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Filme - Na Natureza Selvagem - O que vcs acharam?


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  • Membros de Honra

Como todo mundo, eu também tenho minhas opiniões...

 

Filme: Cenas boas, paisagens alucinantes e um trilha sonora que dispensa comentários. Fodástico. Mas pra quem leu o livro, sabe que não há muito compromisso com a história real. Tudo bem que contar a história do adultério (Chris era um filho tido por seu pai fora do primeiro casamento) não é "bonito" e não ajude a vender, agora, sabemos que Krakauer não se convenceu com a história do cara ter comido a planta errada.

 

Livro: Ótimo. Detalhado, imparcial. Krakauer, o cara que "estava lá" em 10 de maio de 1996 (e não 2006, valeu a correção, MarcosPLF),o pior dia da história do Everest, revela o motivo de ter ido atrás da saga de Alex Supertramp: ele mesmo passara por uns bons perrengues no Alasca, tempos antes, na busca de se encontrar.

 

Chris: nada de mais. Um cara com problemas com a vida e com a sociedade. Nem Deus, nem Diabo. Tentou fazer algo, não era um idiota se achando, mas subestimou o que viria pela frente. Comida, roupa, informação, estratégia de fuga, tudo faltou. Quando ele tentou voltar, se deu conta disso. Já era tarde.

Na minha opinião (eu disse minha opinião) ele botou na cabeça que ia se encontrar no Alasca. Traçou a meta e chegou lá. Só que ele se preocupou tanto com a meta que esqueceu de sustentá-la.

Gil de Ferran, uma vez, quando perguntado pq sua carreira na Fórmula Indy era tão boa, mas ele não vencia, respondeu:"Minha estrada tem mais curvas". O que veio daí em diante foram várias vitórias, fruto de uma carreira sólida e bem construída.

McCandlles queria a vitória e traçou uma linha reta....

Ele não era um mochileiro, mas alguém que usou uma mochila. Tudo bem que mochilar, na minha concepção, é pensar na vida, é meditar, orar. Falei isso outro dia num tópico do Jorge Soto. É a minha filosofia de mochila. Mas não me considero nem um pouco parecido com o Chris, nem os mochileiros que eu conheço se parecem com ele.

 

O que isto tudo implica: Noves dentro, noves fora, vejo que pode ser do filme traçada uma falsa idéia de que quem anda de mochila nas costas é lunático, quer morrer, brigou com o mundo.

Implica também numa safra de neguinho que vai achar bonito sair no mundo, pq na sua cabeça não é tão burro quanto McCandlles (e o cara não era, descididamente, burro), vai sair "purificado", com milhares de histórias mirabolantes pra contar e pegar mulher pra cacete com isso.

Lembram do cara que outro dia perguntou qual era a barraca pra passa dois anos em MG? Perguntei qual era a meta, achando que era uma pesquisa, trabalho humanitário ou de saúde. O cara responde "quero me isolar, levar arroz e encarar temperaturas de -12°C".

PQP, McCandlles fan! -12°C? O cara tem idéia do que é isso? Em MG? Se é que um dia deu isso lá (que eu saiba nunca), foi numa condição específica. Tipo conjunção astral. A quanto tempo não se registra 0°C do PR pra cima? O cara não sabe nem pra onde vai!

Outra coisa: ainda que fosse fazer, vá buscar informações com mateiro, não na net! O cara quer levar arroz!!!!

Gente, pelamordedeus! Quem quiser fazer uma caca destas, não leva arroz! Leva milho!

Milho vc planta a semente, come verde, come maduro, faz farinha, ceva peixe e caça!

Editado por Visitante
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Usuários Mais Ativos no Tópico

  • Membros de Honra
Krakauer, o cara que "estava lá" em 10 de maio de 2006 (o pior dia da história do Everest),

 

Foi em 1996 cacius, em 2006 foi o segundo pior ano do evereste (em que morreu um brasileiro inclusive).

 

Ótimas ponderações, em linhas gerais é como penso tbm.

 

Vc sim é mochileiro, só aquele relato do Ogum junto com vc no PP mostra isso, qtas pessoas teriam passado por ele na estrada e ido sozinho até a fazenda?

 

Abraços

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  • Membros de Honra
Foi em 1996 cacius

 

Obrigado, Marcos. 96, sem dúvida, botei errado. 12 pessoas em 24 horas, entre guias, clientes e sherpas, tanto na face norte quanto na sul (maior número). Este dia também gerou conflitos semelhantes ao que recentemente aconteceu no Aconcágua com o guia argentino (acusações de descaso e abandono).

