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Amigos,

 

Li esse site por MUITOS meses e começo aqui o relato de uma viagem realizada em abril de 2012. Considero uma obrigação pessoal relatar aqui e tirar dúvidas como uma forma de agradecimento.

Alguns aspectos de planejamento:

 

1) Definimos o roteiro cerca de 7 meses antes. Compramos passagens Brasília/Lisboa/Atenas e Paris/Lisboa/Brasília com seis meses de antecedência. Daqui também fiz contato com a pousada em Santorini e com o albergue em Atenas, mas não paguei. Já o hotel em Paris foi pago 3 meses antes e com um desconto espetacular. ::otemo::

2) Faltando 10 dias para começar a viagem começamos a tomar polivitamínico, que durou quase que a viagem inteira. Foi fundamental para evitar qualquer gripe. ::Cold:: A menor temperatura que pegamos foi em torno de 5 graus, em Paris, de madrugada. Mas em uma viagem como essa é importantíssimo comer MUITA caloria para aguentar o tranco. Isso é fácil. Mas como não tinha certeza se conseguiria me alimentar direito, preferi a forma mais fácil de garantir as vitaminas. Escolhemos o que comer sempre pelo sabor e pelo preço. Aproveitamos muito e ainda perdemos peso. Eis a dieta européia! hehehehe ::Ksimno::

3) Como me concentrei nas capitais, não fiz traslados de trem. Usei Easyjet para os trechos Atenas-Roma e Roma-Paris. Comprei pela internet e já paguei o transporte das 2 mochilas. Sai MUITO mais barato se fizer isso previamente. A pior coisa é só no aeroporto "descobrir" que tem que despachar.

4) Para Santorini, preferimos usar voo da Aegean. É muito mais rápido e o preço compensa. A outra opção de compra é a empresa Olimpic. Tive problemas com o cartão de crédito para comprar pela internet, então fizemos a compra por telefone. A ligação nem foi tão cara, deu uns 30 reais.

5) Comprei um Visa Travel Money que foi um EXCELENTE negócio. Comprei os Euros 3 meses antes, em uma taxa de câmbio mais favorável. A ideia era comprar só a metade, mas como custa R$ 50,00 para carregar, comprei logo tudo.

6) Eu e ela permanecíamos, sempre, com pelo menos 50 Euros no bolso, além do passaporte e o endereço do hotel. Mas a ideia foi usar o débito sempre que possível.

7) O guia visual da Folha de São Paulo é maravilhoso, sobretudo por caber no bolso. Ninguém pode andar por aí com um livro pesado. Compramos um de Roma e um de Paris. Também tínhamos um livro de "grego fácil", que foi útil pra ela. Felizmente, a língua não era nosso desafio na viagem, mas realmente dá pra fazer sabendo só falar inglês. Talvez se perca só a simpatia dos franceses.

8) Viajamos com 2 mochilas grandes, 1 mochila pequena e uma quarta com "encomendas" para um amigo que havia se mudado para a Itália. Usávamos a mochila pequena diariamente para colocar casacos, água, comida, pilhas, etc.

9) Conseguimos não usar o cartão de crédito - pois além da variação cambial há o gasto com o IOF. Se o dinheiro acabasse em Paris, por segurança, peguei o endereço do Banco do Brasil de lá. Fica perto do Arco do Triunfo. Seria mais barato fazer um saque. Não foi necessário.

10) Por fim, para nós, pelo menos psicologicamente, foi bem melhor fazer a viagem com tudo já pago (passagens, euros e hospedagens prévias). A Europa É cara e fazer uma viagem como essa, mesmo com economia de recursos, sai caro. ::ahhhh:: Dá sim para fazer uma média de 60 euros/pessoa/dia, mais todos os custos de passagens. Mas é bom viajar tendo planos B e C para caso faltem recursos.

 

Vamos viajar? Sejam nossos convidados para embarcar no aeroporto internacional de Brasília, no dia 5 de abril de 2012, quinta-feira santa, 3 anos de casados.

 

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Dia 6/4 - Sexta-feira (Lisboa)

 

Quando coloquei o pé fora do aeroporto de Lisboa, olhei para um lado e para o outro e pensei comigo mesmo: "Então a Europa é assim?". ::mmm:

 

Um pouco antes passamos pela longa fila da imigração. Eu tinha tudo preparado com a Ariadne, o que dizer, todos os papéis, etc. Mas nem olharam. Só perguntaram para onde mais iríamos e carimbaram. Mas prestamos atenção que eles tinham 2 fiscais mais rígidos, um super rígido e outro, que nos atendeu, que era mais tranquilo. Só que eles escolhiam quem ia para qual fiscal. Percebemos eles pararem mais as pessoas que estavam sozinhas.

 

Fiz um primeiro saque de E$ 200 e fomos para a parada de ônibus para um dia loooongo. O ônibus que sai do aeroporto em Lisboa é muito confortável, relativamente barato (E$ 3,50 por pessoa) e permite quatro embarques, o que para o nosso plano foi simplesmente IDEAL.

