Membros campista_rio Postado Dezembro 29, 2013 Membros Postado Dezembro 29, 2013 Olá, já acompanho o site a um tempão, porém sou novo em relatos. Nesta viagem resolvi dividir com todos meu planejamento e minha experiência, priorizando algumas dicas e todos os valores gastos em cada atividade. Para começar, devido à profissão de minha esposa, iniciei os planejamentos com muito pouco tempo de antecedência (a passagem foi comprada duas semanas antes!), porém passei dias pesquisando e sobre Peru para poder aproveitar ao máximo minha estadia. Planejei onze dias de viagem, tentando conhecer o máximo do país, porém prevendo, sempre, entre uma sequência e outra muito intensa, um dia para se recuperar. Segue abaixo meu planejamento e o executado: 1. 1º DIA – 13/12: RIO DE JANEIRO / LIMA: 2. 2º DIA– 14/12: LIMA: Realizar city tour em Pachacamac; a tarde conhecer Miraflores 3. 3º DIA – 15/12: LIMA/ PARACAS/ ICA: Pegar ônibus para Paracas; fazer passeio das Islas Balestras; Pegar ônibus para Ica; hospedagem na Lagoa Huacachina; Fazer o passeio de Areneros. 4. 4o DIA – 16/12: ICA/ NAZCA/ LIMA: Pegar ônibus para Nazca; fazer sobrevoo nas linhas de Nazca; ônibus de volta para Lima 5. 5o DIA – 17/12: LIMA: Descanso/ visitas extras 6. 6º DIA – 18/12: LIMA / CUZCO: Voo para Cuzco; aclimatação. 7. 7º DIA – 19/12: CUZCO: City tour em Maras Moray e Salineras 8. 8o DIA – 20/12: CUZCO/ VALE SAGRADO/ AGUAS CALIENTES: City tour no Vale 9. 9o DIA – 21/12: AGUAS CALIENTES - MACHU PICHU – CUZCO: Visita a Machu Picchu; Retorno a Cuzco. 10. 10º DIA – 22/12: CUZCO: Descanso e extras 11. 11º DIA – 23/12: CUZCO/ LIMA / RIO DE JANEIRO: Retorno Tudo planejado, comecei a comprar o que dava com antecedência. Para os translados de ônibus entre Lima – Paracas, Ica – Nazca e Nazca Lima (só não comprei Paracas – Ica com medo de não dar tempo devido ao passeio nas Islas Balestras, o que verifiquei que dava e sobrava) comprei pelo site da Cruz del Sur http://www.cruzdelsur.com.pe/. Vale muito a pena comprar os bilhetes com antecedência (mesmo com IOF de 6,38%), pois você comprar a Tarifa INSUPERABLE (para se ter uma ideia da diferença, o trecho Nazca – Lima pela Insuperable custou 30 soles, enquanto a comum custava 51 soles). Não se preocupe em comprar cadeiras juntas. Devido a isso, acabei sempre comprando uma Insuperable e outra normal. Fato é que o ônibus vai vazio, como não há diferença entre os assentos insuperable e os normais, todos aceitam trocar sem problemas. Para o trem entre Ollantaytambo e Águas Calientes usei a Peru Rail https://www.perurail.com/es/booking.php. Também achei que valeu a pena, não pelos preços, mas pelo fato de, que deixou para comprar na hora, não tinha mais passagem. Outra coisa que comprei com antecedência foram as entradas para Machu Picchu e Huanapichhu no 2º horário (10 às 11horas) http://www.machupicchu.gob.pe/. Depois de ver vários relatos de pessoas que não conseguiam o ingresso escolhido e ver pelo site a evolução das compras (você consegue, pelo calendário do site, saber quantos ingressos ainda restam) optei por comprar ainda em casa. Sobre as hospedagens, como queria um quarto privativo com banheiro para eu e minha esposa pelo melhor custo benefício, e sem muitas dicas, fechei tudo usando o Booking, sempre pagando na hora. Ainda antes de viajar, como queria deixar o cartão de crédito apenas para emergências, comprei dólares e, mesmo lendo várias recomendações contrárias, carreguei meu cartão pré-pago, pois acredito em nunca colocar todos os ovos dentro de uma mesma cesta (mais abaixo relatarei minha experiência com o mesmo). Uma ressalva sobre cartão de crédito: o mesmo tem que ser desbloqueado diretamente com seu gerente para o Peru (eles exigem um desbloqueio específico no Banco do Brasil, devido a problemas nesta localidade). Tanto para as compras citadas acima quanto para o uso no exterior, seu cartão tem que ser internacional (Visa – Plus e Master – Cirrus). Quando realizei todas as compras adiantadas no site, inicialmente tentei usar meu Visa. Para finalizar eles exigem um certificado específico que nunca havia visto antes (Certified by Visa) e que muitos reclamam de não conseguir. Comigo não foi diferente. Porém, ao tentar o Master, com o mesmo certificado exigido, consegui sem problemas! Hospedagens garantidas, translados comprados, vamos à viagem em si (com seus gastos!). 