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[Primeiro Mochilão - Jan/fev 2014] Bolívia, Chile e Peru - 28 Dias - Inclui algumas fotos e custos :)


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Oi pessoal!

 

Fiz na viagem como se fosse um diário contando as coisas, ficou extenso mas vou colar aqui... depois vou editando pra deixar num formato mais fácil para os mochileiros que achem úteis :)

Aliás, vou tentar colocar fotos, mas como meu celular foi roubado (olha o spoiler rs) uma parte das minhas fotos de viagem foi perdida.

 

Rota/Lista de Cidades Originalmente Planejada:

São Paulo - Santa Cruz de La Sierra

Santa Cruz de La Sierra - Sucre

Sucre - Potosí

Potosí - Uyuni

Uyuni - San Pedro de Atacama

San Pedro de Atacama - Arica

Arica - Tacna

Tacna - Arequipa

Arequipa - Nazca

Nazca - Ica

Ica - Pisco - Ica

Ica - Cuzco

Cuzco - Aguas Calientes - Macchu Picchu - Cuzco

Cuzco - Puno

Puno - Copacabana

Copacabana - La Paz

La Paz - Santa Cruz de la Sierra

Santa Cruz de la Sierra - São Paulo

 

Preparação Pré-Viagem:

- Muita leitura aqui no mochileiros!

- Decathlon, descobri que amo você!Roupa segunda pele (Blusa e calça, menos de 100 reais os dois), jaqueta corta-vento (120), blusão impermeável (40), sacolinha compacta (10), toalha superabsorvente (12 a grande, 8 a pequena - nem usei a pequena), travesseiro de pescoço (10 - super útil nas viagens de ônibus de muitas horas) e bota impermeável (120). Tudo lá.

- Passagens de ida e volta pro Aeroporto de ViruViru (Bolivia, Santa Cruz de La Sierra), por cerca de 300 reais ida e 380 a volta.

- Vacina febre amarela e certificado internacional (Que ninguém checou/pediu)

- Mochila que peguei emprestada com uma amiga

- Conjunto de capa de chuva de motoqueiro (jaqueta e calça por 40 reais no mercado livre)

- Farmácia portátil (rs), o que mais usei efetivamente foi o dorflex e remédios de gripe (Resfenol). Dramin uma vez só pra ajudar a dormir.

- Comprar a doleira... e os dólares!

 

BOLÍVIA!

 

SANTA CRUZ DE LA SIERRA

 

Cotação:

Aeroporto: 1 real - 2,5 bol

Custos que me lembro:

Táxi - 60bol

Transporte Público - 2 bols

Ônibus para sucre - 50 bols

Banheiro - 1 bol

Coca 500ml - 7 bols

Cerveja El Inca - 10 bols

Taxa de Embarque do terminal - Aproximadamente 3 bols

 

“A aventura está lá fora!”

 

Chegamos no aeroporto Viru Viru. Super pequeno! Fila básica pra pegar as mochilas e na imigração. Primeiro carimbo do passaporte!

 

(Com direito ao rapaz da imigração perguntando “Quem está te esperando ai fora?”, eu respondendo “Ninguém” e ouvindo um “Que pena”)

 

Recebendo o papel de imigração e o passaporte de volta, duas coisas que jamais devem ser perdidas (colocados na doleira!), saímos do aeroporto e...

 

Não há nada em volta do aeroporto. Nada mesmo. Ou você sai de táxi (60 bol., aparentemente tabelado) ou com umas vanzinhas que aparentemente são de transporte público e te deixariam a umas 3 quadras da praça central por 2 bolivianos.

 

Pelo cansaço, quantidade de pessoas e tamanho das mochilas decidimos ir de táxi. O ponto é que não tínhamos nenhum boliviano! Bora voltar pra dentro e ir na casa de câmbio! Cotação de casa de cambio de aeroporto e rodoviária é sempre horrível! Como tinha uns reais ainda restantes na carteira e tal troquei na cotação 1 real por 2,5 bolivianos.

 

(Uma dica importante que só aprendi infelizmente mais pra frente na viagem... ao trocar dinheiro, peça “sencillos” – ou sei La como escreve RS – mas isso significa dinheiro trocado. Os lugares são muito chatos pra dar troco, e muita coisa custa poucos bolivianos, então quanto mais dinheiro trocado melhor RS)

 

Chegamos na praça central, bonitinha, com vários consulados/embaixadas em volta. Como estávamos em Santa Cruz só de passagem já perguntamos como chegar ao terminal bimodal, de onde poderíamos pegar ônibus pra outra cidade (E de onde chegam e partem os trens também).

 

Nos instruíram a subir umas 4 ruas/quadras e pegar o ônibus 41. Subimos as ruas, ficamos na dúvida/perdemos as contas e perguntamos de novo, e achamos uma rua onde passavam as vanzinhas. Em alguns pontos há os números de van que param naquele ponto, mas vimos o 41 passando, demos sinal fora do ponto e ele parou para nós. 2 bolivianos de passagem, pedimos para o motorista avisar quando chegasse no terminal e ele avisou. Tudo certo!

 

Chegando perto do terminal, há uns prédios na frente, com comercio, barraquinhas e uma avenida pra atravessar, com um farol de pedestre que não fica nem 5 segundos aberto direito e que os carros não respeitam. Sério, o transito na Bolívia é uma bagunça! Ninguém sabe dirigir direito e buzinam por qualquer coisa!

 

Dentro do terminal você vai se sentir até mal! Muitas pessoas gritando os itinerários (“Sucre, sucre sucreeeeee / Potosi, Potosiiiiiii / La PA, La PA, laaaaaa paaaaz”) e quando verem você de mochila, vão vir como formigas no doce, moscas na carne, sei la... vai ter uma hora que vai encher de “vendedores” ao seu redor tentando te convencer a comprar a passagem deles. Só é bom porque dá pra tentar negociar os preços.

 

Compramos pela Expresso Guadalupe uma passagem pra Sucre saindo as 16h (São 13h de viagem se não me engano), semi-cama, por 50 bols (negociando). Sério, eles te mostram umas fotos mega bonitas dos ônibus, das poltronas... (fui tão enganada nessa viagem que já não acredito mais nessas coisas, compro o que a intuição indicar)

 

Como ainda não estava no horário da viagem, os meninos fomos andar pelas ruas perto do terminal. Não tem muito o que ver, lembra um pouquinho a região de Santo Amaro, em São Paulo. Encontramos um “Residencial Brasileiro” em que nenhum dos funcionários falava português e não havia hóspedes nem funcionários brasileiros rsrs (Ao longo da viagem vimos que é comum até eles colocarem nome de brasileiro nas coisas pra chamar a atenção, ou ver pessoas do lugar com camisetas ou bonés com nome “Brasil”)

 

Como estava quente, os meninos foram trocar de roupa num banheiro público que tinha na rua. O banheiro é “publico”, mas você tem que pagar sempre 1 ou 2 bolivianos pra ir no banheiro. Você pode tentar negociar não pagar nada se falar que já tem o papel e não precisa usar/pegar o que eles te dão, mas nem sempre funciona.

 

Voltamos ao terminal para comer. No andar de cima do terminal bimodal há várias “lojinhas” que vendem comida, algumas oferecem até almoço. Subimos e fomos na mais do canto (Queriamos deixar as mochilas no chão) e pedimos as coisas. Eu pedi uma coca de 500ml (pagando 7 bol) e os meninos pediram uma cerveja (a 10 bol) chamada “El Inca”. Está entre as piores cervejas que já tomei. Pense numa cerveja doce! E pense num lugar que a cerveja é quente! Os meninos ainda pediram sanduíches pra comer, mas eu por enquanto estava sem fome, tinha comido o lanchinho da gol no voo.

 

Enquanto estávamos lá chegou um cara pedindo dinheiro, descobrimos que era um brasileiro que morava antes no Chile, a esposa estava grávida, eles já tinham um filho e queriam voltar pro Brasil. Não tínhamos/queríamos dar dinheiro, mas como ele disse que estava com fome demos um pacotinho de club social que tínhamos.

 

Ah, outra coisa que esqueci de comentar... procure o guichê para pagar a taxa de embarque do terminal (3 bol se não me engano) e se prepare porque isso irá te acompanhar a viagem toda.Todo terminal quando você sai precisa pagar essa taxa – o preço varia de lugar pra lugar.

 

Primeiro perrengue da viagem: Eu não fumo. O pessoal fuma. Acenderam cigarro dentro do terminal e veio a polícia pedir para apagar. Eles falaram que não sabia, perguntaram “Estrangeiros então?”, responderam que sim, pediram nossos documentos e papeis de imigração. Mostramos o nosso, mas o Negão não achou o dele. Pronto, era o que os policiais queriam. Já arrastaram o Negão pra salinha da Interpol e começou o rolo. Eu e a Jeh fomos ficar conversando com o cara do ônibus pra fazer amizade e tentar segurar o ônibus se ele tentasse sair (nossas mochilas já tinham sido despachadas – entenda-se jogadas de qualquer jeito no bagageiro, porque é isso que acontece em todas as viagens de ônibus) e o Erick foi acompanhar o Negão.

 

Enfim, não preciso contar a história toda porque é longa, mas entre ameaças do Negão de chamar o consulado e a polícia boliviana querendo dinheiro/propina (propina no sentido brasileiro que é ruim, porque em espanhol a palavra propina é gorjeta, no bom sentido), eles resolveram liberar o negão sem fazer nada. Achavamos que já tínhamos perdido o ônibus porque já era 17h, mas mesmo com 1 hora de atraso, o ônibus nos esperou e entramos correndo. Depois o negão encontrou o RG no bolso da calça que tinha trocado mais cedo. A lição é: Sempre ande com seus documentos perto, saiba onde estão, não perca.