 

Sobre minha atitude, honestamente tive muita sorte. Normalmente não dou carona. Ossos da atual realidade. :cry:

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  • Membros de Honra

è Cacius o livro do Krakauer é surpreendente, um senhor relato sobre isso. O Caso de 2006 qdo morreu um alpinista ingles tbm suscitou esse tipo de conflito, tem um documentário sobre o caso de 2006, onde pela primeira vez um montanhista bi-amputado (neo-zelandes) chegou ao cume, e ele passou por esse ingles quando ainda estava vivo e de heroi foi visto como vilão. Mto semelhante ao ocorrido em 1996, erros de comunicação, e ate a falta de raciocínio causada em alta montanha.

 

Sobre sua atitude confesso que não sei se teria a mesma. Hj num é fácil agir assim. Que bom que teve sorte.!

 

Abs.

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  • Membros
Como todo mundo, eu também tenho minhas opiniões...

 

Filme: Cenas boas, paisagens alucinantes e um trilha sonora que dispensa comentários. Fodástico. Mas pra quem leu o livro, sabe que não há muito compromisso com a história real. Tudo bem que contar a história do adultério (Chris era um filho tido por seu pai fora do primeiro casamento) não é "bonito" e não ajude a vender, agora, sabemos que Krakauer não se convenceu com a história do cara ter comido a planta errada.

 

Livro: Ótimo. Detalhado, imparcial. Krakauer, o cara que "estava lá" em 10 de maio de 1996 (e não 2006, valeu a correção, MarcosPLF),o pior dia da história do Everest, revela o motivo de ter ido atrás da saga de Alex Supertramp: ele mesmo passara por uns bons perrengues no Alasca, tempos antes, na busca de se encontrar.

 

Chris: nada de mais. Um cara com problemas com a vida e com a sociedade. Nem Deus, nem Diabo. Tentou fazer algo, não era um idiota se achando, mas subestimou o que viria pela frente. Comida, roupa, informação, estratégia de fuga, tudo faltou. Quando ele tentou voltar, se deu conta disso. Já era tarde.

Na minha opinião (eu disse minha opinião) ele botou na cabeça que ia se encontrar no Alasca. Traçou a meta e chegou lá. Só que ele se preocupou tanto com a meta que esqueceu de sustentá-la.

Gil de Ferran, uma vez, quando perguntado pq sua carreira na Fórmula Indy era tão boa, mas ele não vencia, respondeu:"Minha estrada tem mais curvas". O que veio daí em diante foram várias vitórias, fruto de uma carreira sólida e bem construída.

McCandlles queria a vitória e traçou uma linha reta....

Ele não era um mochileiro, mas alguém que usou uma mochila. Tudo bem que mochilar, na minha concepção, é pensar na vida, é meditar, orar. Falei isso outro dia num tópico do Jorge Soto. É a minha filosofia de mochila. Mas não me considero nem um pouco parecido com o Chris, nem os mochileiros que eu conheço se parecem com ele.

 

O que isto tudo implica: Noves dentro, noves fora, vejo que pode ser do filme traçada uma falsa idéia de que quem anda de mochila nas costas é lunático, quer morrer, brigou com o mundo.

Implica também numa safra de neguinho que vai achar bonito sair no mundo, pq na sua cabeça não é tão burro quanto McCandlles (e o cara não era, descididamente, burro), vai sair "purificado", com milhares de histórias mirabolantes pra contar e pegar mulher pra cacete com isso.

Lembram do cara que outro dia perguntou qual era a barraca pra passa dois anos em MG? Perguntei qual era a meta, achando que era uma pesquisa, trabalho humanitário ou de saúde. O cara responde "quero me isolar, levar arroz e encarar temperaturas de -12°C".

PQP, McCandlles fan! -12°C? O cara tem idéia do que é isso? Em MG? Se é que um dia deu isso lá (que eu saiba nunca), foi numa condição específica. Tipo conjunção astral. A quanto tempo não se registra 0°C do PR pra cima? O cara não sabe nem pra onde vai!

Outra coisa: ainda que fosse fazer, vá buscar informações com mateiro, não na net! O cara quer levar arroz!!!!

Gente, pelamordedeus! Quem quiser fazer uma caca destas, não leva arroz! Leva milho!

Milho vc planta a semente, come verde, come maduro, faz farinha, ceva peixe e caça!