 

Era umas 6 da manhã e sentia um frio danado, mas a alegria foi muito grande para a primeira foto na Europa - ainda de autoria de alguns brasileiros que riram muito do nosso planejamento. Como alguém sai do aeroporto sem malas?!

 

Fomos de ônibus até o final da linha, no Cais Sodré. Sou cearense e ela é piauiense. Tudo bem que a gente mora em Brasília, mas fazia uns 10 graus e o vento era gélido. Pense na tremedeira. ::Cold:: Mesmo assim, fomos até a beira do Tejo. Que coisa linda! O jeito ali foi ficar cantando a versão em fado de "ó mar salgado, quanto do teu sal, são lágrimas de Portugal". É emocionante estar ali.

 

Ao lado do próprio Cais Sodré tem uma grande estação ferroviária, do lado oeste. Tomamos um café com pãozinho (E$ 2,42) e compramos os bilhetes (E$ 7,60 ida e volta, para dois). A quantidade de jovens com cara de noitada deu a entender que aquela região deve ser bem agitada à noite.

 

Pegamos o trem e fomos até uma estação após a torre de Belém. Precisamos fazer uma caminhada até a torre e aí veio o primeiro erro da viagem: choveu e a gente tava sem guarda-chuva. Nos abrigamos em um prédio e percebi que ali, em um feriado, 8 e pouquinho da manhã, estávamos um pouco vulneráveis. Era começo de viagem e não foi uma sensação boa.

 

De todo modo, logo em seguida, já deu para ver um museu militar português. Fiquei em dúvida se valia a pena entrar (era pago, não lembro quanto), mas só olhando por cima deu pra ver que não tinha muita coisa. Depois lembrei já ter lido um artigo sobre o tal prédio. Mas deu para umas boas fotos externas. E tava fechado até 9 horas.

 

Torre de Belém. A torre de Belém não é linda e não parece ter nada absolutamente de demais. Mas eu fiquei bem satisfeito e contente de estar ali. Comecei a pensar: "isso aqui era a linha de frente da defesa da maior potência do século XVI". Era o F-22 da Idade Moderna! Dá pra fazer boas fotos e a vista é espetacular lá de cima. A ponte 21 de abril é incrível.

 

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Cuidado ali por perto com as senhoras ciganas que podem vos encher, com os imãs mais caros que comprei na viagem (E$ 2,5!!! Até o retorno pro Brasil eu fiquei enchendo o saco da mulher) e o banheiro também é pago (E$ 1,5).

 

Andamos para o Padrão dos Descobridores. Consegui fazer umas fotos espetaculares da Ariadne lá debaixo - e decidi também dar um curso de foto pra ela antes da nossa próxima viagem. Confesso que me decepcionei um pouco também porque a Torre foi de graça, e aqui pagamos (E$ 6,00, os dois) para entrar. Subir não teve nada de demais. Quer dizer, até teve: o banheiro tava ocupado fazia um tempão, depois sairam duas mulheres juntas de lá com maior cara de safadas. E eram umas 10 da manhã, acredita? :shock:

 

Bem em frente ao Padrão dos Descobridores tem um mapa no chão de todo o mundo. É a hora do foto. Nessa hora já começava a acumular um monte de turistas e um espetáculo foi o cachorrinho de um pedindo segurando um baldinho com os dentes. Lindo! Lá se foi minha moedinha em Euro. Atravessando a rua está o ESPETACULAR Mosteiro dos Jerónimos. A fama do lugar fala por si só. É um dos lugares únicos na viagem.

 

Ainda andando, bem ao lado, tem a famosa rua dos pasteizinhos de Belém. Era meio dia e deu vontade de comer bacalhau com pastel de Belém. Mas a Ariadne é muito geniosa e foi dominada por pensamentos estranhos: primeiro almoço na Europa foi um grandioso Big Tasty! Yeah! Dois buchos cheios por 10,75 Euros. Mas o mais estranho é que ela botou na cabeça que tinha ainda que cobrar uma água oxigenada - acho que ela queria mesmo era conhecer uma Pharmácia lusitana. Conhecemos o humor lusitano ao ela perguntar se tinha desconto à vista. ::lol4::

 

Mas vai a dica de verdade: ela havia feito as unhas na véspera do dia da viagem, e quando colou a bota, a unha do dedão inflamou. Pois é. Isso foi doloroso por uma semana. Ela não reclamou tanto, e vocês verão que eu a fiz caminhar muuuuito.

 

Se fizer esse passeio acompanhado de paisagista, florista ou mulher ligada em coisinha bonitinha, reserve mais 30 minutos para as fotos nos jardins da área. São realmente bonitos. Mas eu puxei ela para o trem. Caminho de volta: trem, Cais Sodré, ônibus para o aeroporto. Eram 13 horas.