12. 1º DIA – 13/12: RIO DE JANEIRO / LIMA: Peguei o voo ta Taca/ Avianca (agora ambas são a mesma operadora) para Lima sem problemas, a não ser para cadastras as milhagens (quem quiser saber o que houve leia minha reclamação no Reclame Aqui: http://www.reclameaqui.com.br/7418473/taca/impossibilidade-de-cadastro-das-milhas-acumuladas-em-program/). Chegando ao aeroporto já havia um taxi, enviado pelo Hotel, me esperando, com valor negociado previamente. Não queria me estressar procurando taxi logo na chegada. O taxi nos levou e fomos direto ao Hostel escolhido em Miraflores (The House Project- http://www.booking.com/hotel/pe/the-house-project.pt-br.html?sid=ff45330e268ac29da46dcb0cc68615ce;dcid=1). Tivemos que pagar o hotel assim que chegamos. Uma dica: Sai mais barato pagar em dólares, já que fechei com o preço em dólares pelo Booking. Se você for pagar com a moeda local a conversão é péssima para você (nas casas de câmbio, um dolar=2,765 soles; no hotel, um dolar=2,70 soles). Outra dica é tenha o valor certo, pois o troco eles vão te dar na moeda local com aquela taxa que já citei. Como chegamos antes do horário do Check in (14:00hs), deixamos nossas malas na recepção, pegamos um mapa e fomos procurar algum city tour para fazer já na parte da tarde. Miraflores é, sem dúvida, o melhor lugar para se hospedar em Lima e, quanto mais perto da Praça principal de Miraflores (Kennedy Park), melhor. A hospedagem estava a 5 minutos a pé da Praça Kennedy, onde encontramos o Mirabus, uma empresa que faz vários city-tour em Lima e arredores. Almoçamos uma comida simples e bem local na Avenida principal de Miraflores (Av. José Pardo). Esta praça se destacou por ser bem limpa e florida (diferente do que encontro aqui no Rio de Janeiro). Demonstra o zelo que o povo local tem com seu patrimônio. Este bairro é conhecido por ser muito arborizado e limpo, além de bem receptivo para turistas. Fizemos a troca de dólares por soles. Vale mais a pena comprar dólares no Brasil e trocar por soles do que trocar direto Real por soles na cidade. Apesar de possível, a taxa de câmbio é desfavorável. Conseguimos o câmbio de um dolar=2,765soles. Outra curiosidade é que nesta praça existem várias pessoas com coletes azuis identificando-os com câmbio. Cheguei a trocar com essas pessoas, mas a casa de cambio, além de ser mais segura (eles carimbam todas as notas para identificar de qual casa de cambio vem) tem melhor taxa. Recomendo a casa de câmbio. Voltando ao Mirabus, escolhemos, como primeiro city Tour, a visita ao Museu Larco, que leva toda à tarde. Minha sugestão hoje é, caso queira conhecer o mesmo, faça-o com taxi até o local e peça um guia no próprio Museu, sai mais barato e você aproveita mais. O City tour começou as 14h30minhs, terminando por volta das 18h00minhs. O museu é bem bacana, e conseguimos ter uma visão de como foi a evolução daquela região até o domínio da civilização Inca (pois antes dela houve várias civilizações). Retornando a Miraflores fomos à lanchonete La Lucha (acho que se escreve assim). Onde comemos um excelente Hambúrguer (apesar de um preço um pouco “salgado”). Após o lanche caminhamos pela praça, que contava com exposições de diversos pintores, além de comprarmos um mapa do centro histórico em uma livraria para visita futura. Como estávamos muito cansados, retornamos ao Hostel para dormir. Tinha planejado conhecer Barranco e seus bares muito bem recomendados, mas o cansaço não deixou. Gastos do dia (os preços colocados são sempre meus e de minha esposa em acomodações privativas com banheiro e restaurante para ambos): I. Taxi aeroporto Miraflores: 20 dol II. Hospedagem (dois dias): 88,00dol III. Almoço: 31 soles IV. City tour Museu Larco: 140,00 soles V. Lanche La Lucha: 50 soles VI. Mapa: 20 soles 13. 