 

Chegando no ônibus, minha poltrona e da Je eram as ultimas e estavam com crianças sentadas nelas. Não quisemos discutir e fomos sentar onde tinha poltronas disponíveis. Um pouco mais pra frente teve uma parada pra subir mais gente e tivemos que voltar e pedir pra família que estava La pra deixar sentarmos nos nossos lugares, porque a dona do lugar onde estávamos chegou RS.

 

NUNCA COMPRE OS ULTIMOS BANCOS DO ONIBUS. Nossos bancos não reclinavam nada e encarar 13 horas de viagem a noite retas foi muito difícil. Fora que é um super comercio ambulante dentro do ônibus, com gente entrando pra vender as coisas (Inclusive o super unguento de coca, que cura tanta coisa que fiquei esperando o cara incluir o câncer na lista de coisas que curava RS). Os bolivianos vão comprar e vao comer dentro do ônibus. Pior, vão jogar o lixo no chão também.

 

Ao longo da viagem, conversei com a família que estava do meu lado. São bolivianos e iam para um povoado que ia demandar mais 6 horas de viagem depois das já 13 horas previstas pra chegar a Sucre. Já viveram no Brasil, por 2 anos e meio, mas voltaram pelo custo de vida que era muito alto. A filha mais Nova deles, Karina, nasceu no Brasil 

 

Ah, o pneu do ônibus furou e tivemos que parar pra trocar, o que demora muito (E interessante é que eles não sobem o ônibus com o macaco, eles Poem o macaco no chão e aceleram o ônibus pra ele dar um tranquinho e subir no macaco rsrs Já adiantando algumas coisas, todos os ônibus (com exceção do último da viagem) que pegamos na Bolívia tivemos atrasos porque o pneu furou. Outro ponto interessante que só descobri muito pra frente na viagem é que quando fura um pneu eles não trocam de primeira. Eles enchem de ar, remendam de qualquer jeito e vão enchendo novamente a cada borracharia que encontram... so trocam quando não tem mais jeito mesmo..

 

Pra terminar a viagem, quando estávamos já chegando em Sucre, entrou um rapaz de artesanato no ônibus pra vender. Fez algumas brincadeiras e tudo mais, e estava vendendo uma corrente e um pingente a 40/30 bolivianos (os preços iam caindo rsrs), quando ele chegou no fim do ônibus pra vender, ele na verdade me entregou uma de presente, agradeceu por eu ter participado das brincadeiras e prestado atenção mesmo sendo estrangeira. 

 

Ah, sabem o que dizem que essa estrada é perigosa, feia de ver, quase uma estrada da morte? É verdade. Rsrs Melhor dormir e não ficar olhando pela janela, a ignorância é uma benção :P

 

 

SUCRE

 

Custos que me lembro:

Ônibus para Potosí: 20 bols

Quarto duplo no hotel Potosí: 30 bols

Hamburguesa Especial (Com batata frita): 12 bol

Coca 2l: 15 bol

Transporte Público: 1,5 bol

Parque Cretacico: 30 bols

Castelo de la Glorieta: 20 bols de entrada, + 10 bols se quiser poder tirar fotos

 

Uma das cidades mais fofas da viagem. É patrimônio histórico ou cultural da Unesco (não lembro agora qual dos dois rsrs).

 

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Assim que chegamos na rodoviária fomos abordados por 2 policiais da polícia turística. Elas foram super simpáticas, nos deram mapas, dicas de segurança, de hospedagem, passeio, comida, transporte... uma super ajuda mesmo!

 

Fomos andando do terminal de ônibus até a praça central (com a ajuda do mapa), são uns 20 minutinhos, e tem poucas subidas, então dá pra encarar... mas as mochilas nas costas não ajudam kkk se quiser ir de táxi, não faltam carros no terminal que te levariam até lá. Já deixamos compradas para o dia seguinte as passagens para Potosi, os preços não mudavam de uma companhia pra outra, conseguimos 1 boliviano de desconto e fomos com a Imperial, sugerida pela policia turistica

 

Chegando na praça principal encontramos um rapaz que parecia simpático, devia ter seus 35 anos, olhos claros que pareciam bondosos, jeito de artesão. Resolvemos pedir dicas pra ele da cidade e de hospedagem. Também foi muito simpático e marcou em nosso mapa 3 opções de hostels baratos e deu dicas de onde comer. Seu nome era Afonso. Começamos a caminhada atrás de hostels.

 

Um dos hostels se chamava “Potosi”. Pegamos a versão mais barata dos quartos, 30 bolivianos por um quarto duplo (duas camas), com banho compartilhado. A versão que o Wi-fi chegava até a cama era 35, mas como tinha uma “pracinha” dentro do hostel com uma pequena fonte e vários banquinhos onde o wi-fi pegava e dava pra ficar, preferimos o de 30 bols.

 

Andando pela cidade encontramos um rockbar simpático, que servia almoço. Seria minha primeira refeição! Rsrs Fui e escolhi do menu uma “hamburguesa especial” por 12 bols. Um hambúrguer com salada e queijo que vinha também com batata frita (batata de verdade cortada em pedaços/tiras, não muito banhada em óleo ao contrario das demais da viagem) e catchup feito com tomate de verdade! Pagamos 15 bols lá por uma coca de 2l (no hostel era vendido por 8 bol).

 

Há uma linha de transporte publico (vans), número 4, que faz ponto final de um lado no Parque Cretácico de um lado e no Castelo de La Glorieta do outro. 1,5bol de passagem. Fomos até os dois, não entramos em nenhum rsrs No Parque a entrada era 30 bols para estrangeiros, e por mais que tivesse realmente as pegadas de dinossauro encontradas em Sucre e tal... achamos que não valia a entrada, mas tiramos varias fotos no caminho e lá na porta, tem um visual bem legal lá.

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O castelo fica dentro de uma zona militar, e você paga 20 bols pra entrar e mais 10 pelo direito de tirar fotos. Parecia bem bacana e dava acesso a uma área grande de jardins que pareciam lindos, mas so olhamos por fora, espiamos um pouco por dentro, fotos do lado de fora e voltamos rs

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Sucre é uma graça pra se andar na região em volta da praça. Tem muito comercio e prédios bonitos. Há também na parte de cima a Recoleta, que é uma igreja onde tem um mirante. Vá visitar a Recoleta! Eu não fui e me arrependi.

 

O mercado municipal tem de tudo. Tudo mesmo. Incluindo pedaços de boi pendurados e sangrando. Depois de ver isso não tive coragem de comer no mercado como haviam sugerido rs

 

Quando voltamos para o hostel a noite descobrimos que o Afonso, que havia nos ajudado mais cedo, estava hospedado lá também. Ficamos até quase meia noite conversando com ele, ele nos contando como largou um emprego de terno e gravata na Espanha porque não o fazia feliz, começou a viajar, aprendeu artesanato e hoje vive de conhecer pessoas e lugares e vender seus artesanatos, e como ele aprendeu a dar valor as coisas pequenas e a enxergar nas coisas os “sinais” do que ele deveria fazer a seguir. Não vou conseguir escrever tudo aqui, mas a conversa com ele foi uma das mais filosóficas e das que mais me marcou. Ele se ofereceu pra nos levar para conhecer umas cachoeiras que haviam em Sucre, as quais eu nunca tinha ouvido falar em nenhum relato, mas já tínhamos as passagens compradas, uma pena  Tinha um casal de brasileiros no hostel também, mas chamamos pra conversar e tal e eles não fizeram muita questão.

 

Saí ainda para conhecer a cidade de noite/madrugada. Não encontrei (e não estava procurando isso também) baladas nem nada do tipo, mas a cidade estava com as ruas molhadas de uma leve garoa que tinha caído, as luzes fracas das ruas acesas, uma graça! Nas andanças paguei 14 bolivianos por 2 churrascos gregos, 3 pacotes de batata frita “caseira” (inclusive uma picante) e uma coca grande (tudo comprado em vendinhas e barracas da rua mesmo). Voltei para o hostel depois, mas foi um ótimo rápido passeio rs

 

No dia seguinte inventamos de ir a pé pro terminal de ônibus, e o pessoal acordou atrasado. Ou seja, tivemos que praticamente correr. Na altitude, com mochilas pesadas na costa... correr não é uma boa ideia. Cansei fácil e suei mais fácil ainda, estava exausta quando cheguei no terminal, mas chegamos no horário, pagamos a taxa de embarque (2,5 bols se não me engano) e pegamos o ônibus (mais um que furou o pneu) em direção a Potosí.

 

POTOSÍ

Cotação:

1 real - 2,8 bols

Custos que me lembro:

Transporte Público: 1,3 bol

Ônibus para Uyuni: 30 bols

Sanduíche de Salame: 12 bols

Coca 600ml: 8 bols

Cartela de Soroche Pills: 38 bols

Pacote de Folha de coca: 8 bols

Gorro: 20 bols

Luvas: 10 bols

Bota Impermeável: 700 bols

Caixinhas para Ipod: 150 bols

Baralho: 15 bols

"Taxa de embarque" do Terminal: 1 bol

 

 

Quando o ônibus chega em potosi ele pára em um posto de gasolina. Esse posto não é o ponto final, mas dizem que é mais perto do centro, talvez uma boa opção pra quem vai de taxi. Quisemos ir até o terminal de ônibus.

 

O terminal onde se chega é novo e bem bonito! Uma pena que pra nossa próxima parada, Uyuni, não é daqui que o ônibus sai kkk. Saindo do terminal se vê uma avenida, nessa avenida, sentido “subindo”, tem um ônibus linha E que você paga 1,3 bol e pede pra descer no “ex-terminal”. É de lá que saem os ônibus pra Uyuni.