 

No aeroporto, fomos ao banheiro limpinho. Rosto lavado, dente escovado, desodorante renovado e voltamos para a parada de ônibus para mais um embarque. Dessa vez, seguimos para o Parque das Nações. Lá tem uma super estação de trem e ônibus e um shopping bonitinho todo com decoração marítima. Mas seguimos direto para o Oceanográfico de Lisboa. Lá também, na lanchonete do solo, tomamos o melhor chocolate quente da viagem com salgados (E$ 4,10).

 

O oceanográfico é meio caro (E$ 32 para duas pessoas) mas é simplesmente ESPETACULAR! Incrível, maravilhoso, único, excelente. Já estávamos bem cansados, mas deu para ficar sentado na frente dos tubarões. Imperdível. IMPERDÍVEL. Lembrei muito do "Procurando Nemo". Não deu tempo de andar no teleférico com a vista da imensa ponte Vasco da Gama, mas tudo bem.

 

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Voltamos para o Shopping e fizemos uma busca infrutífera por livros nas fracas bibliotecas. Jantamos sopa ali (E$ 7,15) mesmo, compramos chocolate e refrigerante no supermercado (E$ 2,69) e corrigimos a besteira de estar sem muitas pilhas recarregáveis (E$ 12,79) e pegamos o ônibus de volta para o aeroporto.

 

A verdade, meus amigos, é que não planejamos visitar Lisboa. É que como o nosso voo de conexão para Atenas só saia às 22h, decidimos passar o dia passeando por lá. Foi rápido mas, como viram, o que vimos já foi incrível. A capital portuguesa nos surpreendeu muito positivamente. E, como despedida, o meu querido bacalhau no azeite foi servido no voo noturno. ô beleza!

 

Ah! A água oxigenada dela foi barrada na hora do embarque. O creme de cabelo também. A coca-cola também quiseram barrar, mas eu mostrei como se bebe 600 ml em 1 minuto. Eles também deixaram ela usar o creme de cabelo pela última vez (cena inesquecível, sobretudo a negociação). ::lol4::

 

Gasto do dia: E$ 98,64 para duas pessoas

Lições: ter guarda-chuva, verificar a quantidade de pilhas

Dica imperdível: usar o ônibus executivo que sai do aeroporto

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Dia 7/4 - Sábado (Santorini)

 

Chegamos às 4 da manhã no imenso e deserto aeroporto de Atenas. A noção de fuso horário já ia para o beleléu, mas eu tinha uma contagem exata da quantidade de horas do último banho em Brasília, na tarde de quinta-feira. Mas a gente se ama, é isso que importa.

 

Tomamos café no aeroporto (E$ 4,40) e descobri que ali temos a internet de graça mais rápida que vi na vida. Por outro lado, o carrinho para carregar a bagagem custa 1 Euro a locação. Uma mochila também estava mal fechada e usei o Protect Bag (E$ 5,00).

 

Pegamos o voo da Aegean para Santorini das 10 da manhã e lembrei que íamos pra praia. Era ainda primavera, mas as pessoas pareciam bem felizes no avião. Me senti na sessão da tarde, com aquele monte de gente estrangeira sorridente. O voo durou menos de 30 minutos. A vista rápida das ilhas é uma coisa espetacular, única, divina. O paraíso tava logo ali.

 

O aeródromo de Santorini tem uma estrutura militar ao sul, com caças estacionados, e uma estação de passageiros que parece uma rodoviária charmosinha. Logo ali descobri o segredo das pias gregas: elas são acionadas por um pedal. É genial! Você não precisa tocar nada com as mãos antes de lavá-las. Saimos cada um do seu banheiro, sorrindo, dizendo "viu como é que é?". Dois brasileiros matutos.

 

A dona da pousada Summertime Pension, Eletheria, já estava lá com uma plaquinha da pousada. Tive ali contato com o maravilhoso inglês grego (Two for you vira 'tu tu iu') e o greece way of life: a mulher é uma tremenda mãezona, com aquele carro bagunçado de mãe e as mil recomendações. Adorei. A ilha tem uma grande montanha na parte sul/sudeste e subimos até Thira, o vilarejo-capital. A pousada é simples mas extremamente limpinha. Corri para ver se o banheiro era pequeno como diziam: não era. MAs realmente era só uma duchinha no lugar do chuveiro. Mas já tinha lá um suporte para colocar lá em cima. "For west people. We know you like it". "Eufkaristó", respondi. Pagamos 70 Euros por 2 diárias para casal. O preço foi maravilhoso e a pousada atendeu à expectativa. Gol do trip advisor. ::otemo::

 

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Era por volta de 13 horas local, 7 horas da manhã no Brasil, e quase 40 horas sem banho. A Grécia começou, portanto, com um bom banho. Mas só em pensar que tava no outro lado do Equador e no outro lado de Greenwich, valeu a pena o esforço. Fomos almoçar no "restaurante da Mama", onde conhecemos uma maravilhosa coisa chamada Moussaka. Recomendamos! Mesmo mesmo! Se há 1 ano dissessem que eu adoraria comer um troço que parecesse um pudim de carne, eu iria passar mal só de pensar. Mas agora eu juro que vou ligar pra Embaixada da Grécia perguntando onde tem Moussaka em Brasília... DElícia! Custou 25,00 com vinho, água, pães e um docinho. :D

