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Na terra da Rainha, e dos Reis do iê-iê-iê (um passeio por Manchester, Liverpool e Londres)


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O dia amanheceu chuvoso, mas mais fazia frio do que molhava. Não comentei, mas durante os dias de nossa viagem, a temperatura sempre esteve baixa e por volta dos 5 graus. O único passeio em Liverpool, que havia comprado pela internet com antecedência, era o "Beatles Magical Mystery Tour" (http://www.cavernclub.org/the-magical-mystery-tour), que sai de frente do "Beatles Story", em Albert Dock. Para chegar até lá do ponto onde estávamos, bastava descer a Hanove Street. Albert Dock é uma região que foi revitalizada há cerca de 25 anos e assim como Printworks, em Manchester, hoje possui vários restaurantes e night clubs interessantes, além de museus, galerias e lojas.

 

Enquanto esperávamos o horário do passeio, entramos em uma loja que pertence ao Beatles Story e que tem quase de tudo para vender que tenha alguma ligação com eles, inclusive uma balinha chamada “Strawberry Fields”...rs. Como a intenção era visitar o “museu” no dia seguinte, olhamos muito mas deixamos para comprar o que nos interessou para o dia seguinte.

 

O "Beatles Magical Mystery Tour" é realizado em um ônibus réplica do utilizado no filme do mesmo nome dos Beatles, de 1967, e que aliás, foi muito criticado na época. O tour passa por locais onde viveram os 4 integrantes da banda ou que foram citados em algumas de suas canções, com paradas para descer e tirar fotos em alguns destes lugares. Obviamente é um passeio para quem gosta de Beatles, por que só se fala da relação deles com a cidade e a trilha sonora que toca no ônibus, é formada pelas músicas que “casam” com os lugares que se vai visitando. O ônibus saiu relativamente vazio, com cerca de um terço de sua capacidade, e a compra antecipada pela internet acabou sendo desnecessária.

 

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Passamos por Penny Lane, Strawberry Field (um orfanato do Exército da Salvação), a Liverpool Cathedral (onde o regente do coro da igreja disse ao muito jovem Paul McCartney, em uma audição de seleção de cantores juvenis, que ele não tinha o menor talento pra música), colégios onde estudaram e algumas das casas onde eles viveram. O fim do tour acontece próximo ao Cavern Club.

 

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O tour é todo narrado “ao vivo” por um guia, muito divertido, mas que só fala em um inglês com sotaque carregado da região, que as vezes, é difícil de entender. Como pessoas do mundo todo fazem este tour, acho que deveria ter também a opção de headphones para quem preferisse escutar em outro idioma, mesmo que perdendo as piadas do guia e um pouco da ambientação do filme que eles tentam recriar. Aliás, dois fatos engraçados aconteceram durante o passeio. Primeiro é que assim que começamos a percorrer as ruas de Liverpool, o guia perguntou a cada grupo ou casal, de onde cada um era. E quando perguntaram para nós, obviamente respondemos que éramos do Brasil. Aí ele perguntou: De qual cidade? E nós respondemos: De Belo Horizonte ! E ele, no seu inglês liverpooldiano: “Belo Horizonte, Minas Gerais???“. Juro que levamos um susto e achamos muito engraçado, ele saber de qual estado brasileiro, era a capital mineira. Depois ele explicou que alguns amigos dele tinham ido a BH, participar de um festival de bandas que tocam Beatles. O outro fato, é que meu filho estava usando um agasalho com o escudo do Manchester United que ele havia comprado no dia anterior naquela megastore do Od Trafford, e o guia só tirou uma foto nossa, depois que meu filho tampou o escudo com a mão. Prá quem não sabe, Manchester e Liverpool, são cidades rivais, inclusive no futebol.

 

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Como o ônibus não pára em todos os locais que vão sendo citados e as vezes só são mostrados de dentro do ônibus, repasso uma sugestão dada pela Marina, que é fazer o tour logo no primeiro dia de Liverpool. Assim, caso algum lugar, na sua opinião, mereça uma visita mais demorada, dá tempo de voltar, já sabendo onde fica e o que se vai ver. Vale destacar que em alguns lugares, o ônibus não pára em respeito à privacidade dos atuais moradores das casas antigas onde os Beatles residiram, por exemplo. Para aqueles que desejarem, existem passeios semelhantes feitos por outras empresas em vans e com duração maior e também individuais, com carro dos anos 60.

 

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Como escrevi anteriormente, o tour termina próximo ao Cavern Club, na N. John Street, quase em frente ao Hard Day's Night Hotel, hotel que virou tema de uma das músicas dos Beatles, e que possui estátuas deles em sua fachada, na altura do 2º andar.

 

Abaixo deste hotel, na esquina da Mathew Street com N. John Street, existe uma loja, não muito grande, mas com 2 andares, só dedicada aos Beatles. Os preços de lá são melhores do que os da loja do Beatles Story, e em termos de opções, muito melhor do que aquela do metrô de Londres, que comentei anteriormente. O problema é nem tudo que se encontra em uma, tem na outra, e você acaba comprando e gastando nas duas....rs.

 

O Cavern Club de hoje, não é mais aquele em que eles tocaram cerca de 300 vezes no início de carreira, por que o local original foi fechado em 1973. Entretanto, 20 anos depois, ele foi reaberto do outro lado da Mathew Street, exatamente como era nos anos 50 e 60. Existe uma estátua do John Lennon aonde era o antigo Cavern Club, e do lado dela, abriram o Cavern Pub. Cuidado para não confundir e entrar no Cavern “errado”. Mas por via das dúvidas, faça como eu fiz: vá aos dois...rs. Internamente eles se parecem, mas o “Club”, é maior e segundo o guia do Magical Mystery Tour, é cópia fiel do antigo.

 

Mesmo sabendo que o local não é o original, não dá prá não sentir uma sensação boba de fã, ao entrar em um lugar tão significativo para várias gerações e que virou um ícone, assim como a Abbey Road. O lugar fica escondido num subsolo escuro e sem janelas. Rodeando as mesas, estão espalhadas diversas vitrines com recordações dos Beatles e de outros músicos que se apresentaram lá. Embora a banda não tenham tocado exatamente lá, Paul McCartney e Ringo Star já fizeram shows no atual Cavern Club, na fase solo deles.

 

Passados alguns minutos, um rapaz subiu ao palco e começou a tocar. Música de quem???? Beatles, claro! rs. Ouvimos algumas canções, mas a fome bateu e fomos procurar algum lugar prá almoçar nas imediações. Acabamos encontrando um “Pizza Express”, daquela cadeia de restaurantes que já havíamos experimentado em Manchester. Como já estava tarde para almoçar, o lugar estava vazio e o ambiente era mais refinado que o primeiro que tínhamos ido. Almoçamos e resolvemos tirar todo o restante do dia e noite para conhecer com calma a parte central de Liverpool, inclusive o comércio, já que o dia seguinte, seria dedicado a conhecer o Beatles Story e o Albert Dock.