 

Chegando no Ex-terminal há varias opções de Onibus. Pra economizar na passagem, outra vez quisemos comprar pra noite. Encontramos um que saia as 21h, chegava em Uyuni as 1h, mas era possível dormir dentro do ônibus até as 7h (Nem todas as companhias deixam dormir no ônibus quando chega La, se quer ir a noite é um ponto a se perguntar), pagamos 30 bols pela passagem, deixamos as malas na agencia de ônibus, pedimos informação e fomos pegar uma van até a praça central (que não é perto), mais 1,3bol.

 

Pedimos pro motorista avisar quando estivéssemos chegando, vimos uma praça grande, suspeitamos que era La, perguntamos mas o motorista falou que avisaria quando chegasse. Demos mais uma volta de uns 20 minutos na van e depois o motorista avisou para descermos... na rua de cima da praça que tínhamos mesmo imaginado que era! Tsc tsc... pelo menos valeu o passeio para conhecer umas ruas a mais de Potosi.

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Paramos no “boulevar café” pra comer. Comi um sanduiche (na verdade 2 de tanta fome rs) de salame por 12bols cada, feito na chapa, uma delicia. Paguei 8 bols na coca de 600ml. Potosi já é alto (não lembro a qtos metros), e o pessoal já começou a ficar meio mal por causa do Soroche (como é chamado o mal de altura), eu não senti nada (E continuei sem sentir nadinha a viagem toda, toma essa Soroche, Tami Wins!). O dono do barzinho mostrou as folhas de coca e ensinou a mascar, ofereceu o chá de coca e mostrou as Soroche Pills, tudo pra melhorar os sintomas do mal de altura. Eu cheguei a pagar 38 bols numa cartela de Soroche Pills... não usei rs Os meninos compravam as folhas de coca a 8 bols o pacote se não me engano.

 

Bem, choveu muuuuuuito no dia que estávamos em Potosi, então os passeios que pretendíamos fazer (minas e lagoa) não iam rolar. Então saímos passeando pela cidade. O frio começou a apertar, comprei um gorrinho que cobria as orelhas por 20 bols e 10 por uma luva, que me acompanharam e atenderam bem a viagem toda. Minhas roupas impermeáveis foram super uteis rs

 

Encontramos uma mulher que cambiava dinheiro (peguei mania dessa expressão na viagem) na cotação 1 real – 2,3 bol, como era pior que o aeroporto andamos mais um pouco e encontramos numa galeria vários lugares pra cambiar dinheiro, e um cara que trocava 1 real – 2,8 bol. Troquei o resto de real (que não era muito) lá, e passamos o resto do dia andando e depois cantando/dançando na praça central rs

 

A Je estava de tênis e a chuva gelada não perdoou. Os pés molhados (mesmo ela colocando sacolas e tal) incomodaram muito e ela acabou comprando uma bota impermeável lá por 700 bol. Eu já tinha minha bota comprada decathlon que não me decepcionou em momento nenhum da viagem!

 

Ah, os meninos compraram umas caixinhas de som pra amplificar o som do Ipod por 150 bols, e um baralho por 15 bols. Ficamos matando o tempo até a hora do ônibus.

 

(Ah, vale contar que estava eu na calçada, esperando o semáforo abrir e uma van simplesmente foi fazer a curva e subiu na calcada, quase passando por cima dos meus pés. Já avisei que o transito na Bolívia é louco, né?)

 

Voltando pro ex-terminal o pessoal comprou mais umas besteirinhas pra comer no ônibus, eu não comprei nada e reparei que tinha perdido minha caneta, abandonando assim a ideia do meu diário de viagem rs. Ah, La não tem guichê pra pagamento de taxa de embarque, mas não pense que você se livra... tem alguém que fica na porta do ônibus e você só sobe depois de dar uma moedinha de 1 bol.

 

Mais uma viagem, mais um pneu furado, e vamos que vamos.

 

UYUNI

 

Custos que me lembro:

Chocolate Quente e Sanduíche de Queijo com Azeitona: 20 bols

Passeio de 3 dias no Salar + transfer para San Pedro: 800 bols

Banho Quente: 10 bols

Ingresso do Parque: 150 bols

Propina cobrada indevidamente na fronteira: 15 bols

 

Chegamos de madrugada, dormimos no ônibus até umas 6h30, onde daí tivemos que descer porque ninguém aguentava mais ficar no ônibus.

 

Cidade ainda meio no escuro, muita coisa fechada, muitos mochileiros nas ruas e a gente sem saber muito bem o que fazer. Bem, dividir e conquistar! Cada um foi pra um lado ver o que conseguia. Um rapaz simpático nos abordou e perguntou se estávamos com fome/vontade de ir ao banheiro, que ele conhecia um lugar que estava aberto aquela hora. Fomos com ele... e não me arrependo! Chegamos num restaurantezinho bonitinho, que tinha chocolate quente e um sanduíche de queijo com azeitona que fez minha alegria! (por 20 bol), e um banheiro bem conservado até. Me senti revigorada! Aproveitamos pra comer devagar, aproveitar o lugar que era bonito e contar o dinheiro!

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Quando já era “dia” (rsrs) saímos e vimos que do lado do restaurante havia uma agência para o passeio do salar, e o rapaz que nos havia indicado o restaurante estava La dentro. Era a agência Betto Tours. O rapaz era o próprio Betto! Rsrs ele nos contou do passeio, explicou como funcionava e explicou inclusive que o preço dos passeios estavam mais caros porque fazia poucos dias que o Rally Dakar tinha passado pela primeira vez pelo salar de Uyuni (Com o slogan “a primeira vez que o rally será no céu”, por causa do reflexo do céu no chão por causa da água).

 

800 bolivianos incluindo o transfer pra San Pedro. Num passeio que normalmente é 600/650. Andamos pela cidade, conseguimos até 700, mas gostamos e sentimos tanta confiança no Betto que voltamos e fechamos com ele, mesmo sendo mais caro. E não me arrependo nem um pouco.

 

Conhecemos alguns brasileiros na cidade que encontramos depois de novo ao longo dos passeios, fiz amizades nas hospedagens...

 

Olha, se eu for contar todo o passeio do Salar de Uyuni não paro mais de escrever. Só posso aconselhar que façam, porque além de maravilhoso, são 3 dias de 3 refeições (boas!) e hospedagem garantidos! Só atenção que no último dia não tem a opção de banho quente (Dá-lhe lenços umidecidos!) e no primeiro, só se você pagar 10 bolivianos.

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Ah, vale contar também que na laguna colorada tem o guichê dos parques das lagoas onde você tem que pagar 150 bol, não está incluído no preço do tour.

 

(Alias,as lagoas coloridas são lindas também, os flamingos umas graças e os geysers super diferentes! E demos sorte que o nosso guia, o querido Rocendo, era maravilhoso/simpático e como ele saia mais tarde conosco da hospedagem, pegávamos os pontos turísticos vazios/só pra nós :D)

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Ah, e mesmo sendo inverno pegamos -3 graus no segundo dia, e o vento é bem forte!E vi neve pela primeira vez na vida!!

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No terceiro dia pela manhã você chega no ponto onde ou você volta pra Uyuni, ou fica pra pegar o transfer para San Pedro. San Pedro já é Chile, então nesse ponto você passa pela imigração Boliviana pra dar baixa e depois te levam na imigração do Chile pra dar entrada. Nesse ponto é legal que um lado é Bolivia, outro Argentina e outro Chile rsrs

 

Fomos “extorquidos” na imigração da Bolívia. Estavamos nós, todos os muitos turistas, na fila esperando pra carimbar o passaporte. E alguém, no melhor estilo telefone sem fio, disse que precisava pagar 15 bols pra sair. Poxa, era minha primeira vez saindo de um pais estrangeiro... entreguei o passaporte e o dinheiro, recebi inclusive troco! E depois descobrimos que aparentemente eles cobraram propina de alguém, que contou pros amigos na fila e ai virou o telefone sem fio que fez todos pagaram. País corrupto, viu.

 

Chile!

 

SAN PEDRO DE ATACAMA

 

Cotação:

1 dólar - 525 pesos

Custos que eu me lembro:

Quarto com 6 camas no hostel Towanda: 6 mil pesos

Almoço (prato de comida peruana rs): 4 mil pesos

Copo de suco no almoço: 2500 pesos

Almoço dos demais dias: 3000 pesos o prato

Garrafa de 1l de água: 1200 pesos

Garrafa de 5l de água: 1500 pesos

Aluguel de bike por 6 horas: 3000 pesos

Passeio astronômico: 15 mil pesos

Passagem para Arica: 17 mil pesos aproximadamente

3 bolas de sorvete: Cerca de 3 mil pesos

 

Como foi bom sentir calor de novo depois de dias no salar morrendo de frio!

 

Imigração do Chile foi tranquila! Nos deixaram perto da praça central de San Pedro e da famosa rua principal, a Caracoles! La começamos a encontrar mais brasileiros! Encontramos o Japa que tinha uma indicação de hostel a 9 mil pesos chilenos.

 

Opa, estamos no Chile, hora de trocar dinheiro de novo! Casa de cambio é o que não falta na rua principal, é só pesquisar! Porém em todas a cotação não é boa (comparada com outras cidades). Peguei a cotação 1 dólar – 525 pesos.