 

Pegamos um táxi (10 Euros) e fomos para uma praia. Pensei em várias opções para onde ir, mas acabamos seguindo a sugestão do motorista e fomos para Kamari, um lugar muito agitado no verão mas que estava tranquilinho. Deitamos naquele moooonte de pedrinha vulcânica pequenina, redondinha e lisinha. Foi como brincar de jardim japonês com o corpo inteiro. Delícia. O plano de tomar banho no Egeu da forma como vim ao mundo foi abortado porque a água tava muito gelada. Mas era uma visão linda. Aquela montanha gigantesca à direita, uma praia diferente, pessoas a mais de 50 metros de distância... Foi lúdico, quase surreal. ::mmm:

 

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Às 16h00, mercadinho para comprar ima de geladeira (E$ 1,50), chocolate e água (E$ 3,25). Às 16h30, reencontramos o taxista para um caminho lindo, diferente e um pouco perigoso até o outro lado da ilha, Oia (se pronuncia Ia). Custou 20 Euros. Caminhamos um pouquinho em direção ao mais lindo pôr do sol que já vi na vida (o segundo fica em Jericoacoara, no Ceará). A foto é a capa do meu facebook. Ver aquele pôr do sol ali foi, sem dúvida, um dos momentos altos da viagem e certamente vou contar para os netos. É a hora que você olha pra si mesmo e diz: "olha onde eu tô".

 

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Em Ia compramos um creme de cabelo (E$ 2,75 - ou seja, menos de 9 reais, um preço bom até para o Brasil) Na volta, pegamos o último ônibus de transporte público (E$ 3,20 para dois) e descemos em Thira. Teria sido muito mais barato fazer todos os trajetos do dia de ônibus, mas decidimos gastar mais de táxi devido ao extremo cansaço do dia. Era já duas noites dormindo dentro de avião. O ônibus estava MUITO lotado. Nem deu para ver nada.

 

Demos ainda uma pequena passeada por Thira, o suficiente para, por acaso, achar a lojinha que havia encontrado pela internet (Pelican Travel) para o passeio do dia seguinte - 56 Euros para duas pessoas. Fomos em um pequeno mercado comprar água, refrigerante e doce (E$ 7,70). O doce, infelizmente, era horrível, mas valeu à pena provar. Era um espécie de "ninho de nozes com muito mel". Doce pra caramba. Chega doía a cabeça. Tem um troço parecido no Habib's.

 

Deixei a Ariadne no hotel e fui procurar o que comer. Acontece que ela estudou grego, e eu não. Mas consegui farejar o local que parecia ser mais barato: estava cheio de gregos e e parecia ser feito para gregos, e não para turistas. Creio que o nome era Souvlaki (E$ 7,00), que é basicamente um Kebab com um molho branco. Mas senhoras e senhores, até hoje eu me arrependo de não ter comprado umas 2 toneladas daquilo e mandar em um conteiner-frigorífico pro Brasil. Ô negócio gostoso! Mas levei também 5 Euros em 2 pedaços de pizza (caro!) caso não fosse bom.

 

Gasto do dia: E$ 225,60 para duas pessoas

Lições: o transporte público é muito mais barato. A summertime não vista para o mar, mas o preço é ótimo. Mas eu não preciso dormir olhando pro mar

Dica imperdível: provar a culinária grega

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Dia 8/5 - Domingo (Santorini)

 

Bom dia!!! Acordamos bem cedo, com roupa de verão, mas com casaco na bolsa, e seguimos para o "Old Port of Thira". Descemos no bondinho (E$ 8 euros para dois) e encontramos um casal de venezuelanos. Nós, latinos, temos a doçura de falarmos muito. Divertido. Melhor ainda foi descobrir que eles também estavam no mesmo passeio. Era um barco de madeira, pequeno, bem charmoso, para cerca de 30 pessoas. A guia logo se apresentou e disse que podíamos chamá-la de "Mama". Os gregos são ótimos. Ela fazia piada, falava besteira, fugia das perguntas... ...totalmente grega! :D

 

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Em uns 10 minutinhos de muitas fotos (o lugar é incrível, eu digo) já estávamos na ilha que é o "olho" do Vulcão de Santorini. Se do outro lado o mar das pedrinhas redondinhas é rasinho, desse é a "caldeira" e fiquei só imaginando a profundidade. Para quem não sabe, Santorini é um enorme copo afundado, e a ilha é só a bordinha do lado de fora. Pesquisem. Aliás, dizem que lá foi Atlântis. Nem precisavam inventar isso pra ser um lugar muito turístico.