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O segundo dia completo em Liverpool começou frio e nublado. Depois do café da manhã no hotel, descemos mais uma vez a Hanove Street até chegar a Albert Dock. É lá que que se encontra o “Beatles Story” (http://www.beatlesstory.com/) que alguns chamam de Museu dos Beatles, e que está localizado mais especificamente no Liverpool Waterfront (http://www.liverpoolwaterfront.org/). Evidentemente é mais um passeio para quem gosta da banda e tem curiosidades a respeito da vida e da música deles, antes, durante e após a fase Beatles. São vendidos 4 tipos de tickets para visitar o Beatles Story. O primeiro é chamado de “Ultimate Experience Ticket”, e inclui o Beatles Story Exhibition (o “Museu”), o Elvis and Us Exhibition (que está localizado em outro prédio, na região de Albert Dock), o Discovery Zone (para crianças) e o Fab 4D Experience (um desenho em curta metragem 4D, com música dos Beatles, e que fica no mesmo prédio do Elvis and Us). O segundo, o “Fab 4 Experience”, é quase igual ao primeiro, só que não inclui o Elvis and Us Exhibition. O terceiro “Elvis and Us”, só inclui o Elvis and Us Exhibition e o Fab 4D Experience e finalmente o “Fab 4D”, que só inclui o Fab 4D Experience. Como não sou fã do Elvis Presley e mesmo não sendo, já vi algumas coisas relativas a ele, em Las Vegas, optei pelo “Fab 4 Experience”, ou seja, sem “Elvis and Us Exhibition”.

 

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O Beatles Story é na verdade, uma grande exposição da banda, onde são mostrados objetos pessoais, instrumentos, discos lançados em várias partes do mundo, imagens, fotos e muitos depoimentos de pessoas que conviveram com eles, especialmente na fase de formação e início do grupo. Para isto, é disponibilizado um “áudio guia”, que ajuda os visitantes a percorrer as várias salas do “museu”. Lá estão recriados alguns ambientes em que eles viveram, como um estúdio de gravação, o Casbah Coffee Club, a Mathew Street e o Cavern Club (que é quase idêntico ao que tínhamos visitado no dia anterior).

 

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O passeio termina naquela loja que fomos no dia anterior, antes de fazer o Beatles Magical Mistery Tour. É uma loja muito organizada, com “n” tipos de produtos sobre a banda e onde quem gosta de Beatles, com certeza vai deixar algumas boas libras. No andar inferior da loja, tem uma espaçosa cafeteria com fotos dos 4, tiradas na década de 60, justamente em Albert Dock.

 

Para quem sair do Beatles Story próximo à hora do almoço e ainda com algum dinheiro no bolso...rs, vai encontrar ótimos restaurantes no Liverpool Waterfront, com ambientes bem transados. Lá também existem cafeterias, lojas e night clubs. Colado a este complexo, estão o Merseyside Maritime Museum (http://www.liverpoolmuseums.org.uk/maritime/) e o International Slavery Museum (http://www.liverpoolmuseums.org.uk/ism/). Na verdade, os dois museus ocupam o mesmo prédio, só que cada um, ocupando andares diferentes. A entrada é gratuita. Os museus se justificam, por que por décadas, Liverpool foi um dos portos mais movimentados do mundo, com um impressionante trânsito de viajantes, escravos e mercadorias abastecendo a Grã-Bretanha e o mundo. O maior destaque do Merseyside Maritime é a sala onde estão as réplicas e são contadas as trágicas estórias dos navios Titanic e Lusitania, que faziam a rota Liverpool - Nova York. Foi de Liverpool que o Titanic partiu rumo à América e era de lá que praticamente tudo o que o Reino Unido produzia era enviado para o resto do mundo. Já no International Slavery, o Museu Internacional da Escravidão, existe um grande acervo de objetos e importantes documentos históricos da época da escravidão, inclusive com diversas citações à escravidão no Brasil e suas influências culturais.

 

Ainda na região do Albert Dock, encontra-se o Museu de Liverpool (http://www.liverpoolmuseums.org.uk/mol/) que como os demais, também tem entrada gratuita. O museu é moderno por dentro e por fora, por que é bastante interativo. Foi aberto recentemente, em 2011, e aborda toda a estória da cidade desde a sua fundação em 1207 até os dias de hoje, passando por seus times de futebol e claro, os Beatles !!!..rs.

 

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Do lado do Museu de Liverpool, está o prédio onde acontece, no 2º andar, o Elvis and Us Exhibition e o Fab 4D Experience, que estão incluídos no “Ultimate Experience Ticket” do Beatles Story. Como já escrevi, eu não adquiri o ticket que dava direito à exposição do Elvis e mesmo sem ver, acho que fiz bem, por que o espaço dedicado à exposição é bem pequeno. Ao lado deste espaço, tem um mini-cinema, onde é exibido o filme em 4D, Fab 4D Experience, cuja trilha sonora é composta por músicas dos Beatles, mas eles mesmo não aparecem no desenho. Embora já tenha visto alguns filmes usando a mesma tecnologia, achei legal, até mesmo por que é mais uma coisa diferente no meio de um monte outras coisas que você está fazendo e conhecendo. Prepare-se para receber jatos de água na cara, ver bolinhas de sabão de verdade invadindo a sala de exibição e sentir movimentos estranhos na poltrona...rs. Ao lado do cinema 4D, na “The Beatles Hidden Gallery” acontece uma exposição de 38 fotos em preto e branco com os Beatles, tiradas entre os anos de 1963 e 1964, pelo fotógrafo Paul Berriff. Além da ótima qualidade das fotos, de lá se tem uma linda vista de Albert Dock. Todas estas 3 atrações estão ao redor de uma área, onde são vendidos alguns produtos que já tínhamos visto na loja do Beatles Story, inclusive com os mesmos preços, mas com um cantinho dedicado ao Elvis Presley, onde você pode comprar por exemplo, uma réplica daquele óculos exótico que ele usava já no final de carreira..rs

 

O Albert Dock, foi um dos docks mais importantes dos anos 20 e teve uma participação importantíssima na 2ª Guerra Mundial. Hoje, após um projeto de revitalização ocorrido há 25 anos atrás, é um dos complexos turísticos mais importantes do oeste da Inglaterra. Além das atrações que já listei, outros tantos pontos turísticos da cidade ficam ali, como a Liverpool Big Wheel (a “London Eye” de Liverpool), a Liverpool Echo Arena, o City Hall de Liverpool (o principal prédio da cidade, que representa o poder do império britânico e que possui um relógio que lembra o Big Ben), e a grande estátua do Rei Edward VII montado em seu cavalo real, entre tantas outras atrações. É uma região que merece ser curtida de dia e à noite.

 

Passamos o restante da noite percorrendo esta região e voltamos ao hotel. Tínhamos que arrumar as malas de novo para seguir no dia seguinte à Londres....

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Acordamos cedo para aquele que seria o nosso último dia em Liverpool. Nossas passagens de trem para Londres estavam marcadas para às 14:04 h, e nosso check-out no hotel teria que ocorrer até às 11:00 h. Estas quase 3 horas de folga, serviriam para almoçarmos tranquilamente enquanto esperássemos pelo trem, mas ou menos como já havíamos feito, e dado certo, em Manchester.

 

Mesmo já tendo andado muito por Liverpool, ainda tinhamos muito o que ver e a manhã seria curta para isto. Infelizmente, quando se escolhe um bom destino para viajar, dificilmente se conhecerá tudo que se deseja. Por conta disto, tento sempre não repetir atrações muito parecidas, mesmo que cada uma tenha a sua particularidade, para poder conhecer o maior número de lugares diferentes possíveis. Para exemplificar isto, tinha planejado para conhecer em Londres, o British Museum e o Natural History Museum, então deixei, de uma forma proposital, para conhecer apenas por fora, o World Museum Liverpool (http://www.liverpoolmuseums.org.uk/wml), que possui entre suas áreas, viveiros de insetos, aquário e planetário. O World Museum Liverpool está situado numa área próxima da Saint John Gardens, na região da William Brown Street, que foi rotulada de “quarteirão cultural”, por reunir em prédios próximos, a William Brown Library (http://liverpool.gov.uk/libraries/find-a-library/central-library/), a Saint George’s Hall (http://liverpoolcityhalls.co.uk/st-georges-hall), um imponente prédio em estilo neo-clássico e a Walker Art Gallery (http://www.liverpoolmuseums.org.uk/walker). Todos merecem ser visitados por dentro, sendo portanto, uma ótima desculpa para eu voltar um dia.....rs

 

Outra atração bem próxima dali, é a torre da Rádio City 96.7, de onde se tem uma bela vista de toda a cidade.