2º DIA– 14/12: LIMA: Realizar city tour em Pachacamac; a tarde conhecer Miraflores. Acordamos bem cedo, tomamos café e fomos direto ao Mirabus para comprar o City tour para o Sítio arqueológico Pachacamac, Este passeio começa as 09h30minhs (se não me engano), terminando por volta das 14h00minhs. Aqui já recomendo o City tour, pois Pachacamac é longe (cerca de 01h30minhs de Miraflores), além de passar por Chorrilhos, subúrbio de Lima com uma aparência um pouco mais perigosa. Bem interessante o Sitio de Pachacamac e como a cidade cresceu em volta. Nos da à clara impressão de que, para a construção das cidades, vários sítios arqueológicos foram destruídos. Ainda vimos um show dos cavalos peruanos (nada demais) e almoçamos em um restaurante próximo a Pachacamac (nossa refeição mais cara, sem dúvida). Aqui usei o cartão pré-pago parra comprovar se era válido ou não, comprovado por sua péssima taxa de câmbio (um dolar=2,65soles). Abaixo falarei mais sobre o cartão pré-pago. Retornando a cidade, pegamos bicicletas em nosso hostel (algo bem interessante neste hostel: eles oferecem bicicletas e pranchas de surf de graça para seus hospedes) e fomos pedalando conhecer outro sítio arqueológico: Huaca Pucllana. Aqui descobrimos que todos locais que você visitar em lima tem guias disponíveis e, grande parte, já está incluso no valor da entrada. Visita feita, pegamos nossas bicicletas e rodamos toda Miraflores, conhecendo pontos turísticos como: Parque Del Amor, vista para o pacífico e Larcomar (shopping beirando o mar). Como praticamente não chove em Lima, o shopping era a céu aberto, com uma vista linda para o mar. Jantamos em uma rua cheia de bares ao lado da Praça Kennedy e fomos dormir cedo, pois o dia seguinte começaria cedo. Gastos do dia: I. City tour Pachacamac: 150,00 soles II. Almoço: 125,00 soles III. Visita Huaca Pucllana com guia: 24 soles IV. Jantar: 70soles 14. 3º DIA – 15/12: LIMA/ PARACAS/ ICA: Pegar ônibus para Paracas; fazer passeio das Islas Balestras; Pegar ônibus para Ica; hospedagem na Lagoa Huacachina; Fazer o passeio de Areneros. Acordamos as 02h45minhs e pegamos um taxi para a rodoviária do Cruz Del Sur. Para evitar surpresas, pedi um taxi à hospedagem que foi um pouco puxado para os padrões locais. Chegamos ao ônibus e fizemos uma viagem até Paracas de aproximadamente 4 horas. Ônibus muito confortável, com café da manha servido a bordo, a viagem passou rápida. Neste você vai observar que o preço está mais caro até que a volta de Nazca – Lima (quase o dobro de distância) devido a não ter conseguido comprar os bilhetes Insuperable, já esgotados. Descendo na rodoviária de Paracas vimos uma cabine de Informação Turística (todas as cabines de informação turísticas avistadas no Peru, na verdade são empresas de turismo querendo lhe vender pacotes – a única informação turística “oficial” que avistei foi em Cuzco, ao comprar o Boleto Turístico). Paguei o Passeio para as Islas Balestras, incluso translado até o local. Dentro do taxi que nos transportou, o próprio motorista falou que pagamos o dobro do que se pegássemos um taxi até o porto e fechássemos direto. Vale a pena devido à proximidade e a economia. Passeio bem bacana, com direito a pinguins e leões marinhos, além do famoso candelabro. Chegando a Ica, mais um taxi até a Lagoa Huacachina. O próprio motorista nos vendeu o passeio de areneros (bugres) para o final da tarde. DICA: Não faça o passeio das 13hs nas dunas, pois, além de ser menos tempo, o sol está escaldante e você perde o espetáculo do pôr do sol. Check-in feito na Hosteria Suiza (sem dúvida a melhor hospedagem da viagem) almoçamos e aproveitamos a piscina do hotel para relaxar Às 16h00minhs começamos nosso passeio pelas dunas de Ica. Sem dúvida um passeio imperdível com visual maravilhoso. Porém não faça de estômago cheio, pois o mesmo é bem radical e você pode não se sentir bem. Depois de muitas aventuras no Bugry e muito sandboard, fomos contemplados com um pôr do sol intitulados pela minha esposa como o mais bonito de sua vida. Retornando ao hotel, saímos para jantar algo e caminhar pela lagoa (que, diferentemente de mais cedo, estava bem vazia). Gastos do dia: I. Taxi Miraflores – Rodoviária: 25 soles II. Ônibus Lima – Paracas: 94 soles III. Passeio nas Isla Balestras: 80 soles IV. Taxas do parque Islas Balestras: 14 soles V. Taxi porto – rodoviária Paracas: três soles VI. Ônibus Paracas – Ica (comprado na hora): 40 soles VII. Taxi rodoviária Ica – Lagoa Huacachina: cinco soles VIII. Passeio de Areneros: 90soles IX. Almoço: 65soles X. Taxas do deserto Ica: nove soles XI. Jantar 32 soles 15. 