 

Na ilha do vulcão (Nea Kameni) paga-se 2 Euros para entrar, por pessoa. Mas vale, viu? Aprendemos muito sobre essa origem geológica da ilha e foi ótimo sentir o calor do vulcão, vindo de baixo. A caminhada foi tranquila pra mim, mas é interessante ir de roupa leve. Pessoas um pouco acima do peso podem sofrer um pouco. É muito interessante ver o "olho" do vulcão e as imagens das últimas erupções. Compramos uma água (E$ 0,50)

 

Trocamos o barco e seguimos por águas bastante revoltas (senti um pouco de medo, confesso) até o que eles chamam de "hot springs". Quando a guia terminava de dizer que quem quisesse tomar banh... tchibum. Lá se está Ariadne na água junto com uma hispânica risonha. As nórdicas ficaram assustadas. Todo mundo abaixo da linha do Equador e da peníssula Ibérica se jogou na água. Quando eu saltei, só fiquei pensando em quantas dezenas de metros talvez tivesse para atingir o fundo e a quantidade de espécie marinha que tinha por ali. Caso você nade tão bem quanto eu, se prepare para provar uma água de gosto muito ruim. ::dãã2::ãã2::'> É enxofre! Amarelado, até. O "hot springs" nem é tão hot assim: só às vezes passa uma corrente mais quentinha que te faz olhar feio para quem tá por perto antes de lembrar que isso é coisa do vulcão. ::bruuu::

 

Mas o importante é: quantas vezes na vida você vai tomar um banho na caldeira de um vulcão!? ::Ksimno::

 

O novo trecho de barco foi mais agitado ainda e precisamos ficar fora do convés. A próxima parada foi na ilha de Therasia. Algumas pessoas enfrentaram a escadaria, mas preferi me concentrar em um almoço maravilhoso com nas cadeirinhas na beira do mar (E$ 23,80 - e aceitou débito! - ali!). O peixe de santorini com muito azeite provou sua fama.

 

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Na volta, já por volta das 15 horas, passamos perto de Oia - onde não deu para desembarcar devido ao mar agitado. O barquinho lutava conta as ondas que batiam no imenso paredão. É muito diferente de qualquer passeio de barco no Brasil. Quando vi, era a guia aprendendo a pilotar. É brincar com o medo dos outros, né? Descemos no velho Porto. Lá, a Ariadne subiu de jumento (2 EUros) e eu subi correndo pra testar o preparo físico - cheguei lá em cima morto e morto de feliz.

 

Voltamos para ver o pôr do sol na caldeira por um ângulo diferente. Acontece que sentimos os ventos mais fortes que já vi na vida e acamos ficando em um café gostoso (E$ 17,60 sanduíches enormes, cafés enormes).

 

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Passeamos um pouquinho pela linda vilinha. É uma Praia da Pipa, é uma Jericoacoara, é uma Porto de Galinhas, é uma Ilha do Mel... é uma maravilha. Compramos 2 camisetas por 18 euros, 4 imas de geladeira por 2 Euros e gastamos mais 3,40 com postais e pulseirinhas de "olho grego".

 

Nem tava com fome, mas dei uma passadinha pra ela ver como são feitos os Souvlakis. Mais 5 Euros e um sorriso do tamanho da história antiga. No supermercado pegamos suco, refrigerante e um vinho de uvas plantadas em áreas vulcânicas (E$ 8,69).

 

Comemos na varanda da pousada, olhando as lindas cores de Santorini. Sou cearense e já fui em centenas de praias belíssimas na minha vida. Mas eu garanto que nada se compara ao que vi ali.

 

Gasto do dia: E$ 92,99 para duas pessoas

Lições: os preços em Santorini são estranhos. Há coisas caras e há coisas baratas. Com tempo, usar os jumentos ou os próprios pés é muito mais barato que o bondinho

Dica imperdível: fazer o passeio até a caldeira do Vulcão. É uma experiência única na vida.

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Dia 9/5 - Segunda (Santorini e Atenas)

Não era domingo e não somos religiosos, mas acordamos com vontade de ir à igreja. É as igrejinhas gregas são lindas. Voltamos no hotel rapidinho, pegamos a bagagem e seguimos a pé para a praça central, de onde partem os ônibus para o aeroporto (3,20 para dois). Foi bom chegar um pouco antes porque quem chega em cima da hora fica sem ter onde sentar.

Aeroporto, bombomzinho (E$ 3,20 - note, quase o preço dos souvlakis!) voo da Aegean, aeroporto. Para as Olimpíadas de 2004, o governo grego construiu uma extensão do metrô - por superfície - até o aeroporto. Não pense em qualquer outra alternativa para se deslocar até ali. O aeroporto é longe pra caramba e de táxi deve dar uma nota. Para o aeroporto, a tarifa é mais alta - 14 Euros para nós dois.

