava chovendo, ou seja a sensação térmica diminuia ainda mais.

Mike nos levou para o centro da Cracóvia e nos mostrou uma rua onde tinham vários pubs. Entramos em um deles, tomamos um drink, mas ficamos pouco tempo, já que o lugar estava muito cheio.

 

Partimos em direção a outro Pub. Dessa vez ele era meio subterrâneo. O Pub era bem legal e aconhegante tb. Ficamos por ali um tempo, conversamos, observamos como os poloneses se divertiam, Paula resolveu experimentar uma cerveja francesa que tinha tequila (jurava que a cerveja era mexicana...rs), conversa vai, conversa vem e eu já estava como: Pra lá de Bagdá de sono. Não conseguia mais manter uma conversa. Se a conversa parava por 30 segundos, meus olhos me traíam e começavam a fechar involuntariamente...rsrs.

 

Voltamos para a casa, praticamente cedo, tipo umas 01 e pouco da manhã . Tínhamos que descansar, pois ainda queríamos conhecer lugares como o complexo de Wawel e a fábrica de Shindler no dia seguinte.

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