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Passaporte, passagem, bagagem e Google [CITA O FORUM!!!]


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FONTE: ESTADÃO

http://www.estadao.com.br/noticias/tecnologia+link,passaporte-passagem-bagagem-e-google,2819,0.shtm

 

Passaporte, passagem, bagagem e Google

 

Viajantes tarimbados explicam como usam a internet para planejar ou mudar o roteiro das férias e como colocam gadgets em ação na viagem

 

porTatiana de Mello Dias, de O Estado de S. Paulo

 

Nos próximos dias, o carioca Gustavo Vivacqua partirá para a viagem de sua vida. A bordo de uma picape, com a mulher Ana e o cachorro Tapa, sairá do Rio de Janeiro rumo a Foz do Iguaçu. De lá, pretende alcançar Américas, Europa, África, Oriente Médio e Ásia. O roteiro foi definido no Google Maps (que ele usa para traçar rotas e planejar onde dormir) e no Google Earth (para ver fotos no Panoramio e analisar relevo).

 

 

 

Complementos desta reportagem:

• Viaje conectado com o mundo

• Seu guia são os próprios viajantes

• Passaporte, passagem, bagagem e Google

 

 

 

O veículo é todo equipado. Além de cama e banheiro portátil, tem GPS, monitor touchscreen, notebook, equipamentos de foto e de vídeo e um iPhone. "Eu não vou pagar roaming internacional, mas se estiver em um lugar com Wi-Fi dá para pesquisar as atrações de um lugar próximo", diz.

 

Gustavo é criador do site http://www.viagensmaneiras.com/, que desde 1998 sugere roteiros alternativos pelo Brasil. Ele já percorreu o País e a América Latina e coleciona dicas. Depois de seus relatos, comentaristas tratam de rechear as páginas do site com experiências de viagem para os mesmos lugares.

 

Nos preparativos para a volta ao mundo, o carioca buscou informações sobre o roteiro em fóruns e blogs. "Eu prefiro usar relatos de pessoas que já viajaram do que revistas de turismo especializadas. As pessoas dão um ponto de vista mais emotivo, não escondem nada, falam os podres e o que tem de bom nos lugares", explica.

 

 

 

PESQUISA

 

 

 

Para candidatos a aventureiros, o primeiro passo é procurar saber tudo sobre o destino. Sites oficiais, como aqueles criados pelos escritórios de promoção turística dos locais, e revistas e cadernos especializados em turismo são um bom ponto de partida.

 

 

 

Quando coloca uma viagem na cabeça, o brasiliense Álvaro Alves, 26 anos, consulta essas fontes. Ele quase sempre está em busca de lugares para praticar escalada. Mas esse é só o início da pesquisa. "Nos veículos tradicionais normalmente não há informações alternativas, como dicas de campings", diz.

 

 

 

Para quem entende inglês, o fórum Thorn Tree (www.lonelyplanet.com/thorntree), que tem a chancela do Lonely Planet, é um dos mais completos. Em português, vale pesquisar no Mochileiros.com (http://www.mochileiros.com/), que Alves acompanha desde 2006.

 

 

 

O brasiliense também usa o Google Maps para escolher sua próxima escalada. O serviço é útil para localizar, ao redor do mundo, lugares marcados por aventureiros - procure por climbing (ou escalada), trekking ou trilha para ver algumas fotos postadas por usuários. Silnei Andrade, criador do Mochileiros.com, sugere o GPSies (http://www.gpsies.com/), mashup do Google Maps com dados de trilhas e caminhos para baixar e colocar no GPS.

 

 

 

Além de ajudarem no planejamento, os mapas do Google são úteis durante a viagem. O serviço já ajudou o piauiense Paulo Hiram a se livrar de uma enrascada na Bélgica. Ele havia reservado um hotel no centro de Bruxelas pelo site da rede Accor. Acabou caindo em um hotel no centro - da cidade vizinha. "Só descobri isso quando entrei no Google Maps", conta.