 

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Além do mais, o metrô é limpo, seguro, organizado, com várias indicações em inglês. Aliás, minha esposa estudou um ano de grego moderno e conhece o clássico. Ela conseguia ler quase tudo e tínhamos um "guia folha" em mãos. Eu não reconhecia nem as letras. Mas a grande maioria dos gregos que encontramos falava inglês. Não tive qualquer problema com isso. Em todas as regiões turísticas são onipresentes as placas em inglês. Há também várias indicações em francês e em espanhol. Em Atenas não tiveram muita paciência para ouvir ela falar grego, mas em Santorini e no interior foram pessoas tranquilas, pacientes e agradáveis. ::otemo::

 

Pela internet, eu havia feito contato com o Athens Backpapers Studios. É uma das melhores dicas para Atenas. Eles tem opções desde quartos para um monte de gente quanto quarto para casal. Como ela queria muito a experiência de albergue, ficamos em um quarto para 4 homens ou mulheres. O albuergue fica a poucos passos da estação de metrô Akropoli. Foi necessário trocar de linha de metrô - e como já estava um pouco movimentado tomamos alguns cuidados básicos, porém foi tranquilo. A linha do aeroporto é a linha azul. Na estação Syntagma fizemos a baldeação para a linha vermelha, sentido Anghios Dimitrios / Alexandros Panagoulis.

 

Interessante que cada bilhete de metrô em Atenas dá para 2 viagens em um determinado período de tempo, e por isso as pessoas têm o costume de deixar os bilhetes só parcialmente usados logo na entrada para mais alguém pegar. Se fosse no Brasil, já ia ter um grupo específico pra isso, né?

 

Caso vá para o Athens Backpapers, não cometa o nosso erro e não siga para o lugar errado. Na verdade, íamos para o Athens Backpapers Studio, e por isso precisamos caminhar mais 3 quadras para outro lado. Mas foi lindo, viu?! Em Atenas simplesmente temos árvores com laranjas no meio da rua! Tudo ali naquela região é lindo, com um boulevar com boa cobertura arbórea, sensação de segurança e aquele climinha gostoso de 20 graus. Foi uma tremenda realização pessoal cutucar a Ariadne pra dizer, "olha ali pra cima", e apontar para a Acrópoli. O sorriso dela fez toda a vida fazer sentido. ::otemo::

 

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O Athens Backpapers é limpo, moderno, arejado, bem equipado, bem localizado. Em suma, perfeito. Pagamos 138 - no débito - por três noites. Vamos ver Atenas, vamos? Mas a fome batia. Eram 15 horas! Voltamos para o boulevard próximo da Acrópoli e comemos um macarrão gostoso (eu) e moussaka (ela) por 18,00 Euros. Completo, sem medo de errar. Quando a fome é grande a gente não quer arriscar, né?! Assim que você senta, chega logo pão e água. A nossa sugestão é: aproveite o azeite e coma o pão!

 

Já eram umas 3 da tarde a opção era seguir para o Museu Arqueológico de Atenas. Pagamos 5,60 de metrô para quatro bilhetes e chegamos lá sem muito erro. Descemos na estação Omonia, na própria linha vermelha. Precisamos comprar um guarda-chuva (3 euros) e caminhamos pelo centrão de Atenas. Era uma cidade, sem dúvida, em crise econômica e manifestações políticas. As avenidas de Atenas me lembraram a Avenida da Universidade, cheia de cartazes.

 

Como era segunda, o museu ficava aberto até mais tarde, e a entrada custava 7 euros por pessoa. O acervo é espetacular e todo o sono e cansaço da Ariadne foram embora. Eu fiquei imaginando que ainda bem que não filmaram "Uma noite no museu lá"- ia ser tenebroso - só tem obra de arte de gente nua ou decapitada hehehehehe ::tchann:: Falando sério, o museu vale à pena. Ficamos lá até umas 7 da noite.

 

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Voltamos de metrô, fizemos um lanchinho de 3 euros e eu sai em busca de souvlaki e coca zero enquanto a Ariadne ficava no quarto. Acredite: ela teve que trabalhar um pouco durante essa viagem. Daí que foi justamente a hora que eu encontrei os primeiros gregos que não falavam inglês. Apontei para o que eu queria, mostrei minhas notas para eles dizerem quanto custava, e voltei também com um vinhozinho. Acordei ela, jantamos, e dormimos.

 

Gasto do dia: E$ 199,00 para duas pessoas

Lições: Guarda-chuva!!!

Dica imperdível: O nosso local de hospedagem foi outro gol do tripadvisor!

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Dia 10/5 - Terça (Atenas)

 

O café da manhã no térreo é interessante. Um ovo cozido, uma xícara de café, um sachê de uns 30ml de leite (ainda não entendi aquilo) e um pão com manteiga e geleia. Comprei achocolatado (2 euros) pra completar. O dia ia ser longo - e lindo - e inesquecível - e perfeito.

 

Caminhamos para a Acrópoli. Logo ao entrar no sítio histórico já é incrível pensar: os "caras" caminharam por aqui! A pulsação foi lá pra cima. Ainda bem, fazia um frio muito grande. Pagamos 24 Euros (os dois) para entrar. Podia ser 200 Euros, valeria.