 

Chegamos no hostel (Towanda se não me engano), numa rua um pouco afastada do centro (bah, 5 minutinhos andando, nada demais) e perto do terminal de ônibus (era so descer a rua praticamente). Era 6mil pesos a hospedagem, banho quente, wi-fi e cozinha, ainda tinha tanque pra lavar roupa e um super espaço com varais pra roupa secar, fora uma vista maravilhosa das montanhas!! Perfeito! Pegamos um quarto pra 6 e o resto do pessoal ficou no outro quarto (Não lembro exatamente onde, mas teve algum lugar da viagem em que o nosso grupo cresceu pra 11 brasileiros kkk)

 

Perto do hostel tinham varias vendinhas que foi onde compramos as coisas pra fazer o almoço e jantar na cozinha. Saia cerca de 2000 pesos pra cada quando dividia tudo, comemos no primeiro dia num restaurante que era 4000 a comida + 2500 do suco. Depois encontramos um que era 3000 a comida e passamos a revezar entre lá e a cozinha do hostel. Se possível, compre sempre a água de 5 litros, as garrafas de água de 1l ou menos são quase o mesmo preço de uma de 5, e faz tanto calor lá que pelo menos pra mim compensava comprar a água maior mesmo rs

 

Fechamos todos nossos passeios com a agencia Sol Andino, que fica numa rua paralela a Caracoles, que era a rua pela qual chegávamos a rua principal vindo do hostel.

 

Fizemos o passeio da Laguna Cejar, que é tipo o mar morto do Chile. Uma lagoa tão salgada que você simplesmente não afunda! E com as montanhas ao redor... nossa, uma paisagem de tirar o fôlego! Tem algumas outras lagoas ao redor, mas devido ao número de cristais, que podem cortar e tudo mais, você não pode entrar. (ah, além do passeio da agencia, você tem que pagar entrada lá, não lembro os valores :( )

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Haviam outros 2 lugares incluídos no passeio, mas como havia chovido no dia anterior a estrada pra lá estava intransitável  Como mesmo assim queríamos ficar pra ver o por do sol, o motorista da van que nos levou até a lagoa (que a propósito, demora uns 30 minutos pra chegar e sai as 16h da frente da agencia, mas foi nos buscar próximo do hostel porque era caminho) combinou de vir nos buscar mais tarde, porque ele tinha que levar de volta o pessoal do tour que queria voltar.

 

Ficamos nós (eu, Je e o Japa) e um casal de argentinos Por mais umas 2 horas lá. Na volta nosso motorista trouxe uma garrafa de pisco (bebida típica de La, muito boa!) e uma de suco, e um saco de batatas fritas, pra comermos/bebermos enquanto assistíamos o por do sol, que realmente foi muito lindo. E muito especial também por toda a ocasião que se formou ali.

 

No dia seguinte inventamos de alugar bicicletas. 3000 pesos por 6 horas de bike. Alugamos por volta de meio dia. Pegamos o mapa no centro de informação ao turista que tem na praça principal. Tem uma piscina natural La, o posto 3, mas um dia estava fechado por causa de uma festa, depois fechado por manutenção, acabamos não conseguindo ir (Ficamos um dia a mais em San Pedro que o planejado, de tanto que gostamos rs)

 

Bem, pegamos a bike e fomos até o Vale de La Luna. A ideia era ir até o vale de La luna, que é mais longe, e depois mais cansados, ir no da morte que é mais perto pra voltar. Morremos de cansaço no vale de La luna mesmo e abortamos o da morte. A diferença básica é que o da Luna você paga e ele é sinalizado, tem postos de informação e tal... o da morte não tem nada, você vai na sorte rs.

 

São 16 km só até o primeiro posto do vale de La Luna. Tem alguns pontos no meio da pista cobertos para você parar e respirar. Leve protetor solar e um chapéu pra cobrir a cabeça.E muita água pra beber. Eu fiquei com tanto calor que passei a andar com a parte de cima do biquíni e um shortinho apenas. O sol do deserto pode ser cruel. Mas a paisagem é linda!

 

Depois do primeiro posto se não me engano são mais 5 km até o segundo posto onde tem umas cavernas de sal. Muito bacanas de se passar, há um trecho onde se você não tiver luz nem adianta ir porque não se enxerga nada! É rápido, uns 20 minutos pra passar, mas é divertido!

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3 km pra frente tem o anfiteatro. O primeiro km praticamente você precisa levar a bike do lado, porque é muita terra e muita subida pra ir em cima da bike. Quando chegou a uns 500m do anfiteatro (eu não sabia q tava tão perto, as curvas não me deixavam ver rs) eu desisti, e resolvi parar. Tinha toda a volta ainda e eu já tinha pedalado acho que mais que minha vida toda rsrs

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E a volta foi difícil. Muito difícil por sinal. Mas sobrevivi. E provavelmente não quero andar mais de bicicleta por um bom tempo rsrs

 

Um outro passeio imperdível na minha opinião é o passeio astronômico (15 mil pesos). Você vai primeiramente pra uma pequena palestra pra “introdução a astronomia”, com vinho, pisco, água ou suco e outros petiscos/mimos, aprende... e depois te levam para o telhado... onde você vai ver mais estrelas do que nunca viu! E além da explicação (em espanhol e inglês) há 2 telescópios para que você possa ver de formas/distancias diferentes planetas, constelações e até a lua :D

 

Há uma série de outros passeios (Inclusive a lugares que você já viu no passeio do salar, então cuidado pra não comprar “duplicado”) e a própria cidade vale a pena um tempo pra você passear. Se precisar, há lojas de equipamentos/vestuário pra mochileiros além de lembrancinhas.

 

Não lembro o nome da rua, mas era uma por onde passávamos quando saíamos do hostel em direção a rua principal... ela tinha uma sorveteria (sorvete de massa tipo caseiro) que é o melhor sorvete que já tomei. Paguei cerca de 3000 pesos por 3 generosas bolas de sorvete, 2 de chocolate e uma de maracuja... e sério, o gosto é maravilhoso.

 

No terminal você vai ver que praticamente todos os ônibus fazem uma parada em Calama. Calama é uma cidade maior, tem muita gente que vai pra Calama e de lá negocia passagem pra onde quer ir. Nós compramos direto pra Arica, pagando uns 17mil pesos (não lembro com certeza). Parte da turma foi pra Iquique, que também é praia, mas mais pra surf. O Japa comprou pra Calama pra de lá comprar pra Iquique

 

ARICA

Custos que eu me lembro:

Saco grande de batata frita e garrafa de água de 1 litro: 4000 pesos

Cone de doce de leite: 2000 pesos

Ônibus para Tacna: 2000 pesos

 

Cidade de Praia :D Chegamos na rodoviária, que tem o bom e velho posto de informação ao turista, pegamos os mapas e descobrimos onde ficavam as praias próprias pra banho (Há algumas que estão impróprias para banho).

 

Mais uma vez, você pode ir de táxi... mas resolvemos ir a pé pro centro rsrs Alias, os chilenos aqui são muito educados, os carros param pra você atravessar!! 

 

Encontramos uma pousada/albergue bem simples e bem barato o quarto duplo, mas não tinha internet (O nome era Sol da America – Se você pedir no posto de informação ao turista eles entregam uma folha que tem os nomes e endereços dos hotéis/albergues, foi muito útil na nossa caçada rs)

 

Havia também um MC Donalds na cidade, comi um Angus Bacon! (Finalmente uma pausa em tanto Pollo!)

A praia é maravilhosa. A areia é escura, mas limpinha até. Fui só com a canga, mas se você quiser tem gente que aluga guarda-sol e cadeira na praia. E tem sempre alguém passando vendendo algo (A La praia grande). A água do pacifico é muito gelada! As ondas são só no comecinho, então imagina o ritual que foi pra entrar na água! Mas é muito gostosa, e dá pra andar de caiaque, tem uma área com pedras que você pode ir pra sentar, tirar umas fotos... gostei da praia 

 

A cidade tem uma rua principal que parece as ruas da liberdade, em questão de aparencia mesmo. Tanto durante o dia quanto a noite na rua principal do centro você encontra diversos artistas, artesões, músicos... todos mostrando os trabalhos na rua :)

 

Arica tem uma pedra com o Mirante que você não pode deixar de visitar. É uma subidinha, mas vale a pena. Você consegue ver toda a cidade, o porto e o oceano de lá. Um dos meus por do sol mais gostosos de assistir.

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De Arica vamos para Tacna, que é fronteira de novo! Do lado do terminal onde se chega tem o terminal internacional, onde você pode pegar um taxi (4000 pesos) ou uma van (2000 pesos) para ir a Tacna, a vantagem do taxi é ter que esperar menos pessoas passarem na fronteira pra continuar viagem. Fui de Onibus, 2 horinhas de viagem, não tive problemas.

 

TACNA (Fronteira: Chile/Peru)

 

Só de passagem. Você chega no terminal internacional, onde tem o pessoal que faz cambio, e logo em frente há o terminal nacional, onde se compra a passagem pra Arequipa. Pra variar, a cotação do cambio era horrível. No terminal nacional consegui comprar a passagem com pesos chilenos, então comprei a minha e a do Negão e ele trocou pouquinho, só pra pagar a taxa de embarque de nós dois. O resto do pessoal fez o mesmo.

 

Ficamos na rodoviária matando o tempo até o horário do ônibus, mas se quiser, tem um centro de informação ao turista no terminal que dá informações sobre o que tem pra fazer em Tacna.

 

Peru!