 

 

 

Para o mochileiro, ter acesso a mapas - no celular, notebook ou em lan houses - ajuda o viajante a se livrar de ciladas. "Em Lima há dezenas de ruas com o mesmo nome. Para se achar é preciso ver o mapa", diz ele, que voltou do Peru há uma semana.

 

 

 

O paulista Fábio Hernandes está se preparando para um mochilão pela América do Sul em setembro, para isso, se baseia nos relatos de outras pessoas. "Essas informações partem de quem já foi e até de quem está viajando, como avisos do tipo ‘não venham para a cidade tal, estou aqui e as estradas estão interditadas’", diz.

 

 

 

É nesse tipo de informação instantânea que o Twitter poderia ser útil, mas o serviço ainda não caiu no gosto dos viajantes. "Eu uso, mas ainda não tenho uma ideia certa de onde ele vai chegar no caso do turismo. É impensável que alguém em férias fique twittando dicas a todo momento", diz Rodrigo Purisch, criador do blog Aquela Passagem (http://www.aquelapassagem.com.br/).

 

 

 

Ele mesmo deu um uso interessante para o Twitter (@aquelapassagem): avisa na hora sobre novidades e divulga promoções de última hora das companhias. Além de Purisch, dá para seguir gente bem informada como a @journeywoman, que posta sobre viagens para mulheres, e o @traveldudes, que twitta dicas. No Brasil, vale acompanhar o expert @riqfreire.

 

 

 

Celular vira guia de viagem

 

 

 

Imagine colocar no seu celular todos os pesados guias de viagem, mapas enormes incômodos de abrir e anotações sobre hotéis, restaurantes e locais turísticos que você quer visitar. Isso é completamente possível, mas exige que você tenha um celular avançado que tenha pelo menos uma conexão Wi-Fi. É fácil encontrar lugares com acesso à internet sem fio de graça, por isso o Wi-Fi é imprescindível para navegar na web pelo telefone sem gastar fortunas com a operadora.

 

 

 

O iPhone é o celular mais completo nesse sentido porque, além de ter a conexão sem fio, você pode instalar inúmeros pequenos programas sobre viagens no telefone, disponíveis na loja de aplicativos iTunes App Store.

 

 

 

Alguns exemplos do que você pode colocar no iPhone são: mapas de metrô, tradutores instantâneos, calculadoras de câmbio e tabelas com os horários de trens e de vôos. Além disso, famosos guias como o LonelyPlanet têm versões para celular de seus livros.

 

 

 

Outra dica: se você costuma usar documentos de texto do Word para anotar coisas importantes que pesquisou na web (como endereços de hotéis, nomes de restaurantes, lugares legais para visitar, etc.) pode passar esses arquivos para o celular e abri-los durante a viagem sempre que quiser consultá-los. Normalmente os celulares como o iPhone conseguem abrir documentos de texto do Word.

 

 

 

Para se localizar em uma cidade desconhecida e procurar endereços, instale o aplicativo do Google Maps, disponível no site móvel do Google (http://m.google.com/). Se o celular tiver um receptor GPS, a localização de onde você estiver é mais precisa.

 

 

 

Também é uma boa instalar um aplicativo para falar no Skype, como o Fring. Assim você consegue se comunicar, de graça, com outros usuário quando o telefone estiver conectado no Wi-Fi.

 

 

 

Para telefonar do exterior, prefira comprar um chip pré-pago de uma operadora local para falar com o Brasil. Sai mais em conta.

 

 

 

A dependência do telefone é um problema se a bateria acabar. Além do carregador, leve uma bateria extra. (Filipe Serrano)

 

 

 

Tecnologia no turismo

 

 

 

O "turista profissional" colunista do caderno Viagem & Aventura do Estado é entusiasta das facilidades trazidas pela tecnologia ao turismo. Conheças suas técnicas para se divertir sem se perder.

 

 

 

Qual seu 'kit de sobreviência' digital durante suas viagens?