 

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(Acima, o Teatro de Dionísio. Foi como o Sheldon Cooper encontrar o Hawking)

 

É notável o fato daquele lugar ser mais uma ruína que um prédio. Perfeito que seja assim. Cada coluna e estátua destruída, roubada ou violentada por religiões, ideologias e exércitos conta a história da eterna tentativa de se destruir o ideal da humanidade, e só a humanidade, ser a medida de todas as coisas. Inclusive dos deuses. ::hahaha::

 

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É emocionante. O frio apertou, mas tínhamos muitos turistas e sempre voluntários para fazer fotos. Ventava muito, também. Acrópoli, significa "cidade alta". Não é a tôa.

 

Alguns lugares, como o teatro de Dionísio, ficam mais esquecidos pelo público. O Partenon, obviamente, é lotado. Mas se prepare para caminhar. E muito! Saindo de lá, fomos ao Areópago e à Ágora. Se você tiver sem tempo, não sugiro. Compramos 1,30 de lembrancinhas e 5,00 de chocolate quente. Não sei se pela empolgação, pelo frio ou porque a vida é bela, caminhamos pelo longo boulevar "Dionísio" que contorna toda a parte debaixo da Acrópoli até o retorno para perto do

albergue. Um saxofonista tocava "My way". Dançamos ali mesmo, mas eu só tinha 0,20 Euros trocado. ::kiss::

 

Como tava perto, já fomos caminhando até o templo de Zeus Olímpico. Bem bonito. Como tava perto, caminhamos até o Estádio Panatinaikos, que foi todo construído em mármore! Ele é da época do Império Romano, teve até luta de gladiador, mas foi reconstruído para as olimpíadas no século XIX. Custaram 6 Euros as entradas, e já valeu pelo banheiro limpinho! Tem muita informação interessante no audioguide (incluso no valor), um pequeno museu sobre as olimpíadas... Já se perguntou pra onde as tochas olímpicas vão depois das olimpíadas?! Pois é, vão pra lá. Eis uma visita surpreendentemente maravilhosa.

 

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(Acima, o estádio. De lá dá pra ver a Acrópoli)

 

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(E lá vai pra ele pra final da Maratona... É Tetra!!! É tetraaaa!!! É teeeetraaaaa!!!!)

 

Como tava perto, passamos em um prédio bonito por ali, o Zappio, que ainda não sei o que é, mas não tinha nada dentro. Como tava perto, fomos para o National Gardens até a praça Syntagma, conhecida pelos protestos recentes. Em frente, fica o Congresso grego. Se os soldados vestidos de forma engraçado estiverem parados, aguarde. Muito em breve eles vão fazer uma troca de guarda que é simplesmente imperdível. Encontramos ali os primeiros brasileiros em Atenas.

 

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Do outro lado da praça, tinha um Mc Donald's. Eu não gosto de Mc Donald's, mas é realmente uma opção barata e extremamente calórica para se manter na viagem. Como tava perto e já era umas 4 da tarde.... Na hora que sentamos chega as pernas tremeram. O curioso é que se por todo canto a Mc Donald's emprega adolescentes, na Grécia só vi senhoras, de quarenta anos pra cima, trabalhando ali. Duas barrigas cheias por E$ 13,40 e E$ 1,60 por um chocolate. Acontece que a barrinha de chocolate era boa, boa, boa, boa, boa demais! Gastei mais E$ 10,00 de lembrancinhas, o que incluiu esses chocolates, e comprei um

Lego para o meu sobrinho (E$ 12,99 tava barato, viu?).

 

Fizemos essas comprinhas na zona comercial entre a praça Syntagma e a Acrópoli. Era 17h30. Daí que esse era o dia do Museu da Acrópoli ficar aberto até tarde. Mais 10,00 Euros de entrada para dois. O museu é ESPETACULAR e passamos um pouco mais de 2 horas lá dentro.O mais legal que achei é que eles mostram como devia ser a Acrópoli toda inteirinha.

 

Voltando ao Backpapers, recebemos um papel que às 20 horas tinha uma dose de graça pra cada hóspede no bar. Entrando no quarto, encontramos um rapazinho suíço e um argentino que mora no Emirados Árabes Unidos. Entre francês, inglês e espanhol tivemos o ganho cultural e a perda de 18,00 Euros de coca zero e cervejas coloridas. Não é barato não. É que a gente bebe pouco ::cool:::'>

 

Gasto do dia: E$ 107,99

Lições: Acho que nesse dia a gente acertou tudo, né?

Dica imperdível: Muitas coisas de Atenas ficam perto. Realmente dá para fazer à pé. É tudo simplesmente maravilhoso.

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Dia 11/4 - Quarta (Delfus)

 

Não tínhamos a certeza de ir para lá, mas como no dia anterior deu para ver muita coisa, tivemos coragem. Fiquei até um pouco mais tarde no computador pesquisando, pois esse roteiro eu não tinha feito.

 

Fomos para o metrô bem cedo, por volta das seis da manhã. Estava completamente deserto e eu um pouco tenso porque o ônibus saía da rodoviária às 8. Um erro foi não ter direito o mapa de onde fica a rodoviária. Descemos na estação Larissa, ainda na linha vermelha.