4o DIA – 16/12: ICA/ NAZCA/ LIMA: Pegar ônibus para Nazca; fazer sobrevoo nas linhas de Nazca; ônibus de volta para Lima. Acordamos cedo, tomamos o café no hotel e pegamos um taxi para rodoviária de Ica. Lá pegamos o ônibus com destino a Nazca onde faríamos o famoso sobrevoo das linhas de Nazca. Como já havia lido em vários relatos, fechei o voo direto no aeródromo de Nazca, o que realmente gerou uma excelente economia (chagaram a me oferecer por 120 dólares por pessoa algo que, direto no local, fechei por 75 dólares! Na empresa Aeromoche Peru). O voo, em si, não é dos melhores: extremamente quente e enjoa fácil (minha esposa vomitou ao final da viagem, mesmo de estômago vazio). Sigam a recomendação: façam o voo de estomago vazio e, só depois do mesmo, almocem. Após sobrevoar as linhas de Nazca e observar algo quase inexplicável (e começar a acreditar em Erik Von Daniken), retornamos para a rodoviária para voltar a Lima. Gastos do dia: I. Hosteria Suiza: 63 dol II. Taxi hotel – Rodoviária Ica: sete soles III. Ônibus Ica – Nazca: 39 soles IV. Taxi rodov Nazca- Aeródromo: 10 soles V. Taxa aeródromo: 50 soles VI. Almoço: 27 soles VII. Ônibus Nazca - Lima: 80 soles VIII. Taxi Rodoviária – Miraflores: 13 soles 16. 5o DIA – 17/12: LIMA: Descanso/ visitas extras Acordamos um pouco mais tarde que o habitual para nos recuperarmos. Após tomarmos café, fomos até a Plaza Mayor, no centro histórico (melhor lugar para iniciar um tour pelo centro de Lima). Ouvi falar muito bem do ônibus metropolitano de Lima (uma espécie de BRT), porém, devido ao preço barato, fomos de taxi mesmo, apesar do trânsito caótico (praticamente sem regras). Chegamos na hora exata da troca de guardas do Palácio em frente a Plaza Mayor. Após, visitamos o Palazio e a Catedral Arzobispal (bem caro, por sinal). Depois saímos caminhando em direção ao Convento de São Francisco, com suas famosas Catacumbas (onde é proibido fotografar). Seguimos até a Plaza Bolívar, onde está ao Museo de La Inquisicion (gratuito com guias de hora em hora). Lá foi o primeiro tribunal da Inquisição da igreja na América Latina. Pena que não terminamos o tour, pois minha esposa sentiu-se mal devido às imagens de sofrimento e torturas protagonizados naquele local. Continuamos caminhando pela Rua UCAYALI, só para pedestres e, devido ao cansaço, pegamos um taxi de volta a Miraflores. Faltou conhecer o Mercado Central, na entrada do Bairro Chino e a poucos metros do Museo de La Inquisicion, bem como o Museo Banco Central e Reserva e o Convento de São Francisco. Mais afastado, faltou conhecer o Museo do Oro, também bastante recomendado em relatos de Lima. Já em ritmo de Cuzco, compramos o Sorochi Pills contra o mal da altitude, fizemos um bom almojanta às 17h00minhs, pegamos nossas roupas na lavanderia (Lavanderia Cristal em Miraflores – ótimo preço), caminhamos um pouco na Plaza Kennedy e retornamos ao Hotel. Gastos do dia: I. Hostel The House Project (2 dias): 88 dol II. Taxi hotel – centro histórico: 15 soles III. Museo Arzobispal: 60 soles IV. Catacumbas: 14 soles V. Almojanta: 118soles VI. Lavanderia: 14 soles VII. Sorochi Pills: 18 soles 17. 