 

Voltamos ao hotel, fizemos o check-out e fomos para a estação ferroviária de Liverpool Lime Street para almoçar e esperar o nosso trem para Londres. Tínhamos comprado ainda no Brasil, os bilhetes pela internet, novamente com a Virgin Trains. Enquanto esperávamos pela chamada de embarque, não tinha como não lembrar daquela música do extinto grupo inglês, Electric Light Orchestra, “Last Train to London”...rs.

 

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Londres fica a 346 km de Liverpool e a duração da viagem por trem, leva cerca de 2 horas e 30 min. Depois da rápida passagem pela capital britânica antes de ir a Manchester, o objetivo agora era de explorar com calma, algumas outras atrações de Londres que não conheci quando estive lá alguns anos atrás, mas acabei também revisitando algumas que merecem ser visitadas, sempre que possível.

 

Esta era a última etapa da minha viagem e reservei 4 dias completos para rodar na cidade, sem falar no restinho do dia vindo de Liverpool, e mais uma manhã do dia da volta ao Brasil. Apesar de inúmeras recomendações, da vontade de ir e da relativa proximidade, decidi não conhecer atrações como Bath (a 182 km), Stratford-upon-Avon (a 150 km), Stonenhenge (a 150 km), Oxford (100 km) e nem voltar a Windsor (a 34 km), para poder melhor aproveitar a capital britânica e não perder tempo de deslocamentos com os “bate e volta”. Para aqueles que forem com mais tempo, todos eles são passeios que devem ser considerados e feitos. Com exceção do hotel, também não reservei e não comprei ingresso nenhum com antecedência, para poder ter flexibilidade nos horários e poder adaptar os passeios, de acordo com o clima da cidade. Como Londres, especialmente em dezembro, é uma cidade em que o tempo nem sempre ajuda muito, seja pelo frio, pela chuva ou por escurecer cedo, não quis correr o risco, por exemplo, de comprar ingressos antecipados para a London Eye, e encontrar, justamente no dia comprado, a visibilidade prejudicada por chuva ou nevoeiro. Claro que o fato de deixar para comprar na hora algum passeio, pode acabar custando mais caro ou impossibilitando até a sua entrada, por falta de ingressos disponíveis, mas as vezes, é preferível tomar esta decisão do que “engessar” demais a viagem, e passar o tempo todo correndo contra o relógio ou deixando de ver outras coisas que vão surgindo ao longo de toda viagem.

 

Obviamente, Londres é a cidade com o maior número de apps disponíveis para smartphone. Alguns eu já citei no início do meu relato, mas valem a pena ser baixados também: “Ulmon London”, “The London Pass”, “London Official Guide”, “City Walks – London”, “Abertis Autopistas” e “Nelso Londres”. Basicamente eles listam as atrações e informam os horários de funcionamento, telefones e sites delas, disponibilizam mapas da cidade e do metrô, e até sugerem roteiros. Muito úteis.

 

Chegamos em Londres, pela mesma estação de London Euston, de onde tínhamos partido para Manchester. Desta vez, ao invés de ficarmos naquele hotel, do outro lado da rua, decidimos por ficar em Notting Hill, próximo de onde acontece a famosa Feira de Portobello Road. Como agora iríamos ficar mais tempo na capital britânica, compramos o cartão oystercard, que conforme muitas recomendações e orientações aqui no mochileiros, é a alternativa mais barata e mais racional para se utilizar o transporte público de lá.

 

O oystercard é um cartão de plástico, pré-pago, em que você carrega determinada quantia, para poder andar de metrô, ônibus, DLR, trem ou barco, sem precisar pagar em dinheiro, cada vez que utilizar um destes meios de transporte. Basta encostar o cartão na catraca que ele liberará o seu acesso. Aliás, várias cidades brasileiras já estão utilizando um sistema parecido. Mas para entender como o oystercard calcula o preço da passagem, primeiro tem que entender como funciona o sistema público de transporte de Londres, que basicamente, divide a cidade em zonas a partir do centro, com numeração de 1 a 6. O valor que vai ser debitado no seu cartão, que seria o valor da passagem cobrada, vai variar conforme o número de limites entre zonas que você cruzar durante o seu deslocamento, o dia da semana em que foi utilizado, o horário que você usar o seu cartão e quantas passagens já foram debitadas no seu cartão naquele mesmo dia. Simplificando um pouco, quanto maior for o número de zonas atravessadas, e dependendo se você estiver utilizando o sistema no horário de pico ou não, o tal do “peak” e “off-peak”, maior será o valor a ser cobrado de você. O horário de pico para o oystercard vai das 06:30 h às 09:30 h e das 16:00 h às 19:00 h, de 2ª a 6ª feira. Como controlar este custo é meio complicado, o próprio sistema calcula para você o quanto lhe será cobrado. Por isto, é necessário passar o oystercard nas catracas de todas as estações que você entrar e sair, para que o sistema calcule e debite o valor correto no seu cartão.

 

O oystercard pode ser comprado em qualquer máquina que vende bilhetes para metrô, inclusive ser recarregado nela, como também nos guichês de qualquer estação. Na primeira carga é cobrada uma taxa de 5 libras que será devolvida quando você devolver o cartão. Neste caso, é necessário procurar um guichê, já que as máquinas não prestam este serviço, por que é preciso assinar um recibo do valor que está sendo devolvido. O legal é que caso você também ainda tenha algum valor não utilizado no cartão, toda a quantia é devolvida na hora: o custo do cartão + o saldo dele. Portanto, não deixe de devolvê-lo e nem perca tempo depositando um valor pequeno, para ter que recarregar a toda hora, enfrentando filas desnecessariamente. Para um período de 4 dias em Londres, coloque no mínimo umas 30 libras, e fique tranquilo. Caso queira saber o saldo do seu cartão basta procurar pelas mesmas máquinas que o vendem, que ele informa na hora quanto você ainda tem para gastar, ou se desejar, vá usando o cartão até o dia que a catraca não abrir mais para você...rs

 

Embora eu goste muito de andar de ônibus quando estou em uma cidade que não conheço, para poder ir fazendo um “tour” pela cidade, não há dúvida de que com o metrô, o deslocamento é muito mais rápido. Por isto, em Londres, só andei de “tube” ou “underground”, como é chamado o metrô de lá. O “tube” funciona muito bem e se vocês baixarem um dos apps de transporte que comentei logo no início do meu relato, ou procurar pelos mapas do sistema que estão disponíveis na internet, verão que ele é muito fácil de entender por ser muito intuitivo. As linhas nos mapas possuem cores diferentes para se diferenciarem entre si. Além da cor, obviamente cada linha tem também um nome, e depois de idas e vindas, você deixa de chamar as linhas pelas cores e começa a chamá-las pelo nome.

