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Relato de Vicente Zancan Frantz, autor do livro Mochileiro Aprendiz Aventureiro.

 

Fonte: http://pelapaz.com/o-livro/

 

"“O objetivo da organização deste livro é compartilhar uma experiência de vida. O êxito destes escritos consiste na prática de reflexões descontraídas. A expectativa é instigar a criação de oportunidades semelhantes a todos os interessados por vivências da mesma espécie, bem como possibilitar que cada leitor desfrute parte desta grande e emocionante aventura.” (p. 13).

 

 

 

“Desde sempre eu sonhei viajar. Imaginava que não poderia haver maior felicidade e realização do que conhecer o máximo possível das tantas belezas mundanas. Algo como o sentimento de que a vida é curta, o Céu é promessa e, assim, conhecer e saborear os infinitos feitos divinos ao longo deste planeta seria o próprio Paraíso.” (p. 13-14).

 

 

 

“O destino inicial da viagem era Londres, capital da Inglaterra. (…) Em suma, a vasta cultura, a prática do inglês e a força da moeda determinaram a minha escolha.” (p. 15).

 

 

 

“É sempre divertido aproveitar as atrações turísticas de cada local, conhecendo as coisas boas que são mostradas aos viajantes. Mas não devemos nos contentar com tão pouco. Comparar as peculiaridades de cada povo, de cada mente, de cada idéia, bem como refletir exaustivamente para contribuir com a construção de um mundo melhor é um dever de cada um de nós, cidadãos do mundo.” (p. 19-20).

 

 

 

“Embora todos devessem ter o direito de viajar e conhecer, infelizmente poucos têm a oportunidade de desvendar a realidade que às vezes somente os livros nos trazem. E nenhum dos contemplados com tamanho privilégio tem o direito de se eximir da responsabilidade de compartilhar a respectiva vivência. Também por isso, a realização deste relato.” (p. 20).

 

 

 

“Chegando em Londres, dia 23/09/2003, fui morar numa casa de brasileiros. Eram 2 quartos e uma sala, nos quais morávamos em 17 pessoas. Não havia espaço para todos sentarem ou dormirem ao mesmo tempo. Era preciso improvisar. O pessoal era conhecido de um, que conhecia o outro e assim por diante, todos se ajudando na experiência de viver longe do berço.” (p. 25).

 

 

 

“É imprescindível ter um espírito aventureiro, a mente totalmente aberta para novas idéias, novos pensamentos, novas atitudes e comportamentos, novas personalidades, novas formas de interpretar a vida, a relação de amizade, de família, de trabalho, etc.” (p. 26).

 

 

 

“O bom viajante é aquele que aproveita as novas informações disponibilizadas para refletir sobre o mundo, os outros, a vida e si mesmo. Deve-se buscar constantemente o aperfeiçoamento do nosso viver para, de uma maneira menos ignorante, alcançar mais felicidade. No fundo, busca-se nada mais do que conhecimento, de uma forma descontraída. O bom viajante é também bom aprendiz.” (p. 26).

 

 

 

“Nos primeiros dias em que lá cheguei eu estava literalmente assustado. Quase tudo era diferente daqui. As coisas não eram exatamente como eu tinha lido ou ouvido falar. (…) A comparação com a pátria amada era sempre inevitável e extremamente dolorosa. Deus do Céu: por que um mundo tão injusto e ignorante?” (p. 26-27).

 

 

 

“Acreditem se quiser. Saí da loja de música feliz e ansioso. Sem ensaiar uma única vez, fui até a Oxford Street, principal rua londrina, e comecei a tocar em frente à loja Selfridges, uma das mais caras da cidade. Eu sabia que as pessoas que saíam da loja tinham dinheiro, bem como era expressamente proibido tocar naquele local. Mesmo assim arrisquei umas notas. (…) Após sessenta minutos (…) eu estava dentro de um ônibus, indo para casa, sem acreditar na loucura que tinha feito.” (p. 37-38).

 

 

 

“De maneira geral o Brasil está em moda no exterior. A música brasileira, assim como o futebol e o carnaval, são bastante conhecidos pelos estrangeiros. Todos gostam da informalidade verde-amarela e admiram as belezas de nosso país. As pessoas são curiosas para saber como somos tão alegres e festeiros, mesmo com tantos problemas.” (p. 39).

 

 

 

“Em março do mesmo ano eu consegui um emprego num bar em Islington, pertinho de Camden Town. O lugar era triste e engraçado. Triste porque às dez da manhã já havia fila de clientes alcoólatras na porta, esperando para começar a sustentar o vício. Engraçado porque a média de idade dos consumidores era próxima dos 70 anos, sendo que todos se embriagavam! O passa-tempo deles era achar o mais velho da turma.

 

Fui lá 3 ou 4 vezes em busca de trabalho, sempre tentando caprichar na pronúncia do Inglês, colocar um sorriso no rosto e tentar passar a confiança de que eu seria capaz de servir bebidas atrás de um bar. Nesta altura do campeonato eu já era um “expert” em pedir empregos.(…) Nunca havia ficado tão desolado. Mas desta vez tinha dado certo.” (p. 49).

 

 

 

“Semana passada estive em Paris. (…) Foram dias absolutamente encantadores. Uma cidade aconchegante, romântica, limpa, cheia de restaurantes e cafés e, conseqüentemente, super concorrida por turistas.” (p. 77).

 

 

 

“…enfrentarei muita neve e gelo do alto inverno europeu, contrastando com a sauna caribenha de 40º C que me esperam.” (p. 92)

 

 

 

“Os italianos gostam muito da moda. São vaidosos. Quando se trata de estilos de óculos de sol, jóias e casacos de pele, acho que não há quem os bata. Esta é uma diferença interessante dos alemães e espanhóis, que já valorizam mais a casa e o jardim.” (p. 132).

 

 

 

“Em Cuba há mendigo com curso superior. Isso é ótimo porque mostra a educação disponível a todos, mas péssimo porque sentencia o desemprego e a pobreza. Em tempo, tais mendigos não são mais ou menos ricos ou pobres que os outros habitantes da Ilha. A única diferença é que querem ter mais do que o pouco que todos têm e, por isso, submetem-se a pedir esmolas.

 

No dia 23 estávamos numa praia perto de Havana tomando banho de sol, relaxando na areia, bebendo rum e conversando tranqüilamente quando chegou a polícia e pediu os documentos de José. Como nenhum cubano pode conversar com turistas o nosso conhecido foi algemado e preso. Nós não pudemos fazer nada e voltamos para o hotel. (…) Naquele momento experimentamos a restrição de liberdade de uma ditadura.” (p. 146).

 

 

 

“…nós do mundo capitalista temos muito a aprender com os cubanos. Não somos perfeitos, como eles também não o são. E não sejamos hipócritas em defender que a falta de liberdade existe de forma proposital enquanto a miséria é um mal inerente à natureza humana. Bem sabemos que ambas são características do mundo comunista e do capitalista, respectivamente, por pura vontade política. Sim?” (p. 148).

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