6º DIA – 18/12: LIMA / CUZCO: Voo para Cuzco; aclimatação. Com medo de perder o voo, pegamos um taxi novamente recomendado pela própria hospedagem até o aeroporto. Com certeza foi mais caro que o habitual, mas não queria correr riscos de perder um voo. Pegamos o voo para Cuzco com a expectativa do mal da altitude, pois queríamos aproveitar cada minuto disponível (como todo bom viajante) e a ideia de passar toda à tarde dentro do hotel se aclimatando não me agradava nem um pouco. Chegando a Cuzco, pegamos um taxi para o hotel e... NADA DE SOROCHI! Não sei se somos muito resistentes ou o remedinho (Sorochi Pills) já estava fazendo efeito. Na dúvida, recomendo comprar e começar a tomar um dia antes de enfrentar a altitude um por dia. Ainda sobre o taxi, começaram nos cobrando 35 soles, abaixaram para 30 mostrando um quadro de preços dentro do aeroporto, mas consegui fechar por 20 soles (o que provou ainda ser aro, pois na volta paguei 10 soles). Como já era 14h00minhs (o voo atrasou), estávamos atrasados, pois todos City tours em Cuzco começam nesse horário. Vimos um ônibus de city tour passando, fizemos sinal e entramos... numa furada. NÃO façam city tour nos ônibus de dois andares em Cuzco, pois são caros comparados aos outros oferecidos pelas agências de turismo, só param no Cristo, e duram apenas 01h30minhs. Acabado o Fast Tour, como apelidei, fomos abordados por um elemento chamado Arturo Ramos, peruano que fala português fluente, pois morou no Brasil por vários anos, que trabalha na Chaski Peru Treks (http://www.chaskiperutreks.com) e fechamos um novo City tour em Cuzco, Visita a Maras Moray e salineras de bike e Vale sagrado por um preço bacana (em minha opinião). De lá Arturo nos recomendou ir comprar o Boleto Turístico de Cuzco, valido por 10 dias. Como vocês já devem ter lido, existem vários tipos de boleto Turístico, dos totais a parciais. Compramos o Boleto Turístico completo. DICA: se tiver, levem a carteirinha internacional de estudante (ISIC), pois pagará meia entrada neste boleto e em outras várias atrações já citadas aqui. De posse do Boleto, fomos ao Museu Histórico Regional, almoçamos (já bem tarde), caminhamos pela cidade para conhecê-la melhor e terminamos a noite no Centro Qosqo de Arte Nativo, um espetáculo, incluso no Boleto, de dança local que começa às 19h00minhs. Depois dessa nova maratona, retornamos ao Hostel, pois, no dia seguinte, faríamos uma aventura de bike. Gastos do dia: I. Taxi Miraflores – Aeroporto: 50 soles II. Taxi Aeroporto - Cuzco: 20 soles III. City Tour Ônibus: 40 soles IV. Pacote City tour (Maras Bike – 200sol, Vale Sagrado-60sol e City tour Cuzco – 40 sol): 300 soles. V. Boleto turístico: 260 soles VI. Almoço: 100 soles 18. 7º DIA – 19/12: CUZCO: City tour em Maras Moray e Salineras Ao acordar, descobri que havia chovido toda a noite e comecei a ficar preocupado com o Tour por Maras de Bike na lama. Confesso que, acompanhando minha esposa, não estava a fim de enfrentar esse perrengue e ficar todo sujo. Ao chegar à agência, encontrei a irmã do Arturo, que é a dona do negócio. Ela nos alertou das condições das estradas e perguntei se podíamos trocar para o city tour simples por Maras em ônibus, o que foi prontamente atendido pela mesma, devolvendo TODA a diferença sem qualquer aborrecimento (devolução total de 140 soles). Gostei muito da atitude da agência, pois nas condições apresentadas eles poderiam muito bem ter cobrado uma taxa de desistência, pois o erro foi meu e eu sabia que dezembro era época de chuvas na região. A partir dali eles ganharam minha confiança. Saímos para o City tour de Maras em um ônibus com um guia super gente fina. Fizemos uma parada em Chincheros para conhecer mulheres locais explicando como se produz os tão famosos produtos de alpaca e suas cores. Muito interessante ver todos os processos super artesanais, mas também me surpreendeu quando a mesma, após explicar em espanhol, explicou tudo em inglês mais perfeito que eu (o que é uma constante com todos os guias e locais ligados a atividade turística). Seguimos para Maras para conhecermos o Sitio Arqueológico de Moray. A partir daí as coisas começam a se tornar vultosas e lindas. Local utilizado como experimentos agrícolas que, para a época, demonstram que os incas estavam à frente da cultura europeia em vários tópicos. De Maras fomos para as Salineras (não