 

Embora existam diversos avisos nas escadas rolantes, não se esqueça que o lado esquerdo delas, indiferente se subindo ou descendo, é sempre dedicado às pessoas que estão com mais pressa e que não gostam de aguardar calmamente, as escadas chegarem até o seu final. Por isto nada de ficar parado de mão dada ou abraçado com o seu (sua) namorado (a) na escada rolante, para não ser obrigado a se separar, com um monte de gente impaciente e com pressa atrás de vocês...rs.

 

Outra dica útil, é guardar o ticket sempre em um lugar de fácil retirada. Mulheres, por favor, nada de guardar o oystercard no zíper da bolsinha que fica dentro da bolsa maior e procurar por ele, justamente na hora que estiver em frente a catraca...rs. Embora você esteja fazendo turismo, a grande maioria das pessoas nas estações está no seu dia normal de trabalho e como sempre, apressadas.

 

Se não estiver usando um dos apps de transporte que indiquei, e que avisam dos eventuais problemas e atrasos no sistema, preste atenção aos avisos nos quadros em frente à área de embarque e aos avisos pelo sistema de alto falantes. Se ficou em dúvida de alguma linha a pegar, procure por funcionários do metrô que o ajudarão.

 

Um expressão muito usada no “tube” é o “mind the gap”. Ela é tão famosa e usada, que existem camisas a venda em lojas de souvenirs escritas com a frase, normalmente sobrepondo à logomarca do metrô de Londres. A expressão serve para alertar o usuário do vão que existe entre o trem e a plataforma, em algumas estações.

 

Para não perder tempo e fazer seu dia render mais, antes de sair do seu hotel/hostel já faça o planejamento do passeio do dia e procure identificar em qual estação você deve descer para chegar até a atração pretendida. Aproveite inclusive, o tempo parado nas estações ou durante as viagens, para fazer este tipo de pesquisa. Embora no metrô, os celulares na sua maioria não funcionem (exceção àqueles da operadora Virgin), vários apps permitem consultas no modo “offline”.

 

Já viajei para Londres sabendo que não teria tempo suficiente para conhecer tudo o que eu gostaria de conhecer. A vantagem é que a cidade é relativamente plana, com um sistema de transporte público eficiente e isto ajuda muito, quando se sai para conhecer as ruas, praças, parques, museus e monumentos da capital britânica. O problema é que a partir do momento que você desce na estação de destino, você só pode contar com as suas pernas e as atrações são muitas para serem visitadas....rs.

 

Assim que chegamos a Londres, vindos de Liverpool, nos dirigimos ao hotel que ficava em Notting Hill. Chegamos justamente no sábado, dia em que acontece a famosa Feira de Portobello Road (http://www.portobelloroad.co.uk), a maior feira de antiguidades do mundo, com mais de 1.000 expositores, segundo o site deles. A feira é realmente enorme, não se limitando à Portobello Road, mas também se estendendo às ruas vizinhas. Fica lotado !!! Prepare-se para ver dezenas de banquinhas ou barraquinhas de antiguidades, bugigangas, brechós, de comida pronta, pães, doces, conservas e até de verduras, frutas e legumes, que se revezam por toda a extensão deste enorme mercado a céu aberto. A feira é considerada um dos lugares imprescindíveis de serem visitados em qualquer bom roteiro para Londres, por estar localizada em uma das vizinhanças mais carismáticas da cidade. Boa parte da comédia romântica “Um Lugar Chamado Notting Hill” (“The Travel Bookshop”), de 1999, protagonizado por Hugh Grant e Julia Roberts, foi gravado nesta região. Inclusive, a livraria que no filme pertencia a Hugh Grant, e é hoje uma loja de sapatos, continua atraindo turistas para tirar fotos em frente a ela, no número 142 da Portobello Road. O interessante é que muita gente se confunde e tira a foto em frente a uma livraria que está a cerca de 200 m da loja utilizada no filme, no número 13 da Blenheim Cresent, por que ela tem o mesmo nome dado à livraria no filme. A feira termina já quase debaixo de um viaduto (Westway), com produtos e de qualidade duvidosa, que nada tem a ver com antiguidades.

 

Depois de percorremos a feira toda, provando, comendo, comprando e experimentando um pouco de tudo, inclusive das lojas da própria rua que ficam abertas, voltamos ao hotel. Tínhamos um dia completo de Londres para aproveitar logo no amanhecer....

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  • 2 semanas depois...
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Que bom que o meu relato esteja sendo útil para o planejamento da sua viagem. A Feira de Portobello Road merece ser mesmo visitada, de preferência com calma e com bastante tempo, já que ela é enorme e fica lotada. Além disto, serve para sair um pouco do roteiro tradicional de atrações turísticas de Londres.

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Depois de 3 dias incompletos em Londres, dois na primeira parte da viagem, antes da ida a Manchester, e o restinho de dia depois da chegada de Liverpool, finalmente tínhamos um dia completo para rodar por Londres. Como o café da manhã no hotel era no melhor estilo inglês, com tudo aquilo que nós brasileiros não temos o costume de comer pela manhã, descobrimos um Starbucks próximo ao hotel, e foi lá que todas as manhãs íamos tomar café, e ânimo, para enfrentar o frio londrino. Prá quem não está muito a fim de comprar um chip local (o SIM Card), o Starbucks é uma ótima opção para se utilizar internet de graça. Inclusive, em uma das vezes que estávamos lá, testemunhamos uma cena bizarra, de um cara em pé, com um notebook aberto, do lado de fora da cafeteria, no maior vento e frio, apenas para aproveitar o wi-fi sem precisar pagar por ele e nem pagar por um cafezinho prá disfarçar....rs.

 

Era domingo, e resolvemos começar o dia conhecendo a Saint Paul’s Cathedral (http://www.stpauls.co.uk). Para visitá-la durante a semana é preciso pagar, mas aos domingos ela é aberta exclusivamente para missas, e por isto mesmo, é proibido tirar fotos. Chegamos a tempo de ouvir parte da missa, cantada pelo coral da igreja anglicana e escutar os sinos badalando. Mesmo assim, uma fita e seguranças mantinham isolada a área do altar e apenas aqueles que efetivamente iam participar da missa podiam ultrapassá-la. A Catedral de Saint Paul, é a maior igreja de Londres, e é considerada uma obra prima do arquiteto Christopher Wren, tendo sido palco do casamento do príncipe Charles com a Lady Diana, e dos funerais de Winston Churchill. Para quem for à catedral durante a semana, é possível subir até o alto da cúpula, mediante o pagamento de uma taxa, e com direito a receber um áudio-guia. A atual catedral é a sexta a ocupar o mesmo espaço, e foi construída entre 1675 e 1710, mas a primeira igreja construída no local foi erguida no ano 604 D.C.

 

De uma das ruas laterais da Catedral há um acesso para que se faça a travessia a pé, do Rio Tâmisa, através da ponte “Millenium Bridge”, que termina na porta da Galeria Tate Modern e te leva a uma parte da cidade chamada de “City”. Além do museu de arte contemporânea Tate Modern, nesta área estão localizados prédios modernos de grandes instituições financeiras e o centro do poder municipal.

 

O museu Tate Modern (http://www.tate.org.uk/modern) está localizado em uma antiga estação de energia de Bankside, e possui uma coleção de arte moderna e contemporânea, de artistas como Salvador Dalí, Picasso e Andy Warhol. No último andar do Tate Modern é possível ter uma bela vista de toda a área financeira de Londres. A entrada é grátis para as mostras permanentes

 

Ao lado do Tate Modern está o Shakespeare’s Globe Theather (http://www.shakespearesglobe.com), que é um teatro a céu aberto e palco para peças do escritor. É possível fazer um tour pelo teatro, cuja projeto original de 1599 foi reconstruído em 1990. Na entrada dele, existe uma lojinha que vende livros e vários tipos de recordações com o nome do famoso escritor britânico.