 

Ótimas ponderações Cacius ...

 

Também não conheço nenhum mochileiro parecido com Chris, mas de qualquer forma entendo o conceito de mochileiro como algo mais complexo, e nesse sentido, apesar dos pesares, entendo que ele também foi um...

 

Abraço

 

t+

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

Sinceramente não acho curto quem fica simplismente rotulando o cara, ele fazia o que tava afim de fazer, a vida era dele e ele fez o que quiz dela. Ai falam que ele tinha que pensar nos pais, mas os pais pensavam nele quando se acabavam de trabalhar pra ter dinheiro e status?

 

Dizem que ele era um sociopata egoista, mas enquanto os amigos dele estavam na balada ele ia pro suburbio entregar comida e conversar com indigentes. Isso é bom? É ruim? Não sei, eu nao faço isso e imagino que muita gente tambem nao faz, mas eram as escolhas do cara.

 

Acho que a critica com ele é mais ou menos como o que o pessoal falou do Adriano quando largou a Inter de Milão, o cara é um fracassado e cabeça fraca porque não estava satisfeito vivendo na meca da moda na Europa, ganhando rios de dinheiro e saindo com as melhores mulheres do mundo e voltou pras raizes dele no Rio pra tomar cerveja no morro, com os amigos traficantes e ficar pegando um monte de funkeira com nome de fruta. Simplismente criticam e julgam o cara porque ele conhece o que todos julgam ser o sucesso e diz que aquilo não é o que ele quer pra vida dele. Defende o que ele julga ser o objetivo de vida dele desprezando todos os sonhos de uma sociedade de consumo e ainda é visto como covarde.

 

Bem sucedido e adequado ao convivio na sociedade deve ser o Michal Schumaccer que da uma fechada no irmão um dia depois da morte da mãe pra ganhar uma corrida.

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  • Membros de Honra

O filme é bem bacana, bonito, poetico e tals... um libelo ao livre arbitrio e 'a busca de seu "eu" ou seja-la-o-q-for, mas francamente, minha opiniao é q o cara foi (no final) apenas um mané inconsequente e irresponsavel, ja q pouco se lixou dos riscos q essa sua fuga poderia acarretar, alem da angustia c/ q deixou as pessoas q o queriam bem. Nao acho q devolvendo na mesma moeda o egoismo (dos pais) seja tb uma forma + elevada e nobre de ser. Tb já me mandei pra mochiladas desse tipo, mas sempre procurei dar satisfacoes e mensurar minimanente os riscos q poderia ter no decorrer da mesma. Isso lembra o cara do sul q se perdeu (e nunca mais foi encontrado) no Monte Sajama, sabendo dos riscos contra ele. E qq semelhanca c/ um religioso q se mandou pro céu em baloes em Sc nao sera mera coincidencia. Tds fizeram o q lhes deu na telha, independente de motivacoes, principios e crenças. E pra tds eles tenho o mesmo parecer q tenho do Chris McCandless. É bonito? Claro! Mas faça com responsa.

 

PS: Minto! Pensando bem ja fui tb um mané irresponsavel e inconsequente. Mas atualmente me empenho bastante em reduzir essa margem a meu favor. :oops:

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  • Membros

Belo filme. Me emocionou. E olha que sou durão!

Já vivi coisa semelhante quando tinha 18-19 anos... só que dei mais sorte. Acho que foi porque em vez de ir pro Alaska optei pelo sertão.

Realmente não é mochilada o que esse cara fez. Ele viveu um drama psicológico muito triste.

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  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra

Fico pensando naqueles caras que saiam de navio rumo ao desconhecido, achando que no horizonte do oceano tem um abismo e que o mundo era quadrado, nos que subiram pela primeira vez altitudes acima de 8.000m sem saber os reais perigos da atitude, os que foram mais fundos no oceano pela primeira vez, o cara que fez o primeiro voo, será que eles também eram inconsequentes egoístas?

Eu não tenho a menor vontade de repetir o feito de Alex, mas não acho o cara um mané só porque se ferrou no final. O filme é bom, o livro também e o Alex muito mais. Não sei se vocês se recordam de detalhes do filme, mas o Alex só começou a se ferrar feio e comer mato depois que evitou matar um alce femea acompanhado de um filhotinho, dai pra frente ele não conseguiu caçar mais nada e começou a crise de fome, e tudo que culminou a sua morte, isso pra mim não é egoismo definitivamente.

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