incluída no Boleto Turístico). Não menos surpreendente que Moray, este local sustenta a comunidade local com a extração de sal de alta qualidade, sal este que sai de uma montanha. Superinteressante e inexplicável (dentro da minha ignorância). Aproveitei para comprar alguns pacotes da flor de sal extraída deste local (que em mercados aqui no Brasil custam até 1000% mais caros), e retornamos a cidade. Após almoçar, conhecemos mais um pouco da cidade, como o Museu de Qorikancha, uma pintura feita na Calle El Sol, o monumento em homenagem à água e mercados de artesanatos locais, retornando ao hotel para nos prepararmos para o dia seguinte. Gastos do dia: I. Entrada Salineras: 14 soles II. Almoço: 41 soles III. Devolução Bike Tour: 140soles IV. Lanche noite: 36 soles 19. 8o DIA – 20/12: CUZCO/ VALE SAGRADO/ AGUAS CALIENTES: City tour no Vale Fizemos check out no hotel, deixamos parte de nossa bagagem (só levamos o necessário para uma noite em Águas Calientes) e fomos para o city tour no Vale Sagrado. O city tour do Vale Sagrado passa pelos Sítios Arqueológicos de Pisac, Ollantaytambo e Chincheros. Este último não conheceríamos, pois desceríamos em Ollanta para pegar o trem à Águas Calientes. DICA: Quando comprarem o trem, comprem o das 19h00minhs, pois não há risco de você perder por atraso do City tour e ainda dá para conhecer Ollanta, um vilarejo bem interessante. Também não se preocupem se os guias vão deixá-lo próximo da estação, pois eles já estão acostumados a passageiros que desembarcam em Ollanta para pegar o trem. O primeiro sítio seria Pisac, mas no caminho paramos em uma loja de prata para nos ensinar como reconhecer prata verdadeira (na verdade para no vender prata!!!). Chegamos a Pisac, um lindo sítio arqueológico que servia como província do Império Inca e porta de entrada em direção a Machu Picchu. A guia nos explicou sobre a cidade e nos deu um tempo para conhecer a mesma. Ao terminar, uma família não retornara e ela não pensou duas vezes: ordenou que o ônibus fosse à frente e ela ficasse esperando os atrasados. Achei uma atitude de respeito com todos os outros turistas que estavam no ônibus e não haviam se atrasado, mas pouco comum no Brasil. Após alguns minutos, a família atrasada desceu em um taxi (que já ficam na porta de Pisac para esse serviço e é pago pelos atrasados) e nos encontrou no meio do Valle Sagrado, para continuarmos nosso tour. Parada para almoço e a guia, já preocupada com os atrasos acabarem por não sobrar tempo de conhecer Chincheros de dia, pediu para que ninguém mais atrasasse (claro que todos entenderam, pois ninguém queria ficar no meio do Valle Sagrado perdido!). Chegamos a Ollanta, que era um ponto de parada e descanso para os incas que se deslocavam entre Cuzco e Machu Picchu. Construções enormes e também inexplicáveis (como pedras cortadas perfeitamente, com mais de 50 ton., trazidas a mais de 5 km de distância). Terminado a visita, o Tour seguiu para Chincheros, porém ficamos na cidade para pegarmos o trem. A guia ainda nos deu dicas do que fazer enquanto o trem não chegava, nos mostrando uma trilha que leva até os armazéns de gêneros da cidade, localizados na montanha de frente a Ollanta. Disse que era uma trilha de aproximadamente 01h30minhs de ida e volta, porém, como o tempo estava ameaçando chover a qualquer momento, preferimos não arriscar. Fomos, então, contemplados com um belo arco-íris e, na sequência, com a já esperada chuva. Permanecemos em um café fazendo hora até pegar o trem. Fomo na Empresa Peru Rail, a mais conhecida. A viagem foi tranquila, porém, comparado à viagem de ônibus, o trem é muito mais simples, mesmo sendo mais caro. Serviam, durante o trajeto, um pacotinho de Banana Chips e um copo de bebida apenas. As cadeiras não reclinavam, além de serem sempre em pares de frente um para o outro (causando, para eu que sou grande, chutes nas pernas do vizinho da frente). Confesso que, pelo preço pago, esperava MUITO mais dos trens até Machu Picchu. Terminada a viagem, chegamos a Águas Calientes e fomos direto ao