 

Para chegar até o nosso próximo destino, que era conhecer a Tower of London e a Tower Bridge, pegamos um barco que sai bem em frente ao Shakespeare’s Globe, no píer Bankside, com destino ao píer London Bridge. Para isto pode-se comprar os ingressos em dinheiro/cartão de crédito ou utilizando o seu oystercard, em um quiosque que antecede a entrada do píer, ou pela internet. Existem variações nos tipos e preços dos ingressos, que variam conforme for o seu píer de embarque e desembarque, se é só um bilhete de ida ou também inclui a volta, ou se é para o dia todo ou só para um determinado período do dia. Para maiores detalhes, consulte o site http://www.thamesclippers.com. Como nossa intenção era ir de barco ainda neste mesmo dia até Greenwich e depois voltar da mesma forma, compramos um passe para o dia chamado de “Daily River Roamer“, que dá direito a embarcar e desembarcar em qualquer píer, desde que evidentemente no barco da empresa Thames Clippers. Talvez por ser domingo, a frequência não é tão grande e tivemos que esperar um pouco até o próximo barco chegar, mas o trajeto é percorrido rapidamente, mesmo parando em outros piers pelo caminho. Durante a viagem, entre um píer e outro, aproveite para ver entre outras coisas, um navio da 2ª Guerra, o HMS Belfast, que é um museu aberto para visitação, a London Bridge, o The Shard - o prédio mais alto da Europa, e um outro prédio moderno em forma de capacete, que é a prefeitura de Londres, sem falar obviamente, da ponte cartão postal da cidade, a Tower Bridge.

 

Descemos no píer London Bridge do lado oposto onde está a Tower of London. Para chegar até lá, basta atravessar a não menos famosa Tower Bridge (http:// www.towerbridge.org.uk), que é aquela ponte que possui um sistema levadiço para os navios maiores cruzarem o Rio Tâmisa. É possível fazer uma visita ao interior da ponte, mas só aproveitamos para tirar fotos. Aliás, sob uma chuva fina e muito frio, uma noiva devidamente vestida como tal, estava tirando fotos sob olhares de todos que por ali transitavam e possivelmente pensavam: “coitada, ela deve estar morrendo de frio”...rs

 

Depois de subir e descer escadas para atravessar a Tower Bridge, chega-se à Tower of London (http://www.hrp.org.uk/TowerofLondon/default.aspx). Os ingressos são vendidos em bilheterias que ficam do outro lado da rua da entrada principal da Tower of London.

 

A Torre de Londres foi construída por volta de 1070 e foi sendo ampliada ao longo do tempo. A torre protagonizou intrigas palacianas, assassinatos, como as dos jovens príncipes Edward e Richard e execuções célebres, como a decapitação de Ana Bolena. Entre as atrações estão tours com hora marcada com os Yeoman Warders, que são os guardas cerimoniais e guias oficiais da torre e que se vestem de uma forma bem peculiar e colorida; as joias da monarquia inglesa, incluindo uma série de coroas, cetros e outras insígnias reais (Crown Jewels Exhibition); a White Tower com a coleção de armas reais, e a Cerimônia das Chaves na Torre de Londres (Ceremony of the Keys), que acontece todas as noites, mas que precisa ser agendada com antecedência. Para evitar que os visitantes parem demoradamente diante das Joias da Coroa, existem esteiras rolantes em frente a algumas vitrines para forçar a fila a andar.

 

Saímos de lá sob chuva e já pensando em um lugar onde almoçar. Como o nosso próximo destino seria Greenwich, tínhamos que atravessar a Tower Bridge novamente, para pegar o barco no mesmo píer London Bridge. Desta vez já estávamos mais preocupados em não pisar nas poças do que reparar na arquitetura e vista do lugar. Ao chegar do outro lado da ponte, a chuva tinha apertado e por sorte encontramos um restaurante que já tínhamos experimentado em Manchester e Liverpool: o Pizza Express. Não comentei antes, mas lá os pizzaiolos ficam trabalhando à vista do público e usam camisas listradas que me lembraram os gondoleiros de Veneza. Ali sentados esperando ser atendidos, percebemos que 3 garçonetes eram brasileiras, mas quem nos atendeu foi uma polonesa, que quando questionei se ela era também era brasileira, me respondeu que estava quase se sentindo uma, já que lá, até os pizzaiolos eram brasileiros...rs. Quando terminamos o almoço, a chuva tinha parado e era a hora certa para continuar o passeio pelo Tâmisa e chegar a Greenwich.

 

A viagem entre o píer London Bridge e o píer Greenwich foi bem mais demorada do que o primeiro trecho que fizemos entre o píer Bankside e o próprio píer London Bridge. Mesmo assim, não é uma viagem entediante, por que ao longo do rio Tâmisa é possível ver outras tantas edificações interessantes. Também é possível chegar até lá, por ônibus, metrô, trem, DLR e até a pé, atravessando um túnel sob o Tâmisa. Li outros relatos de pessoas que foram por um destes outros meios de locomoção e tiveram um pouco mais de dificuldade, mas para quem for de barco, o caminho até “Greenwich Maritime” é bem sinalizado e muito direto. “Greenwich Maritime” foi declarado patrimônio mundial pela Unesco em 1997, e compreende os prédios e o parque próximos às margens do Tâmisa. Entre eles estão o Old Royal Naval College, a The Queen’s House, o veleiro histórico Cutty Sark, o National Maritime Museum - que abriga a maior coleção de arte marinha no mundo, e o Royal Observatory (http://www.rmg.co.uk/). Justamente neste último é que está a linha do primeiro meridiano, que marca a longitude 0° e é a divisão entre os hemisférios ocidental e oriental, e onde se tem uma vista espetacular de Londres, inclusive da Arena O2 e do Complexo Olímpico da Londres 2012. Com exceção do Meridian Courtyard e Flamsteed House (partes do Royal Observatory), a entrada é gratuita para as atrações.

 

O Flamsteed House é o edifício original do observatório, cujo projeto é de 1675, e foi feito por Christopher Wren, o mesmo arquiteto da Catedral de Saint Paul. Do lado de fora dele, está o relógio atômico. Obviamente, o observatório está no topo do Parque e para chegar até lá, tem que caminhar um bom pedaço. Para aqueles que estiverem dispostos a pagar, a grande atração para a maioria é poder tirar uma foto com um pé de cada lado do meridiano de Greenwich, que, por convenção estabeleceu os critérios universais dos fusos horários, e que vale até hoje em todo o mundo.

 

Vi uma dica aqui no mochileiros e repasso para quem não viu. Quem não estiver disposto a pagar para tirar a foto no observatório, com um pé no leste e outro no oeste, pode fazer isto na Park Vista, que é uma rua que fica ao lado da entrada do parque, do lado direito de quem desce do observatório. É só atravessar o parque até esta entrada e olhar no chão da rua que o contorna, os tachões e uma plaquinha no muro identificando que você está no lugar certo.

 

E prá quem for até lá à noite, não deixe de observar uma linha verde, provavelmente a laser, que sai de dentro do Observatório, e atravessa o céu, marcando justamente o meridiano de Greenwich. Bem interessante.