 

Quando tava quase na hora de desistir encontramos a bendita rodoviária. ::essa:: Fica em uma Atenas que não tem absolutamente nada de turística, bagunçada, etc, em um imenso bairro residencial. Eu tenho um "GPS na cabeça" e dificilmente me perco, mas dessa vez fiquei tão perdido que entramos por onde os ônibus saem. Eu corri para comprar as duas passagens de

ida (30,20, as duas) e ela comprou achocolatados (3,00 euros). Subimos em um ônibus errado ::essa:: e fomos brutalmente colocados para fora. Faltou pouco pra usarem as mãos. Mas não foram nem um pouco educados. Eu tentava falar inglês e eles só respondiam com "no no no no no no no no". Paciência. Entramos no ônibus certo e dormimos muito a bordo. Era o ônibus que

vinha logo depois. É que os gregos atrasam, sabe?

 

No meio do caminho o ônibus para em um restaurante e tem o grande diferencial de ter a vista para uma montanha super alta com neve no topo. Não tocamos na neve, mas foi a primeira vez que ela viu neve. Aproveitamos e fizemos fotos. Por 1,50, comemos um Alfajor maravilhoso. Sim, alfajor no interior da Grécia. Isso se chama globalização. ::cool:::'>

 

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(Na Grécia, uma parada do ônibus pode revelar uma vista espetacular)

 

Em Delfus, há dois sítios históricos e um museu com entrada de 9 euros por pessoa. É simplesmente maravilhoso o visual. Imagine que os gregos iam caminhando até ali. As montanhas são imponentes e cada ruína tem uma história única. Um carneiro berrava perto do templo de Apollo: sorte dele que ninguém mais faz sacrifício por ali.

 

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(A Ariadne fez um grupo de estudantes canadenses se posicionarem igual ao coro das tragédias e comédias das peças antigas. Eu me supreendo como tem gente que ainda cai na ideia hehehe Depois eles dançaram break)

 

Como é muito montanhoso, as distâncias não são grandes, mas cansa MUITO. Planeje bem a visita para não andar à tôa. Subindo até a pequena cidade, escolhemos o restaurante Dionísio só pela placa. Comemos moussaka por 17,50. De entrada vieram umas azeitonas diferentes e com molho... delícia! Preço bom e foi bem rápido. Já eram umas 3 da tarde. Detalhe: a vista era incrível - dava pra ver desde um cume com neve até o litoral. Não temos essa vista no Brasil! É simplesmente espetacular. ::ahhhh::

 

Mais 30,20 de passagens de ônibus, 2,80 de metrô e um lanchinho de 4 euros. SOno, sono, sono.

 

Gasto do dia: E$ 137,50

Lições: Ter o mapa preciso até a rodoviária. Dá pra ir de metrô, mas faltou planejamento.

Dica imperdível: Delfus. É único. Não tem taaanta coisa pra ver, mas o visual é espetacular e

você precisa pensar na história para sentir a importância do local.

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Dia 12/4 - Quinta (Atenas / Roma)

 

Pensamos em ir até o templo de Poseidon, que fica no litoral, mas decidimos fazer uma coisa bem diferente. 2,80 de metrô e fomos para o porto de Atenas. Fizemos baldeação na estação Omonia para a linha verde e fomos até o final - estação Piraeus. É uma parte bem diferente da cidade e, para a Ariadne, tem sua importância histórica. De volta, com menos de 2 horas, utilizamos os mesmos bilhetes e descemos na estação Monastiraki. Visitamos o mercado de pulgas, que vende de havaianas à armas. A grande pechincha foi uma sapatilha Van pra ela que custou 10 Euros. Semana passada vi no shopping uma igualzinha aqui por 180 reais.

 

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Passamos também em uma livraria ao lado da Universidade (estação Panespistimio) e compramos livros. De presente, o vendedor deu mais dois! :)

 

Foi um dia sem paisagens espetaculares, mas a ideia era ver um pouco da cidade de verdade. (Não dá pra passear por Ipanema e dizer que conhecer o Rio de Janeiro)

 

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(Acima, um pouquinho da Atenas não-turística, na rua atrás da Universidade)

 

Já tínhamos deixado as mochilas na área de mochilas, voltamos rapidinho, pegamos e voltamos para o aeroporto de metrô. Almoçamos por lá e pegamos um voo da Easyjet para Roma.

 

Dentro do avião uma mulher de não sei qual país perguntou que foto linda era aquela do desktop. Era Oia. :D

 

Uma dica interessante ainda é que dentro do avião da Easyjet eles vendem os bilhetes para o ônibus que leva do aeroporto até a Termini, o centro nervoso do transporte público romano.

 

Gasto do dia: E$ 121,89

Lições: Cuidado com os ladrões em Atenas. Não é uma cidade segura. É muito importante prestar muita atenção para quem você pede ajuda. É só sair da área da Acrópoli que tudo muda.

Dica imperdível: Ninguém tinha sugerido o mercado pra gente, mas acabou sendo uma boa. Bem curioso.

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