Hostel (Hospedage Willcamayu), localizado na Av Império de Los Incas (Via principal onde passa o trem). Minha esposa foi direto para o quarto, enquanto eu comprava a passagem de ônibus para Machu Picchu (que também achei bastante caro para os preços locais). Como acordaria muito cedo (costume de todos que querem subir Machu Picchu) o café é entregue na noite anterior para você levar e comer quando quiser. Para minha surpresa foi o único café da manhã em toda viagem a me oferecer uma fruta! DICA: Nesta hospedagem, paguei com cartão pré-pago e a máquina do hostel tinha como escolher a moeda. Escolhi dólares e não tive qualquer taxa a mais. Logo, se for usar o cartão pré-pago carregado com dólares em outro país, escolha (quando puder) a moeda do cartão. Tal dica também vale para as lojas Duty Free, alguns restaurantes e hospedagens que aceitam esse tipo de transação. Gastos do dia: I. Hostel El Solar (dois dias): 60 dol II. Almoço: 68,00 soles III. Lanche: 15 soles IV. Peru Rail Ollanta – Águas Calientes: 98,00 dol V. Hostel Willcamayu: 20 dol VI. Ônibus AC – MP: 37 dol 20. 9o DIA – 21/12: AGUAS CALIENTES - MACHU PICHU – CUZCO: Visita a Machu Picchu; Retorno a Cuzco. Acordamos por volta das 04h30minhs, muito preocupados com a chuva que caiu a noite toda, fazendo com que o rio Urubamba ficasse bem violento (o que deixou minha esposa aflita, com medo do mesmo transbordar). Ao abrir a janela vimos que a chuva havia parado e que muitos (que sobem a pé) já estavam a caminho de Machu Picchu. Chegamos à fila do ônibus às 05h00minhs para entrarmos logo que o parque abrisse, pois queríamos ver o sol nascendo e aproveitar o Maximo de Machu Picchu (ponto alto da viagem). O primeiro ônibus sai às 05h30minhs e, para pegá-lo, tem que chegar às 05h00minhs. Para a cidade leve roupas de caminhada e trilha, mas leves, pois faz muito calor em Machu Picchu. Se for época de chuva (Dezembro a março), como era meu caso, leve, também, ponchos e abrigos impermeáveis. Leve seu passaporte, pois precisa do mesmo para entrar. Após o guichê de entrada, à sua esquerda, há uma mesa com o mapa da cidade perdida, para que você não se perca! Ainda na entrada vários guias oferecem seus serviços. Se você estiver em grupo e entre cedo, acho que vale a pena, pois é sempre melhor ouvir uma explicação do que ficar deduzindo ou pesquisando na Internet posteriormente a história de cada lugar da cidade. Como éramos apenas três (juntou-se a nós Ramon, um gaucho que conhecemos no City tour de Maras) fizemos toda Machu Picchu (Portão do sol, ponte Inka, Templo do sol, entre outros) por conta própria e, às 10h00minhs, subimos o Huanapicchu (já incluso no ingresso que compramos). Ao chegar ao alto do Huanapicchu e olhar para a floresta amazônica ao fundo, avistei nuvens carregadas, sinalizando que chuva pesada viria. Descemos o mais rápido que podíamos, exploramos as partes da cidade que faltavam. Antes de sair do parque no mesmo local onde encontrara os mapas, estava o carimbo de Machu Picchu para os turistas que quisessem carimbar seus passaportes. Registros devidamente feitos e exaustos, pegamos o ônibus de volta às 14h00minhs. Foi chegar à cidade e entrar em um restaurante para a chuva desabar. Terminamos o almoço, pegamos o trem até Poroy e retornamos para a cidade. Como nosso amigo já havia combinado com um taxista o translado de Poroy até Cuzco, entramos juntos para dividirmos as despesas, porém cometemos um erro: NUNCA entre em um taxi no Peru sem antes negociar o preço. Meu amigo já havia combinado o valor de 30 soles (alto), porém, como estava chovendo muito, entramos no taxi sem negociar valores. Já com o taxi em movimento o motorista queria 50 soles só por estar carregando mais dois passageiros (eles não cobram por pessoa, e sim por distância). Depois de muita discussão e ameaça de nos deixar no meio da estrada, pagamos 40 soles pela viagem. Gastos do dia: I. Almoço: 49 soles II. Taxi: 20 soles 21. 