 

Saindo de lá, é possível dar “uma voltinha” no Emirates Air Line, que é um bondinho, que atravessa o Rio Tâmisa e conecta com as estações de DLR (metrô de superfície) que existem do outro lado do rio, e onde está a Arena O2.

 

Depois deste dia longo, aguardamos o próximo barco para a volta, já sob chuva novamente. Após uma longa viagem pelo Tâmisa, descemos no píer Embankment, que fica relativamente próximo de Trafalquar Square e em frente de London Eye. Já era noite e o cansaço e o frio já estavam fortes. Hora de ir para o hotel, jantar por perto e descansar para o roteiro do dia seguinte.

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Começamos o dia em direção ao Palácio Westminster (http://www.parliament.uk), um dos símbolos de Londres e aonde está localizado a Sede do parlamento britânico com suas célebres instituições: Câmaras dos Lordes e dos Comuns, e a Torre do Relógio, em cujo interior está o famoso e gigantesco Big Ben. Descemos na estação de metrô de Westminster, que fica exatamente em frente ao parlamento. Muitos já tiram fotos do Big Ben dali mesmo, mas é possível encontrar outros ângulos legais para fotografar. Para aqueles que dispõem de mais tempo, é possível fazer um tour pago pelas salas e corredores do Palácio Westminster, desde que agendado pela internet, ou assistir de graça aos debates e reuniões nos dias em que o parlamento estiver em sessão. Como considero um passeio para quem pode ficar por mais tempo em Londres, fica a sugestão, por que nós mesmos, só visitamos o prédio externamente.

 

Bem próximo do parlamento está a Abadia de Westminster (http://www.westminster-abbey.org), a mais importante igreja da capital londrina, com mais de 700 anos de história e palco de cerimônias históricas como a coroação de Elizabeth II e o casamento dos duques de Cambridge, William e Kate. Reis, rainhas, poetas e cientistas também estão sepultados ali, como Isaac Newton, Charles Darwin, Elizabeth I, Charles Dickens e Laurence Olivier, entre outros. Para quem se interessou, prepare-se para pagar um preço nada santo para entrar, embora esteja incluído um áudio-guia. Assim como a Catedral de Saint Paul, aos domingos a abadia está aberta somente para missas.

 

Bem em frente da Abadia, está a Parliament Square, uma praça com estátuas de 10 estadistas britânicos e estrangeiros, entre eles Churchill, Lincoln e Mandela. Na estátua deste último, inclusive, em virtude da morte dele ter ocorrido próximo àqueles dias que estávamos na Inglaterra, havia dezenas de flores e mensagens em sua homenagem. Desta praça, dá para tirar ótimas fotos do Parlamento, em ângulo melhor do que a da saída da estação de metrô de Westminster.

 

Saindo de lá, fomos em direção ao Palácio de Buckingham.
 Por mais bobo que seja, não tem como não assistir a tradicional troca da guarda, uma das atrações mais procuradas pelos turistas do mundo todo quando vão a Londres. Para se chegar até lá, tem que se atravessar ou contornar o St. James Park (http://www.royalparks.gov.uk), o mais antigo dos parques reais, com seu lago e um grande gramado. Aproveite para ver e brincar com os esquilos, cisnes, gansos, gaivotas. e outros bichos que passeiam sem medo do público que está indo para o Palácio. É uma região muito bonita e “prato cheio” para fotógrafos.

 

Eu já tinha assistido a troca de guardas alguns anos atrás, mas achei que não podia deixar de levar meu filho para ver pela primeira vez. Na outra oportunidade, tentei ficar o mais grudado possível da grade do Palácio, mas embora tenha visto a troca da guarda em si dentro do palácio (que aliás, não tem nada de mais), perdi parte da marcha das tropas pelas ruas que contornam o St. James Park antes da entrada no Palácio. Por isto preferi desta vez, ficar do outro lado da rua, para ter uma ideia mais geral e panorâmica da cerimônia, e que acontece sempre às 11h30. Durante o inverno, a troca da guarda só ocorre nos dias pares, e em dias chuvosos ela é cancelada. A fama é maior que o espetáculo em si, mas mesmo assim não se deve perder a oportunidade de conhecer um acontecimento mundialmente famoso e tradicional, até mesmo por que é de graça...rs. Só não se esqueça de chegar cedo para poder escolher um bom lugar. Para quem for a Londres entre julho e outubro, é possível também visitar alguns dos aposentos do Palácio de Buckingham, no período de férias da rainha. Procure se informar pelo site: http://www.royalcollection.org.uk.

 

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Acabada a cerimônia, a intenção era ir até a Downing Street, 10, a residência oficial do Primeiro Ministro, contornando o parque Saint James. É evidente que eu não esperava poder parar na porta da casa do Primeiro Ministro e tirar uma foto, mas não imaginava que fosse encontrar um portão cercado de guardas, a uma distância tão grande da casa, que não nos permite ver absolutamente nada. Decepcionados pelo o que não vimos, continuamos a andar na região, que é cercada de edifícios públicos e construções históricas, como a Banqueting House e a Horse Guards Parade, que é uma grande praça aonde acontece anualmente a “Trooping the Colour”, a cerimônia que comemora o aniversário de reinado da Rainha. Lá ficam parados 02 membros da guarda real, montados em seus respectivos cavalos, que fazem a festa dos turistas, ao ficarem estáticos enquanto são fotografados. Ali pertinho, ainda ficam a Admiralty Arch, a Coluna do Almirante Nelson, que derrotou Napoleão na Batalha de Trafalgar, e que por isto mesmo, está na Trafalgar Square.

 

A Trafalgar Square é considerada o coração de Londres, e onde com as suas imponentes estátuas de leões, acontecem as grandes festas e comemorações da cidade. Como a nossa intenção era visitar a Nattional Gallery que fica na praça, e com certeza, gastaríamos um bom tempo dentro dela, resolvemos primeiro almoçar e encontramos bem perto dali, um restaurante bastante simpático e barato: O Frankie & Benny‘s (http://www.frankieandbennys.com). Além dele, para quem quiser uma opção de alimentação mais rápida e/ou mais barata ainda, existe nas proximidades um “Pret a Manger” (http://www.pret.com/), que é uma rede de lanchonetes que possui filiais por todo o país, muito comentada aqui no Mochileiros por conta dos preços cobrados e que possui “n” opções de sanduíches.

 

Depois de almoçarmos, atravessamos a Trafalgar Square, para chegar até a National Gallery (http://www.nationalgallery.org.uk). Aberta há quase 200 anos, a National Gallery é considerada uma das mais importantes galerias de arte do mundo e merece repetidas visitas. Em seu acervo constam obras dos mais renomados artistas dos mais distintos períodos. Com mais de 2,3 mil pinturas, quem visita o lugar pode apreciar os trabalhos de mestres como Leonardo da Vinci, Rembrandt, Botticelli, Caravaggio, Renoir, Monet, Van Gogh e Picasso. É uma parada obrigatória para quem aprecia a história da arte, com a vantagem da entrada ser franca. Caso você não queira visitar todo o museu ou disponha de pouco tempo, entre previamente no site do museu, procure pela “floorplants” e localize as obras que mais lhe interessam para ir direto às salas onde elas estão. Importante: Não tente retirar no hall de entrada do National Gallery, o mapa com a localização das salas e obras, sem contribuir com o Museu. Vigias atentos, chamam a atenção daqueles espertinhos que fingem não ver a plaquinha com a cobrança de 2 libras por exemplar retirado.