 

AREQUIPA

Cotação:

1 dólar - 2,8 soles

Custos que lembro

Passagem pra Cuzco: 60 soles (Compre no terminal e sairá mais barato do que eu paguei)

Macarrão de almoço: 5 soles

Kg de roupa lavada: 5 soles

100g de uvas passas cobertas com chocolate: 2,5 soles

 

 

A cidade é linda! Não fiz nenhuma das opções de passeio de agência (que são muitos e são bons.. se puder, faça o Canyon Del colca, me arrependi de não fazer), mas andei até demais na cidade! Encontrei um rapaz, que foi com a gente até o fim da nossa viagem (E ele continuou a dele) que passamos a carinhosamente chamar de Curitiba, e ele tinha o mesmo pique que eu pra andar! Pegamos o mapa turístico e todos os pontos laranja destacados no mapa nós visitamos! A pé! É só ter pique que dá pra fazer! Meu citytour é selftour a pé :P Aliás, encontrei um husky que era cachorro de rua... quase que adoto e trago ele comigo rsrs

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Tem muitos museus, mas cada um é 20/30 soles, alguns 5/10... se for em todos quando somar você vai ter pago uma pequena fortuna rs alguns deles deixam apenas uma parte a mostra de graça, já é algo. O convento é o mais caro, que é 35 soles, não fiz, mas dizem que vale a pena!

 

A arquitetura da cidade é linda, o mirante também (pena que estava um pouco nublado), as pessoas são simpáticas e o mercado central é até que organizado! A praça central é bem animada!

 

E aqui tem Wild Rover Hostel! Aqui que começou a bagunça kkk o Wild Rover é uma rede de hostels pra jovens animados... o de arequipa tem piscina, eles tem sinuca, mesa de pingue pongue, bar o dia todo praticamente... e eles organizam festas no próprio hostel, cada dia uma com um tema diferente (A glow party foi muito divertida, todo mundo pintado e brilhando no escuro... tenho uma blusa que até agora não consegui tirar a tinta rs) e eles tem um serviço maravilhoso de cozinha (pratos deles, você não pode cozinhar), café da manhã incluído na diária e tv room (pufes pra descansar, assistir filme e tal). Além disso, o checkout deles é só a 1 da tarde e eles são bacanas, deixam você guardar sua mochila no storage, tem armários específicos na recepção que você fecha com cadeado pra vc deixar seus eletrônicos carregando, lockers no quarto que efetivamente cabem uma mochila grande! Redes pra descansar depois de comer! Alias, eles tem hostels em cusco e La paz também... e você ganha uma camiseta se ficar nos 3. Eu tenho a minha! :P

 

Deixei minha roupa com eles pra lavar, a 5 soles o quilo. Deixei na recepção de manhã e só la pras 11 da noite que lembrei de ir buscar, mas estava lá já, limpinha, cheirosa e bem dobradinha *_*. Esqueci de comentar, mas estava aproveitando todo lugar que dava pra lavar roupa no tanque ou pelo menos peças pequenas lavava no chuveiro mesmo rs. Foi bom poder contar com uma lavanderia pra cuidar direitinho da roupa rs

 

Ah, se puder, mande email pra eles e faça reserva, porque os quartos são cheios e o valor da diária muda com a quantidade de camas no quarto (Eu ficava no de 16 camas, que é o mais barato). É um ótimo lugar pra ficar, divertido, limpinho, e você conhece muita, muita gente! E depois que o bar fechava (La pra umas 2, 3 da manha), se você quiser eles ainda te levam pras baladas próximas! É certeza de diversão!

 

Se não me engano na rua na esquina do hostel, virando a esquerda, havia um restaurante onde por 5 soles você podia comer um talharine ao molho de carne. Comemos bastante lá! Também aproveitamos para comer Burguer King lá! O Mc tem um sanduíche específico de lá, mas eu não cheguei a experimentar.

 

Ficamos mais tempo que o previsto em Arequipa e cortamos algumas cidades do roteiro (tempo de viagem e custos iam apertar a viagem... fora que tinhamos aumentado bastante o numero do grupo e estava divertido continuar juntos). Fomos direto pra Cusco...

 

Ah, vale ressaltar que o Dudu foi num caixa eletrônico sacar dinheiro, tinha bandeira da Cirrus, ele colocou o cartão e o caixa não devolveu mais o cartão. Ele foi na agência reclamar e eles falaram que aquele caixa eletrônico não aceitava cartões emitidos fora do país e que eles não tinham como devolver porque os cartões eram posteriormente triturados. A sorte é que ele tinha outro cartão de reserva.

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Por favor, vá para o terminal e compre as passagens lá! Deixamos para o Curitiba e o Japa comprarem as passagens de todos, e eles compraram numa agencia na cidade, que cobrou 60 soles numa passagem num ônibus bem mais ou menos e que conversando com os estudantes brasileiros de medicina que conhecemos no ônibus, descobrimos que eles pagaram apenas 30 no terminal. Pelo menos o ônibus tinha filmes e cobertas, reclinava bem e tinha um lanchinho (um salgado frio, bolacha água e sal e uma bala).

NAZCA

 

Pulamos Nasca. 110 soles de passagem, 12 horas de viagem + 100 dolares pro voo de teco-teco não iam encaixar bem no roteiro.

 

 

ICA / PISCO

 

Foram cortadas após o Curitiba nos dar um relato desanimador dos preços altos e da má conservação dos parques e do Oasis. Mas confesso que queria ter ido pelo menos para fazer o passeio das Ilhas Ballestas. Pretendo um dia voltar pra fazer um mini-mochilão, pegando Lima, Nazca, Ica e Pisco. Me aguardem que eu volto!

 

CUZCO

Cotação:

1 dólar - 2.80 soles

Custos que me lembro

Hospedagem Wild Rover: 24 soles

Hospedagem Procuradores del Cuzco: 15 soles

Almoço - Ceviche: 30 soles

Refeição no NinaChay (menu completo) - 8 a 10 soles (depende do menu do dia)

Passeio do Vale Sagrado: 23 soles

 

Me apaixonei por Cuzco. É uma cidade maravilhosa, linda, moderna e cheia de história ao mesmo tempo! Tem muuuuuita coisa pra fazer aqui, e eu fiz muita coisa mesmo, vou tentar resumir o quanto der pra não ficar muito cansativo.

 

O terminal, pra variar, é longe do centro. Dá pra negociar táxi no terminal, ou sair do terminal e ter mais opção e tentar pegar mais barato ou tentar fazer como nós, que pegamos o máximo de folhetos de hostels que conseguimos, porque eles tem mapas e iam nos ajudar a saber pra onde ir rsrs é uma caminhada, mas vi muitos cachorros, vi o trem, vimos várias praças... cansativo mas para mim valeu a pena. Já tínhamos reservas para o WildRover, então fomos direto pra La deixar a mochila e descansar um pouco.

 

Na praça principal, as 2pm, tem o “Free Walking Cuzco”, são guias (Em espanhol e Inglês) que levam você para conhecer a pé a cidade! Eles levam a alguns pontos turísticos, explicam, dão dicas... adorei! Ainda mais que eles nos levaram para conhecer o Sr. Sabino, que faz instrumentos musicais... ele mostrou alguns dos instrumentos diferentes e tocou um pouco pra nós, o som é simplesmente maravilhoso! E no final eles ainda te levam para tomar uma taça de pisco (Sim, os chilenos e os peruanos discutem pra saber de quem realmente o pisco é originário/tradicional, rsrs). Você paga o quanto quiser de “gorjeta” pra eles, isso se quiser pagar. Mas depois de quase 3 horas andando e ainda ganhar bebida, eu pelo menos não conseguia me imaginar não dando nada.

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A Je perdeu parte do dinheiro dela, então estava com o orçamento mais apertado ainda! Pra não deixa-la sozinha, ficamos apenas uma noite no Wild Rover e depois fui com ela pra uma outra hospedagem “Procuradores Del Cuzco”, na rua Qquoricalle, pertinho do final da rua procuradores, que dá na rua principal. O quarto era duplo, banheiro compartilhado, por 15 soles... mas tinha no ultimo andar um terraço charmoso e tinha cozinha!

 

Referente a comida, tem um restaurante na av El sol que vende ceviche, por mais ou menos caro (30 soles), mas pelo jeito que o pessoal “conserva” o ceviche no mercadão, acho que você não vai querer comer lá. Mesmo comendo no restaurante o meu estomago deu uma leve reclamada. Ah, saindo do Wild Rover, indo em direção a esquerda, virando a esquerda na esquina e indo reto por 2 quadras, você encontra o restaurante NinaChay. 8 a 10 soles por um menu completo (Entrada, sopa, segundo prato, bebida e sobremesa)

 

Na praça principal, no lado oposto da igreja (que você tem que pagar para entrar, mas você pode ir no período das 6h as 8h, que é o horário da missa, e entrar de graça – ninguém pode te impedir de rezar – e conhecer tudo) tem várias lojinhas, havia uma agencia dentro de um corredorzinho onde na porta ficava uma placa de “tattoo” que foi onde compramos a maioria dos passeios. Não que faça tanta diferença, porque as agencia se “juntam” pra poder lotar as vans, então acho que vale mais procurar pelo preço. Tem algumas casa de cambio perto da praça principal e na av El sol. Troquei na praça pela cotação 1 dolar = 2.8 soles

 

Fizemos primeiro o passeio do vale sagrado. Negociamos a 23 soles. É um passeio de um dia todo, você pode pagar mais caro para almoçar, ou ir no mercado, ou no mercadão e comprar coisas pra você mesmo fazer sua comida. Nós decidimos ser econômicos rsrs Fomos no mercadão, pagamos 6 soles por metade de uma rodela/peça de queijo, 20 centavos de soles por cada pão e ainda pegamos alguns pãoes e geleia do café da manhã no hostel. Quando chegamos lá, as opções do almoço deles não eram muito chamativas, então almoçamos felizes nossos sanduíches.