10º DIA – 22/12: CUZCO: Descanso e extras Após uma longa noite de sono, tomamos um bom café e nos preparamos para o City Tour em Cuzco que faltava. Em vários relatos ouvira que o principal (Machu Picchu) deve ficar para o final, seguindo sempre uma escala de sítios a fim de alcança o apogeu na cidade perdida e assim me planejara. Porém o city tour na cidade ficara para depois de Machu Picchu e senti o cansaço e a mesmice nos sítios arqueológicos próximos a Cuzco. Não que sejam feios ou sem graças, mas, depois de Machu Picchu, tudo passa a ser meio simplório demais. Neste City tour conhecemos a Igreja de Qorikancha (paga a parte), além dos sítios arqueológicos de Saqsaywaman, Puka Pukara, Q’enko e Tambomachay. Terminado o city tour, fui aos centros de artesanato para finalizar mihas compras, praticamente terminando minha viagem. DICA: Sempre que comprar algo no Peru, você verá que não possuem preços. O vendedor estipulará o preço na hora. Negocie sempre e dê as costas simulando que irá embora, 90% das vezes eles abaixaram os preços. Argumente, também, que é brasileiro, pois eles cobram mais caros a americanos e europeus. Por vezes produtos que eu negociei caíram pela metade! Por vezes achará o produto muito barato, mas lembre-se que, para eles, é muito dinheiro. Gastos do dia: I. Almoço: 27 soles II. Igreja Qorikancha: 20 soles III. Jantar: 34 soles 22. 11º DIA – 23/12: CUZCO/ LIMA / RIO DE JANEIRO: Retorno Último dia, reservado apenas para transporte de volta para casa. Gastos do dia: I. Hostel El Solar (dois dias): 60 dol II. Taxi Cuzco - Aeroporto: 10 soles III. Almoço: 65soles Para finalizar este relato (que já está longo) tive como gasto total, excluindo passagem aérea e compras (que é algo muito particular), algo em torno de 5000,00 reais. Espero ter ajudado. Até as próximas viagens! Citar
Membros maisafanckin Postado Janeiro 20, 2014 Membros Postado Janeiro 20, 2014 Ola gostei bastante do seu relato, vamos para Lima dia 12/05/14 e vamos ficar 4 noites estamos pesando em ir ate Nazca, dia 16 vamos a Cusco e retomaremos ao Brasil dia 23, nesse período em Cusco ainda estamos programando o que fazer, gostei da sua dica em deixar para os últimos dias a visita a MaPi. Com relação a dinheiro, sempre que viajamos para países que a moeda não e o Euro ou Dolar realizamos saque com o cartão de debito em moeda local, tem a taxa do IOF, mas não ha risco de notas falsas ou problemas com a cotação. Citar
Membros Michel Martins da Silva Postado Fevereiro 16, 2014 Membros Postado Fevereiro 16, 2014 Muito bom! Me ajudou bastante! Pretendo ir em Setembro. Sabe se é uma boa temporada? Citar
Membros campista_rio Postado Março 16, 2014 Autor Membros Postado Março 16, 2014 Meu amigo, pelo que vi setembro é sim um bom período para ir, pois ainda não chegou no período de chuvas. Citar
Membros Renan Carneiro Postado Abril 2, 2014 Membros Postado Abril 2, 2014 Ótimo relato. Onde vc deixou as malas quando foi fazer o passeio das Ilhas Balestas? Citar
Membros Renan Carneiro Postado Maio 2, 2014 Membros Postado Maio 2, 2014 Olá. Você pode contar mais sobre os city tour da empresa Mirabus? Citar
Membros campista_rio Postado Maio 24, 2014 Autor Membros Postado Maio 24, 2014 Com relação às malas, larguei em Lima e levei o essencial para os dois dias em ica e nada em uma mochila. Caso você não vá voltar para Lima, a própria empresa de ônibus guarda sua mochila em paracas numa estrutura bem simples, basta você confiar. Vi várias pessoas deixarem lá suas mochilas para depois do passeio seguirem destino. Sobre o Mirabus, Esse city tour fica num quiosque na praça Kennedy. Tem tour diariamente para o museu, o centro histórico, para pachacamac e para as Islas balestras. Os preços ficam fixados ao lado do próprio quiosque. Achei interessante e organizado e não procurei outro nem sei se tem. Cabe a você pesar se vale a pena. Porém, pelo menos, é mais barato que os tours que se vendem na net, além de ser fácil de fechar na hora (isso no período de dezembro). Citar
Posts Recomendados
Participe da conversa
Você pode postar agora e se cadastrar mais tarde. Se você tem uma conta, faça o login para postar com sua conta.