 

Se depois de passar várias horas na National Gallery você ainda continuar com vontade e disposição para visitar mais museus, dê a volta no quarteirão, pelo lado da igreja Saint Martin in the Fields, para ver fotografias, caricaturas, pinturas, desenhos e esculturas de personalidades do mundo todo na National Portrait Gallery (http://www.npg.org.uk). No acervo com mais de 11 mil obras, existem imagens clássicas de Shakespeare e Henrique VIII até obras modernas com a do magnata Richard Branson, dono da Virgin.

 

Depois deste banho de cultura, nossa próxima atração a ser visitada era a London Eye. Para chegar até lá, saímos novamente pela Trafalgar Square, e descemos a Northumberland Avenue, até chegar à Hungerford Bridge. Atravessamos a ponte para cruzar o Rio Tâmisa, já que a London Eye fica do outro lado do rio.

 

A London Eye foi construída para ser uma atração temporária da cidade, mas hoje é um dos cartões-postais de Londres. Esta roda-gigante realmente gigante, permite ao visitante ter uma ampla visão da capital britânica, incluindo excelentes vistas para o Parlamento e o Rio Tâmisa. Sempre há uma fila para entrar, mas como a roda gigante não para de girar, são muitas cápsulas (32) e nelas cabem 25 pessoas em cada uma, o tempo de espera não é tão grande assim. O passeio dura 30 minutos e os ingressos podem ser comprados antecipadamente pela internet (http://www.londoneye.com), inclusive com desconto. O problema é que como nem sempre o dia em Londres está aberto, ao comprar antecipado, você pode dar o azar de comprar para um dia em que a visibilidade não está boa e acabar não vendo toda a cidade lá de cima. Nós mesmos, só resolvemos ir para a London Eye no momento em que saímos da National Portrait Gallery e verificamos que não não tinha nevoeiro naquela hora, apesar do tempo nublado.

 

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Existem diversos tipos de ingressos, inclusive um com valor extra para não ter que enfrentar a fila para embarcar, e em todas, estão incluídos tickets para assistir a um filme em 4D, no mesmo prédio onde se compram os ingressos. Para quem pretender visitar também o museu de cera de Madame Tussauds existe também um ingresso “combo” com desconto para a compra simultânea das duas atrações. O museu de Madame Tussauds é um dos mais concorridos de Londres. Embora o passeio seja muito divertido e o museu se renove periodicamente, não fomos, por que já tinhamos conhecido da outra vez que estivemos em Londres e recentemente tínhamos ido também aos que ficam em Berlin e Los Angeles. Mas vale a pena ir e fica a dica (http://www.madametussauds.com). É divertido e foge um pouco do restante que se vê na viagem.

 

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Saindo da London Eye, aproveitamos para passear pelo calçadão da margem sul do Tâmisa, entre o London Eye e a ponte de Waterloo, e conhecer o Southbank Centre – complexo cultural que engloba o Royal Festival Hall, a Hayward Gallery, o Queen Elizabeth Hall, o BFI e mais um monte de lugares interessantes.

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Uma visita ao Museu Britânico é obrigatória em qualquer lista de atrações na capital inglesa. Com um acervo de mais de 13 milhões de peças, é o primeiro grande museu público, gratuito, secular e nacional em todo o mundo, tendo sido fundado em 1753. Como já haviamos o visitado na viagem anterior, e sabíamos do seu tamanho, deixamos para ir pela manhã, quando estivéssemos com disposição e descansados após uma boa noite de “recuperação física”, para enfrentar os seus três andares, e poder ficar horas e horas andando de um lado para o outro. O British Museum dispõe de peças de praticamente todas as culturas que já existiram no planeta, sendo extremamente difícil priorizar, embora necessário, o que se vai ver, devido ao enorme acervo que possui. Por isto, entre no site dele (http://www.britishmuseum.org) e faça antes uma breve seleção daquilo do que mais lhe interessa, nos mesmos moldes do que sugeri no caso da National Gallery. Entre o muito que se tem para se ver, estão a Pedra de Rosetta (a chave para o deciframento dos hieróglifos egípcios), os Mármores Elgin (extensos fragmentos do Parthenon de Atenas), armaduras de samurai, o tesouro Oxus dos Persas, diversas múmias, máscaras astecas, moedas do período helenístico e uma estátua de Moai, da Ilha de Páscoa. Não deixe de conhecer também o Great Court, que é a sala de leitura, no centro do grande pátio, que foi frequentada, por entre outros, Karl Marx e Lênin.

 

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Como não quisemos fazer uma visita muito corrida, gastamos a manhã toda lá e já saímos do Museu Britânico pensando no almoço...rs. Dali onde estávamos tínhamos vários opções de onde poderíamos almoçar, como a região do Soho ou de Convent Garden, por exemplo. No entanto, ao descer a Great Russels Street, acabamos encontrando mais um daqueles restaurantes que não vi ninguém comentar, mas que é bem aconchegante, chamado Garfunkels (http://www.garfunkels.co.uk). O que fomos fica na Tottenham Court Rd, mas ele também pode ser encontrado em outros endereços pela cidade, inclusive, próximo da Trafalgar Square, conforme fiquei sabendo depois, sendo portanto uma ótima opção também para quem for almoçar, antes ou depois, de uma visita à National Gallery.

 

O Garfunkels fica a um quarteirão da Oxford Street, que é uma rua imensa e onde se encontra de tudo. É o paraíso das compras e uma das ruas comerciais mais movimentadas da cidade, possuindo até um site próprio: http://www.oxfordstreet.co.uk/. Entretanto, seguimos a pé, até Convent Garden, que é uma região hiper movimentada, com comércio intenso e cheia de turistas, especialmente na época em que fomos, a uma semana do Natal.

 

O “centro das atenções” de Covent Garden é Covent Garden Market (http://www.coventgardenlondonuk.com), um lugar repleto de lojas e restaurantes. Próximo a ele, estão a Royal Opera House e o London Transport Museum. Embora tenha sofrido várias reformas e modernizações, o Covent Garden Market foi aberto a 180 anos atrás, mas desde 1654, já existiam outros mercados no mesmo lugar. O Covent Garden Market é muito simpático, bem frequentado e conta com artistas de rua nos seus arredores. Além das lojas próprias, próximo dali, na rua Long Acre, estão instaladas várias outras lojas de marcas conhecidas. É um ótimo lugar para quem gosta de comprar produtos de qualidade e de grife, mas que também esteja de bolsos cheios...rs.

 

Para quem ainda estiver com tempo e disposição, continue na Long Acre até o final dela, quando então começa a Cranbourn Street, para chegar até à Leicester Square, que é aonde acontecem os grandes pré-lançamentos de filmes na cidade e onde fomos na nossa primeira noite em Londres, antes mesmo de ir a Manchester. Em uma das laterais da Leicester Square existe uma central de vendas TKTS que oferece descontos para as peças e musicais em cartaz. Os ingressos são vendidos para apresentações no mesmo dia ou até uma semana de antecedência, e algumas vezes podem ser comprados por preços bem acessíveis.

 

Bem próxima da Leicester Square está a Piccadilly Circus, região super movimentada, e famosa pelos seus letreiros e painéis luminosos e a fonte com a estátua de Eros. É onde se encontram algumas avenidas importantes da cidade, como a Shaftesbury Av., Regent St, e Piccadilly.