 

Aliás,um parênteses para uma história: no lugar onde pararam pra almoçarmos, resolvemos pedir uma coca (Quente, como em todo lugar, e a mulher so tinha uma pedra grande de gelo, tivemos que dividir o copo pra todos poderem tomar a coca mais gelada). A Coca pequena era 5 soles e a grande, 7. Ela não mencionou as ml. O Curitiba pediu uma coca pequena, que era de 500 ml. Quando vimos a Coca, decidimos que queríamos beber também e pedimos para ele trocar pra maior, que era só 2 soles a mais. E a grande acabou sendo uma Coca de 2,5l. por só 2 soles a mais. Quase saímos perdendo comprando a pequena rsrs

 

Para fazer o vale sagrado, alem da agência você precisa do ingresso. Ou você paga 70 soles e visita só o vale sagrado, ou paga 130 e compra o ingresso completo que você pode usar no vale sagrado, no city tour, em alguns museus e no passeio de Mooray (Comprei esse, mas o tempo que reservei pra Cusco não me deixou tempo pra ir nos museus e em Mooray, mas já compensou mais do que pagar 70 no vale sagrado e mais 70 pro Citytour).

 

Nem vou falar nada do Vale Sagrado. É um passeio maravilhoso, sério. As ruínas, as histórias daquele lugar, a energia que você sente, sentar e olhar tudo aquilo. Só indo e sentindo na pele.

 

Falando em pele, na última atração do vale sagrado eu encontrei uma blusinha de La com franjinhas que eu já estava namorando a tempos... de 50 soles, com muito choro caiu pra 30 e eu comprei.

 

Os outros não tinham dinheiro e compraram o ingresso só do Vale Sagrado. Eu ia fazer o City tour com o Japa, mas ele ia fazer a trilha Inca pra Machu Picchu e precisava ir comprar as coisas de camping. Fui na mesma agencia, negociei pagar 12 soles pelo Citytour e fui sozinha.

 

Sozinha naquelas, porque você sempre consegue engatar conversa e fazer amizades nos passeios. Novamente, foi muito divertido! Ao contrário do vale sagrado que é o dia todo, como o City tour (que de city não tem nada rs) é em ruínas perto de Cusco você consegue fazer em metade do dia.

 

Pra quem quiser, tem rafting e outras atividades radicais pra fazer em Cusco. Infelizmente eu não reservei muito tempo pra cá, se pudesse ficava mais em Cusco! A vida noturna é bem agitada também!

 

 

O que talvez seja a dúvida de muitos... como ir pra Machu Picchu!

 

Você pode ir de trem. Tem vários postos da PeruRail em Cusco onde você pode comprar as passagens. Eu quis ter o máximo de experiências possíveis, então decidi ir pela hidrelétrica e voltar de trem.

 

Ir pela hidrelétrica: Na mesma agência que fizemos os passeios negociamos a 30 soles a van pra somente nos levar a hidrelétrica. Eles tem a opção de ida e volta, com hospedagem e tal, mas eu queria só a ida. No dia seguinte, as 7h, pegamos a van na praça principal.

 

E passamos quase o dia todo na van, morrendo de calor, já quase sem posição pra ficar... mas pelo menos fizemos uma parada em uma cidadezinha onde pudemos almoçar onde/o que queríamos.

 

Quando chega na hidrelétrica você preenche um cadastro simples, só pra dizer que está entrando. Um pouco mais pra frente a van te deixa, e começa o trilho do trem. Aí é só andar. O que não vão faltar são mochileiros no caminho pra você encontrar kkk Olha, os sites diziam que é uma caminhada de 2h30/3h. Num passo bom eu fiz em 1h52, quase 10 minutos a mais que o Erick, 1 a mais que o Curitiba. A Je demorou 3h20.

 

Logo no começo da trilha pelo trilho do trem, você verá uma plaquinha simples escrita “Caminho Machu Picchu” e uma seta indicando para seguir uma trilha no meio do mato subindo. Pode parecer estranho, mas siga essa placa! Ela te coloca numa trilha que te leva para um trilho de trem um pouco mais acima, e é esse que você tem que subir.

 

Curta a paisagem. Você vai passar por muitos lugares bonitos e o rio, super forte, vai estar do seu lado quase o tempo todo. É muito bacana!

 

Quase no final, você vai ver uma pequena construção de concreto e uma placa que diz “puente ruína” (ou algo do tipo, a placa estava gasta e não dava pra ler). Ali tinha a opção de continuar em frente ou pegar uma trilha um pouco mais abaixo, paralela.Encontrei com um grupode mochileiros que estava voltando que me indicou pegar essa trilha “do lado” e continuar indo reto. Fui por ela e cheguei em águas calientes sem problemas, ufa!

 

 

 

ÁGUAS CALIENTES

 

Aguas Calientes tem uma cotação de dólar péssima. Rodei muito, me ofereceram 2,3 soles por cada dólar, ate que numa lan house o cara me ofereceu 2,73. Foi o melhor que eu achei La, e o pior que troquei em comparação as outras cidades. Mas como eu não tinha comprado o bilhete de machu Picchu em cusco (onde eles inclusive aceitavam cartão!), eu precisava de 146 soles pra comprar o ingresso machu Picchu + montaña Picchu.

 

Ficamos num albergue próximo a segunda ponte. A moça que veio atrás de nós e depois de negociar o preço, resolvemos ir pra lá. Quem estava hospedado no hostel podia ir num restaurante “Conveniado” e pagar apenas 8 soles pelo jantar, que era uma sopa, uma bebida quente e varias opções de segundo prato (Escolhi a truta).

 

Eu dei azar, porque o tempo estava chuvoso e eu deixei pra tomar banho depois que voltei do jantar. O gás acabou, não tinha como trocar aquela hora da noite e depois da caminhada da hidrelétrica eu não tinha como tomar banho só de lençinho. Tomei banho frio. Ah, se arrependimento matasse...

 

No dia seguinte madrugamos (4h30) e ainda estava chovendo. Roupas, capa e bora lá pra Machu Picchu. Bem, você pode pagar 20 dólares pelo ônibus ida e depois volta de águas calientes ate machu Picchu. Faça isso!

 

Bem, eu não fiz, estava toda “aventureira” e querendo ter experiências... resolvemos subir a pé. Sério, são 1h30 de subida forte e você não sabe se tá acabando ou não e estava chovendo. E no calor da subida, eu abandonei a capa de chuva e as roupas de frio, que o calor que elas estavam gerando estavam me deixando sem fôlego pra subir. Sim, subi de regata e legging, por 1h30, praguejando de por que raios eu não tinha pegado o ônibus. Afinal, eu ainda tinha que subir/escalar a montaña Picchu, e se eu estivesse gastando minhas últimas energias ali?

 

Bem, fiquei mega feliz quando terminei de subir e finalmente vi machupicchu. Entramos mega felizes, só pra dar uma leve desanimada. Estava tudo nublado, quase não se podia ver nada. Nada de trégua da chuva, caminhamos um pouco mas a vista ainda não estava legal. Decidimos subir a montaña Picchu... vai que nesse meio tempo as coisas melhoravam?

 

Chegando lá, só uma francesa tinha começado a subir (Você tem que assinar quando entra e quando sai... só se pode subir na montanha das 7h às 11h e o pico fecha às 14h. É pelas assinaturas que eles veem se falta alguém voltar ou não). Subimos. Mais chuva e eu lá, de regata e legging subindo! O Curitiba subiu na frente. E levou a garrafa de água. Acho que esse foi um dos meus incentivos pra continuar subindo depois, porque afinal só se seu subisse poderia beber água rsrs

 

Dizem 1h30 de subida. Num passo que eu achei lento, fiz em 1h10. Curitiba fez em 1h. Passamos a francesa no meio do caminho, mas ela também chegou lá, mas bem depois. A Je desistiu no meio do caminho e ficou esperando a gente descer. No meio da trilha, molhada, gripando (droga de chuva e de banho frio do dia anterior), não sei se o cansaço, se era febre, não sei mesmo... mas comecei a alucinar. Sério, tenho até vergonha de admitir, mas começaram a aparecer aqueles pontos pretos na vista de quando você está prestes a desmaiar e ao invés de desmaiar veio uma onda de euforia, de pique e eu vi um certo alguém. E pior, comecei a conversar com ele. E ele me incentivando a subir, e eu simplesmente subi. No final a subida fica ainda mais íngreme e em algumas partes eu praticamente tive que escalar as pedras (rsrsrs), mas subi. Vocês não fazem ideia de como foi maravilhoso finalmente chegar no topo. (Ah, e no topo tudo voltou ao normal rs).

 

Estava tudo nublado... mas eu estava no meio das nuvens. Sério, em volta, tudo branco, parecia um sonho. E eu fiquei lá, admirada, sentada/deitada pensando na vida enquanto as nuvens lentamente se dissipavam. E elas se dissiparam, e foi possível ver machu Picchu. Linda. Gloriosa. E eu, mega empolgada.

 

E depois de umas 2 horas curtindo ali, hora de descer! E que bom que realmente pra descer todo santo ajuda! Só era triste quando encontrava alguém, e esse alguém perguntava quanto tempo faltava ainda, e eu respondia... e a pessoa fazia aquela cara de desânimo! Rsrs mas tentei incentivar o máximo que pude o pessoal pra continuarem subindo! Na volta, ao assinar o caderno, vi várias pessoas que ficaram apenas 20 ou 30 minutos na montanha... sinal que desistiram da subida. Olha, vale a pena, mas vá com força de vontade!

 

Depois da descida... a facada! Saímos para ir na lanchonete que tem em machu Picchu... e as coisas eram absurdamente caras! Coisa de 20 soles por 300ml de coca! 25 por um sanduíche! Como me arrependi de não ter trazido comida de casa! Mas tudo bem, comi porque a fome era muita, entrei novamente, carimbei o passaporte com o carimbo de machu Picchu (Logo na entrada fica lá, a disposição pra você mesmo ir e carimbar, de graça  ) e passei o dia andando por Machu Picchu, colando nos grupos pra ouvir as explicações dos guias dos outros (Mas você pode contratar um guia lá na porta de machu Picchu, eles se oferecem).