 

O básico é um adaptador universal de tomadas. Na última levei dois. Na próxima vou levar três. É incrível a quantidade de baterias que precisam ser recarregadas ao mesmo tempo - laptop, câmera, filmadora, celular, barbeador. Um pendrive poderoso também é importante, caso precise transmitir documentos de lan houses. Levo um celular desbloqueado para equipar com chip pré-pago comprado no local. Viajo com laptop porque fotografo com câmera reflex e preciso usar o Photoshop para postar no blog.

 

 

 

Roupas e celular é toda a bagagem de que alguém precisa?

 

Desodorante e escova de dentes também vão bem (ri). Eu acredito que as coisas andem nessa direção, mas eu desenvolvi dependência de câmera reflex e tenho fetiche por tela e teclado de laptop, então provavelmente eu vá continuar carregando mais peso.

 

 

 

Google Street View tira parte da graça de conhecer algum lugar novo?

 

Nunca usei nem tive vontade. Sou daqueles que ficam com sono vendo esses guias visuais cheios de diagramas e fotos detalhadas de museus inteiros. Não acho que tira a graça do lugar: acho uma atividade sem graça nenhuma de se fazer. Prefiro usar meu tempo vendo o endereço no Google Maps mesmo, para ver a proximidade de estações de metrô - checo as linhas no urbanrail.net - e outras mumunhas. Acho bem mais útil vasculhar fóruns de opinião, onde aparecem detalhes que o Street View não mostra.

 

 

 

Quais os cinco sites 'não saia de casa sem vê-los'?

 

O primeiro é o Tripadvisor.com, o maior site de resenhas de hotéis - que deve ser examinado com calma, à procura não só de opiniões - muitas delas são postas ou estimuladas pelos hoteleiros -, mas sobretudo de fatos negativos concretos - overbooking, sujeira, barulho.

 

O viamichelin.com é espetacular para programar viagens de carro por Europa e Estados Unidos. Dá para programar no modo "sightseeing", que mostra os itinerários panorâmicos. Para horários de trem na Europa, banh.de/international: há mais de dez anos no ar, tem o banco de dados mais completo - às vezes aparecem baldeações não-oficiais. O LonelyPlanet.com é ótimo para saber quando ir e quando não ir a qualquer parte do mundo; nenhum outro guia abrange tantos destinos na internet. Os fóruns também são ótimos. Em português, se você me permite o "merchã", eu indico o meu blog, o viajenaviagem.com, que tem uma comunidade antenada, generosa e viajadíssima.

 

 

 

Quando você está perdido num lugar estranho, abre um computador, olha no celular ou pergunta para alguém?

 

Eu sou aquele que prefere olhar no mapa a perguntar a direção na rua - por medo tanto de a resposta ser errada, quanto de não entender - ou esquecer - o que a pessoa indicar. Não costumo fazer perguntas complicadas a passantes. Se der, espero até poder abrir um computador.

 

 

 

Quando a tecnologia mais atrapalha do que ajuda?

 

Quando a conexão fica lenta na hora em que você mais precisa. Ser webdependente pode estragar dias inteiros de viagem. Outro lance a considerar são as compras por impulso na internet e que não têm possibilidade de endosso ou remarcação. Uma bobagenzinha que você cometa pode custar uma baba. E mais outra: muita gente sai comprando passagem low-cost na Europa a torto e a direito, sem saber que os voos intra-europeus poderiam ser incluídos na passagem por preços semelhantes.

 

 

 

Sites substituem guias de viagem? Ainda vale a pena ter o livrinho ali no bolso?

 

Os dois são complementares. Se você se identifica com um autor ou com uma família de guias, vale a pena comprar e levar. Mas muitas informações dali vão estar datadas; hoje o poder está com quem acabou de voltar do lugar e postou algo na internet. De todo modo, você vai precisar da "base" do guia para aproveitar melhor as dicas e as estratégias que pescou na rede.

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