 

De Piccadilly Circus, resolvemos pegar o metrô para ir até Baker Street, com o propósito de conhecer o Museu de Sherlock Holmes (http://sherlock-holmes.co.uk). A própria estação de Baker Street já tem parte de suas paredes azulejadas com a sombra do rosto do famoso detetive criado pelo escritor Arthur Conan Doyle. Se você sair da estação pela Marylebone Street, encontrará uma estátua de bronze de Sherlock Holmes, possivelmente cercada por turistas tirando fotos...rs. Nas lojas próximas, verá à venda, não só réplicas do cachimbo do detetive, como também lupas, chapéus, chaveiros e outros souvernirs.

 

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O Museu fica na 221b de Baker Street, e para quem saiu da Marylebone Street, basta virar a primeira rua à direita. Já tinha lido que o Museu era “fraquinho” (e realmente é...), mas como meu filho estava interessado, fomos assim mesmo. Os ingressos, que são bem conta, são vendidos em uma loja existente ao lado da entrada do museu, por vendedores devidamente caracterizados como na época em que acontecem as estórias de Sherlock Holmes (1881-1904), e onde inclusive, termina a visita. Por ser a “bilheteria”, a lojinha pode ser acessada independentemente da pessoa visitar ou não, o museu, que por si só, é bem pequeno e apertado. Devido a sua falta de espaço, o número de pessoas que podem circular pelo museu é limitado, razão pela qual, sempre existe uma fila do lado de fora para entrar. Lá dentro, são expostos algumas peças citadas nos livros e recriados algumas cenas com bonecos de cera. Apesar da simpatia dos funcionários do lugar, é uma atração para quem gosta e conhece bem os livros daquele famoso detetive.

 

Para quem está lendo este relato, por conta dos Beatles, ao lado do Museu do Sherlock Holmes, existe uma loja dedicada aos Fab Four, chamada de “Come Together”. Embora esteja longe da organização da loja existente no Beatles Story, em Liverpoll, lá você irá encontrar produtos dos mais diversos tipos, e ótimo para presentear quem gosta da banda. Dá de 10 a 0 naquela lojinha que comentei logo no início do meu relato e que fica próximo de Abbey Road. Exatamente do outro lado da rua, existe uma loja dedicada a todas as outras bandas de rock.

 

Bem próximo destas atrações está o Museu de Cera de Madame Tussauds que já mencionei anteriormente, e The Wallace Collection. (http://www.wallacecollection.org). Esta última, é um museu/galeria que exibe uma coleção até então particular de obras de arte, móveis e porcelanas dos séculos XVIII e XIX e que foi toda doada pela família ao povo britânico em 1897, inclusive o próprio palacete onde o museu está instalado. Abriga obras de pintores como Titian, Rembrandt, Hals (The Laughing Cavalier) e Velázquez, e a entrada é gratuita.

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Começamos nosso último dia completo em Londres, nos dirigindo a Camden Town, que é a quarta atração mais popular de Londres, reunindo cerca de 100 mil pessoas a cada final de semana, especialmente aos domingos. A região ficou famosa pelo seu mercado de artesanato aberto no início dos anos 70, e principalmente pelo público que este mercado atraiu. O lugar foi, e ainda é, a meca dos punks, mas hoje eles dividem o espaço com outras tribos e sociedades alternativas, e claro, com os turistas. As fachadas das lojas já são uma atração em si, com enormes caveiras, corpos, robôs, botas, aviões e até o Cristo Redentor !!!! Tudo para chamar a atenção dos frequentadores para as lojas existentes na região, e que vendem desde roupas e acessórios alternativos, vintage ou de estilistas locais, até antiguidades, móveis, bugigangas em geral, discos e CDs, jóias, souvenirs e artesanato. Existem também centenas de oficinas e estúdios de designers, stands, cafés, restaurantes, bares, lojas de tatuagem e piercing.

 

O lugar é bem diversificado, mas o que mais me chamou a atenção foi Stables Market (http://www.stablesmarket.com), que é um mercado instalado nos antigos estábulos de uma companhia ferroviária, sendo o maior da região, com quase 500 lojinhas, funcionando nas antigas cocheiras. Logo abaixo do Stables Market, à beira do Regent’s Canal, está o Camden Lock Market que é um mercado de artesanato original dos anos 1970 e que hoje vende produtos diversificados. Há uma parte coberta (Market Hall) e uma pátio aberto, o West Yard. Ali concentram-se as barracas de jóias/bijouterias artesanais, objetos de decoração, pinturas, gravuras, e de livros e cd/discos. Existem ainda o Camden Lock Village, o Camden (Buck Street) Market e o Inverness Street Market vendendo basicamente os mesmos produtos.

 

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Passamos a manhã toda na região e como o nossa próximo destino era conhecer o Natural History Museum, resolvemos almoçar lá mesmo em Camdem Town, antes de prosseguir. Depois de tantos dias comendo e experimentando os mais diversos pratos ingleses, e falando só inglês, não resistimos e escolhemos um restaurante brasileiro chamado “Made in Brasil” (http://madeinbrasil.co.uk), que é justamente aquele que tinha na fachada o Cristo Redentor. Fomos muito bem recepcionados e atendidos e matamos a saudade da comida brasileira. No mesmo local à noite, acontecem shows de música latina e brasileira regadas à caipirinha e cerveja nacional.

 

Na hora de ir embora fomos até a estação de metrô Camden Town. Nossa próxima parada era conhecer o Natural History Museum (http://www.nhm.ac.uk), o maior e mais importante acervo de história natural do mundo e que possui cerca de 70 milhões de espécimes, entre fósseis, slides de seres microscópicos, e esqueletos dos extintos dodô, de dinossauros, de mamute e de baleia-azul. Dividido em quatro partes distintas, o museu também conta com uma gigantesca biblioteca de história natural. Ao entrar no belo edifício onde está instalado, você já verá um enorme esqueleto de dinossauro bem no meio do hall. Nas diversas galerias são apresentados temas distintos como terremotos, genética, astronomia, sustentabilidade, corpo humano e mamíferos gigantes. O museu é bem legal, especialmente a ala dos dinousauros, com diversos esqueletos e réplicas robotizadas. A entrada no museu é gratuita, mas cobra-se pelo mapa de localização das salas que fica disponível na recepção do museu em diversos idiomas.

 

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Dali fomos ao Royal Albert Hall (http://www.royalalberthall.com), a famosa sala de espetáculos redonda inaugurada em 1871 e ao Albert Memorial (http://www.royalparks.org.uk/parks/kensington-gardens/kensington-gardens-attractions/the-albert-memorial), que fica em frente, em Kensington Gardens. Só conhecemos o Royal Albert Hall por fora, mas é possível fazer um tour pelas suas dependências mediante agendamento prévio, ou um tour virtual pelo site. Pertinho dali, para quem ainda tiver pernas, está o Victoria & Albert Museum (http://www.vam.ac.uk) que é um museu de arte e design, mas onde não são exibidas somente pinturas e esculturas, mas também artefatos das mais diversas culturas, incluindo cerâmicas, mobiliário, moda, jóias, fotografias, tecidos, objetos em metal e vidro. Este museu também é gratuito.

 

Como os museus de Londres fecham normalmente por volta das 17:00 – 18:00 horas, horário variável conforme o dia da semana e da época do ano, aproveitamos os finais de dia fazendo compras e experimentando algumas opções de alimentação mais rápida da cidade, algumas citadas aqui no site Mochileiros. No meu último post, que não será o próximo ainda, comentarei um pouco sobre isto, que é um assunto que sempre desperta a curiosidade dos brasileiros.

 

A saga continua...rs

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