 

Voltei pagando 12 dolares pelo ônibus (Eu estava cansada demais pra descer andando) e na volta fomos direto para a PeruRail comprar as passagens. Conseguimos comprar as ultimas 3 passagens do trem das 19h30 por 63 dolares cada (Era 70 e pouco o preço normal). Os trens estavam com uma hora de atraso em média por causa da chuva, então fomos pra “sala de espera” da Perurail e ficamos lá esperando.

 

E foi lá que a coisa começou a ficar feia pra minha saúde. Comecei a me sentir muito quente, me olhei no espelho e estava muito vermelha, e comecei a me sentir mal. Me sentei e encostei na parede e eu tudo que queria era melhorar ou chegar logo em Cusco para dormir.

 

E eis que meu salvador chega! Os estudantes de medicina brasileiros que tínhamos encontrado indo pra Cusco apareceram e iam no mesmo trem que nos, alguns deles inclusive no mesmo vagão que eu. E o Ale, mega gentil, cuidou de mim e meus quase 40 graus de febre. Ainda bem que o trem também era razoavelmente confortável, tinha lanchinho e tudo mais! Chegamos e conseguimos fácil uma van pra Cusco... e ai foi só dormir!

 

No dia seguinte acordamos, fomos pra rodoviária e fomos pra Puno!

 

 

PUNO

 

Bem, Puno não tem muito o que fazer além do passeio das ilhas flutuantes... que aliás, eu gostei bastante. Primeiro porque andamos de lancha (:D), segundo porque foi muito legal ver de perto as ilhas artificiais e o povo que realmente vive ali (nas ilhas perto de Puno o pessoal não vive de verdade, eles vão durante o dia só pros turistas.) Nas ilhas mais afastadas, onde o pessoal vive mesmo, a cultura está quase se perdendo. Só tem idosos e crianças muito pequenas. Os jovens vão pra cidade estudar e simplesmente não voltam. Não sei se daqui a uns anos ainda teremos esse tipo de passeio pra fazer.

 

Chegamos na rodoviária de Puno muito cedo. O que acabou sendo bom porque não sabíamos que os passeios pras ilhas começavam as 6h30. Se tivéssemos ido depois teríamos perdido um dia. Ah, e achávamos que poderíamos ir pra Copacabana a noite... mas não se pode, não tem ônibus. Como tem que passar na fronteira e a fronteira fecha cedo, só sai ônibus no Maximo depois do almoço. Tinhamos uma noite de sono não planejada em Puno.

 

No terminal mesmo fechamos o passeio da ilha e o rapaz negociou uma noite de hospedagem num hotel próximo pra nós a um preço mais barato (não lembro os preços).

 

Ah, nas ilhas se você quiser passear nos barcos tradicionais deles, são 10 soles!

 

Você escuta as explicações, pode comprar os artesanatos e interagir com as famílias, é bem bacana. Depois se vai pra Isla Taquile (Onde finalmente fazia sol outra vez!), onde pode almoçar uma truta olhando pro maravilhoso lago Titicaca, que é uma vista impagável!

 

Ah, no idioma deles (Quechua), o nome do lado é Titihaha. Ficamos brincando que o nome do lago era na verdade “Titihahahahaha” e isso virou piadinha interna :P

 

Na ilha Taquile você faz uma leve caminhada pela ilha. Na parte plana tem uma placa com setas indicando a direção e distância de várias cidades do mundo. Infelizmente do Brasil só tinha uma placa do Rio de Janeiro :P

 

 

COPACABANA

 

Dentro do Onibus eles te orientam como passar pela fronteira. Eles vão te “largar” no Peru, você vai na polícia e em seguida na imigração. Depois vai andando até a Bolívia e entra La, e volta a entrar no ônibus

 

(Na divisa há uma placa linda escrita “Peru” e uma plaquinha no chão que tem a linha dividindo Bolivia e Peru. Tirei uma foto a La “um amor para recordar” ali, em dois lugares ao mesmo tempo :P)

 

Estamos de volta a Bolivia, país corrupto. Como não podia deixar de ser, “presenciei” outra extorsão. Estavamos La em um sábado. Uma suíça estava com seu passaporte original, molhado/borrado, junto de seu passaporte de emergência, que tinha todos os carimbos de entrada e saída certinhos. Porém o policial boliviano não quis aceitar. A suíça reclamou e ele disse que ou ela esperava até segunda então pra falar com o supervisor dele, ou pagava 120 bolivianos pra ele. Com suas mochilas no ônibus, o ônibus indo embora, você sozinha e sem falar direito o idioma, o que faria? Pois é, ela pagou. Só me contou a história depois. Ah como tem corrupto nesse país 

 

Falando de coisa boa, chegamos na rua principal da cidade de Copacabana e fomos procurar hospedagem. Estava chovendo,então não procuramos muito. Ficamos no hostal 6 de agosto, num quarto com 4 camas, por 35 bolivianos. No hostel mesmo fechamos para o dia seguinte o passeio pras ilhas.

 

A Je e o Curitiba pagaram apenas pelo barco pra ir até a parte norte da ilha. Foram fazer a trilha até a parte sul e iam dormir na ilha. Eu já estava cansada demais pra trilhas (ainda mais essa que dizem ser de 3 horas,com subidas), então paguei 40 bolivianos pela versão do passeio que incluía levar de barco pra parte norte, ficar La, depois levar pra isla de La luna, ficar um pouco La e depois levar de barco ate a parte sul da isla Del sol de novo, antes de voltar pra Copacabana, no mesmo dia. Em cada um desses pontos se paga a entrada, entre 15 e 5 soles.

 

Os lugares são lindos, de verdade. Fez um ótimo dia de sol, o que me animou ainda mais. Dentro do barco estava um cheio forte de querosene, então ainda fui na parte de cima do barco/lancha, admirando tudo... foi um passeio realmente memorável! E com poucas caminhadas!! Kkk Deixamos pra comer um sanduiche de queijo por 7 soles na parte sul como almoço.

 

Em Copacabana pertinho, quase do lado do hostel, havia um restaurante onde praticamente bati cartão. Comemos pizza, pão de alho, omelete... quase todas as minhas refeições fiz lá. E tinha wi-fi :D

 

Ainda dei sorte também porque era feriado do aniversario da virgem de candelária,então eles estavam fazendo uma espécie de carnaval, com bandinha, desfiles, confetes e tudo mais... foi muito divertido dançar junto com o pessoal, acompanhar os grupos desfilando pela rua e tudo mais!

 

A Carol voltou pra Arequipa e eu esperei o pessoal voltar pra irmos pra La paz. Eles chegaram no meio da tarde e pegamos um dos ônibus que saiam do meio da praça, local mesmo pra ir pra La paz ao invés dos ônibus de companhias,pagamos 25 bolivianos. O ônibus era razoavelmente confortável, acho que ir de van teria sido muito cansativo.

Depois de muitas horas de viagem, pneu furado como sempre na Bolívia, e achar que não ia chegar mais, o ônibus nos deixou não no terminal, mas no cemitério. E era noite. E o centro era longe. Dessa vez fomos de táxi até o Wild Rover, saímos um pouco da região do cemitério e foi só sair de perto de onde o ônibus chegava pro taxi ficar mais barato.

 

 

LA PAZ

 

Não fiz nenhum passeio de agência em La paz. Depois de machu Picchu achei que qualquer outra ruína ia parecer sem graça, não ando tão bem de bicicleta pra encarar a estrada da morte e tava com frio demais em La paz, imagina pra subir a montanha nevada.

 

Mas ainda assim, andei muito pela cidade, fiz compras (me esbaldei no mercado das bruxas), assisti varias pessoas descendo tipo rapel pelo prédio do hotel presidente (Urban Rush) e aproveitei muito as festas do wild rover e as outras opções de balada da cidade.

 

O Wild Rover no primeiro dia estava lotado (não tínhamos feito reserva), então dormimos num hostel chamado Áustria, perto da praça principal. Depois voltamos pra lá e fizemos muuuitas amizades. Passavamos o dia conversando com o pessoal, andando pela cidade, conhecendo as comidas... foi muito legal!

 

Há uma steakhouse que vale muito a pena ir (Tem ela no mapa da cidade que todo albergue tem). Paguei 94 bolivianos num T-bone, mas valeu muuuuito a pena. Pra quem estava a praticamente 30 dias só comendo Pollo, tava divino! E eles fazem um bife flambado em Jack Daniels em que eles tacam fogo ali na sua frente... um belo espetáculo rs e o bifê de saladas, que é a vontade, tem muita coisa boa!

 

Tem um lanche também que comi na “Plaza de comidas”, que é depois da ponte que tem no final da calle comercio, que chama Trampicho se não me engano (não lembro o nome certo). È uma baguete que tem praticamente um almoçodentro. Carne, ovo, salada, batata e arroz. E acredite, fica gostoso! 15 bolivianos pelo sanduiche e uma garrafinha de refrigerante!

 

Falando em calle comercio, a noite se forma um comercio ambulante no calçadão, depois da praça principal, que vende de tudo a preços razoáveis! Dá pra aproveitar se tiver com preguiça demais pra subir as ruas do mercado das bruxas durante o dia rs

 

Tem uma avenida em La paz chamada Illampu. (Tem no mapa e todo mundo sabe te ensinar a chegar La, fica pros lados do mercado das bruxas também), que tem varias lojas de artigos pra mochileiros, com preços ótimos!! Desde mochilas até roupas e acessórios. A mochila que eu estava era emprestada, então aproveitei para comprar uma pra mim. Depois de bater perna e chorar bastante, comprei uma mochila 70 + 15 litros (15 da mochila de ataque removível/que se acopla na mochila cargueira) da North Face, a Archangel. OBVIO que não é original (Ou original da coreia, como gentilmente a moça da loja falou rsrs) mas paguei só 400 bolivianos, então pra mim valia muito a pena (Nem serei mochileira tão assidua pra precisar de uma mochila super original cheeeeia de funcionalidades). Mas tem mochilas pra todos os gostos, inclusive as Doites, que são chilenas se não me engano, que me encheram os olhos, quase comprei uma delas, pareciam ótimas/muito resistentes... mas eram mais caras rs

 

Perto do Wild Rover (virando a esquina) tem um outro hostel chamado Loki. Você estando no WildRover pode ir a noite no bar do Loki sem problemas, basta mostrar a pulseira do WildRover na entrada do Loki e ir pro bar. Assim como nos outros, depois que o bar fecha eles te levam pras baladas próximas. Fomos em 2, a Mythology e a the Dubliner.

 

Tivemos problemas na Dubliner. Em determinado ponto da noite enquanto a musica tocava havia uma série de pessoas, incluindo bartenders, dançando em cima do balcão do bar, e eles estavam “recrutando pessoas” pra subir e dançar também. Nós subimos (fizemos muito isso nos barzinhos de dentro do Wild rover rs) e enquanto estávamos lá um dos bartenders que estava no bar pediu a jaqueta que eu tinha amarrada na cintura, falou que guardaria no armario debaixo do bar pra não me atrapalhar e que estaria segura. Entreguei a jaqueta e nem lembrei que o celular estava em um dos bolsos fechados a zíper da jaqueta.

 

Quase no fim da noite a Je teve problemas. O gerente do bar começou a passar a mão nela e querer roubar um beijo, e segurou ela com força quando ela tentou sair. Ela chamou por ajuda e eu e os rapazes do nosso grupo fomos, e começou o bate-boca. No meio da confusão decidimos ir embora, peguei minha jaqueta no bar (depois de discutir com um bartender que falou que não tinha nada La) e fomos embora (estou resumindo bastante a confusão porque não vale a pena descrever. Mas o bom é que ninguém chegou a bater em ninguém). Depois que cheguei no hostel que lembrei de olhar e constatei que o celular que estava dentro da jaqueta... já não estava mais. Cheguei a voltar no dia seguinte no bar pra perguntar do celular... mas como seria de se esperar, não deu em nada. Um celular e parte das fotos da viagem perdidos 

 

Aproveitando a sessão “momentos ruins em La paz”, estávamos em um dos “mercados centrais” (conjunto de “barracas/lojas”) comprando as coisas pra comer na viagem pra Santa Cruz quando a Je tira a carteira pra pegar o dinheiro e enquanto contava as moedas na mão colocou a carteira no bolso da jaqueta. Foi so o mínimo tempo necessário pra um batedor de carteira colocar a mão, pegar a carteira e sair andando. Eu vi, e sei La tirando coragem de onde, comecei a gritar, falando que tinha sido roubada, no melhor estilo “pega ladrao”, e comecei a correr atrás do cara. A sorte é que um rapaz, estudante aparentemente, viu e segurou o cara antes dele sair pras ruas, cheguei perto do cara, comecei a falar um monte, ele inventando que não foi ele, eu mandando ele mostrar as mãos/esvaziar os bolsos, mo bagunça e um monte de gente começando a se juntar pra ver o barraco que eu estava fazendo. Ate que acho que o cara se irritou, tirou a Mao do bolso, que tinha a carteira, jogou a carteira em cima de mim e foi embora. Deu vontade de ir atrás, mas não valia a pena, so peguei a carteira, agradeci ao moço que parou o ladrão e voltei pra junto da Je. Nem preciso falar que depois disso eu tava ansiosa pra sair de La paz, né? rs

 

Perdemos uma diária de bobeira. Achavamos que poderíamos sair de La paz para Santa Cruz pela manhã, então quando fechamos o hostel, pagamos a noite de sono... mas descobrimos que os ônibus so saiam a tarde/noite e como eram 17 horas de viagem estimada, se não fossemos no dia a noite, corríamos o risco de não chegar a tempo pra pegar o avião, então corremos para comprar a passagem e pegar o ônibus.

 

Fomos com a empresa Cosmo. Pagamos 140bol, e pelo menos o banco descia que era uma beleza! Mas sério, fim de viagem você não aguenta mais muitas horas de viagem... estava impaciente já pra descer.

 

Em Santa cruz ainda tínhamos uma noite, Ficamos no Residencial Laguna, por 60 bol o quarto duplo, perto do terminal bimodal, super ansiosas pra pegar o taxi na manhã seguinte pra ir pro aeroporto e voltar. Ainda tivemos tempo de encontrar uma churrascaria (poxa, era a ultima noite, achávamos que merecíamos rs) e pagar 70 bolivianos por um filet mignon ao molho de cogumelos pra 2 e uma jarra de limonada de 1 litro por 15 bolivianos.

 

No dia seguinte colocamos a mochila nas costas e fomos atrás de táxi. Depois de um “leilão” básico, conseguimos um que nos levava a 50 bolivianos pro aeroporto (chegaram a nos cobrar 75). No aeroporto fizemos o checkin, pagamos a taxa de embarque diretamente no aeroporto (25 dolares!! Taxa que eu não sabia, e se eu estivesse zerada no fim da viagem??). A Je tinha muitos bolivianos sobrando, ela foi na casa de cambio trocar por dólares. Como eu tinha apenas uma notinha de 20 bolivianos, fui na Chocolateria Gourmet que tem no andar de baixo do aeroporto e comprei 2 trufas a 4,5 bol, e o resto de moedas de chocolate, a 1 bol cada :D

 

Passamos ainda no dutyfree da Bolívia, onde tinham umas coisinhas fofas da Milka e da M&Ms que eu não comprei pensando em comprar aqui e cheguei no Dutyfree daqui e não tinha 

 

No voo novamente ganhamos lanchinho de frango (Pollo nãããão!!!) e um copo de suco. Ainda estava com fome e perguntei se eles vendiam os sanduiches que estavam numa folha de cardápio que achei. O rapaz que me atendeu gentilmente falou que eles ainda não tinham esse serviço nos voos internacionais e perguntou se eu não tinha comido o lanche que eles tinham dado. Falei que sim, mas que ainda estava com fome e por isso queria comprar outro sanduíche. Ele pediu desculpas por não venderem e se retirou. Alguns minutos depois ele chegou com outro sanduíche dos dados no voo e um copo de suco pra mim. Fiquei emocionada com a gentileza dele. Ponto pra Gol!

 

Chegando no Brasil, fila imensa pra passar na imigração, espera interminável pra pegar as mochilas, emoção e vontade de comprar tudo no Dutyfree (Droga de dólar caro ), passando sem ngm pedir pra revistar minhas mochilas... e saindo finalmente vejo minha mãe e o sorriso dela. Choro, abraços e o calor do abraço dos meus pais.

 

Eu estava em casa. A viagem é maravilhosa e voltei renovada e com mais aprendizados do que eu imaginava. Uma experiência fabulosa que quero repetir e que outros precisam ter também. Mas como a volta também é algo bom!

 

Lá e de volta outra vez!

 

 

ALGUMAS DICAS FINAIS

 

• Como ligar para o Brasil a cobrar via Embratel

Ligações do PERU para o Brasil a cobrar (0800-50-190) (Via Embratel).

Ligações da Bolívia e Chile para o Brasil a cobrar (Embratel): 0800 9900 55

 

• Central de Atendimento Internacional Itaú (pode ligar a cobrar):

55 11 21554828

 

• Central de Atendimento Internacional Santander(pode ligar a cobrar):

55 11 3012 3336

 

• Central de Atendimento Seguro Viagem Porto Seguro(pode ligar a cobrar):

55 11 3366-3330

 

• Energia: 220V (Bolívia e Peru)

 

• Fuso horário: Bolívia -1h / Peru e Chile – 2h

 

• NÃO aceitar notas manchadas, rasgadas e etc, dá a maior dor de cabeça para trocar, quando trocam.

 

• Não levar nota de U$ 100 com a série CB vc terá dificuldade de trocar, principalmente na Bolívia (que valem 800 bolivianos).

 

• Levar o dinheiro sempre em saco plástico. Quando em contato com o corpo, mesmo usando o moneybelt, a transpiração passará para as notas e essas poderão ser danificadas.

 

• Casa de Câmbio: Evite se possível as de aeroportos e rodoviárias, tem as piores cotações. Peça “sencillos”, que é dinheiro trocado. Você vai precisar RS

 

• Banheiros na Bolívia: São pagos (E não vale o que paga). Você pode ter seu papel e tentar negociar não pagar já que você “não precisa” do papel que eles te dão.

 

• Bebidas: Peça sempre “fria”. Eles meio que “por padrão” dão a bebida sem gelo (inclusive cerveja) 

 

• Folhas/chá de Coca ou Soroche Pills caso sofra com o mal de altura. Atenção: Não se pode sair/entrar dos países com folhas de coca

 

• Lenços umidecidos pro “banho” no salar.

 

• Você não precisa pagar nada pra sair ou entrar em um país, se cobrarem na imigração é propina!

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Parabéns pelo relato :)

 

Fiquei com umas dúvidas: em puno só há saídas para as ilhas flutuantes às 6h30? E em copacabana qual o horário de saída para a isla del sol? e de copacabana até puno?

 

Estava a planear chegar a copacabana ao inicio da tarde (acredito que haja muitos horarios saindo de la paz), ir logo para a isla del sol e dormir lá. no dia seguinte voltar para copa e partir para puno. é possível?

 

Obrigada

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  • 2 semanas depois...

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